O 25 DE ABRIL NÃO FOI PARA AS MULHERES
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Encontrei o Daniel à porta da Casa Comum. Tinha acabado de assistir à exibição de Novíssimas Cartas Portuguesas, de Collective Work, filme inserido no programa do PORTO FEMME – FESTIVAL INTERNACIONAL DE CINEMA, de que a Casa Comum é parceira. Daniel trazia no rosto as marcas da compreensão súbita de um fenómeno: – Afinal o 25 de Abril não foi para as mulheres!
Perguntei-lhe o que queria dizer com aquilo.
– Refiro-me ao próprio discurso revolucionário. Falava-se então de direitos humanos, mas não dos direitos das mulheres. O que estava em causa era um conceito de revolução mais abrangente, que se prendia com as estruturas políticas, mas as mulheres foram completamente esquecidas na Revolução. E muito do que as mulheres então pretendiam continua por se concretizar.
Vim para casa a pensar no assunto. A minha mãe sempre me ter lembrou, durante a minha adolescência, a sorte que eu tinha em ser mulher em liberdade. Falava-me de como o direito de voto universal fora apenas concedido às mulheres apenas em 1975, nas primeiras eleições pós-25 de abril (ao passo que TODOS os homens votavam desde 1945); de como as mulheres eram alvo permanente de censura, sendo sempre avaliadas pela lente de critérios morais (quem se atrevia a usar mini-saia?); de como, de uma forma geral, até à Revolução, os homens eram considerados os “chefes de família”, cabendo-lhes decidir se as mulheres poderiam ou não trabalhar; e de como a não-discriminação das mulheres havia sido apenas conseguida com a Constituição de 1976.
Mas percebo o que quis dizer o Daniel: as Novas Cartas Portuguesas de Maria Isabel Barreno, Maria Velho da Costa e Maria Teresa Horta, publicadas em 1972, visadas pela censura e que levariam as “Três Marias” ao tribunal em 1973, falavam de uma revolução muito mais profunda. Nas Cartas, encontramos tudo: o direito das mulheres ao prazer, à decisão sobre os seus corpos e as suas vidas; o direito à liberdade de expressão; o direito ao trabalho em condições de igualdade e à conciliação do trabalho com a vida familiar e pessoal; o direito à proteção da maternidade; o direito à segurança social e à saúde; o direito ao ensino; o direito à cultura e ao lazer; o direito à liberdade plena, num sentido amplo. Por isso as Novas Cartas Portuguesas foram então profundamente revolucionárias; e ainda hoje o são, porque embora consagrada na legislação, a igualdade não foi ainda plenamente concretizada. Por isso precisamos tanto de Festivais como o PORTO FEMME.
Enquanto forma de expressão cultural especificamente contemporânea e lugar de confluência de outras artes – a Música, o Teatro, a Literatura, a Fotografia e outras Artes Visuais –, o cinema tem-se revelado sobretudo como meio de representação de realidades a partir de um ponto de vista masculino e, portanto, um poderoso instrumento de difusão ideológica que menoriza as mulheres. Mas o cinema pode ser também um agente da História. Foi isso que encontrámos em cada uma das sessões do PORTO FEMME: histórias de contra-poder e resistência, narrativas poderosas sobre mulheres de todo o mundo que nos lembram a revolução que nos falta ainda fazer.
Fátima Vieira Vice-Reitora para a Cultura e Museus
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João Vieira à conversa com Paula Guerra na Casa Comum
É um "espírito de camaleão" com muitos "alter-egos" e ninguém melhor do que a socióloga e docente da FLUP para mediar a aproximação a este universo tão peculiar. Dia 27 de abril, na Casa Comum. João Vieira é a voz por detrás de projetos como X-Wife, White Haus ou o mais recente Wolf Manhattan (na imagem). Foto: DR
É músico, DJ, vocalista, compositor, produtor… Um imaginador de fundo, ou um poço de “alter – egos” que, desta vez, criou uma personagem com história. São as Voices in my head (and I don’t know / if they fade away), diz-nos o título do single a transpirar do último LP vinil homónimo Wolf Manhattan. João Vieira vai estar na Casa Comum (à Reitoria) da Universidade do Porto, na noite de 27 de abril, à conversa com a socióloga e professora no Departamento de Sociologia da Faculdade de Letras da U.Porto (FLUP), Paula Guerra. E há muito por onde esgravatar e descobrir… Essência de camaleão
Já dançámos sob a sua batuta…Quem não? Depois conhecemos outros projetos como X-Wife e White Haus, até chegar ao último projeto do “camaleão”, agora lobo, um vinil cuja capa é também um jogo de tabuleiro (com perguntas sobre as canções) e que traz ainda um livro que nos conta o percurso desta personagem (The Story of Wolf, edição de artista, em jeito de fanzine, mas de capa grossa, com ilustrações de Toby Evans-Jesra). João Vieira iniciou a sua carreira em Londres no final dos anos 1990, onde se formou em design gráfico. Trabalhou como DJ, músico e promotor de clubes. Em Portugal, editou cinco álbuns com os X-Wife, banda que fundou e da qual é compositor, vocalista, guitarrista e co-produtor.
Como DJ Kitten e o Club Kitten, inscreveu, a partir do Porto, a sua identidade na “cena clubbing” nos anos 2000. Em 2013, com White Haus, deu início à aventura da composição e produção eletrónica. O resultado deste processo foi a edição de um ep, três álbuns e vários concertos de Norte a Sul do país. Foi em 2022 que lançou o álbum de Wolf Manhattan, o novo projeto a solo onde encarna esta nova persona.
Quem é este lobo solitário? Há outras vozes para conhecer?… Antes que esmoreçam. A 27 de abril, a partir das 21h30, a entrada é livre até ao limite da lotação da sala.
Mr. Wolf Manhattan
Wolf Manhattan (Foto: DR)
Ainda com o olhar preso no “fantasma” que está nas teclas, eis que atravessa o palco uma cabeça de coelho com dois dentes de fora e bigodes espevitados. Pouco depois, a esta performance teatral com um travo circense, junta-se um crocodilo azul de unicórnio amarelo. Presa ao teto, e a brilhar em todas as direções, está uma bola de cristal vintage. É assim que, minutos depois, altiva, entra uma cabeça laranja, a comandar um fato azul e branco, aos quadrados, que se prolonga até ao sapato branco. O movimento de centrifugação começa e a máquina do tempo leva-nos até aos anos 1980 e 1990. Tudo é estranho e tudo é familiar, ao mesmo tempo. O elástico da imaginação estica das festas de baile e dos espetáculos de circo até ao primeiro andar de um prédio, em Nova York. Quem tinha lido a história já sabia, antes de entrar, que Wolf (personagem tímida e solitária como só um lobo pode ser) viveu em Manhattan, no primeiro andar de um prédio que tinha uma loja de discos por baixo, propriedade de um tio. De resto, já todos sabemos que se aconteceu na cidade feita de sonhos, pode acontece em qualquer outra. Até no Porto, onde Mr. Wolf Manhattan, há uns meses, se apresentou em concerto. No final da performance, que foi ainda um concerto, todas as crianças (sim, havia crianças a assistir) perderam a vergonha e saltaram para o palco… Os adultos já não, mas abandonaram a sala “novinhos em folha”. A imaginar que estavam em Nova York e a acreditar que tudo é, realmente, possível. E que qualquer um, seja em que altura for, se pode reinventar.
Fonte: Notícias U.Porto
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Paulo Barros está de volta à Casa Comum, e não vem sozinhoCom Zé Lima no contrabaixo e baixo elétrico e Leandro Leonet na bateria, o trio promete uma experiência musical única. Dia 28 de abril, na Casa Comum. Colagens é o primeiro trabalho assinado pelo trio composto por Leandro Leonet, Paulo Barros e Zé Lima. Foto: DR
O pianista Paulo Barros “volta à Casa” sendo que, desta vez, traz companhia. Para além do trio que completa com Zé Lima no contrabaixo e baixo elétrico e Leandro Leonet na bateria, convidou ainda a cantora Adriana Miki para cantar alguns temas. Então, o que vamos ouvir? O seu mais recente trabalho (o CD Colagens) e o que está ainda na manga e prestes a sair. Será um privilégio para quem puder marcar presença, no próximo dia 28 de abril, às 18h30, na Casa Comum (à Reitoria) da Universidade do Porto. O CD chama-se Colagens e foi publicado o ano passado. Se o concerto que deu a solo, na Casa Comum, já revelou um compositor e improvisador fluente, Colagens traz toda uma nova dimensão expressiva pelo acréscimo do contrabaixo e da bateria, que acentuam os momentos de tensão, relaxamento e interação entre músicos.
No dia 28 de abril, ao final da tarde, com o que pode contar? Com uma linguagem jazzística, composições originais e ainda a descoberta de temas que serão incorporados na próxima gravação do artista.
A entrada é livre, mas sujeita à lotação da sala.
Sobre Paulo Barros
Pianista profissional há mais de duas décadas, Paulo Barros nasceu em Kingston-Upon-Thames, Inglaterra, em 1968. Começou a estudar piano clássico com 7 anos de idade. Em 1998 concluiu o bacharelato de Piano da Escola Superior de Música e Artes do Espetáculo (ESMAE). Paralelamente à música clássica, interessa-se pelo jazz. Em 1998, ingressa no Conservatório de Música de Amesterdão, onde em 2002 conclui a licenciatura em Piano Jazz. Gravou o CD Slow Emotion com a cantora Dinamarquesa Mai Seidelin Norby, onde teve a participação especial do contrabaixista Jesper Bodilson.
Atualmente faz parte do Quinteto de Adriana Miki, com o qual gravou os CD Sashimiki e Mulata de Arroz, do Quarteto de Carlos Mendes, com o qual gravou o CD Estórias, do Quinteto de Manuel Linhares, com o qual gravou os CD Traces of Cities, Boundaries e Suspenso, e do Quarteto de Richard Okkerse.
Gravou a solo os CD Um Piano Só e Live Piano Solo e, com o Paulo Barros Trio, o CD Colagens.
Fonte: Notícias U.Porto
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Casa Comum oferece concerto inteiramente dedicado a Franz LisztNo dia 29 de abril, às 18h00, Ionuț Diaconu será o pianista de serviço. A entrada é livre, limitada à lotação do espaço. Ionut Diaconu vai estar, ao piano, na Casa Comum.
Depois de duas aparições, em 2018 e 2020, o jovem pianista romeno Ionut Diaconu está de regresso, no próximo dia 29 de abril, à Casa Comum (à Reitoria) da Universidade do Porto, para um recital inserido no ciclo Música na Cidade. Na bagagem traz um programa inteiramente dedicado ao compositor, pianista, maestro e professor húngaro Franz Liszt. “Abrimos as hostilidades” com uma peça sombria. Funérailles é um tributo a três amigos de Liszt que sofreram as consequências da (falhada) revolta húngara de 1848 contra os Habsburgos (que governaram a Hungria e a Boêmia de 1526 a 1918). O recital prossegue com três peças incluídas nas suites Années de pèlerinage.
Diaconu selecionou uma peça de cada uma das três suites. Vallée d’Obermann vem de Première année: Suisse. É uma música de tom melancólico, inspirada pela novela epistolográfica Obermann, de Étienne de Senancour, que nos relata as meditações de um jovem isolado num vale alpino.
Já liberta da “escuridão” da peça anterior, Les jeux d’eaux à la Villa d’Este, retirada de Troisième année, apresenta uma citação do Evangelho segundo S. João em que a água simboliza a fé cristã.
A última peça do programa, Après une lecture du Dante (Fantasia quasi sonata) foi escrita por Liszt cerca de trinta anos antes de Les jeux d’eaux… . Mais melódica, tendo sido inspirada por um poema homónimo de Vítor Hugo, a peça poderá associar-se aos temas da Divina Comédia.
O espetáculo tem início às 18h00 e tem entrada livre, ainda que limitada à lotação do espaço.
Sobre Ionuț Diaconu
Considerado um dos mais promissores jovens pianistas romenos da atualidade, Ionuț Diaconu, de 24 anos, iniciou os seus estudos de piano aos quatro anos de idade no Colégio Nacional de Música George Enescu, em Bucareste. É mestre pela Universidade Nacional de Música de Bucareste. Em 2016, estreou-se como solista com a Orquestra de Câmara da Rádio de Bucareste. Em 2018, obteve uma bolsa Erasmus para estudar em Portugal, durante um ano, na Escola de Música e Artes do Espetáculo do Porto. Em 2019, ganhou o primeiro prémio no Concurso de Piano do Fórum Internacional de Música “Ciudad de Orihuela” (Espanha) e no Concurso Internacional de Piano do Alto Minho (Caminha, Portugal).
Em 2020, foi bolseiro SoNoRo, ganhou o Grande Prémio no Concurso Internacional de Canto e Piano Emil Rotundu (Timișoara, Roménia) e apresentou-se em concerto com a Orquestra Filarmónica de Arad.
Em 2022, obteve uma nova bolsa Erasmus, graças à qual estudou durante um semestre na Academia de Música Liszt Ferenc em Budapeste, Hungria. Deu vários recitais no país e no estrangeiro: em Portugal em Espanha, na Hungria, em Itália e na Roménia.
Fonte: Notícias U.Porto
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Abril / Maio na U.Porto
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Para conhecer o programa da Casa Comum e outras iniciativas, consulte a Agenda Casa Comum ou clique nas imagens abaixo.
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Édipo/Antígona - Desenhos de Siza Vieira com textos de Valter Hugo Mãe Entrada Livre. Mais informações aqui
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1+1=1 | Dulce e João Barata FeyoEntrada Livre. Mais informações aqui
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Abducted Realities, de Mark AmerikaEntrada Livre. Mais informações aqui
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Paula Guerra à Conversa com...João VieiraEntrada Livre. Mais informações aqui
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Paulo Barros Trio | Colagens...e o FuturoEntrada Livre. Mais informações aqui
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Ionut Diaconu, piano | Luzes e sombras em LisztEntrada Livre. Mais informações aqui
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U.Porto Argumenta, com Sociedade de Debates da U.PortoEntrada Livre. Mais informações aqui
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O Artista da Linguagem enquanto Modelo de Linguagem | Workshop com Mark AmerikaEntrada Livre. Mais informações aqui
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Qhapaq Ñan: o grande caminho IncaExposição | Polo Central do Museu de História Natural e da Ciência da U.Porto Entrada Livre. Mais informações aqui
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Sombras que não quero ver, de Helder de CarvalhoDE 18 ABR'23 até 2024 | 18h00 Entrada Livre. Mais informações aqui
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O Museu à Minha ProcuraExposição | Pólo central do Museu de História Natural e da Ciência da U.Porto Entrada Livre. Mais informações aqui
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TARDES DE MATEMÁTICA17 JUN e 14 OUT'23 | 16h00 Conversa, Ciência | Casa Comum Entrada Livre. Mais informações aqui
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Cartografia Manuel Botelho: Obra e ProjetoExposição | Fundação Marques da Silva
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Hestnes Ferreira , Forma - Matéria - LuzExposição | Fundação Marques da Silva
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CORREDOR CULTURAL DO PORTO Condições especiais de acesso a museus, monumentos, teatros e salas de espetáculos, mediante a apresentação do Cartão U.Porto. Consulte a lista completa aqui
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Ilídio Pinho celebrou 60 anos de vida empresarial na U.Porto
Homenagem ao empresário reuniu figuras de vários quadrantes e culminou com a entrega do Prémio Fundação Ilídio Pinho à Universidade. O Salão Nobre da Reitoria da Universidade do Porto acolheu, no passado dia 13 de abril, uma cerimónia pública de homenagem ao empresário Ilídio Pinho, assinalando deste forma os 60 anos de vida empresarial do fundador do grupo COLEP e Presidente do Conselho de Administração das empresas do Grupo Ilídio Pinho e da Fundação com o mesmo nome. Durante a tarde, foram várias as figuras ligadas à vida política, ao mundo empresarial e à sociedade que passaram pela “casa mãe” da U.Porto para saudar o empresário e empreendedor, mas também benemérito, dirigente associativo, autarca e administrador público natural de Vale de Cambra.
Vestindo a pele de anfitrião, o Reitor da U.Porto enalteceu o “enorme privilégio” de acolher na Reitoria a homenagem ao que considerou ser “um modelo de dedicação à inovação, ao arrojo e ao progresso” e, por isso mesmo, “um exemplo para a própria Universidade”.
Perante uma plateia em que se contavam, entre outros, os ministros da Economia e do Mar, António Costa Silva, e da Cultura, Pedro Adão e Silva, António de Sousa Pereira enalteceu o “espírito inquieto” de Ilídio Pinho, traduzido num “percurso empresarial notável”, a par da sua “dimensão cívica” e “relevante dedicação à causa publica”.
O Reitor não deixou também de destacar o “decisivo contributo da Fundação Ilídio Pinho no domínio da educação para a ciência. “Tem sido capaz, como muito poucos, de dedicar importantes recursos ao estímulo do conhecimento e à criação de uma verdadeira cultura científica na sociedade portuguesa, contribuindo para alavancar uma ideia de progresso de que a Universidade do Porto procura ser agente ativo”, finalizou.
Para além de António de Sousa Pereira, usaram ainda da palavra António Costa Silva e Pedro Adão e Silva, o Presidente da Câmara Municipal do Porto, Rui Moreira, o jornalista Carlos Magno, o crítico e curador de arte, Miguel von Hafe Pérez, e o próprio homenageado.
No final da cerimonia, Ilídio Pinho entregou à U.Porto o Prémio Fundação Ilídio Pinho – Valores Académicos, em reconhecimento pelo papel da Universidade no “incremento da Arte, Ciência e Cultura ao longo dos seus 112 anos de história”.
O evento incluiu ainda a apresentação de uma fotobiografia de Ilídio Pinho.
Obras primas “pintaram” o Salão Nobre
Quem passou durante o dia pelo Salão Nobre da Reitoria teve ainda a oportunidade de apreciar alguns dos muitos quadros que integram a valiosa da coleção de arte moderna e contemporânea da Fundação Ilídio Pinho. Durante algumas horas, os retratos do “salão de festas” da U.Porto abriram assim espaço para os convidados de honra, que é como quem diz, deram as boas-vindas a alguns dos mais representativos trabalhos de alguns dos mais conceituados artistas portugueses.
Entre os autores representados incluíram-se nomes como Amadeo de Souza-Cardoso, Maria Helena Vieira da Silva, Júlio Pomar, Júlio Resende, Helena Almeida, Jorge Pinheiro, Álvaro Lapa, ou Nikias Skapinakis.
Fonte: Notícias U.Porto
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Abertura da exposição fotográfica Qhapaq Ñan: o grande caminho Inca
São mais de 500 anos de história de uma das mais importantes criações humanas. A exposição fotográfica Qhapaq Ñan, O Grande Caminho Inca está patente no Pólo Central do Museu de História Natural e da Ciência da U.Porto, o museu favorito do Presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira.
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Há novos podcasts no espaço virtual da Casa Comum
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54. II – Eis um equívoco, Pedro Eiras
III – Eis um equívoco, de Pedro Eiras, in Paraíso, Assírio & Alvim (Grupo Porto Editora), 1.ª edição, maio de 2022.
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56. Reboluçon i Mulhier “La reboluçon acunteciu i las ties ganhórun ls sous dreitos. Deixai-me dezir que inda nun son ls mesmos dreitos de ls tius i digo-lo cun ganas seguir demudando l mundo, cun ganas de tirar las palas a las ties deste mundo.” Locuçon i testo de Suzana Ruano, cun un scerto de “Reboluçon i Mulhier” de Maria Velho da Costa.
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A SUSTENTABILIDADE COMO PRINCÍPIO ÉTICO. A VISÃO DE DIFERENTES PERSPETIVAS é lançado a 26 de abril
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A sustentabilidade como princípio ético. A visão de diferentes perspetivas, obra que surgiu por iniciativa da Comissão de Ética da Universidade do Porto (CEUP), a partir das Jornadas de Ética com temática homónima, promovidas por este organismo em abril de 2021, será apresentada publicamente no próximo dia 26 de abril.
A sessão decorrerá no Auditório da Casa Comum, no edifício da Reitoria da Universidade do Porto (à Praça Gomes Teixeira), a partir das 18h00, e será moderada por Fátima Vieira, Vice-Reitora da U.Porto para a Cultura, Museus e U.Porto Press. A apresentação da obra, que integra a coleção Transversal da U.Porto Press, será repartida entre Luís Amaral, docente da Faculdade de Letras da U.Porto (FLUP) e anterior Presidente da CEUP, José Meirinhos, docente da FLUP e atual Presidente da CEUP, e José Paiva, docente da Faculdade de Belas Artes da U.Porto que organizou o grupo de artistas intervenientes neste volume. Estará, também, presente Sara Rodrigues, uma das coordenadoras do livro.
A entrada é livre.
A SUSTENTABILIDADE SOB DIVERSAS PERSPETIVAS
A sustentabilidade como princípio ético. A visão de diferentes perspetivas reúne um conjunto de textos que, maioritariamente, sustentaram as intervenções dos autores nas Jornadas de Ética. A estes juntaram-se artigos de membros da CEUP, com formações diversas, que “não só alargaram as colaborações e as abordagens, como muito enriqueceram o volume final”, ressalva Luís Carlos Amaral, Presidente da Comissão de Ética da Universidade do Porto entre 2019 e 2022, na sua nota de apresentação da obra. Luís Carlos Amaral defende que “no mundo em que vivemos dificilmente encontraremos uma palavra que melhor sintetize e aglutine o horizonte orientador dos nossos esforços e preocupações do que sustentabilidade”, pelo que “explorar e promover a sua operacionalidade e aplicação nas mais diferentes áreas tornou-se um imperativo humano, logo, ético”.
SEM TÍTULO (2022). DESENHO. [P. 70 DO LIVRO] / Mário Bismarck
Assim, o livro abarca temas distintos como o ambiente, a psicologia social, a gestão, a arquitetura e a saúde pública, “sempre enformados por uma perspetiva ética”. O objetivo passa por avaliar o estado atual das questões em causa e, sobretudo, indicar “eventuais caminhos de progressão futura”, conclui o ex-presidente da CEUP.
Este título está disponível na loja online da U.Porto Press. SOBRE OS COORDENADORES
Sara Rodrigues é Professora Associada da Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação da Universidade do Porto e membro da Comissão de Ética da Universidade do Porto. João Carlos Garcia é Professor Associado do Departamento de Geografia da Faculdade de Letras da Universidade do Porto e membro da Comissão de Ética da Universidade do Porto.
Renato Natal Jorge é Professor Catedrático do Departamento de Engenharia Mecânica da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto e foi membro da Comissão de Ética da Universidade do Porto (2019-2022).
Fonte: U.Porto Press
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Alumni da U.Porto
Aarão de Lacerda
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Aarão de Lacerda por Tomás de Moura (1921). Galeria de Retratos do Salão Nobre do edifício histórico da Universidade do Porto.
Aarão Ferreira de Lacerda nasceu em S. Sebastião do Touro, Vila Nova de Paiva, a 3 de outubro de 1863. Frequentou Filosofia na Universidade de Coimbra, onde, em 1886, viu aprovadas as Theses de Phiolosophia Natural (3 de julho) e a dissertação inaugural Equações Geraes da Thermodynamica, defendida no dia 30 de outubro perante um júri presidido por António dos Santos Viegas.
Em 1887 foi nomeado lente-substituto da Secção de Filosofia da Academia Politécnica do Porto e em 1890 assumiu as funções de lente proprietário da 11.ª Cadeira – Zoologia, tendo apresentado a concurso a dissertação intitulada As Protallophitas.
Entre 1896 e 1897, Aarão Ferreira de Lacerda exerceu o cargo de deputado pelo círculo de Lamego. Depois de concluído o mandato regressou à Academia Politécnica.
Para aperfeiçoar os seus conhecimentos de Zoologia estudou Anatomia e Fisiologia Humana na Escola Médico-Cirúrgica do Porto. Concluiu o curso com classificações elevadas e com a apresentação da dissertação inaugural Breves considerações acerca d’alguns casos de paralysia geral (Porto, 1905), orientada por Maximiano Lemos (1860-1923).
Em 1910 passou a lecionar a 20.ª cadeira – 2.ª de Mineralogia. No ano seguinte, após a criação da Universidade do Porto (22 de março), integrou o 1.º grupo da 3.ª Secção da Faculdade de Ciências. Entre este anos até à data da sua morte dirigiu o Grupo de Ciências Geológicas e o Museu e Laboratório Mineralógico e Geológico da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto.
Aarão de Lacerda retomou o tema da sua tese no XV Congresso Internacional de Medicina, onde apresentou uma comunicação intitulada Le traitement mercuriel intensif de la paralysie générale. Foi autor, entre outras obras, do opúsculo Breves considerações sobre alguns factos da hereditariedade.
Contribuiu para fomentar o estudo da Zoologia e da Geologia Peninsular. Foi um dos impulsionadores da Sociedade Portuguesa de Antropologia e Etnologia, tendo representado a Academia Politécnica do Porto na comemoração darwiniana em Cambridge. Reservou a atividade como clínico para os amigos e os mais desfavorecidos.
Do casamento com Josefina Cândida Moreira nasceram: Aarão Soeiro Moreira de Lacerda (1890-1947), também professor na Universidade do Porto, escritor ilustre, historiador de arte e musicólogo, e Armando Soeiro Moreira de Lacerda (1902-1984) fonetista e professor universitário, consagrado como cientista de excecional valor no domínio da Fonética.
Aarão de Lacerda faleceu no Porto a 16 de janeiro de 1921.
Sobre Aarão de Lacerda (up.pt) Sobre Galeria de Retratos do Salão Nobre da Universidade do Porto - Aarão de Lacerda (up.pt)
Sobre Maximiano Lemos (up.pt) Sobre Docentes e Estudantes da Primeira Faculdade de Letras da Universidade do Porto - Aarão de Lacerda (up.pt) Sobre Docentes e Estudantes da Primeira Faculdade de Letras da Universidade do Porto - Armando de Lacerda (up.pt)
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