ARTE, CIÊNCIA E TECNOLOGIA
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Arminda Alves, Diretora do LEPABE / Laboratory for Process Engineering, Environment, Biotechnology and Energy, e Coordenadora do Projeto “2Smart”, levou-me para dentro da tenda onde a artista multidisciplinar Catarina Braga havia preparado uma instalação, dispondo várias plantas, objetos e lâmpadas. O teto baixo da tenda, mesmo por cima das nossas cabeças, provocava em nós uma sensação de compressão. “Compreende o que quero dizer?” – disse-me Arminda Alves. – “Não sentimos, aqui, o valor do ar?”. A instalação de Catarina Braga era, efetivamente, sobre o ar. Como se lia na folha de sala da instalação quando foi exibida, em março, na Biblioteca da FEUP, a obra partia de uma hipótese: “E se o ar não for o que acreditamos ser e, em vez disso, for um organismo coletivo mais complexo, uma entidade multiespécie, capaz de nos ligar uns aos outros e estabelecer o seu próprio tempo e espaço?”. Num processo de indagação que pretendia incluir o visitante da exposição, a artista multidisciplinar (lia-se na folha de sala) expunha “fragmentos”, misturando “diferentes campos de conhecimento e diferentes corpos”, esperando que quem viesse a observar a obra pudesse criar “a sua própria afetividade”, complementando “a sua relação com o ar”.
Agora, na Faculdade de Belas Artes, a instalação de Catarina Braga entrava em diálogo com as obras dos outros dois artistas do i2ADS que participaram no projeto 2Smart: André Rangel, que apresentou uma belíssima instalação que “cria condições específicas para uma experiência espacial, ótica e cromática”, desafiando a noção de “luz coerente” e problematizando as ideias de “ordem e caos”; e Catarina Grilo Santos, que exibiu uma curta-metragem, “uma ficção em torno da sua auto-percepção enquanto [ser] intruso” (...) “no laboratório de residência e intruso no mundo, mas também figura de questionamento, de reflexão e contemplação”.
“O projeto 2smart é um excelente exemplo de como a arte pode colaborar com a engenharia com benefícios para ambas as áreas”, sublinhou Pedro Rodrigues, Vice-Reitor para a Investigação e a Inovação da U.Porto, ideia reiterada por Miguel Carvalhais, responsável pelo projeto na Faculdade de Belas Artes, que lembrou que as três residências artísticas realizadas nos laboratórios da LEPABE devem ser encaradas também como projetos de investigação de mérito próprio. Fiquei a pensar no assunto.
Pensei, em primeiro lugar, na forma como as artes têm vindo a ser utilizadas, cada vez mais, no âmbito de diferentes projetos, como instrumento para a comunicação de resultados de investigação. Pensei, depois, no discurso museográfico, que tem vindo crescentemente a reconhecer a arte como ferramenta poderosa para a criação de narrativas impactantes, afirmando-se pela sua capacidade de conceder expressão profunda aos sentimentos. Mas em ambos os casos falamos da arte ao serviço de outras áreas. Aquilo de que Miguel Carvalhais falava era radicalmente diferente e implica um novo olhar sobre a arte: o reconhecimento, no processo artístico, de um percurso de investigação semelhante ao percurso científico, assente na observação, na tentativa-erro, na experimentação, na procura de algo novo, na formulação de hipóteses e na apresentação de conclusões. É isso, afinal, que arte e ciência têm em comum.
Mas vim para casa a pensar em algo mais que as duas áreas têm em comum: ambas são manifestações perfeitas da criatividade humana. São, pois, absolutamente necessárias porque profundamente humanas.
Fátima Vieira Vice-Reitora para a Cultura e Museus
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Insectário convida a espreitar a vida dos insetos na Galeria da Biodiversidade
Exposição de arte contemporânea estará patente ao público de 8 de maio 8 de julho, no âmbito da 5.ª Bienal Internacional de Arte Gaia 2023. Entrada livre. Fazem equilibrismo, escondem-se entre a folhagem, ou lançam “vagas de lume”… As propostas artísticas são diversas, assim como são criativas as estratégias de sobrevivência dos insetos. Artistas nacionais e internacionais foram convidados para apresentarem trabalhos sobre biodiversidade, tendo como principal fonte de inspiração uma população muito específica: os insetos. E assim nasceu o Insectário – Considerações artísticas, título da exposição de arte contemporânea que vai estar patente ao público a partir de 8 de maio, na Galeria da Biodiversidade – Centro Ciência Viva do Museu de História Natural e da Ciência da Universidade do Porto (ao Campo Alegre), numa iniciativa inserida na 5.ª Bienal Internacional de Arte Gaia 2023 | Bienal de Causas. O ensurdecedor silêncio dos equilibristas
Com dificuldade, três insetos equilibram-se em cima de um arame, atado entre as cúpulas de dois edifícios. São os "Equilibristas", assim lhes chamou Juan Ricardo Nordlinger. O artista argentino coloca-nos perante o frágil “equilíbrio dos insetos” que fazem o “impossível para não caírem num mundo que tende para o seu desaparecimento”. No dia-a-dia, enfrentam a “poluição, as mudanças de habitat, os pesticidas, a falta de água e o aquecimento global”. Em cima do arame, periclitantes, estão os insetos, tantas vezes esquecidos, e com eles a fragilidade da nossa própria sobrevivência. Tão esquecidos quão silenciosos, diria outra das artistas convidadas, Catarina Rocha: “Há um silêncio ensurdecedor, de consequências já irreversíveis, na drástica diminuição do número da população global de insetos e de alguma da sua diversidade em todo o mundo”. "O ruído das minhas folhas é a minha linguagem" fala-nos das “camadas ancestrais de paciência, resiliência, força e adaptabilidade, qual poema rebelde e constante”.
Catarina Rocha apresenta-nos “aguarelas manchadas de cores aguadas, ora vibrantes ora telúricas, aludindo à diversidade de ecossistemas que nos exigem proteção”. Lugar onde exércitos operam “os seus mistérios, garantindo a regeneração pela compostagem, a proliferação saudável pela aniquilação de pragas e a polinização pela disseminação — atividades basilares para a manutenção da biodiversidade no planeta”.
Para título, Catarina Rocha recorreu às palavras Derek Walcott: The noise my leaves make is my language.
"O ruído das minhas folhas é a minha linguagem", Catarina Rocha. (Foto: DR)
Vaga-lumes poéticos
Maria Beatitude traz, por sua vez, "Acobertados por entre a folhagem". É um trabalho que repõe a escala no reino da biodiversidade. Ilustra a importância hierárquica de quem, por norma, passa até despercebido. Aumentando, exagerando bastante o tamanho real, a artista retrata alguns insetos, sublinhando assim a respetiva importância no equilíbrio do ecossistema. Uma chamada de atenção em jeito de lupa que amplia o tema e aproxima o observador do fenómeno. São ecossistemas tantas vezes esquecidos. Sem o recurso à lupa…quase sempre, invisíveis. Lamprohiza Mulsantii ou a Sobrevivência dos Vaga-Lumes. Ampliação analógica em filme radiográfico é o título do trabalho que o artista plástico e desenhador de luz Tomás Ribas nos vai trazer. Identificado apenas em Espanha e em França, foi recentemente observado no Parque Biológico de Gaia. De quem falamos? Do Pirilampo-Pequeno-de-Lunetas (Lamprohiza Mulsantii).
O trabalho deste artista brasileiro pretende chamar a atenção para um dos grandes perigos que afetam a espécie: a iluminação artificial que impede que machos e fêmeas se identifiquem e reproduzam. Para esta obra transformou “os faróis dos carros que circulam pelas laterais do Parque Biológico, indiferentes aos dramas desses insetos, em pirilampos poéticos”.
A fatalidade da experiência
A vulnerabilidade da experiência animal e humana, bem como a tragédia anunciada pelo caráter efémero de cada respiração, não estarão ausentes. Robert Wiley traz-nos “Presos Ainda aos Atilhos do Avental das nossas Mães”, uma instalação que, de uma malha metálica, faz um avental onde suspende lâmpadas, feitas de vidro soprado, habitáculos da fatalidade animal. Materiais que nos são familiares são, pois, aqui colocados em contextos inusitados. Por fim, Graciela Machado traz-nos "pano roto", uma instalação constituída por fotogravura sobre papel químico e matriz de zinco. Fala-nos da “atenção dada às coisas, do quotidiano e de um sentido de perda que não se consegue estancar”.
Entrada livre e visitas guiadas
Com curadoria de Fátima Vieira, Vice-Reitora com o pelouro da Cultura da U.Porto, a exposição o Insectário Artístico – Considerações artísticas será inaugurada às 18h00 di dia 8 de maio. Depois disso, estará de portas abertas ao público até 8 de julho, com entrada livre. Ainda no âmbito desta exposição, vão ser realizadas visitas ao Jardim Botânico focadas em insetos, diurnas e noturnas, orientadas pelo curador da Coleção de Entomologia do MHNC-UP, José Manuel Grosso-Silva.
As visitas diurnas realizam-se dias 10 e 24 de maio; 7 e 21 de junho e 5 de julho. As noturnas estão já agendadas para 27 de maio e 17 de junho.
A participação é gratuita, ainda que sujeita a inscrição prévia através do e-mail visitas@mhnc.up.pt .
Fonte: Notícias U.Porto
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Já está no ar o primeiro Magazine Casa Comum! Vai ficar a saber o que ainda pode visitar, dentro e fora da “Casa”… e como estamos a preparar os próximos projetos. Para este lançamento, escolhemos um cenário muito especial. Venha daí!
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Maio na U.Porto
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Para conhecer o programa da Casa Comum e outras iniciativas, consulte a Agenda Casa Comum ou clique nas imagens abaixo.
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Insectário - Considerações ArtísticasExposição | Galeria da Biodiversidade Entrada Livre. Mais informações aqui
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La Folie Duo | Flauta e piano em diálogoEntrada Livre. Mais informações aqui
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O Mar: Tradições e Desafios | Colóquio
Entrada Livre. Mais informações, programa e inscrições aqui
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Abducted Realities, de Mark AmerikaEntrada Livre. Mais informações aqui
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Sombras que não quero ver, de Helder de CarvalhoDE 18 ABR'23 até 2024 | 18h00 Entrada Livre. Mais informações aqui
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Qhapaq Ñan: o grande caminho IncaExposição | Polo Central do Museu de História Natural e da Ciência da U.Porto Entrada Livre. Mais informações aqui
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O Museu à Minha ProcuraExposição | Pólo central do Museu de História Natural e da Ciência da U.Porto Entrada Livre. Mais informações aqui
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Hestnes Ferreira , Forma - Matéria - LuzExposição | Fundação Marques da Silva
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TARDES DE MATEMÁTICA17 JUN e 14 OUT'23 | 16h00 Conversa, Ciência | Casa Comum Entrada Livre. Mais informações aqui
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CORREDOR CULTURAL DO PORTO Condições especiais de acesso a museus, monumentos, teatros e salas de espetáculos, mediante a apresentação do Cartão U.Porto. Consulte a lista completa aqui
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O livro A sustentabilidade como princípio ético. A visão de diferentes perspectivas foi lançado na Casa Comum
O Ambiente, a Psicologia Social, a Gestão, a Arquitetura e a Saúde Pública são alguns dos temas abordados neste livro que integra a “Coleção Transversal” da U.Porto Press.
A sustentabilidade como princípio ético. A visão de diferentes perspetivas, último livro lançado pela U.Porto Press, foi apresentadao no passado dia 26 de abril na Casa Comum (Reitoria da U.Porto).
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Há novos podcasts no espaço virtual da Casa Comum
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56. XXXIII – O poema que se escreve a si próprio, Pedro Eiras
XXXIII – O poema que se escreve a si próprio, de Pedro Eiras, in Paraíso, Assírio & Alvim (Grupo Porto Editora), 1.ª edição, maio de 2022.
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57. Alma: a Tale of Violence, de Isabelle Fougère, Miquel Dewever-Plana (2011) Comentário de António Limpo (Curso Avançado de Documentário KINO-DOC).
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57. Las Maias, ua conta de Fracisco Niebro
“…quien nun quemir al menos ua castanha neste die purmeiro de maio puode quedar cun delor de cabeça para todo l anho…”
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Instituto de Sociologia da U.Porto integra Museu da Pessoa
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Exposição dedicada às memórias dos mineiros que trabalharam nas minas de carvão do Pejão assinala a estreia do IS-UP no museu virtual brasileiro. Exposição virtual do IS-UP no Museu da Pessoa Foto: Museu da Pessoa
O Instituto de Sociologia da Universidade do Porto (IS-UP) acaba de “inaugurar” a sua primeira exposição no Museu da Pessoa, uma iniciativa fundada há 30 anos no Brasil e que se apresenta como “um museu virtual e colaborativo de histórias de vida aberto à participação de toda pessoa”. Para assinalar a sua estreia, o Núcleo IS-UP do Museu da Pessoa, em colaboração com o TUP e o Projeto SOIL, apresenta a sua primeira exposição em formato digital, dedicada aos antigos mineiros do Pejão, em Castelo de Paiva.
“Juntámos numa roda de histórias seis homens que trabalharam nas minas de exploração de carvão do Pejão. Foram partilhadas memórias sobre as vivências, relações e condições de trabalho durante o período de exploração mineira”, lê-se na apresentação da exposição.
Esta proposta inaugural do IS-UP segue o modelo aplicado nas restantes exposições do Museu da Pessoa. Partindo de testemunhos de vida e da partilha de memórias, procura-se colocar a descoberto as histórias dos participantes.
Como explica João Teixeira Lopes, coordenador do IS-UP, o objetivo é “criar um repositório polifónico de memórias de pessoas em situação de invisibilidade, de exclusão e vulnerabilidade social”.
“Contar o que aconteceu é um outro modo de continuar a viver. E de não desistir”, acrescenta o também professor do Departamento de Sociologia da Faculdade de Letras da U.Porto (FLUP).
Sobre o Museu da Pessoa
Fundado em 1991, o Museu da Pessoa reúne um amplo portefólio de iniciativas que visam o registo, preservação e disseminação de histórias de vida. A atividade do Museu inclui a organização de exposições (físicas e virtuais), mostras colaborativas, podcasts, cursos e livros sobre diferentes temas, a partir das histórias de vida do acervo, bem como a promoção de projetos educativos voltados para a "formação e capacitação de professores, educadores, lideranças comunitárias, empreendedores e públicos diversos na tecnologia social da memória".
“Aqui você pode contar sua história, organizar suas próprias coleções e conhecer histórias de pessoas de todas idades, raças, credos e profissões”, lê-se na página de apresentação do Museu.
Para mais informações, consultar o portal do Museu da Pessoa.
Fonte: Notícias U.Porto
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Alumni da U.Porto
Abi Feijó
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Álvaro Graça de Castro Feijó, nome de batismo de Abi Feijó, nasceu em Braga, a 18 de junho de 1956. Fez o curso de Arte Gráfica e Design da Escola Superior de Belas Artes do Porto (ESBAP), concluindo-o em 1980.
Durante a licenciatura descobriu as potencialidades artísticas do Cinema de Animação no Cinanima – Festival Internacional de Cinema de Animação, em Espinho, cujos ateliers, orientados por Gaston Roch e Le Colodion Humide, frequentou (1978-1979).
Nesta área realizou outros cursos em Portugal, em França e no Canadá. Do estágio no Estúdio Francês de Animação do Office National du Film du Canada, em 1984, orientado por Pierre Hébert, resultou o seu primeiro filme de animação Oh que Calma!.
Em 1987 fundou no Porto o Filmógrafo – Estúdio de Cinema de Animação do Porto Lda., centrado no filme de autor e numa visão artesanal do cinema de animação, e no qual foi produtor, realizador e animador, até 2004.
No Cinema de Animação realizou também A Noite saiu à Rua (1987), Os Salteadores (1993), um aclamado desenho animado a grafite sobre papel que adapta um conto homónimo de Jorge de Sena (1919-1978), e Clandestino (2000), uma animação de areia com imagens texturadas, que partiu da adaptação de um conto de José Rodrigues Miguéis coproduzido pela Rádio Televisão Portuguesa e pelo Office National do Canada.
Paralelamente à sua atividade artística, Abi Feijó também desenvolveu uma carreira no ensino, como professor universitário e formador. Lecionou a cadeira de Design Gráfico na ESBAP. Foi professor nos Cursos de Cinema de Animação da Cooperativa Árvore e dos Ateliês Infantis de Cinema de Animação do Arbusto. Ensinou Cinema de Animação na Universidade Católica Portuguesa, Pólo do Porto. Foi docente de Cinema de Animação na Escola Superior Artística do Porto, Professor convidado The Tainan National University of the Arts, em Taiwan e ainda Professor da Escola Polivalente Artística Árvore, no Curso Profissional de Cinema de Animação.
Do seu vasto currículo constam também a organização e orientação de inúmeros ateliers de desenho de animação no país, em Espanha, França e Brasil, em escolas, universidades, círculos artísticos, cineclubes, associações variadas, festivais e jornadas de cinema. Dirigiu os ciclos de cinema de Animação dedicados às cinematografias do Canadá, da Grã-Bretanha, da Holanda e O Mais Jovem Cinema de Animação, retrospetivas da Casa da Animação, onde promoveu também workshops.
Feijó, foi aliás, o fundador da Casa da Animação – Associação Cultural, no Porto, um centro cultural dedicado ao Cinema da Animação, a que presidiu (1999-2004) e do qual é Sócio-honorário (desde 2005). Foi também criador da Ciclope Filmes, Unipessoal Lda. (2002), uma nova produtora de animação.
É membro da ASIFA (Associação Internacional do Filme de Animação), instituição da qual foi presidente (2000-2002) e membro da direção (1997-2003), e vice-presidente do Workshop Group (de 1995-2000). É também membro fundador da Cartoon Portugal, membro do conselho consultivo do IPACA/ICAM (1994-1998), e membro da Associação Portuguesa de Produtores de Animação.
Participou em inúmeros júris de cinema, nacionais e internacionais, e foi convidado a apresentar a sua obra e a participar em programas televisivos, fóruns, congressos e festivais de cinema nacionais e internacionais.
Alcançou cerca de 40 prémios e menções em diversos Festivais Internacionais. Em 1996 foi distinguido com a Medalha de Mérito Cultural, grau de ouro, da Câmara Municipal do Porto. Em 2019 foi convidado a integrar a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas norte-americana que atribui os Óscares, e, em 2022, foi agraciado com o Prémio Sophia da Academia Portuguesa de Cinema e com as insígnias de Comendador da Ordem do Infante D. Henrique.
Sobre Abi Feijó (up.pt) Abi Feijó — Ciclope Filmes
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