A CAUSA DOS INSETOS

​​EU University & Culture Summit / Day 1, Afternoon

A culpa é (toda) de José Manuel Grosso-Silva, Curador da coleção de entomologia do Museu de História Natural e da Ciência da Universidade do Porto (MHNC-UP), cuja paixão por insetos transborda e contamina. Assim foi comigo e com os seis artistas cuja obra se encontra exposta em INSECTÁRIO: CONSIDERAÇÕES ARTÍSTICAS, na Galeria da Biodiversidade.


Nas reuniões com os artistas, José Manuel Grosso-Silva forneceu-lhes números e estatísticas que ilustram bem o cenário de perigo que enfrentamos: Os insetos representam mais de 70% de todos os seres vivos do planeta. São essenciais para a manutenção dos ecossistemas terrestres, para a vida do ser humano e para a maioria das outras espécies do nosso planeta. 80% das plantas selvagens depende deles para a polinização. 60% das aves utiliza-os como fonte de alimento. Os insetos formam a base de redes alimentares ecológicas complexas, em áreas agrícolas, naturais, mas também urbanas. Responsáveis pela decomposição da matéria orgânica e sua disponibilização para o meio-ambiente, num processo de ciclagem de nutrientes, são essenciais para a manutenção dos solos e vegetações. Em contexto urbano, são fundamentais para o controlo de resíduos (sim, as formigas e as baratas são necessárias!). A presença deles serve, frequentemente, de bioindicador da saúde do ambiente.


Mas os insetos estão a desaparecer! Em certos locais do planeta, populações de insetos diminuíram mais de 70% nos últimos 30 anos. A sua biodiversidade encontra-se ameaçada pelos mesmos fatores que ameaçam os seres humanos: mudanças climáticas, espécies invasoras, perda de habitats naturais. O grande problema são os “efeitos em cascata” que afetarão as cadeias alimentares e, de uma forma geral, os serviços ecossistémicos que os insetos prestam.


É verdade que há insetos que são verdadeiras pragas para ambientes agrícolas e que são responsáveis pela transmissão de doenças graves. Embora estes representem uma minoria, a perceção que temos dos insetos, em geral, é prejudicada por estes estereótipos negativos. É esta visão que temos de mudar. Na inauguração da exposição INSECTÁRIO, esta foi a frase que José Manuel Grosso-Silva mais vezes repetiu: “Só 2% dos insetos nos é prejudicial. Precisamos dos outros todos!”.


As considerações artísticas que os artistas plásticos convidados fizeram sobre o quadro descrito não poderiam ser mais pertinentes, causando em nós impacto estético e reflexão crítica. À entrada da exposição (do lado direito), a enorme tela de Maria Beatitude, “Acobertados por entre a folhagem”, dá visibilidade ao problema dos insetos, ampliando-lhes o tamanho. Mesmo em frente, em “Aprisionados ainda ao avental de nossas mães”, Robert Wiley confronta-nos com um avental feito de malha de arame com lâmpadas dependuradas, feitas de vidro soprado, contendo insetos. Na sala ao lado, “lamprohiza mulsantii ou a Sobrevivência dos Vaga-Lumes”, de Tomás Ribas, evoca o perigo que a luz artificial representa para os vaga-lumes, por impedir que machos e fêmeas se identifiquem e reproduzam. Na sala contígua, a instalação “pano roto”, de Graciela Machado, evoca o sentido de perda e a atenção que temos de prestar às coisas do quotidiano. Na última sala, a instalação “O ruído das minhas folhas é a minha linguagem”, de Catarina Rocha, confronta-nos com um cenário de natureza morta evocando ideias de transformação; mesmo ao lado, a encerrar a exposição, o quadro “Equilibristas”, de Juán Ricardo Nordlinger, evoca a corda bamba em que vivem os insetos, obrigando-os a perigosos exercícios de equilibrismo. Na legenda da obra, Nordingler adverte: “A corda em que [os insetos] se tentam equilibrar não é mais do que a poluição, mudanças de habitat, pesticidas, falta de água e aquecimento global. Dos governos e de nós depende a sua sobrevivência. A NOSSA sobrevivência”.


As obras plásticas dos artistas vão sendo intercaladas, aqui e além, por caixas expositivas com exemplares de insetos da coleção do MHNC-UP. Ao mesmo tempo que nos desafiam a descobrir a inexcedível beleza das suas formas e cores, funcionam como um lembrete de um problema real (existe, temos de o enfrentar). As obras expostas afirmam-se como perspetivas e interrogações sobre formas de preservação destes verdadeiros escultores da beleza, complexidade e diversidade das paisagens, dos quais depende a saúde humana e do planeta.


Por isso quisemos, no contexto da Bienal Internacional de Arte de Gaia 2023, que se afirma como uma “Bienal de Causas”, inscrever a “Causa dos Insetos”. É que, no final de contas, a causa deles é a mesmo a nossa causa.



Fátima Vieira
Vice-Reitora para a Cultura e Museus

Bienal de Fotografia do Porto revela história do Líbano na U.Porto

A exposição Luzes ou Sombras do que foi e Continua a Ser vai estar patente, na Casa Comum, de 18 de maio a 2 de julho. Entrada livre.

São várias as abordagens visuais. Do documentário até à instalação, o storytelling vai assumir diferentes formatos. A exposição Luzes ou Sombras do que foi e Continua a Ser, integrada na 3.ª Bienal de Fotografia do Porto, chega à Casa Comum (à Reitoria) da Universidade do Porto a partir de 18 de maio. E, com ela, traz o convite para quem quiser renovar o olhar sobre a história do Líbano…

O que foi e o que continua a ser

Todos temos, ainda, na memória algumas imagens que nos chegaram naquele fatídico dia 4 de agosto de 2020. Muitos pontos de interrogação até percebermos o que, realmente se teria passado. Beirute foi abalada por  duas fortíssimas explosões que provocaram mais de 100 mortos e milhares  de feridos. Na origem destas explosões estiveram mais de 2 700 toneladas  de nitrato de amónio que tinham sido armazenadas num depósito do porto de Beirute.


Nesta exposição, que apresenta o trabalho de doze fotógrafos libaneses, está um conjunto de acontecimentos que corresponde a  diferentes fases da história do país. Episódios que estes profissionais  testemunharam ao longo dos últimos anos.


Com curadoria de Betty Ketchedjian, Roger Mokbel e Tarek Haddad, a exposição está desenhada de forma a proporcionar uma determinada leitura dos acontecimentos. Não será difícil identificar um padrão, ou uma espécie de carácter cíclico da História do Líbano. Seja através do  documentário, da instalação ou de outros suportes visuais, as abordagens destes doze fotógrafos libaneses são bastante intimistas.


No fundo, o que se pretende é lançar a reflexão sobre como estas narrativas coletivas, de maior escala, conseguem persistir e moldar  várias gerações.


Com entrada livre, Luzes ou Sombras do que foi e Continua a Ser, inaugura às 19h00 do dia 18 de maio. Depois deste momento, a exposição ficará patente até ao público até 2 de julho.

​​Bienal Fotografia
Foto:Untitled, Rima Maroun, While Standing my Ground, 2020

Ser o agente de uma mudança regenerativa

“Como poderemos, conscientemente, fazer parte de um organismo  coletivo global e assumir a responsabilidade de catalisar uma mudança  regenerativa? Poderemos experimentar as dores e alegrias de seres  humanos e não humanos como se fossem as nossas?” Esta é a principal questão lançada pela 3.ª edição da Bienal Fotografia do Porto.


Reunindo um total de 70 artistas e 14 curadores de 27 países, a  edição deste ano estará espalhada por toda a cidade e será subdividida em diferentes núcleos: sustentar, vivificar, expandir e conetar. A exposição que se apresenta na Casa Comum tem como núcleo central,  precisamente, o tema da conexão.


Para mais informações, consultar a página da Bienal de Fotografia do Porto. 


Fonte: Notícias U.Porto

Celebrações do Dia da Marinha trazem à U.Porto colóquio sobre o Mar

​​Colóquio

Não será novidade para muitos que foi uma escola náutica a primeira das instituições de ensino que precederam a Universidade do Porto. Esta ligação ao mar não desaparecerá apesar de o ensino superior no Porto, de tendência universalista, ir abarcando uma cada vez maior diversidade de conteúdos. Hoje, a Universidade do Porto já não forma pilotos, mas mantém uma sólida ação – particularmente visível nas áreas de investigação – no que diz respeito ao conhecimento do mar.


O colóquio O Mar: Tradições e Desafios, a realizar na Reitoria da U.Porto no próximo dia de 19 de maio, entre as 09h30 e as 19h00, está inserido nas comemorações do Dia da Marinha a que a Universidade do Porto foi convidada, este ano, a associar-se, e vai ser um reflexo da multiplicidade de áreas em que nos relacionamos com o mar. A história não será esquecida, é certo, e aparecerá a enquadrar as nossas presentes preocupações com os oceanos, que não são poucas: a inevitável subida das águas que afeta os territórios costeiros, inviabilizando mesmo a ocupação humana de alguns espaços insulares, a sistemática perda de biodiversidade marinha que se reflete inevitavelmente nos recursos oceânicos, a dificuldade que temos em impedir a progressão da poluição apesar da imensidão do território aquático com que o nosso planeta foi bafejado. Para estes vastos desafios, e diversos outros, também as respostas têm de ser múltiplas e nada mudará se as sociedades não mudarem também.


O conhecimento e a tecnologia são fundamentais para que a Marinha desempenhe o seu papel na defesa e segurança do espaço marítimo, sem o qual a gestão dos recursos oceânicos não é possível.  Também neste aspeto a colaboração com a instituição universitária tem sido profícua, com o desenvolvimento e experimentação de novas tecnologias, nomeadamente veículos autónomos de ar, superfície e submarinos.


De todos estes aspetos, e ainda do singular relacionamento da nossa cidade com a realidade marítima, se fará eco o colóquio O Mar: Tradições e Desafios, estabelecendo-se como um espaço de diálogo entre investigadores das duas instituições e destes com o público universitário. Será certamente uma boa ocasião para conhecer os resultados do trabalho de alguns grupos de investigação da Universidade do Porto que trabalham quer nas áreas ambientais quer nas áreas de desenvolvimento tecnológico, e perceber como este trabalho se articula, ou pode articular, com o que é desenvolvido pelos elementos da Marinha Portuguesa.


A participação é gratuita, com inscrição obrigatória.


Programa completo e formulário de inscrição AQUI

Arte e exploração mineira encontram-se no Laboratório Ferreira da Silva

Escombreiras reúne os olhares de seis  artistas sobre territórios de ocupação mineira. Uma exposição para  conhecer de 11 de maio a 11 de junho.

​​Casa Comum Magazine
Exposição “Escombreiras”, patente no Laboratório Ferreira da Silva. (Foto: DR)

Quando cessa a atividade mineira, o que fica no território, no corpo e na memória das populações? “Pensar a saúde dos solos e possíveis implicações de natureza poética” foi o mote do trabalho que levou seis  artistas, todos eles ligados à Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto (FBAUP), a desenvolverem residências artísticas não só para  conhecer o território, mas também para envolver a comunidade local em  atividades educativas e artísticas. E é destas que nasce Escombreiras , título da exposição que pode ser visitada durante um mês, de 11 de maio a 11 de junho, no Laboratório Ferreira da Silva do Museu de História Natural e da Ciência da U.Porto (MHNC-UP).

Reinterpretações do que fica em pó

Partiram para o terreno com os sentidos alerta. Identificaram  tecnologias utilizadas nos locais e cercanias, recolheram material e  criaram “efabulações e reconstituições artísticas coletivas”, começa por  apresentar Graciela Machado.


Nas minas de Regoufe/ Complexo mineiro da Poça da Cadela, um sítio de extração de volfrâmio particularmente ativo no período da segunda guerra mundial, a docente da FBAUP e investigadora do I2ADS (Instituto de Investigação em Arte, Design e Sociedade) desenvolveu  um processo de reprodução de imagens. Depois seguiu para Tartu, na  Estónia, onde, durante dois meses, num museu de imprensa, identificou  tecnologias de reprodução de imagem usadas em livros.


No regresso, a artista escolheu como local para a residência um observatório da ciência, o Instituto Geofísico da U. Porto. Aí colocou uma casa de sabão.

​​Escombreira
Exposição “Escombreiras”, patente no Laboratório Ferreira da Silva. (Foto: DR)

Domingos Loureiro perseguiu a ocupação mineira,  sobretudo do volfrâmio, no Parque das Serras do Porto, da qual resultou  uma intervenção artística que valoriza o simbólico como ação de  recuperação do território e da paisagem.


Susana Soares Pinto focou-se na antiga zona mineira  do Pejão (Castelo de Paiva), nas imediações do Cavalete do Fojo.  Obedecendo a uma abordagem artística, mas também ecológica e social,  desenvolveu com a comunidade, durante dois anos, uma “intervenção experimental de remediação”. Em parceria com a autarquia de Castelo de  Paiva, as associações Sol Nascente e Arcaf, o ICNF e o CENASEF, Susana Soares Pinto desenhou um plano de intervenção com um charco e espécies autóctones.


Carla Cruz, Cláudia Lopes e Miguel Leal trabalharam,  sobretudo, o território do Geoparque de Arouca. Procuraram resíduos  resultantes das atividades mineiras na paisagem, mas também os “resíduos politico-poéticos” deixados nos corpos e na memória das gentes e da  terra.

Porquê Escombreiras?

Os trabalhos expostos foram desenvolvidos no âmbito do projeto de investigação SHS – Soil Health Surrounding, que pretendia avaliar o impacto dos resíduos resultantes das atividades mineiras da exploração de carvão depositados em escombreiras (locais  onde se acumulam fragmentos de material não aproveitável).


O objetivo passava ainda por avaliar esta fonte de poluição nos solos  e aquíferos (rochas porosas), identificar medidas de mitigação, recuperar a saúde destes recursos, abordar o respetivo impacto  sociológico e a perceção dos riscos por parte da  população.


Ora, sendo esta a matéria-prima, os artistas focaram o seu trabalho  na ideia de “um acumulativo de resíduos no sentido mais abrangente, isto  é, resíduos depositados em escombreiras, resíduos arquitetónicos, mas também os resíduos politico-poéticos deixados nas paisagens e nos corpos, na memória das gentes e da terra e além fronteiras”, explica  Gabriela Machado. Daí a escolha do nome.

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Exposição “Escombreiras”, patente no Laboratório Ferreira da Silva. (Foto: DR)

Sobre os artistas

Graciela Machado é docente na FBAUP e investigadora do i2ADS. É coordenadora do projeto Pure PRINT e desde 2023, moderadora do Grupo de interesse Pure Print Archeology, onde implementa a metodologia "arqueologia tecnológica" como base de investigação artística. É gravadora focada em questões de exploração de  tempo e paisagem.


Domingos Loureiro é docente na FBAUP e investigador do i2ADS, onde trata questões relacionadas com o território e a pintura.


Miguel Leal 
é docente na FBAUP e investigador do  i2ADS. O seu trabalho oscila entre diferentes formatos e suportes.  Estudou Belas Artes, Pintura, História da Arte, Filosofia e comunicação e Linguagem.


Susana Soares Pinto 
é antiga estudante da  FBAUP e investigadora no i2ADS. Cria instalações imersivas recorrendo ao vídeo, som e desenho com colaborações de outros artistas. Tem realizado trabalho junto de comunidades, envolvendo-as no processo de realização  da obra.


Carla Cruz é colaboradora i2ADS e professora na EAAD Universidade do Minho. Entre 2011 e 2020 desenvolveu o projeto Finding Money com António Contador, e, desde 2007, mobiliza com Ângelo Ferreira de Sousa a Associação de Amigos da Praça do Anj@. Desde 2020 que desenvolve um projeto especulativo sobre temporalidades não-humanas com Cláudia Lopes.


Claudia Lopes 
é artista e facilitadora de projetos artísticos participados. Desde 2001 que apresenta a sua obra em exposições individuais e coletivas.


Escombreiras
pode ser visitada no Laboratório Ferreira da Silva (com entrada pelo Jardim da Cordoaria) de terça-feira a domingo, das  10h00 às 13h00 e das 14h00 às 18h00 (última entrada às 17h30). 


Fonte: Notícias U.Porto

Maio na U.Porto

Para conhecer o programa da Casa Comum e outras iniciativas, consulte a Agenda Casa Comum ou clique nas imagens abaixo.

Luzes ou Sombras do que foi e Continua a Ser | Bienal Fotografia do Porto

18 MAI a 02 JUL'23 
Exposição  | Casa Comum
Entrada Livre. Mais informações aqui

Abducted Realities, de Mark Amerika

De 17 ABR a 13 MAI'23
Exposição  | Casa Comum
Entrada Livre. Mais informações aqui

Ciclo de Debates: Educação a distância

16 MAI, 07 e 27 de JUN'23 | 10h30
Debate  | Casa Comum
Entrada Livre. Mais informações aqui

O canto no ocaso, de Rui NunesApresentação do livro

17MAI'23 | 18h30
Apresentação de Livro  | Casa Comum
Entrada Livre. Mais informações aqui

O Mar: Tradições e DesafiosColóquio

19 MAI'23 | 9h30-18h00
Colóquio  | Reitoria da U.Porto
Entrada Livre. Mais informações, programa e inscrições aqui

ECO: Ecoar o Eu Comunitário

De 20 a 27 MAI'23 
Exposição | Casa Comum
Entrada Livre. Mais informações aqui

Insectário - Considerações Artísticas

De 8 MAI a 8 JUL'23
Exposição  | Galeria da Biodiversidade
Entrada Livre. Mais informações aqui

Escombreiras

De 11 MAI'23 a 11 JUN'23
Exposição | Pólo central do Museu de História Natural e da Ciência da U.Porto
Entrada Livre. Mais informações aqui

O Museu à Minha Procura

Até SET'23
Exposição | Pólo central do Museu de História Natural e da Ciência da U.Porto
Entrada Livre. Mais informações aqui

Qhapaq Ñan: o grande caminho Inca

Até 28 MAI'23
Exposição | Polo Central do Museu de História Natural e da Ciência da U.Porto
Entrada Livre. Mais informações aqui

Sombras que não quero ver, de Helder de Carvalho

DE 18 ABR'23 até 2024 | 18h00
Exposição  | FCNAUP
Entrada Livre. Mais informações aqui

Hestnes Ferreira , Forma - Matéria - Luz

Até 29 JUL'23
Exposição | Fundação Marques da Silva
Mais informações aqui

TARDES DE MATEMÁTICA

17 JUN e 14 OUT'23 | 16h00
Conversa, Ciência  | Casa Comum
Entrada Livre. Mais informações aqui

CORREDOR CULTURAL DO PORTO 

Condições especiais de acesso a museus, monumentos, teatros e salas de espetáculos, mediante a apresentação do Cartão U.Porto.
Consulte a lista completa aqui

Educação a distância em discussão na Universidade do Porto

Ciclo de debates com a participação de  especialistas nacionais e internacionais vai decorrer de 16 de maio a 27  de junho, na Casa Comum. Inscrição gratuita.

​​U.Porto press
Especialistas vão debater o potencial da educação a distância num cenário pós-pandémico. Foto: Egidio Santos/U.Porto

O que é que a pandemia nos ensinou sobre a Educação a distância? Quais as práticas seguidas e o que poderia ser melhorado? E de que forma poderão os estudantes do futuro ser mais bem-sucedidos na  Universidade? Estas são algumas das questões que vão estar em discussão  no Ciclo de Debates: Educação a Distânciapromovido pela Reitoria da Universidade do Porto, no âmbito do projeto Skills for a Next Generation U.Porto (Upskilling U.Porto).


Através desta iniciativa, pretende-se lançar para o debate um  conjunto de temas atuais, ainda que nem sempre consensuais, ligados à  Educação a distância. Temas que serão discutidos por especialistas e nacionais e internacionais num conjunto de três sessões abertas ao público em geral, e a decorrer nos espaços da Casa Comum (à Reitoria) da U.Porto.


O primeiro debate está agendado para as 10h30 do dia 16 de maio, e terá como foco o Ensino Remoto de Emergência vs. Ensino a Distância.


A "Microcredenciação" e a "Interação e socialização no ensino a distância" serão os temas das restantes sessões, agendadas para os dias 7 e 27 de junho, respetivamente, sempre às 10h30.


“No final deste ciclo de debates, esperamos conhecer mais e melhor alguns modos de funcionamento que nos permitirão aperfeiçoar o nosso modelo de ensino a distância. É a partir daqui que construiremos uma oferta formativa mais ampla, diversificada e atrativa para todos”,  projeta Sónia Rodrigues, Pró-Reitora da U.Porto com o pelouro da Inovação Pedagógica, Melhoria Contínua e Promoção da Língua Portuguesa.


A participação nos debates é gratuita, mediante inscrição prévia. Mais informações aqui. 


Fonte: Notícias U.Porto

​​Educação a distância

Estudantes da FCUP e FAUP mostram os espaços que (n)os unem

Exposição de desenhos da autoria de estudantes  de Arquitetura e de Arquitetura Paisagista estará patente de 11 a 25 de maio, na Faculdade de Ciências. Entrada livre.

​​U.Porto press
Desenho da autoria de Mariana Maia Rocha, do Mestrado Integrado em Arquitetura (Foto: DR)

Todas as semanas, há mais de duas décadas, estudantes do 1.º ano da Licenciatura em Arquitetura Paisagista, da Faculdade de Ciências (FCUP), e do Mestrado Integrado em Arquitetura, da Faculdade de Arquitetura (FAUP) da Universidade do Porto, juntam-se para a aula da Unidade Curricular de Desenho 1. De bloco e lápis na mão, da sala de aula à cidade invicta, desenham desde espaços interiores e exteriores, entre  edifícios e jardins icónicos da cidade do Porto, até detalhes,  aparentemente mais singelos, de frutas e legumes. Uma seleção desses trabalhos está à vista na exposição Espaços que nos unem, patente nos vários edifícios da FCUP, de 11 a 25 de maio. 


“O Desenho tem permitido uma comunhão  interdisciplinar muito interessante entre os estudantes das duas  faculdades, sendo aqui que se começa a alicerçar uma relação que se  deseja que continue ao longo das suas vidas profissionais”, descreve Cláudia Fernandes,  diretora da licenciatura em Arquitetura Paisagista da FCUP e curadora  da exposição. Por outras palavras, tanto os estudantes de Arquitetura Paisagista desenham edifícios como os de Arquitetura desenham jardins.

​​U.Porto press
Desenho da autoria de Maria Inês Faia, de arquitetura paisagista.

“Foram considerados alguns desenhos  que se debruçam sobre temas que relacionam de modo íntimo, os Cursos de  Arquitetura Paisagista e do Mestrado Integrado em Arquitetura”,  complementa o também curador da exposição, José Maria Lopes, docente da FAUP e responsável pela UC Desenho 1.


São exemplos espaços de união entre  estas duas faculdades na cidade do Porto, o edifício da Reitoria, os  edifícios de Ciências, Arquitetura e Belas Artes, assim como jardins  como os do Palácio de Cristal e da Cordoaria.


Participaram ainda na seleção de  desenhos os docentes da FAUP Jorge Abade, José Manuel Barbosa e Nuno  Sousa, que também lecionam esta unidade curricular. 

​​U.Porto press
Desenho da autoria de Lucas Keller, estudante do Mestrado Integrado em Arquitetura, na FAUP. (Foto: DR)

Para além de um número alargado de  desenhos em formato físico, a exposição Espaços que nos Unem contempla  ainda uma galeria digital com mais de 500 trabalhos realizados ao longo  dos diversos anos. 


A entrada é livre.


Fonte: Notícias U.Porto

Há novos podcasts no espaço virtual da Casa Comum

57. Poetas, Yvette K. Centeno

“Poetas”, de Yvette K. Centeno, in Existir, Edição Eufeme, março de 2022 (ISBN não disponível), pp. 77-78.

58. “Cultural Impact of ‘The Exorcist’”, de realizador desconhecido (1973)
Comentário de Bárbara Antunes (Curso Avançado de Documentário KINO-DOC)


59. “God Speed You! Black Emperor”, de Mitsuo Yanagimachi (1976)
Comentário de Pedro Rodrigues (Curso Avançado de Documentário KINO-DOC).

Mais podcasts AQUI


FAUPFEST! volta a levar música aos jardins de Arquitetura

Festival organizado pelos estudantes da FAUP  regressa a 19 de maio. Sensible Soccers, Solar Corona e Meta são alguns  dos nomes confirmados.

​​U.Porto press
Os Sensible Soccers são os cabeças-de-cartaz do FAUPFEST! 2023. Foto: DR

Os jardins da Faculdade de Arquitetura da Universidade do Porto (FAUP) recebem, no próximo dia 19 de maio, a sétima edição do FAUPFEST!, o festival de música organizado pela Associação de Estudantes da FAUP (AEFAUP).


Com início marcado para as 16h00, e estendendo-se até à madrugada do dia seguinte (4h00), os concertos distribuir-se-ão por três palcos  distintos. Por ali passarão projetos e artistas nacionais emergentes  como Sensible Soccers, Solar Corona, Meta, Pibxis, Baleia Baleia Baleia,  Kurtis Klaus Ensemble, entre muitos outros (ver cartaz completo).


Para além da música, esta edição do FAUPFEST! traz também a habitual “feirinha” de artistas, um espaço dedicado à venda de merchandising e de livros e de variadas opções de street food.


Os bilhetes para o festival estão disponíveis para venda online ou na sede da AEFAUP, pelo preço de pré-venda de 7 euros, e garantem o acesso aos dois palcos principais. 


Fonte: Notícias U.Porto

Alumni da U.Porto

Abílio Adriano de Campos Monteiro

​​​​EU University & Culture Summit / Day 1, Afternoon
Abílio Adriano de Campos Monteiro

Abílio Adriano de Campos Monteiro, filho de José Carlos Monteiro e de Maria Joaquina de Campos, nasceu em Torre de Moncorvo a 7 de março de 1876.


Após a realização do exame de instrução primária, transferiu-se, aos 8 anos de idade, para a zona de Ribeira Lima, na companhia de um tio. Concluiu os estudos liceais em Viana do Castelo, em 1891.


Cedo revelou a sua vocação literária. Aos 15 anos já escrevia n'O Moncorvense e, mais tarde, nos periódicos vianenses Jornal de Viana, A Vida Nova e Aurora do Lima e no portuense Pontos e Vírgulas.


Em 1894 inscreveu-se na Academia Politécnica do Porto e, entre outras obras, redigiu o primeiro livro de poesia, intitulado Arco-Íris, e o folheto Pró-Pátria.


No ano letivo de 1896-1897 concluiu os preparatórios de Medicina e matriculou-se na Escola Médico-Cirúrgica do Porto. Durante o curso, casou com Olívia Barros Coutinho (1897), filha do médico Tavares Coutinho, viu nascer os filhos mais velhos, Germano e Heitor (mais tarde nasceriam Celeste e Ofélia) e dedicou 4 sonetos ao professor João Pereira Dias Lebre (1829-1900), depois publicados num opúsculo.


Em 1902 concluiu a licenciatura com a defesa da dissertação inaugural intitulada A Neurasthenia (Apontamentos e opiniões).


Campos Monteiro dedicou toda a sua vida às Letras. Foi jornalista, romancista e poeta, mas também dramaturgo, tradutor, conferencista e autor de cerca de 100 prefácios de livros. De entre as suas publicações podem destacar-se Os Lusíadas Anotados e Parafraseados, compêndio escolar largamente utilizado, a monografia Entre Douro-e-Minho da coleção Portugal, da Exposição Ibero-americana de Sevilha (1929), a biografia de Zé do Telhado e a obra Saúde e Fraternidade, relato satírico da política nacional dos anos 20 e que foi a obra mais vendida durante o primeiro quartel do século XX.


Dirigiu a Argus, revista mensal ilustrada, publicada entre maio e julho de 1907 e, com Ferreira de Castro, foi cofundador da Civilização – Grande Magazine Mensal, editada entre 1928 e 1937. Foi, também, um dos promotores do semanário humorístico Maria Rita. Ao longo da sua carreira usou vários pseudónimos literários, tais como: Abel Moreno, Aloísio, António Pobre, Almo, Abimont, Mercúrio, Hamilton, Gil Barbeira, Catulo, Turidu e Marcial Jordão. Colaborou nos seguintes periódicos: Lucta de Bouças, O Leça, O Lidador, Debate, Época, Jornal de Notícias, O Primeiro de Janeiro, Ilustração Moderna, Comércio de Lima, Distrito de Viana, A Pátria (vespertino monárquico que dirigiu), A Voz Pública, Monitor, Limiana, Revista de las Españas, Colónia Portugueza (S. Paulo) e Almanak de Ponte de Lima.


Além de observador e crítico da política nacional, foi um cidadão interventivo, distinguindo-se no desempenho de várias funções públicas. Foi administrador do concelho da Maia, deputado monárquico pelo distrito do Porto durante a governação de Sidónio Pais (1918) e capitão-médico miliciano (nomeado a 19 de novembro de 1917), servindo no Distrito de Recrutamento n.º 18. Acabou por ser demitido do posto de major, a 28 de agosto de 1919. Campos Monteiro foi, também, presidente da Associação dos Jornalistas e Homens de Letras do Porto, do Clube dos Girondinos e do Grupo dos Modestos e vice-presidente da Associação Médica Lusitana.


Campos Monteiro, um dos escritores mais populares do seu tempo, morreu a 4 de dezembro de 1933, na sua casa de S. Mamede de Infesta.


Sobre Abílio Campos Monteiro (up.pt)

Para mais informações consulte o site da Casa Comum - Cultura U.Porto

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