OUVIR
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Tudo se passa a nível térreo. No chão há almofadas para quem se queira sentar ou deitar. Prefiro sempre a última opção. A Produção baixa as luzes. De olhos fechados, todos ouvimos: primeiro uma paisagem sonora, depois a leitura de poemas pelo poeta em foco. Trata-se de uma gravação. O poeta está ao nosso lado, normalmente deitado, também de olhos fechados. Ouve-se, como nós o ouvimos; no final da gravação, quando lhe é perguntado como se sentiu ouvindo-se, a reação é invariavelmente de estranhamento: está habituado a ouvir-se enquanto lê, em sessões de poesia, mas não a ouvir-se assim, despojado do gesto e do semblante que sempre ajudam à performance. Aqui ouvimos apenas. Ouvir. 59 minutos de imersão poética é fruto da parceria entre a Casa Comum e a Porto Editora. Temos vindo a ouvir, um a um, poetas publicados na coleção O Elogio da Sombra, com curadoria de Valter Hugo Mãe. A palavra poética, assim concentrada na escuridão, levanta-se da página. A maior parte das vezes causa um vendaval – e leva-nos, a todos, no turbilhão.
No início da sessão, uma paisagem sonora põe-nos alerta. Um dos estudantes de doutoramento de Gilberto Bernardes, professor na Faculdade de Engenharia, recorre a sons para construir uma narrativa crítica dos poemas. Divirto-me a espreitar a reação do poeta à toada recriada dos seus poemas.
Na próxima terça-feira, dia 16 de novembro, seremos assaltados pelo dicionário poético de Jorge Melícias. Ainda antes do final do ano, no dia 7 de dezembro, André Tecedeiro vai ensinar-nos a pensar ao contrário. O convite fica aqui feito a toda a comunidade: há uma almofada à vossa espera na Casa Comum.
Fátima Vieira, Vice-Reitora para a Cultura, Museus e Editora
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Universidade do Porto assinala o Dia Europeu do Património Académico
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Celebração inédita acontece a 18 de novembro e vai permitir explorar gratuitamente alguns dos "tesouros" do património da U.Porto. O edifício da Reitoria será um dos espaços da U.Porto que vai abrir as portas à comunidade no dia 18 de novembro. Foto: Egidio Santos/U.Porto
Pela primeira vez, as 16 instituições de ensino superior que integram o Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas (CRUP) abrem as suas portas para, em conjunto, assinalarem, a 18 de novembro, o Dia Europeu do Património Académico. A iniciativa é da Comissão Especializada de Cultura do CRUP, ativada pela Universidade Porto durante o primeiro Encontro Nacional Universidade e Cultura, realizado em dezembro passado. Do continente às ilhas, mais de cinco dezenas de eventos prometem revelar histórias sobre o património académico. Na U.Porto, o convite é para começar a manhã na Fundação Instituto Marques da Silva. Logo às 9h30, haverá uma oficina de maquetes conduzida por estudantes da Faculdade de Arquitetura da U.Porto, coordenados por Luís Urbano.
Duas horas depois, às 11h30, o convite passa por pôr As mãos na terra, título da iniciativa que desafia os participantes a colaborar na preservação e conhecimento do património natural que integra o museu vivo que é o Jardim Botânico da Universidade do Porto. Os interessados podem inscrever-se através do e-mail jardimbotanico@mhnc.up.pt
Da parte da tarde, a partir das 14h30, as celebrações mudam-se para o edifício da Reitoria da U.Porto, a reboque das “histórias que contam a história” da “casa mãe” da Universidade. Para desvendá-las, basta acompanhar a visita orientada pela historiadora de arte Susana Pacheco Barros que irá passar por espaços emblemáticos como a escadaria principal, o salão nobre, a sala do conselho e a biblioteca do Fundo Antigo deste histórico edifício.
Para quem não visitou, esta será também uma oportunidade para ficar a conhecer a exposição José Rodrigues, o Guardador do Sol, patente na Casa Comum, e que assinala os 85 anos do nascimento do escultor portuense, antigo estudante e professor da Escola Superior de Belas Artes do Porto, antecessora da Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto. A visita será conduzida por um dos curadores, Alexandre Lourenço. As inscrições fazem-se através do e-mail cultura@reit.up.pt.
Para celebrar o Dia Europeu do Património Académico a Casa-Museu Abel Salazar também propõe uma visita orientada à sua exposição permanente e à exposição temporária “Clube Recreativo: a Caricatura no percurso académico de Abel Salazar”. Esta mostra procura destacar a produção de caricaturas, uma das dimensões menos conhecidas na multifacetada obra do patrono desta instituição. Para se inscrever, basta enviar um e-mail para cmuseu@reit.up.pt.
A Cultura em prol um mundo “mais inclusivo, tolerante e democrático”Esta celebração inédita do Dia Europeu do Património Académico surge num contexto em que, como destaca Fátima Vieira, da Presidência da Comissão Especializada de Cultura do CRUP, compete às universidades disponibilizar “instrumentos para a compreensão do mundo, tornando-o um lugar mais inclusivo, tolerante e democrático”. A também vice-reitora com o pelouro da Cultura da U.Porto acrescenta que só assim “se constroem as bases de uma comunidade que imagina, questiona, explora e se interessa pelo Outro”, consolidando “valores sociais, ecológicos e de cidadania”.
A preservação e divulgação do património académico tangível e intangível são objetivos da Rede Universeum (European Academic Heritage Network) que lançou o desafio às universidades para que partilhem as suas histórias. A Universeum defende o acesso e a promoção de coleções universitárias, museus, arquivos, bibliotecas, jardins botânicos, observatórios astronómicos, etc.
Como participar?As iniciativas inseridas nas comemorações do Dia Europeu do Património Académico são de participação gratuita, bastando fazer a inscrição através dos endereços de e-mail referidos acima. Em todo o país, as instituições de ensino superior prepararam mais de cinco dezenas de eventos. O programa nacional pode ser consultado aqui.
Recorde-se que o primeiro Encontro Nacional Universidade e Cultura foi promovido pela U.Porto em dezembro de 2020. O segundo encontro realiza-se a 18, 19 e 20 de novembro, desta vez na Universidade Nova de Lisboa.
Fonte: Notícias U. Porto
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U.Porto revisita memórias da guerra colonial através das artes
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O filme Cartas da Guerra, de Ivo Ferreira, servirá de pretexto para uma conversa entre Maria João Castro e Jorge Campos sobre o impacto da guerra colonial na sociedade portuguesa.
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No próximo dia 19 de novembro, pelas 21h00, o auditório da Casa Comum (Reitoria) da Universidade do Porto apresenta Cartas da Guerra. O filme (2016) de Ivo Ferreira tem por base as cartas que o escritor António Lobo Antunes enviou à mulher durante o ano de 1971, enquanto exercia as funções de médico em Angola, incorporado no exército português. São cartas escritas num cenário de violência e, ao mesmo tempo, de crescente consciência política. É uma iniciativa que surge no âmbito da programação paralela à exposição José Rodrigues, o Guardador do Sol, patente nas Galerias da Casa Comum. Após a exibição do filme, Maria João Castro, Professora da Escola Superior de Música e Artes do Espetáculo (ESMAE) e investigadora no Centro de Investigação Transdisciplinar Cultura, Espaço e Memória (CITCEM), sediado Faculdade de Letras da U.Porto, e Jorge Campos, Professor da ESMAE, jornalista e realizador de cinema, vão refletir sobre o impacto que a guerra colonial teve na sociedade portuguesa, mais especificamente no cinema português.
A iniciativa terminará com uma visita à exposição José Rodrigues, o Guardador do Sol, orientada por Alexandre Lourenço, um dos curadores da exposição.
A entrada nesta sessão é gratuita, ainda que limitada aos lugares existente na sala.
Cartas de Guerra de Ivo Ferreira, o filme em exibição na Casa Comum
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Viagem pela históriaJosé Rodrigues foi recrutado para Angola, tendo sido incorporado numa Companhia de Caçadores em Luanda, no ano de 1961. A consciência política, associada ao facto de ter nascido em Luanda, marcou profundamente parte da sua produção artística, exponenciada no seu trabalho final de formação na Escola Superior de Belas Artes do Porto, precursora da Faculdade de Belas Artes, O Guardador do Sol. No primeiro módulo da exposição patente na Casa Comum poderão ser revisitadas algumas das obras da década de 1960 e 1970 que também marcaram este período do artista, tais como, O Guardador das Estrelas,
A Cabeça do Guerreiro, ou os desenhos da série Lágrimas.
O visitante poderá ainda ler alguns extratos de correspondência que José Rodrigues estabeleceu com um amigo, elucidativa da dor e revolta do artista perante a guerra.
Esta iniciativa está integrada num ciclo de atividades que tem como principal objetivo refletir sobre alguns dos temas abordados na exposição José Rodrigues, O Guardador do Sol.
Fonte: Notícias U.Porto |
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Novembro na U.PortoPara conhecer o programa da Casa Comum e outras iniciativas, consulte a Agenda Casa Comum ou clique nas imagens abaixo. |
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José Rodrigues, o Guardador do SolEntrada livre. Mais informações aqui
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A Guerra Colonial nas ArtesCinema, Conversa, Visita Guiada | Casa Comum Entrada livre. Mais informações aqui
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[af]_Autofocus Blended Leaning eSeminarsSeminário | Reitoria da U.Porto, FAUP e ULP Participação gratuita. Mais informação e registo aqui
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Ouvir, 59 Minutos de Imersão Poética com Jorge MelíciasEntrada livre. Mais informações aqui
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Grandes Autores da Literatura Italiana - Alessandro ManzoniLiteratura, Música | Casa Comum Entrada livre. Mais informações e reservas aqui
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Splendid Isolation de Lea VidakovicExposição | Galeria da Biodiversidade Entrada livre. Mais informações aqui
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Bartolomeu Costa Cabral / um arquivo em construçãoExposição | Fundação Marques da Silva
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Patchwork: A Arquitectura de Jadwiga Grabowska-HawrylakEntrada livre. Mais informações aqui
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Coreografias do Riso de Bárbara FonteExposição | Casa-Museu Abel Salazar
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IMPRESSÕES DA NATURALIA: ENSAIOS ENTRE JARDINSExposição | Galeria da Biodiversidade e FBAUP Entrada livre. Mais informações aqui
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RUÍDO11, 12, 25, 26 NOV'21 | 21h00
13, 24, 27 NOV'21 | 19h00
Espetáculo de divulgação científica | Planetário do Porto Entrada gratuita. Mais informações e reservas aqui
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CICLO DA VIDAEntrada livre. Mais informações aqui
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CORREDOR CULTURAL DO PORTO Condições especiais de acesso a museus, monumentos, teatros e salas de espetáculos, mediante a apresentação do Cartão U.Porto. Consulte a lista completa aqui
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Jorge Melícias e André Tecedeiro levam poesia aos serões da Casa Comum
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As próximas sessões do ciclo "Ouvir: 59 minutos de imersão poética" vão decorrer nos dias 16 de novembro e 7 de dezembro. A entrada é livre. Ambas as sessões vão decorrer no auditório da Casa Comum e são abertas ao público. Foto: U.Porto
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Jorge Melícias e André Tecedeiro são os poetas que se seguem. Apagamos as luzes e deixamos a palavra entrar e a voz tamborilar na pele. Seja bem-vindo às próximas sessões imersivas de poesia promovidas no âmbito do ciclo Ouvir: 59 minutos de imersão poética, resultado de uma parceria inédita entre a Reitoria da Universidade do Porto e a Porto Editora. Dias 16 de novembro e 7 de dezembro, às 18h30, nem é preciso bater, basta entrar no auditório da Casa Comum. Começamos, então, pela tarde de terça-feira, dia 16 de novembro. Na coleção elogio da sombra (catálogo com curadoria de Valter Hugo Mãe), Jorge Melícias publicou a oratória dos mansos. Para além da reunião da poesia do autor, a obra – publicada em 2020, pela Porto Editora – apresenta um livro de inéditos, eu morrerei deste século às mãos de quem?.
Composto por sonetos, este livro é descrito por Valter Hugo Mãe como um “surpreendente poemário” que “dessacraliza o verso, assumindo-o enquanto performático”. Para o curador da coleção, a obra de Jorge Melícias é como “(…) uma fúria concêntrica, reduzindo o espectro do que é possível dizer para abarcar apenas uma essência de pendor utópico e já tão eloquente quanto louca”.
Para além da extensa produção poética, Jorge Melícias tem também sido responsável por traduzir para português a obra de vários autores, entre os quais Saint-John Pearse, Leopoldo María Panero, Rosario Castellanos ou ainda Martín López-Vega.
Jorge Melícias vai apresentar alguns dos sonetos presentes na obra “a oratória dos mansos”, publicada em 2020. (Foto: Gregório Brunning) A última sessão do ano acontece a 7 de dezembro e traz um escritor que Valter Hugo Mãe considera ser um dos mais importantes poetas portugueses deste século. O protagonista é André Tecedeiro, poeta e artista plástico. A axila de Egon Schiele (poesia reunida 2014-2020), da Porto Editora, é o título que reúne toda a sua obra poética. “Às voltas com as questões do corpo, a profundidade da sua poesia breve e de aparência simples apresenta-se como uma hipótese de completude” afirma Valter Hugo Mãe. “O homem que Tecedeiro implica é aquele que falta, o que faz falta, o que ainda nos pode ensinar e deslumbrar. (…) Apela à minha sensibilidade sobretudo o jeito que tem de se estudar sem sucumbir à angústia. Não lhe falta contundência, clareza ou sobriedade, mas não se entrega exctamente a um aparato trágico de efeitos alardes ou exagerados. É um pensador junto à ciência possível. Interessa-lhe conhecer e mudar. Interessa-lhe a arte e a sabedoria, como se estivesse ao pé de educar a própria natureza. Ao pé de educar o corpo”, acrescenta o escritor e coordenador da coleção elogio da sombra.
André Tecedeiro vai trazer À Casa Comum alguns excertos de A axila de Egon Schiele (poesia reunida 2014-2020), obra publicada em 2020. (Foto: DR) A entrada nas sessões é livre, mas limitada à lotação da sala. Sobre André Tecedeiro e Jorge MelíciasAndré Tecedeiro nasceu em Santarém em 1979, mas vive e trabalha em Lisboa. Estudou Escultura e Pintura (licenciatura) na Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa, Artes Visuais Intermédia (mestrado) na Universidade de Évora e Psicologia na Universidade de Lisboa, com especialização em Psicologia dos Recursos Humanos, do Trabalho e das Organizações. Enquanto artista plástico, realizou mais de cinco dezenas de exposições e foi nomeado para os prémios Fuso (2015); Cena d’Arte (2004); Celpa-Vieira da Silva (2003); Fidelidade Jovens Pintores (2002). A sua poesia foi tema de uma sessão do Clube dos Poetas Vivos, (Teatro Nacional D. Maria II, 2019), de uma leitura encenada do ciclo Da Voz Humana (Livraria Ferin, Lisboa, 2019) e de diversos programas de rádio e podcasts. Escolheu o seu próprio nome, que usa legalmente desde 2017.
Jorge Melícias nasceu em 1970, em Coimbra. É autor de vários livros de poesia como disrupção (2009), alvídrio (2013) e hybris (2015). Como tradutor, verteu para português, entre outros, Saint-John Perse, Leopoldo María Panero, Antonio Gamoneda, Miriam Reyes, Hugo Mujica, María Negroni, Saint-Pol-Roux, Rosario Castellanos, José Antonio Ramos Sucre, Martín López-Veja, Julio Llamazares, José Sbarra, uma Antologia da poesia cubana contemporânea e uma Antologia de poetas suicidas de língua espanhola, mortos entre o princípio do séc. XX e o princípio do séc. XXI.
Tem poemas traduzidos para línguas como o espanhol, o inglês, o francês, o finlandês, o servo-croata, o letão ou o lituano e publicados em várias antologias e revistas, nacionais e estrangeiras, como a Inimigo Rumor, a Confraria do Vento, a Zunái ou a Coyote (no Brasil), a Literatura ir Menas ou a Naujoji Romuva, de Vilnius, a 26, studies of poetry and poetics, ou a 2nd Mind, de São Francisco.
Fonte: Notícias U.Porto
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Há novos podcasts no espaço virtual da Casa Comum
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11. Viver com uma doença autoimune: quando o corpo combate contra si mesmo
Por que razão combate o corpo contra si mesmo? Que impacto tem uma doença autoimune na vida dos doentes? De que modo é que a medicina tem respondido a estas doenças? Que avanços científicos tem havido nesta área? O que podemos esperar no futuro? Já são mais de 100 as doenças autoimunes e a sua prevalência tem crescido nos países desenvolvidos. Em Portugal estima-se que haja cerca de meio milhão de doentes, cinco por cento da população nacional. Em “Viver com uma doença autoimune: quando o corpo combate contra si mesmo”, promovemos um olhar interdisciplinar sobre as doenças autoimunes, abrindo espaço à partilha de conhecimentos sobre os desafios e as necessidades de quem vive com este tipo de doenças, de quem cuida e de quem investiga. Os nossos convidados são: António Marinho, assistente hospitalar graduado de Medicina Interna do Centro Hospitalar Universitário do Porto e coordenador do Núcleo de Estudos de Doenças Autoimunes da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna; Salomé Pinho, group leader do Grupo de Investigação “Imunologia, Cancro e GlicoMedicina” (IPATIMUP/i3S) e professora afiliada da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto; e Leonor Kendall, cujo testemunho sobre a sua experiência de doença constitui parte essencial deste diálogo interdisciplinar. (26.10.2021) Com Susana Magalhães e Manuela Vidigal Bertão, GERMEN
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29. Passadores i contrabandistas Samartino d’Angueira, adonde las cuontas d’eimigraçon, de passadores i de contrabando mos deixan presos a las cumbersas durante horas i horas a filo. Poder oubi-las de ls protagonistas ye un prebileijo. Que l filon nun acabe… Bien háiades Tie Marie i Tiu Diamantino.
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Arquitetura cruza-se com a Filosofia e as Ciências em ciclo de conferências
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O programa Autofocus Blended Leaning eSeminars realiza-se nos dias 15 e 16 de novembro e vai percorrer diferentes espaços do Porto.
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É sob o lema Arquitetura: a Filosofia e as Ciências que se desenvolve, nos próximos dias 15 e 16 de novembro, o programa de conferências e palestras Autofocus Blended Leaning eSeminars, resultado de uma parceria entre o Mind Language Action Research Group do Instituto de Filosofia da Universidade do Porto (IF-UP), o Centro de Estudos de Arquitetura
e Urbanismo da Faculdade de Arquitetura da U.Porto (CEAU/FAUP) e o Centro de Investigação em Território, Arquitetura e Design/GI da Faculdade de Arquitetura e Artes da Universidade Lusíada – Norte/Porto. A primeira conferência arranca às 9h30 da manhã de dia 15, segunda-feira, na Reitoria da U.Porto, e tem como convidado especial e conferencista principal Michael Arbib, da Universidade da Califórnia em San Diego (EUA).
Nesta sessão, o neurocientista norte-americano vai apresentar o seu último livro, intitulado When Brains Meet Buildings (2021). Da parte da tarde, Michael Arbib estará na FAUP para proferir uma palestra que irá desenvolver o tema central do livro: Neuromorphic Architecture.
Na terça-feira, dia 16, o evento “muda-se” para a Faculdade de Arquitetura e Artes da Universidade Lusíada Norte-Porto. Durante a manhã, serão debatidas questões relacionadas com Architecture & Neuroscience: an overview. Para a parte da tarde, está prevista nova palestra de Michael Arbib, intitulada Memory and Imagination: Towards: Towards a Cognitive Neuroscience of the Architectural Design, a que se seguirá um período de debate com os investigadores.
A participação é gratuita, mas sujeita a inscrição obrigatória. As sessões ao vivo serão transmitidas via streaming, gravadas e posteriormente editadas, bem como disponibilizadas brevemente, e em acesso aberto, na plataforma digital ABLeS INTERSECTIONS.
Fonte: Notícias U.Porto
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A arte saiu à rua! E agora vai a "julgamento" na FDUP
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A conferência internacional "A arte saiu à rua: a tutela jurídica do graffiti" acontece no dia 18 de novembro, na Faculdade de Direito da U.Porto.
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Miguel Januário, mais conhecido por ± (Mais Menos), Rafi die Erste e Gonçalo Mar são alguns dos artistas com presença confirmada na conferência internacional A arte saiu à rua: a tutela jurídica do graffiti, que vai ter lugar no próximo dia 18 de novembro, sexta-feira, na Faculdade de Direito da U.Porto (U.Porto). A prática do graffiti movimenta-se numa zona de contágios entre diferentes disciplinas. "Há mais perguntas do que respostas", reconhece Maria Raquel Guimarães, responsável pela coordenação do evento.
Da Economia ao Direito e da Sociologia ao Marketing, da propriedade intelectual à criminologia e da publicidade à inclusão social, dia 18 de novembro será, então, o dia de lançar todas as dúvidas e procurar pelas respostas.
Miguel Januário ± (Mais Menos), será um dos participantes nesta conferência (Foto: Egídio Santos /U.Porto) Artista ou mercenário?Talvez a imagem da coruja ainda esteja presente na memória de alguns. Aqui e ali, foi surgindo sucessivamente e pontuando as paredes da cidade, ao lado de tantas outras expressões artísticas. A questão é que a intenção do gesto a montante da obra fazia toda a diferença. Através da capa de uma manifestação artística irreverente e alternativa, algum tempo depois percebemos que, afinal, estávamos a assistir à campanha publicitária de uma marca de cerveja. Camuflada, era apenas mais uma estratégia de Marketing. Ora, estando o mercado publicitário regulamentado e claramente identificado para que o público tenha plena noção de que o que está a ver é, efetivamente, publicidade, como regulamentar esta utilização subversiva da linguagem artística para fins puramente comerciais? Entre uma arte livre e uma arte mercenária: Onde e como se estabelece a fronteira é o título da apresentação de António José Monteiro de Oliveira (ISCAP/CEI) sobre street art e publicidade que, logo às 9h30, dá início ao congresso.
Ireis pagar pobre povo, nação doente e mortal
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"Pague leve, leve mente"; "In goods we trust"; "Poupe água, assim podemos jogar golfe"; "Antiga mui gourmet, sem plano social e turística cidade do Porto"; "Ireis pagar pobre povo, nação doente e mortal, leiloai hoje de novo, o ex-valor de Plutogal, entre as lacunas da memória, ó Pátria sente-se atroz, o sortilégio imposto a vós, que há-de reduzir-te à história, às lamas, às lamas, se sobrar terra e sobrar mar, às lamas, às lamas, contra os barões lutar, lutar"... Estas são algumas das intervenções de rua de um artista com assinatura ±. Mais ou menos legal é a apresentação que Miguel Januário irá partilhar durante a tarde de dia 18 de novembro. Licenciado em Design de Comunicação pela Faculdade de Belas Artes da U.Porto (FBAUP), este artista ativista, mais conhecido por ± (Mais Menos) tem, ao longo do seu percurso, desenvolvido uma reflexão bastante crítica sobre os modelos políticos, económicos e sociais das comunidades onde se insere.
Reconhecido pela forte intervenção urbana, Miguel Januário tem a sua obra espalhada por diversas cidades do Mundo.
O Direito à cidadeMais do que refletir questões sociais ou políticas, pode a arte urbana servir para projetar a identidade e unir povos? Nascida no Porto, Rafi die Erste (ou Teresa Rafael) é um nome em ascensão no panorama da arte urbana em Portugal e vem à FDUP falar de inclusão social. Em parceria com a Delegação da União Europeia em Cabo Verde, a artista trabalhou com raparigas jovens com quem, através da partilha de experiências e a tomada de consciência de questões de identidade e valor-próprio, construiu uma figura feminina que transformou em mural, num bairro da cidade da Praia, marcado por casos de insucesso escolar e gravidez juvenil. Chamou-lhe Projeto Espelho. Vai replicá-lo em Portugal, com jovens da cidade da Maia. Referências diferentes vão criar interpretações distintas da figura feminina. O mesmo processo servirá para que jovens de um lado e do outro discutam maneiras de viver, problemas e formas de os ultrapassar.
A razão prática do graffiti numa leitura da contemporaneidade — estudo de caso: Da teoria à prática | Bairro de Safende, Cabo Verde é o nome da apresentação de Rafi.
Pelo potencial em fixar a identidade de um povo e pela diversidade de usos e abordagens que permite, as propostas de intervenção pública que partem do terreno têm a capacidade de proporcionar às comunidades rurais não só um maior contacto com a arte, mas também uma reflexão sobre como funciona o processo criativo, a que técnicas recorre a sua função em sociedade. Dessacralizar a arte enquanto prática elitista e inacessível foi o caminho seguido em Mogadouro, localidade que faz parte da Rota da Terra Fria Transmontana. Um circuito de 455 quilómetros que atravessa os municípios de Bragança, Miranda do Douro, Mogadouro, Vimioso e Vinhais e que compõem o cotovelo mais a nordeste de Portugal. As máscaras e as festividades a elas associadas foram o elemento utilizado pelo artista Gonçalo Mar para este projeto, que apresenta ainda o desenho de um gaiteiro na fachada de um edifício que se vê da EN 221. BIEN-ÊTRE - Projeto em Mogadouro será apresentado por Gonçalo Mar e Cristina Mateus, docente da FBAUP.
Porquê a FDUP?Há rotas muito variadas para descobrir. Quem percorre as ruas da cidade não tem como não ver. Nem aos mais distraídos escapam as formas, cores e mensagens que saltam das paredes e que nos fazem levantar os olhos do chão. Da Rua Alferes Malheiro, perto da Estação da Trindade, à Rua Miguel Bombarda, passando pela escadaria da Rua do Pinheiro (Rota da Trindade), ou da Rua Álvares Cabral à Rua de Vilar passando pela própria Rua dos Bragas, a Faculdade de Direito está, pela sua posição geográfica, "no centro nevrálgico do graffiti", como nos explica a também docente da FDUP, Maria Raquel Guimarães. "Arte ou vandalismo? A partir de que momento se trata de uma obra artística? Ao serviço de quem? Como é que o Direito se move nestas fronteiras? Queremos abordar e cruzar "as várias temáticas em torno desta manifestação artística" e perceber "qual poderá ser o papel do Direito", acrescenta.
A conferência A arte saiu à rua: a tutela jurídica do graffiti é organizada pelo CIJE — Centro de Investigação Jurídico-Económica da FDUP, em parceria com o CEI (Centro de Estudos Interculturais), a UFRGN (Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Brasil), e a FMP (Fundação Escola Superior do Ministério Público, Rio Grande do Sul, Brasil).
Inscrições e mais informações aqui.
Fonte: Notícias U.Porto |
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Doutores Honoris Causa pela Universidade do Porto Ulrich Georg Trendelenburg
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A 21 de outubro de 1982 a Universidade do Porto atribuía o título de Doutor Honoris Causa ao farmacologista alemão Ulrich Georg Trendelenburg (1922-2006), por proposta da Faculdade de Medicina. Na II Guerra Mundial, quando se preparava para estudar Medicina, Trendelenburg foi incorporado na Luftwaffe (1941). Em março de 1945 entrou ao serviço como piloto, sendo aprisionado, logo de seguida, em março desse ano, e encarcerado durante 19 meses num campo de concentração.
No regresso à Alemanha cursou Medicina na Universidade de Göttingen (1952).
No início de carreira lecionou na universidade sueca de Uppsala e foi bolseiro do British Council, em Oxford (1952-1954), onde se doutorou em Farmacologia no ano de 1956.
Depois do doutoramento voltou à Alemanha para trabalhar em Mainz. Em 1957 transferiu-se para a Universidade de Harvard, nos E.U.A., onde fez investigação, foi professor associado de Farmacologia e diretor de departamento. Entretanto, em 1963 foi professor visitante na Universidade de Hamburgo na Alemanha natal.
Ulrich Georg Trendelenburg produziu importante investigação na área da Farmacologia Experimental do sistema nervoso autónomo. Publicou obras impactantes sobre Farmacologia atual e assumiu responsabilidades editoriais em revistas científicas norte-americanas e europeias.
Presidiu à Sociedade Alemã de Farmacologia. Foi consultor da Comissão Executiva da União Internacional de Farmacologia e membro da American Society for Pharmacology and Experimental Therapeutics, da British Physiological Society e da British Pharmacology Society e da Deutsche Pharmakologische Gesellschaft.
Era ainda membro honorário de sociedades de farmacologia da Polónia, Índia, República Checa, Alemanha e Venezuela; doutor honoris causa pelas universidades de Tampere (Finlândia), do Ohio (E.U.A.), de Lublin (Polónia) e de Praga (República Checa); e detentor do prémio “Oswald Schmiedeberg”, atribuído pela Sociedade Alemã de Farmacologia.
Sobre Ulrich Georg Trendelenburg (up.pt)
In memoriam: Ullrich Georg Trendelenburg (31 December 1922–21 November 2006) | SpringerLink
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