INAUGURAÇÃO

​​EU University & Culture Summit / Day 1, Afternoon

Na Roma Antiga, a consagração solene de um local, de uma atividade ou de uma pessoa, quando esta assumia um novo cargo, incluía uma cerimónia solene de interpretação de sinais, que eram divididos em “propícios” e “não propícios”.


A raiz etimológica da palavra “inauguração” lembra-nos esse ritual: vem do latim inaugurare e significa “examinar os augúrios antes de se começar um ato”. Sem pretender ser áugure, pois não sei tirar presságios do voo e canto das aves, eu diria que começamos o novo ano letivo com excelentes “inaugurações”.


Na passada terça-feira, dia 12, inaugurámos as novas Escolas Ciência Viva da Terra e do Espaço na Galeria da Biodiversidade e no Planetário da Universidade do Porto. Estes dois espaços já pertenciam à rede Ciência Viva, mas a partir deste ano letivo assumem-se como verdadeiras escolas, passando a receber, ao longo de uma semana inteira, e durante o tempo letivo, estudantes do 4.º ano de agrupamentos de escolas do município do Porto. O projeto, tornado possível pelo apoio da Câmara Municipal do Porto, que assegurará o transporte dos nossos novos estudantes, bem como o fornecimento das refeições, só traz bom presságios pela forma como vai além do ensino disciplinar, propondo uma abordagem sistémica da Terra e do Espaço. 


Na passada quarta-feira, dia 13, inaugurámos a nova residência estudantil Ventura Terra, com 54 camas distribuídas por 25 quartos duplos e dois estúdios. A iniciativa integra-se num projeto ambicioso, que envolve a construção de três novas residências universitárias com 411 camas e a requalificação de outras quatro, com capacidade total para 701 estudantes. Embora estas iniciativas não resolvam todos os problemas de alojamento dos nossos estudantes, indiciam sem dúvida tempos melhores para toda comunidade da U.Porto – e para a cidade.


Na próxima terça-feira, dia 20, vamos inaugurar, na Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação, o novo grupo escultórico do artista Helder de Carvalho, inspirado no poema do docente da FPCEUP Luís Fernandes, conhecido pelo pseudónimo poético “João Habitualmente”. Este é já o segundo grupo escultórico de Helder de Carvalho em espaços da U.Porto, prevendo-se para breve a inauguração de outras obras em outros espaços da Academia. Que melhor presságio poderemos encontrar do que começar o novo ano letivo com um diálogo entre a poesia e a escultura?


Na próxima sexta-feira, dia 22, vamos inaugurar o programa Figura Eminente U.Porto 2023-24. A personalidade a celebrar é a escritora Ana Luísa Amaral, reconhecida nacional e internacionalmente com múltiplos prémios literários. Na cerimónia de doação do acervo literário e profissional da antiga docente da Faculdade de Letras à Casa dos Livros, inauguraremos também, nesse espaço, o Auditório Ana Luísa Amaral.


Tendo em conta os temas que a escritora aborda na sua poesia, o ano letivo ficará sem dúvida marcado por conversas sobre justiça social, inclusão e utopias para as mulheres – e muito, muito boa poesia.


No próximo sábado, dia 23, vamos receber, no Pátio do Museu, a Noite das Ideias 2023. Promovida pelo Institut Français au Portugal, o evento promoverá a discussão sobre a “arte de construir a cidade”, congregando as energias de diversas frentes artísticas. Nesse dia, apresentaremos a Pá: Poesia & Outras Artes – e com esta revista inauguraremos um novo chão para a prática artística na nossa universidade.


Há mais programas a inaugurar, de que daremos notícia detalhada proximamente: um programa de residência artística de fotografia, que se estenderá a todas as faculdades; um programa de acolhimento dos novos estudantes através de iniciativas culturais concertadas entre diferentes grupos de extensão da U.Porto; um projeto para acolhimento e integração de estudantes luso-descendentes; um concurso para o acolhimento de propostas para um orçamento participativo na área da cultura; e muitas, muitas atividades na Casa Comum, de música, cinema, performance, poesia, debates...


Este é, sem dúvida, um bom começo de ano. E já que iniciei este texto com o latim, com ele termino: “começo” vem de cuminitiare; resulta da junção de cum (junto) e initiatire (dar início). Mesmo não sendo áugure, sei que estas inaugurações só farão sentido e terão efeito no tempo se envolverem toda a comunidade. Inauguremos, pois, juntos.


Fátima Vieira
Vice-Reitora para a Cultura e Museus

Universidade do Porto apresenta a "Noite das Ideias"

Conversas, performances e uma nova revista de poesia encarnam diferentes "representações" da cidade. Dia 23 de setembro, vai ser assim no Pátio do MHNC-UP.

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Começa ao final da tarde, pelas 19h00, esta Noite das Ideias que traz consigo convidados muito especiais. O jornalista António  Guerreiro será o moderador das conversas que vão fazer emergir  diferentes representações da cidade. A seu lado vai ter  escritores,  poetas e performers como Christophe Fiat, Regina Guimarães,  Jean-Christophe Cavallin e Rui Manuel Amaral, entre outros. Vai ser no  dia 23 de setembro, no Pátio do Museu de História Natural e da Ciência da Universidade do Porto (MHNC-UP).

A arte de construir uma cidade

Aqui se fez a “Escola de Arquitetura”. Na cidade onde estudaram,  trabalharam e lecionaram os dois prémios Pritzker, o mais alto galardão mundial, uma espécie de prémio nobel da Arquitetura. Falamos de Álvaro  Siza Vieira e Eduardo Souto Moura, estudantes e depois docentes da FAUP.  Claro que a arquitetura é incontornável, até porque uma cidade não se  pode “desalojar” da arquitetura que lhe define a paisagem urbana. Mas  não vai ser só…


O design, o cinema (fundamental, tal como a literatura, na construção  do imaginário de uma cidade) e a música serão outros temas a colocar em  cima desta mesa-redonda que, entre as 19h00 e as 20h00, vai debater A arte de construir a cidade. Vai discutir-se o modo como no Porto se constrói e reconstrói através  de formações artísticas, sejam elas a arquitetura ou a literatura, o  design ou a música. Sem esquecer o inconsciente artístico que emerge  como sintoma.


Caberá a António Guerreiro moderar esta conversa entre os escritores  Jean-Christophe Cavallin, Rui Manuel Amaral, e o designer Ruedi Baur.

Lugar à imaginação

Partindo do lugar de destaque atribuído aos poetas e escritores da  cidade no espaço público, outro foco deste encontro irá incidir nas  “auto-representações imaginárias” que surgem na escrita. Uma dimensão  literária e poética que produziu mitologias, tornando-se e tornando-as parte da tradição da cidade. É sobre a ideia de uma cidade  literariamente enriquecida, tal como o “urânio enriquecido”, que se vai  trabalhar.


Às 20h00 será feito o lançamento do número #0 da Revista de poesia PÁ – Poesia e Outras Artes e, a partir das 21h00, uma performance de Christophe Fiat funcionará de “separador”.


Logo a seguir, a partir das 21h15, juntam-se a Christophe Fiat os escritores e poetas Regina Guimarães, Rui Manuel  Amaral, Louis Dorsène e Maxime Viande para outra conversa, moderada por  Nuno Guerreiro sobre Poesia, Utopia e Desencanto.


Vai agarrar-se na literatura e na poesia como a narrativas  consanguíneas da cidade, uma vez que é daqui que retiram a sua matéria-prima. Em simultâneo, é ao ritmo urbano, à racionalidade técnica e ao  pragmatismo da vida moderna que se deve uma espécie de desencantamento a  que literatura e a poesia foram submetidas. A poesia é, muitas vezes,  emoldurada como uma espécie de “natureza morta”, ou então, num polo  extremamente oposto, vista como um reduto com grande potencial utópico.  Será, precisamente, a experiência poética, no nosso tempo, que se vai discutir. Nas mais diversas formas que tem de se manifestar.


A Noite das Ideias (consultar programa completo) vai terminar com performances poéticas de Ana Deus e Marta Abreu, Christophe Fiat e o coletivo de poesia Cargo.


A entrada é livre, mas sujeita a inscrição prévia (limitada à lotação do espaço). 


Fonte: Notícias U.Porto

Ana Luísa Amaral é a Figura Eminente da U.Porto 2023-2024

Arranque das celebrações está marcado para 22 de setembro, dia em que será oficializada a entrega do acervo da  escritora e professora à Casa dos Livros.

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Ana Luísa Amaral é a Figura Eminente U.Porto 2023/2024. (Foto: DR)

No próximo dia 22 de setembro, a Casa dos Livros | Centro de Estudos da Cultura da Universidade do Porto irá abrir as portas para homenagear e celebrar a vida e obra de Ana Luísa Amaral (1956-2022). Às 18h00, será assinado o protocolo de comodato para acolher o respetivo acervo (biblioteca e arquivo). A cerimónia vai também assinalar a abertura das comemorações da Figura Eminente da Universidade do Porto 2023-2024, dedicadas à malograda poetisa e antiga docente e investigadora da Faculdade de Letras da U.Porto (FLUP).


Esta entrega à Casa dos Livros “era o que fazia sentido”, explica a  filha de Ana Luísa Amaral, Rita Amaral. A escritora tinha muito  material, “nomeadamente sobre estudos feministas e estudos de género, que  foi criando ao longo dos anos e que deve servir para outras pessoas”.


Este destino que resolveu dar aos “livros e outros materiais,  nomeadamente os dossiers das aulas, participações, inéditos e outros  cadernos” corresponde àquele que seria o desejo de Ana Luísa Amaral.


“O que a minha mãe quereria era que esta coleção servisse para  outros. Só isso faz sentido! Que as coisas sejam estudadas. Não poderia  ser de outra forma. Quero que estejam disponíveis e sirvam aos outros”,  refere Rita Amaral.

Continuar a fazer brotar a obra

Para Paula Pinto Costa, diretora da FLUP, “a Casa dos Livros tem todas as condições para continuar a fazer brotar a obra dos autores que  acolhe”. Embora seja já mundialmente conhecida, “podemos e devemos  continuar a trabalhar a obra de Ana Luísa Amaral e descobrir novas  vertentes o que, com toda a certeza, lhe agradaria”. Este “olhar  reflexivo é o que interessa a todos os autores de espírito aberto”.


A diretora da FLUP sublinha ser uma “grande honra receber, através da  Casa dos Livros, o acervo” da antiga professora, investigadora e também,  pela carreira literária que teve, “embaixadora pelo mundo”.


Era com “muita vivacidade” que Ana Luísa Amaral via e interpretava o  mundo, o que, de resto, “se reflete na obra que a filha, Rita Amaral, confia a esta casa”, acrescenta a responsável.


Atualmente em fase de tratamento, o acervo de Ana Luísa Amaral é  composto pelas suas obras, pela biblioteca pessoal e pelo arquivo. Um “tesouro” que se junta agora aos outros autores que já “habitam” a Casa dos Livros e que ajudam a enquadrar o ambiente cultural do país do século XX, mas também da cidade.


Entre os acervos atualmente à guarda do Centro de Estudos da Cultura  da Universidade do Porto incluem-se nomes como os de Vasco Graça Moura, Eugénio de Andrade,  Saúl Dias, Albano Martins, Herberto Helder, Manuel António Pina, Maria Virgínia Monteiro, Óscar Lopes, António Cortesão e Humberto Maquero Moreno. Coleções que ganham outro sentido quando entendidas como um  todo.

Um ano para celebrar uma vida inesquecível

Neste dia de arranque das comemorações da Figura Eminente da  Universidade do Porto 2023-2024, será dinamizada uma mesa-redonda com as  presenças de Fátima Vieira, Vice-Reitora da U.Porto com o pelouro da  Cultura e antiga aluna e colega de Ana Luísa Amaral, Fátima Outeirinho, Diretora do ILC - Instituto de Literatura Comparada, onde Ana Luísa Amaral desenvolveu trabalho de investigação pioneiro, e Rui Carvalho Homem, Diretor do Departamento de Estudos Anglo-Americanos, onde a escritora desenvolveu trabalho docente.


Haverá ainda lugar para a inauguração do Auditório Ana Luísa Amaral,  uma sessão de poesia e a projeção de um documentário sobre a Entrega à Casa dos Livros do acervo Ana Luísa Amaral.


As celebrações da Figura Eminente 2023-2024 prosseguem depois até  setembro do próximo ano, através de um conjunto de iniciativas (programa em desenvolvimento) que servirão para homenagear e promover o legado de  Ana Luísa Amaral.

Sobre Ana Luísa Amaral

Licenciada em Germânicas pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto (FLUP), Ana Luísa Amaral doutorou-se em Literatura Norte-Americana na mesma faculdade com uma tese sobre Emily Dickinson: uma poética de excesso. Como docente e investigadora, aqui integrou o Instituto de Literatura Comparada Margarida Losa. Foi a grande responsável pelo desenvolvimento dos Estudos Feministas, quer no campo da docência quer no campo da investigação.


Traduziu obras de Eunice de Souza, John Updike, Emily Dickinson,  Patricia Highsmith, William Shakespeare, Louise Glück ou Margaret Atwood. Publicou dezoito livros de poemas (e dois livros de poesia  reunida), doze títulos de literatura infantil, uma peça de teatro e uma  novela.

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Ana Luísa Amaral é uma das mais premiadas e celebradas escritoras portuguesas contemporâneas. (Foto: DR)

Autora de mais de três dezenas de livros de poesia, teatro, ficção e literatura infantil, Ana Luísa Amaral tem obra publicada em países como Inglaterra, Brasil, França, Espanha, Suécia, Itália, Holanda, Colômbia, Venezuela, México e Estados Unidos da América, estando ainda  representada em diversas antologias portuguesas e estrangeiras.


Recebeu uma longa lista de prémios, nacionais e internacionais, entre os quais se destacam o Grande Prémio de Poesia da Associação Portuguesa de Escritores, com o livro Entre Dois Rios e Outras Noites (2008), o Prémio de poesia italiano Giuseppe Acerbi, com o livro A Génese do Amor (2008), o prémio literário espanhol Leteo (2020), o Prémio Livro do Ano  de Poesia do Grémio de Livrarias de Madrid, com What’s in a Name  (2020), o Prémio Vergílio Ferreira, atribuído pela Universidade de Évora (2021), e o Prémio Rainha Sofia de Poesia Ibero-Americana (2021). Em 2022, a Asociación de Escritoras e Escritores en Lingua Galega nomeou-a “Escritora Galega Universal”.


Ana Luísa Amaral faleceu a 5 de agosto de 2022. Tinha 66 anos.  


Fonte: Notícias U.Porto

Casa Comum apresenta ilustração científica "made in" U.Porto

Composta por trabalhos de ilustração científica  da autoria de alunos de várias áreas, a exposição ILUSTRA UP II estará patente ao público até 22 de dezembro. Entrada livre.

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Ilustra UP II. (Foto: DR)

Biologia, Química, Medicina, Matemática, Belas Artes, Design, Letras,  ou Economia…. São provenientes das mais variadas áreas de formação os estudantes que frequentaram o Curso de Especialização em Ilustração Científica – Ilustração em Ciências Naturais da Universidade do Porto. O resultado pode ver-se na ILUSTRA UP II, título da exposição que estará patente, até ao próximo dia 22 de dezembro, no auditório da Casa Comum, ao Edifício Histórico da Reitoria da Universidade do Porto.


Com recurso a lápis de cor, aguarela, guache, ou grafite, pó de  grafite, tinta-da-china, caneta, carvão, entre outros materiais, são muito  variadas as técnicas utilizadas nos desenhos apresentados, assim como as  fontes que serviram de inspiração. Em alguns casos foi uma fotografia,  um vídeo ou imagem retirada da internet, mas houve também desenho “ao  vivo”.  Na caso das ilustrações de campo, foram efetuadas visitas ao Zoo da Maia, ao Zoo de Santo Inácio e ao Sealife, onde os alunos tiveram  contacto com animais e plantas que serviram como modelo.


O resultado é… inspirador. Pela Casa Comum podem encontrar-se sapos venenosos, escaravelhos listrados de um vermelho iridescente, peixes de  guelras salmão quase-choque, mas também uma caturra ou “catatua – das ninfas” de  crista amarela muito espevitada (originária da Austrália, chegou à  Europa já no século XIX), bem como outras aves, de cores suaves e porte mais pequeno, que apareceram no jardim urbano da Faculdade de Ciências da  U.Porto (FCUP). A preto e branco vemos um tubarão baleia sem pálpebras e  de olhos muito expostos, lado a lado com a explosão de lilás de uma  (não são todas?) irresistível Hortênsia.

A ilustração científica ao serviço da ciência

Acompanhando o desenvolvimento científico, recorrendo à descrição das espécies e à infografia, a ilustração científica tem vindo a ocupar o  seu papel na divulgação de ciência. Uma imagem consegue condensar informação, devolvendo-a de forma sucinta. A união entre beleza e objetividade facilita a comunicação. Para que esta divulgação seja bem conseguida, a colaboração entre cientistas e ilustradores é fundamental.  De resto, desde o século XX que ilustradores científicos produzem telas para as aulas de anatomia e zoologia.


Maria João Santos, docente da FCUP responsável pela  criação deste curso, confessa que a “paixão pela Ilustração Científica  já vem de longa data” sendo que, durante vários anos organizou e frequentou “diversos cursos de Ilustração Científica com Ilustradores convidados no CIIMAR”. Recorda que o trigger da génese do curso foi uma exposição que organizou em 2016, e que esteve patente na  Biblioteca da FCUP durante 2 anos. Daqui resultou o grupo de trabalho que “gizou uma estrutura do Curso de Ilustração que funcionou pela primeira vez em 2018-2019”.

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Ilustra UP II. (Foto: DR)

O curso de Especialização em Ilustração Científica – Ilustração em  Ciências Naturais da Universidade do Porto tem como principal objetivo  sensibilizar para a importância da Ilustração Científica na produção e  desenvolvimento científico, assim como no processo de comunicação.  Pretende, ainda, promover o intercâmbio de ideias/ilustrações entre  cientistas e ilustradores, como forma de fomentar a publicação em  Ciência.


Resultado de uma parceria entre a FCUP e a Faculdade de Belas Artes  da U.Porto (FBAUP), o curso é aberto a todas as áreas e níveis de  formação de qualquer faculdade.


Licenciados em Biologia, Arquitetura Paisagista, Belas Artes, e  Design, os formadores são, essencialmente jovens ilustradores, com  diversas formações de base, e com posterior formação em Ilustração  Científica.


A ILUSTRA UP II pode ser visitada gratuitamente de segunda a sexta-feira, das 10h00 às 13h00 e das 14h30 às 17h30, e ao sábado, das  15h00 às 18h00. 


Fonte: Notícias U.Porto

Setembro na U.Porto

Para conhecer o programa da Casa Comum e outras iniciativas, consulte a Agenda Casa Comum ou clique nas imagens abaixo.

3 Lugares, 3 Filmes, 3 Conversas | Ciclo de cinema

15, 22 e 29 SET'23 | 21h30
Cinema, conversa | Casa Comum
Entrada Livre. Mais informações aqui

Luz Marina Posada, Uma voz dos Andes

21 SET'23 | 21h30
Música Popular | Casa Comum
Entrada Livre. Mais informações aqui

Noite das Ideias

23 SET'23 | 19h00
Programa Multidisciplinar | Pátio do MUseu de História Natural e da Ciência da U.Porto
Entrada Livre. Mais informações e programa aqui

BEAST na U.Porto

28 a 30 SET'23 
Festival de Cinema | Casa Comum
Entrada Livre. Mais informações aqui

PORTUGAL…um segredo partilhado

26 SET'23 | 21h00
Teatro | Casa Comum
Entrada Livre. Mais informações aqui

Fishing Architecture | Uma perspectiva ecológica para a investigação em arquitectura

28 SET'23 | 18h00
Conversa | Casa Comum
Entrada Livre. Mais informações aqui

Disdocentes | Coleção de Arte Moderna e Contemporânea da Fundação Ilídio Pinho.

De 17 JUL a 23 SET'23 
 Exposição | Casa Comum
Entrada Livre. Mais informações aqui

ILUSTRA UP II | Exposição

Até 21 DEZ'23 
Exposição | Casa Comum
Entrada Livre. Mais informações aqui

O Museu à Minha Procura

Até SET'23
Exposição | Polo Central do Museu de História Natural e da Ciência da U.Porto
Entrada Livre. Mais informações aqui

Pequenos Naturalistas

SET'23 a 2024
Programa Educativo | Museu de História Natural e da Ciência da U.Porto
Entrada Livre. Mais informações aqui

As Viagens de Abel Salazar: Paris 1934 | Exposição

14 OUT'23 | 16h00
Exposição | Reitoria da U.Porto 
Entrada Livre. Mais informações aqui

CORREDOR CULTURAL DO PORTO 

Condições especiais de acesso a museus, monumentos, teatros e salas de espetáculos, mediante a apresentação do Cartão U.Porto.
Consulte a lista completa aqui

Mulheres de Shakespeare, da U.Porto Press, levado à cena na Casa das Artes de Famalicão e no Teatro Helena Sá e Costa

Com esta peça de teatro, as autoras procedem à revisão dos papéis femininos de algumas das principais peças de William Shakespeare.

​​U.Porto press

Miranda e Áriel. São estas as personagens do enredo de Mulheres de Skakespeare, peça assinada por Fátima Vieira – Vice-Reitora da Universidade do Porto para a Cultura e Museus, responsável pela U.Porto Press e Professora Catedrática da Faculdade de  Letras da Universidade do Porto – e Matilde Real, dramaturga, criadora e intérprete em projetos de artes performativas.


Quem conhece a obra dramática de Shakespeare facilmente reconhecerá as personagens da última peça que o Bardo escreveu, A Tempestade.  Áriel cumpre, contudo, nesta peça de Fátima Vieira e Matilde Real, uma  nova missão: ensinar Miranda a entender “o que é isto de ser mulher”.


Mulheres de Shakespeare resultou de uma encomenda do Ensemble – Sociedade de Actores, com especificações claras e  título definido. A peça é agora publicada pela U.Porto Press, na sua coleção Fora de Série, com o apoio da Fundação Calouste Gulbenkian.


Mulheres de Shakespeare andará em digressão pelo país, começando na Casa das Artes, em Famalicão (dias 21, 22 e 23 de setembro), e terminando em Lisboa, no Teatro Municipal São Luiz. Estará em exibição no Porto, no Teatro Helena Sá e Costa, de 11 a 14 de outubro.

As (novas) Mulheres de Shakespeare

Apesar de marcantes, os papéis das mulheres nas obras de Shakespeare encontram-se, regra geral, em segundo plano face aos dos homens, que se afirmam dominantes. Na verdade, no Renascimento inglês as mulheres não podiam sequer apresentar-se em cena, sendo todos os papéis femininos  representados por rapazes.


“Mas, e se fizéssemos um exercício diferente: dar protagonismo ao  ‘feminino’ não na lógica da dominância que é associada às personagens  masculinas, mas numa visão do mundo e dos acontecimentos através de um  outro olhar?” – sugere Carlos Pimenta, encenador desta peça, no Prefácio  que assina para o livro.


“Foi este o desafio lançado a Fátima Vieira e a Matilde Real: revisitar  as mulheres de Shakespeare e dar a ver esse ‘espírito feminino’”. E  comenta: “A tarefa era exigente, mas o resultado é surpreendente”, já  que as autoras compuseram “uma verdadeira peça, de trama engenhosa (…)”.


Respondendo ao desafio, em Mulheres de Shakespeare Fátima  Vieira e Matilde Real colocaram a hipótese de Próspero encomendar a Áriel uma tarefa que não é referida na peça do dramaturgo inglês: ajudar  Miranda a compreender o papel que deverá desempenhar, enquanto mulher.  Para o efeito, Miranda terá de estudar atentamente as comédias e  tragédias que Shakespeare escreveu para o palco.


“Partimos de uma pergunta: e se um dos livros de Próspero, por onde Miranda estuda, fosse o Primeiro Fólio (…)?”,  revela Fátima Vieira, explicando que, ao criarem um novo enredo – cenas  paralelas às que Shakespeare descreve na sua peça –, puseram Miranda a  ler, efetivamente, todo o Primeiro Fólio: “Tomámos empresta­das as palavras de 16 peças de Shakespeare — e também do longo poema Vénus e Adónis”,  esclarece Fátima Vieira. Segundo a autora, é assim que Miranda evolui  como personagem: “deixando-se habitar por múltiplas vozes para, no  final, se esvaziar e poder ser ela própria”.


No final da jornada de aprendizagem, Miranda “proclama a sua  descoberta (…); a sua vocação para a liberdade, em tudo semelhante à de  Áriel”.
Para Matilde Real, esta peça afirma-se como “um exercício de ousadia  em que as personagens questionam quem as escreveu”. E vai mais longe: Mulher de Shakespeare é “quem tem a liberdade para transformar as  palavras de Shakespeare, mudar-lhes o género, dobrar as frases em perguntas, virar do avesso as afirmações, reconfigurar os enredos, dar à  luz personagens e compor cada momento como bem lhe aprouver”.

Sobre as autoras

Fátima Vieira é Vice-Reitora da Universidade do Porto para a Cultura e Museus, responsável pela U.Porto Press e  Professora Catedrática da Faculdade de Letras da Universidade do Porto (FLUP), onde leciona desde 1986. É coordenadora do Polo do Porto do  CETAPS — Centre for English, Translation and Anglo-Portuguese Studies, onde lidera a área de investigação Mapping Dreams. No CETAPS é também membro da área de investigação Shakespeare and the English Canon: History, Criticism, Translation, para a qual produziu traduções anotadas das peças de Shakespeare A Tempestade e Como vos Aprouver, estando a ultimar a tradução de Júlio César.


Matilde Real é dramaturga, criadora e intérprete em  projetos de artes performativas com grupos e comunidades transversais.  Trabalha com a palavra, dita e escrita, e interessa-se por criar a partir de encontros e mergulhos nas vidas dos outros. Estudou na  Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e na Universidade de Warwick. Em 2017 concluiu, no Goldsmiths College, Uni­versidade de  Londres, um Mestrado em Teatro Aplicado, Drama em Contextos Educacionais, Comunitários e Sociais. Tem realizado vários projetos nas  áreas da dramaturgia, interpretação e vídeo.


Este título estará brevemente disponível na loja online da U.Porto Press, com um desconto de 10%. 


Fonte: U.Porto Press

Há novos podcasts no espaço virtual da Casa Comum

68. "Conheço Mulheres Novelos de Lã", Lília Tavares

"Conheço Mulheres Novelos de Lã", de Lília Tavares, in Bailarinas de Corda, Poética Edições, outubro de 2019


69. "Há livros soltos…", Filipe Fonseca e Castro

"Há livros soltos…", de Filipe Fonseca e Castro, in O Amor das Mãos, Poética Grupo Editorial, maio de 2023


70. "Sucumbirá o", Filipe Fonseca e Castro 

"Sucumbirá o", de Filipe Fonseca e Castro, in O Amor das Mãos, Poética Grupo Editorial, maio de 2023


6. Deena Suganob 

Desta vez temos connosco no “U.Porto IN” Deena Suganob, alumna da Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação da Universidade do  Porto (FCNAUP), onde concluiu o mestrado em Ciências Gastronómicas, que  terminou em 2022. Deena é natural de Quezon City, nas Filipinas. Com um  marido português, mudou-se para o Porto há quase cinco anos. Tem um  filho de dez meses e fala fluentemente tagalo e inglês. Atualmente está a trabalhar num novo projeto de introdução da cozinha filipina no Porto, a  Kusina Filipina. Antes de se mudar para o Porto, viveu em Abu Dhabi,  nos Emirados Árabes Unidos, onde reside a sua família.


 7. Glauce Campos 

Esta semana temos connosco no “U. Porto IN” Glauce Campos, alumna do mestrado em Ciências e Tecnologias do Ambiente da Faculdade de  Ciências da Universidade do Porto (FCUP). Glauce é natural de São Paulo,  no Brasil, e antes de vir para Portugal em 2018, concluiu o curso de  Engenharia do Ambiente e teve formação técnica em Eletrotecnia e como  Técnica Superior de Segurança e Higiene do Trabalho. Quando chegou ao  Porto, vinha com o objetivo de tirar o mestrado para fazer um “upgrade” na  sua carreira profissional e ter uma vivência no estrangeiro. Participou  no Blue Young Talent (BYT +) no CIIMAR, onde fez a sua tese de mestrado (Floating Wetland Islands as ecotechnology to promote ecosystems establishment)  sobre soluções baseadas na natureza para a gestão dos recursos  hídricos. E gostou tanto do Porto e desta sua experiência que decidiu  permanecer na comunidade da FCUP. Atualmente é  funcionária da Unidade de Segurança, Higiene e Sustentabilidade (USHS)  do Serviço de Infraestrutura, Manutenção e Sustentabilidade (SIMS) da Faculdade de Ciências, que considera ter um ambiente agradável e onde pode  aplicar e melhorar os seus conhecimentos profissionais e pessoais.


43. Argila e Bronze

Agustina visita um pequeno cemitério de uma pequena aldeia acima do  mar, e discorre sobre aqueles que ali jazem, e a praia que dali vê, e o  vento que sopra. Até que umas gotas de chuva começam a cair e a fazem  correr dali.
Argila e Bronze, 14 de Março de 1971, in Alegria do Mundo II, Guimarães Editores.

64. Ls músicos de Bremen – ua cuonta de ls armanos Grimm 

“… ampeçórun todos a cantar: l burro roznaba cun toda la alma; l perro  lhadraba de malo; l gato miaugaba de miedo i l galho cantaba cun tanta  fuorça que até las bidraças tlincában.”


12. Um botânico são-tomense 

Em 1957, Arnaldo Rozeira, botânico nascido em S. Tomé, regressa pela  segunda vez à sua terra natal integrado numa missão científica,  tendo-lhe sido atribuída a chefia da brigada de sociologia botânica.  Apaixonado pela diversidade vegetal tropical, a sua carta ao “pai” da  fitossociologia clássica, Josias Braun-Blanquet, não esconde a  dificuldade da campanha, mas também é testemunho do seu entusiasmo: “os  fetos, líquenes e musgos formam jardins suspensos, de extraordinária  complexidade, pingando água e mantendo vida permanente”. Este episódio encerra o podcast Ficções Botânicas, um  projeto nascido no ano de 2020 no quadro das ações de comunicação  cultural – neste caso no âmbito histórico-científico – provocadas pela  pandemia de COVID-19. Texto de Cristiana Vieira, Sofia Viegas e Manuel Miranda Fernandes.

18. Cuidar de quem cuidou: dar voz aos pós-cuidadores

Vivemos mais anos convivendo com doenças que acabam por chegar a  nossa casa, sejam experienciadas na primeira pessoa, sejam hóspedes  inesperados que entram na vida de quem nos é próximo. O estatuto do cuidador informal constitui a expressão jurídica de uma realidade que  continua a aumentar e que é frequentemente vivida na solidão de quem  suspende a sua vida para cuidar.  Apesar desta solidão e de todas as dificuldades que vão surgindo, os cuidadores são reconhecidos e têm uma  rede (frágil, por vezes insuficiente e ineficaz) que procura  apoiá-los.E os pós-cuidadores? O que sabemos nós sobre “a  experiência vivida do pós-cuidador na reconstrução da vida quotidiana  após o falecimento da pessoa cuidada” (Afonso, C. (2021).? Reconstrução da vida quotidiana: experiência vivida do pós-cuidador familiar)? Que  redes de apoio podemos desenhar e implementar para este grupo cada vez  mais vasto e que permanece silencioso na nossa sociedade? Para refletirmos sobre este tema tão premente, contamos com a participação de: Catarina Afonso, Escola Superior de Santarém; Manuel Barbosa,  assistente de medicina geral e familiar Maia / Valongo; Sandra Prata, psicóloga clínica Maia Valongo; Teresa Moreira, pós-cuidadora e diretora executiva da APELA. Conversa online realizada a 18 de julho de 2O23, com  moderação de Susana Magalhães e Manuela Vidigal Bertão, do Grupo de  Estudos e Reflexão em Medicina Narrativa (GERMEN).


Mais podcasts AQUI


Estudantes de História da Arte revisitam "As Viagens de Abel Salazar"


Workshop destinado a estudantes de História da  Arte resulta da exposição "As Viagens de Abel Salazar: Paris 1934",  patente na Reitoria.

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Os estudantes vão abordar o processo de desenvolvimento da exposição: “As Viagens de Abel Salazar: Paris 1934”. (Foto: DR)


Patente até 30 de outubro, na Sala do Fundo Antigo da Reitoria da Universidade do Porto, chegou a altura de a exposição As Viagens de Abel Salazar: Paris 1934 proporcionar uma extensão de si própria. Ou seja? No dia 22 de setembro, às 15h00, e com base na exposição, vai realizar-se um workshop que se intitula, precisamente, Para além da exposição.


Destinado aos estudantes da Licenciatura em História da Arte e do  Mestrado em História da Arte, Património e Cultura Visual da Faculdade  de Letras da U.Porto (FLUP), este encontro – organizado pelo  Departamento de Ciências e Técnicas do Património da FLUP, em parceria  com a Reitoria – servirá para partilhar todo o processo, desde o  conceito até à respetiva concretização, passando pelas várias fase de  planificação.


Quem são os formadores? São estudantes. Esta será, portanto, uma  sessão de colegas para colegas, proporcionando, assim, uma perspetiva  única sobre o desenvolvimento de uma exposição.


Em simultâneo, o workshop pretende ser um espaço de discussão de  ideias, desenvolvimento de estratégias para ultrapassar desafios e,  claro, de debate e participação.


As inscrições devem ser efetuadas até 21 de setembro, para o e-mail workshoparis34@gmail.com 


Sobre a exposição


A exposição As Viagens de Abel Salazar: Paris 1934 presenta diferentes núcleos que complementam um Atlas de Memórias de  Abel Salazar, evocando as Viagens, os Tempos, as Representações e as  Materialidades. Estão ainda presentes as Tânagras, as mulheres de Paris, principal expressão plástica da viagem e importante núcleo da obra pictórica de Abel Salazar.


A exposição tem entrada livre e pode ser visitada até 30 de outubro de 2023, às segundas-feiras, quartas-feiras e sextas-feiras, das 14h30  às 17h30.


Mais informações através do e-mail cmuseu@reit.up.pt. 


Fonte: Notícias U.Porto


Alunos Ilustres da U.Porto

Albano Ramos  

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Albano dos Santos Pereira Ramos, filho de Lino Pereira Ramos e de Maria Francisca dos Santo,  nasceu em Fajozes, Vila do Conde, a 15 de novembro de 1914.


Fez a escola primária na freguesia de origem, os estudos secundários no Liceu de Eça de Queirós, na Póvoa de Varzim (1925-1930), e o Curso Complementar de Ciências no Liceu Rodrigues de Freitas, no Porto (1930-1932).


Em 1932 frequentou as cadeiras dos Preparatórios Médicos e as de Álgebra Superior, Geometria Analítica e Trigonometria Esférica e Desenho Rigoroso na Faculdade de Ciências da Universidade do Porto. De seguida, cursou Medicina Cirúrgica na mesma Universidade, tendo obtido classificações elevadas. Foram-lhe atribuídos accessit em todas as cadeiras e cursos dos 4.º e 5.º anos médicos. Terminou a licenciatura com 17 valores, recebendo o Prémio Barão de Castelo de Paiva.


Durante o último ano letivo frequentou o Curso de Medicina Sanitária. Concluída a licenciatura com 18 valores em 24 de outubro de 1938, estagiou nas enfermarias de Patologia Médica da FMUP até maio de 1939, sob orientação do Professor Azevedo Maia. Durante o mesmo período frequentou, a título particular, os serviços de Urgência do Hospital Geral de Santo António.


Em 1939 concluiu o Curso de Climatologia e Hidrologia da Universidade do Porto com a classificação de 18 valores.


Doutorou-se em 1958, após defesa da dissertação intitulada Radiodiagnóstico das apendicopatias crónicas e a discussão das teses "Um diagnóstico de hipertireoidismo estabelecido por exame clínico cuidadoso não pode ser anulado por qualquer informação laboratorial" e "À necessidade progressiva de um segredo profissional partilhado temos de corresponder lutando cada vez mais pelo segredo absoluto". Obteve a classificação de 19 valores.


Entre 23 e 27 de maio de 1959 prestou provas de habilitação ao título de professor agregado de Semiótica Radiológica, tendo sido aprovado por unanimidade.


Entre 1939 e 1944 colaborou na clínica particular do professor Roberto de Carvalho, trabalhando em Radiologia e Fisioterapia. Por proposta deste professor, foi nomeado assistente voluntário de Radiologia e Fisioterapia no Serviço de Radiologia da FMUP. Depois da morte do mestre, a 27 de novembro de 1944, Albano Ramos requereu à Ordem dos Médicos os títulos de Especialista em Radiologia e Fisioterapia, que lhe foram concedidos, passando a partir de então a exercer clínica particular nas respetivas especialidades.


Em 1945 foi nomeado 2.º assistente além do quadro do 2.º grupo – Fisiologia Especial, Fisiologia Geral e Química Fisiológica e Farmacologia - da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto e contratado como 1.º assistente além do quadro do curso teórico-prático de Semiótica Radiológica da mesma Faculdade.


Em 1960 foi nomeado 1.º assistente de Semiótica Radiológica e foi-lhe concedido o título de professor agregado de Semiótica Radiológica. Em 1961 passou a exercer funções como professor extraordinário do subgrupo C – Semiótica Radiológica do 6.º grupo. Reconduzido no lugar em 1964 e em 1970, foi nomeado definitivamente professor catedrático de Semiótica Radiológica da FMUP em 1972. Nesta Faculdade também desempenhou as funções de delegado dos professores extraordinários e agregados (nomeado no ano letivo de 1961-1962).


Ao longo da carreira, Albano Ramos participou em diversos encontros científicos, entre os quais o colóquio organizado pela Sociedade Portuguesa de Radiologia Médica na FMUP, o centenário do nascimento de Roentgen, descobridor dos raios x (1945), e integrou as comissões organizadoras do I Congresso Luso-Espanhol de Radiologia (Portugal, 1950) e do II Congresso Luso-Brasileiro de Radiologia (1968).


Em 1959, Albano Ramos fundou o Serviço de Radiologia do Hospital de S. João, de que foi diretor.


Em 1972, a Sociedade Portuguesa de Radiologia e Medicina Nuclear homenageou Albano Ramos, seu presidente.


Sobre Albano Ramos (up.pt)


Para mais informações consulte o site da Casa Comum - Cultura U.Porto

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