URGÊNCIA DO FUTURO

Tudo começou há um ano quando organizámos, na Reitoria da Universidade do Porto, o I Encontro Nacional Universidade & Cultura. Tínhamos acabado de firmar parceria com o Comissário do Plano Nacional das Artes – a quem desafiámos a alargar o campo de ação do Plano ao ensino superior – e endereçámos um convite às instituições que integram o CRUP / Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas para um encontro online, já que estávamos em plena pandemia. O objetivo seria fazermos o ponto da situação em relação ao lugar que a cultura ocupa em cada uma das instituições – e chegámos à conclusão de que já fazíamos tanto!


O Encontro serviu para percebermos que estamos todos afinados pelos mesmos objetivos, que concordamos na estratégia e que todos pretendemos mudar o ensino superior português, afirmando a cultura não como a “quarta missão” da Universidade, mas como uma preocupação e um propósito que atravessa as três missões principais: ensino, investigação e extensão. Da reunião resultou o pedido, dirigido à presidência do CRUP, de ativação de uma Comissão Especializada de Arte e Cultura. Desde então, temos vindo a trabalhar juntos. E assim chegámos ao nosso II Encontro.


O II Encontro decorreu esta semana na Universidade Nova de Lisboa, de 18 a 20 de novembro. Começámos o dia de quinta-feira bem cedo, cada um na sua instituição, antes de rumarmos a Lisboa para a sessão de abertura do Encontro. É que o dia 18 de novembro é o Dia Europeu do Património Académico, que nunca antes havia sido assinalado no nosso país. E foi em rede, com mais de 50 eventos em todo o país – Continente e Ilhas – que as instituições que integram o CRUP celebraram o seu património – desde o edificado ao artístico e científico. Museus, arquivos e bibliotecas académicas foram assim afirmados, em uníssono, como instituições públicas de conhecimento, fontes infinitas de informação e potenciais plataformas para ações de inovação social. Os dias 19 e 20, em Lisboa, foram marcados por perguntas que animaram as mesas-redondas e que traduzem um salto qualitativo em relação ao primeiro Encontro: “Quando falamos de cultura estamos todos a falar da mesma coisa? E quando falamos de universidade? O que faz a universidade para a cultura e vice-versa? A cultura dá trabalho? A universidade prepara para o trabalho na cultura? Qual é o valor da cultura?”. E ficou já marcado o Encontro para o próximo ano na Covilhã, organizado pela Universidade da Beira Interior, que será certamente marcado por perguntas ainda mais ousadas.


Também neste segundo Encontro o Plano Nacional das Artes esteve connosco. Vislumbra-se, num futuro próximo, a possibilidade de acolhimento, por parte das universidades, de residências artísticas organizadas pelo Plano. Dentro em breve começaremos a trabalhar também em rede com os institutos politécnicos e as universidades privadas.


Pensando no que o ensino superior poderá vir a ser, invade-me a urgência do futuro que tantas vezes me tem motivado no trabalho na área da cultura. Porque este é o futuro de que precisamos mesmo.

Fátima Vieira, Vice-Reitora para a Cultura, Museus e Editora

Porto/Post/Doc vem à U.Porto trazer cinema imersivo e debater ideias para adiar o fim do mundo

A 8.ª edição do Porto/Post/Doc - Festival de  Cinema Documental vai passar pela Casa Comum (Reitoria) e pelo  Planetário do Porto de 20 a 28 de novembro.

Já terá certamente visto cinema documental. E cinema documental imersivo? Curioso? Basta inclinar o assento, para ter uma melhor perspetiva, e  deixar que o semi-esférico (ecrã) reclame o aqui e agora. De 20 a 28 de novembro é mesmo isso que poderá experimentar na cúpula do Planetário do Porto, no âmbito de uma parceria com o Porto/Post/Doc 2021. E esta é apenas uma das propostas que a 8.ª edição do Festival de Cinema Documental traz este ano à Universidade do Porto. Mas vamos por partes…


Pode o cinema reproduzir os efeitos psicotrópicos da Ayahuasca (chá,  com potencial alucinogénio, feito a partir de uma mistura de ervas)?  Essa é a pergunta a que o realizador Jan Kounen tenta responder com Ayahuasca – the Kosmik Journey,  através de animações ritualistas e de cânticos curativos dos Shipibo, povo indígena da floresta amazónica, recorrendo à experiência imersiva  da projeção 360º em cúpula de planetário. A resposta pode ser desvendada  nos dias 20 e 22 de novembro, às 17h30, no Planetário do Porto – Centro Ciência Viva. Cada sessão inclui a exibição de mais duas curtas: Labyrinth, de Sergey Prokofyev, e Terra TV, de Marek Slipek.


Continuamos com propostas para uma experiência alucinante na escuridão, desta vez para a tarde (17h30) de domingo, dia 21, com repetição a 28 de novembro. Desta vez, a proposta passa pela exibição de Luces Recorren Mi Garganta, experiência de Lois Patiño e Xabier Erkizia para projeção em cúpula de planetário, que parte de projetos como Samsara, sobre o ciclo budista de vida e morte, e El sembrador de estrellas, em torno da paisagem noturna de Tóquio. A sessão será apresentada com uma curta: The Wind Slope, de Juliana Schwindt.

Tempo de agir

Do Planetário seguimos para a Casa Comum, ao edifício da Reitoria da U.Porto, para debater Ideias para Adiar o Fim do Mundo. Passa por aí a proposta do Fórum do Real, um encontro internacional, integrado no Porto/Post/Doc, que se propõe a pensar e discutir o cinema contemporâneo. As conversas acontecem à tarde (pelas 18h00) entre os dias 23 e 25 de novembro. Mas antes…


Da parte da manhã (dias 24, 25 e 26 de novembro) há uma Call to Action. Em discussão estarão temas como a defesa da natureza, soluções para uma  vida saudável, narrativas ativistas, liberdade de género, políticas da identidade, entre outros.


Participam neste fórum o líder indígena e ativista, Ailton Krenak (autor do livro Ideias para Adiar o Fim do Mundo),  a docente Elsa Cerqueira (vencedora do Global Teacher Prize 2021), o  Gerador (plataforma de jornalismo independente), os jovens do Núcleo  Greve Climática Estudantil, a programadora do Festival Queer  Porto/Lisboa, Constança Carvalho Homem, e a revista Divergente.


As conversas arrancam às 11h00, têm entrada gratuita e serão transmitidas por streaming através das redes sociais do festival.

Jardim Botânico do Porto

O líder indígena e ativista Ailton Krenak vai passar pela Casa Comum da U.Porto na manhã de 25 de novembro. (Foto: DR)

Identidade, Comunidade e Liberdade em destaque no Fórum do Real

Enquanto raiz, espaço de disputa e de resistência, Terra é o tema a germinar as conversas de dia 23 do Fórum do Real,  com a presença confirmada do geógrafo Álvaro Domingues e da realizadora e documentarista colombiana Marta Rodriguez. Que instrumentos usamos para ler e compreender a terra? De que ferramentas dispomos para a trabalhar? Entre a Colômbia e Portugal, espera-se um diálogo sobre identidade e pertença, com moderação de Raquel Ribeiro, jornalista, escritora e professora.


O segundo painel do Fórum do Real vai ser dedicado a uma das expressões mais antigas da sociabilidade que caracteriza a espécie humana: Comunidade. Dia 24 de novembro, participam deste encontro Laura Sobral, urbanista, fundadora do Instituto A Cidade Precisa de Você e autora do livro Fazer Juntos, e Rob Hopkins, co-fundador do Movimento para a Transição e autor, entre outras obras, de From What is to What If – unleashing the power of imagination to create the future We want, com moderação do jornalista Abel Coentrão.

Jardim Botânico do Porto

O Fórum do Real é um encontro internacional, integrado no Porto/Post/Doc, que se propõe a pensar e discutir o cinema contemporâneo. (Foto: DR)

O terceiro – e último – painel está marcado para 25 de novembro e propõe uma reflexão sobre o valor que damos ao que temos por  adquirido. Que lugar ocupam na memória as lutas por amor à liberdade?   Pode haver liberdade sem pão? O que diz a emergência alimentar no mundo  sobre a forma como vivemos? Para ajudar a audiência a encontrar  respostas a estas questões sobre Liberdade,  estarão: Pedro Matos, um geógrafo que se tornou trabalhador humanitário  na ONU; João Pina, um fotojornalista que trabalha a memória (da operação  Condor ao Tarrafal, passando pelas guerras entre povos); e Selma  Uamusse, uma engenheira que na música abraça a liberdade da arte. A  moderação ficará a cargo do jornalista Ricardo Alexandre.


O Porto/Post/Doc 2021 realiza-se entre os dias 20 e 30 de novembro e passa por diferentes espaços da cidade do Porto. À semelhança do que  aconteceu em 2020, o festival contará ainda com uma extensão ao online,  onde será possível visualizar grande parte dos filmes selecionados.


O programa completo das atividades acolhidas pela U.Porto pode ser consultado aqui.


Mais informações aqui. 


Fonte: Notícias U.Porto

Planetário do Porto "convida" a ouvir o início da vida do universo

"Ruído" é um espetáculo de divulgação científica sobre ondas gravitacionais. Nasceu de um projeto FCT e sobe  ao palco do Planetário do Porto de 11 a 27 de novembro.

É possível ouvir o passado? Será que há tanto por vir como o que já  passou? Poderemos olhar para o futuro, sem entender o passado? Há  perguntas em forma de anzol que nos fazem emergir da linha do tempo, o  tempo do agora, parar e pensar. Em quê? Podemos começar pela escala de  tempo e espaço. Ruído é um espetáculo de divulgação científica sobre ondas gravitacionais para ver e ouvir no Planetário do Porto – Centro de Ciência Viva nos dias dias 11, 12, 13, 24, 25, 26 e 27 de novembro.


Embora inicialmente previstas por Albert Einstein, só em 2015, e  graças a um detetor, o Laser Interferometer Gravitational-Wave  Observatory ou LIGO, se conseguiu confirmar a existência de ondas  gravitacionais que permitem estudar o início do universo. O LIGO é  composto por dois grandes interferômetros a laser, localizados a  milhares de quilômetros de distância, um em Livingston, Louisiana e  outro em Hanford, em Washington.

Como conhecer o início da vida do universo?

Em 2017, uma investigadora do Instituto de Astrofísica e de Ciências  do Espaço (IA) na Universidade do Porto, Lara Sousa, colocava a si  própria algumas questões: Como conhecer melhor o início da vida e como  foi a evolução da física ao longo da vida do universo? Qual a forma de  lá chegar?


À procura de cordas cósmicas e outros defeitos topológicos com ondas é o título do projeto de investigação científica apresentado à Fundação  para a Ciência e Tecnologia, com uma vertente de comunicação de  ciência. Sobe agora ao palco do Planetário do Porto.


Há muito familiarizada com estas questões da cosmologia está Raquel  S., responsável pela dramaturgia do espetáculo. Desde os tempos em que frequentou o curso de Filosofia da Faculdade de Letras da U.Porto que as debate, precisamente com a irmã, Lara Sousa, com quem vivia, na altura, e que estava a completar o curso de Astronomia na Faculdade de Ciências. Cada uma na sua área de estudo, as irmãs chegaram até a ter uma disciplina com o mesmo nome: Cosmologia.


Tendo sido pensado desde o início como um projeto de divulgação científica e dada a complexidade do tema, Raquel S. teve como preocupação “o nível de precisão que poderíamos atingir com este tipo de discurso”, mas sem o tornar críptico.  Ou seja, para além de  “concessões artísticas”, sabia que o caminho seria estabelecer  cruzamentos, nomeadamente com o recurso a elementos da Filosofia para  ajudar a pensar estas grandezas do Cosmos. Uma prática que, de resto, já  é habitual à Associação Cultural Noitarder, que enlaça os seus projetos de teatro com disciplinas como a filosofia e a literatura.

EU University & Culture Summit / Day 1, Afternoon

Aproximação a experiências do quotidiano

Se conseguimos ouvir o que não vemos, como uma ambulância a passar na  rua quando estamos dentro de casa, por exemplo, “podemos detetar ondas  gravitacionais de objetos que não vemos e que passam através de  obstáculos”, explica Lara Sousa. Daí a analogia com o som, mas há outras  aproximações a experiências do quotidiano.


As transições de fase do início do universo (que provocam ondas  gravitacionais) são associadas à ocorrência de um trauma, já que se  trata de “um acontecimento que provoca uma onda de choque sobre a nossa  forma de agir”, diz-nos Raquel S.. A queda de um objeto no chão e a  consequente projeção de vidros originada pelo embate servirá para,  visualmente, ilustrar o movimento de expansão do Big Bang, e o recurso a  um tecido onde é colocado um objeto circular, que através do peso curva  o tecido, servirá para exemplificar a relação espaço / tempo.

Pequenas perguntas para chegar às grandes questões

Se conseguimos  grandeza de tempo foi uma ideia que Raquel S. quis “trocar por miúdos”. “O que é este tempo do universo que é tão comprido e inimaginavelmente longínquo? Como é que o conseguimos comparar com o  nosso dia-a-dia? Com a nossa finitude?” Daí o paralelo com a escala de  tempo da existência humana. “A forma do meu corpo é a consequência de  uma genética (…) do cabelo escuro da minha mãe, das características da  minha bisavó e assim sucessivamente”. Da mesma forma, esclarece, que “o  processo científico também deduz a partir das ondas gravitacionais.  Também faz investigação do que está para trás (o início da vida do universo) através do ruído que chega até nós hoje.”


A linha dramatúrgica que Raquel S. seguiu foi: A partir de pequenas  perguntas, chegar às grandes questões. Por exemplo: Porque é que há  noite? Que servirá para explicar o paradoxo de Olbers, ou qual a  diferença entre ruído e barulho? Pretexto para falar dos sinais gerados  no início da vida do universo que, sobrepostos, criam ruído, comparável  (outro paralelismo) com o barulho do “e se”, “e se”, “e se” que geramos  na nossa própria mente e que nos impede de obter clareza.


Para nos reposicionar, no espaço e no tempo, o Ruído, que estreou no passado dia 11 de novembro, terá nova sessão dia 24 de novembro. Dias 25 e 26 as sessões estão marcadas para as 21h00, terminando a 27 de novembro, com um espetáculo às 19h00.


Com produção da Noitarder, o espetáculo tem música de José Alberto Gomes, vídeo de Miguel C. Tavares e interpretação de Maria Inês Peixoto.


A entrada é livre, e pode fazer a reserva prévia. 


Fonte: Notícias U.Porto

Novembro na U.Porto

Para conhecer o programa da Casa Comum e outras iniciativas, consulte a Agenda Casa Comum ou clique nas imagens abaixo.

José Rodrigues, o Guardador do Sol

Até 30 DEZ'21
Exposição | Casa Comum
Entrada livre. Mais informações aqui

Porto/Post/Doc

20 a 30 NOV'21
Cinema, Conversas | Casa Comum, Planetário do Porto, outros locais
Mais informações aqui

Dias da História Alternativa, Cultural Week | Dias da História Alternativa

De 23 a 25 NOV'21 | 19h00
Programa Multidisciplinar | Reitoria da U.Porto
Entrada livre. Mais informações aqui

Splendid Isolation de Lea Vidakovic

De 06 a 28 NOV'21 
Exposição | Galeria da Biodiversidade
Entrada livre. Mais informações aqui 


IMPRESSÕES DA NATURALIA: ENSAIOS ENTRE JARDINS

Até 09 JAN'22
Exposição | Galeria da Biodiversidade e FBAUP
Entrada livre. Mais informações aqui

RUÍDO

11, 12, 25, 26 NOV'21 | 21h00

13, 24, 27 NOV'21 | 19h00
Espetáculo de divulgação científica | Planetário do Porto
Entrada gratuita. Mais informações e reservas aqui


Coreografias do Riso de Bárbara Fonte

Até 27 NOV'21
Exposição | Casa-Museu Abel Salazar
Mais informações aqui

Clube Recreativo: a Caricatura no percurso académico de Abel Salazar 

Até 31 DEZ'21
Exposição | Casa- Museu Abel Salazar
 Mais informações aqui 


Bartolomeu Costa Cabral  / um arquivo em construção

De 13 NOV'21 a 23 ABR'22 
Exposição | Fundação Marques da Silva
Mais informações aqui

Patchwork: A Arquitectura de Jadwiga Grabowska-Hawrylak

Até 11 DEZ'21
Exposição | i3S
Entrada livre. Mais informações aqui

CICLO DA VIDA

Até 07 JAN'22
Exposição | ICBAS
Entrada livre. Mais informações aqui

Grandes Mistérios do Universo | Dia Nacional da Cultura Científica'21

24 NOV'21
Programa | Planetário do Porto
Entrada livre. Mais informações aqui

Conservation Biology of Marine Biodiversity | Dia Nacional da Cultura Científica'21

24 NOV'21 | 18h00
Palestra | Galeria da Biodiversidade
Entrada livre. Mais informações aqui

O Legado Geológico da Terra | Dia Nacional da Cultura Científica'21

24 NOV'21 | 15h30
Palestra | Galeria da Biodiversidade
 Entrada Livre. Mais informações aqui 


CORREDOR CULTURAL DO PORTO 

Condições especiais de acesso a museus, monumentos, teatros e salas de espetáculos, mediante a apresentação do Cartão U.Porto.
Consulte a lista completa aqui

Nova exposição da CMAS apresenta Abel Salazar, o caricaturista

"Clube Recreativo: a Caricatura no percurso académico de Abel Salazar" estará patente até final do ano, na Casa-Museu Abel Salazar.

EU University & Culture Summit / Day 1, Afternoon

Caricatura de Roberto Frias, por Abel Salazar. Foto: DR

A Casa-Museu Abel Salazar assinalou esta quinta-feira o Dia Europeu do Património Académico, com a inauguração de uma nova exposição temporária, intitulada Clube Recreativo: a Caricatura no percurso académico de Abel Salazar.


Através desta exposição, convida-se os visitantes a partir á  descoberta de uma das dimensões menos conhecidas na multifacetada obra  do histórico investigador e professor na Universidade do Porto:  a caricatura. Trata-se de um conjunto de trabalhos produzidos  maioritariamente entre os anos 1910 e 1915, período durante o qual o  estudante Abel Salazar (1889-1946) concluía o curso de medicina, na  Escola Médico-Cirúrgica e – a partir de 1911 – na Faculdade de Medicina  da U.Porto.


São desenhos, a lápis ou a nanquim, que representam os professores de  Abel Salazar. Para além de Roberto Frias (1853-1918), estão aqui  representados Augusto Henrique de Almeida Brandão (1847-1935), Cândido  de Pinho (1853-1919), José Dias de Almeida Júnior (1854-1919), Tiago  Augusto de Almeida (1863-1936), Luís de Freitas Viegas (1869-1928) e  João Monteiro de Meyra (1881-1913).

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Caricatura de Augusto Henrique de Almeida Brandão, por Abel Salazar. (Foto: DR)

Abel Salazar e a Caricatura

Expostas vão estar também as caricaturas do matemático, político e  professor da Academia Politécnica do Porto António Pinto de Magalhães  Aguiar (1834-1881), do artista e professor da Faculdade de Medicina José  Oliveira Lima (1875-1950) e ainda de José Pereira Salgado (1873- 1846),  químico, professor e antigo Reitor da U.Porto que, durante o respetivo  mandato (1934-1943), assistiu ao afastamento de Abel Salazar da  Universidade, em 1935.  Os colegas de curso também não escapavam ao  olhar do jovem médico, como foi o caso de Joaquim Graça (1887-1962).


As primeiras caricaturas de Abel Salazar datarão de início do século  XX, altura em que estudava no Liceu Central do Porto e retratava colegas  e professores. Continuou a fazer caricaturas de condiscípulos, amigos e  mestres durante o percurso académico e depois ao longo da vida  profissional, nomeadamente em congressos internacionais. Para os  desenhos que fez entre 1920 e 1930,  qualquer tipo de papel servia,  desde mata-borrão, a um subscrito usado ou até o verso de um programa.


Em 1934, Abel Salazar teve oportunidade de “conhecer” a referência  maior da caricatura mundial: Honoré Daumier (1808-1897). Aquando da sua  estadia de seis meses na capital francesa, o médico, artista e cientista  portuense pôde visitar duas exposições, uma na Orangerie (de pintura,  aguarelas e desenhos) e outra na Bibliothèque Nationale (de litografias,  gravuras em madeira e esculturas) e que foram objeto de reflexão na  obra “Paris em 1934”. Serão desse tempo as caricaturas de Pereira  Salgado.


Com entrada livre, Clube Recreativo: a Caricatura no percurso académico de Abel Salazar pode  ser visitada até final do ano, de segunda a sexta-feira, das 9h30 às 13h00 e das 14h30 às 18h00; e aos sábados, das 14h30 às 17h30. A  exposição encerra aos domingos e feriados. 


Fonte: Notícias U.Porto

Há novos podcasts no espaço virtual da Casa Comum

5. Luís Gomes

No “Saberes além da U.Porto” de hoje vamos conhecer Luís Gomes, alumnus da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP).  Nasceu no  Pinhão, mas vive desde os 12 anos em Vila Nova de Gaia. Sempre quis ser  engenheiro informático e em 2008 ingressou no Mestrado Integrado em  Engenharia Informática e Computação. Durante o curso colaborou com a  Engenharia Rádio e fez parte de alguns grupos estudantis como a AEFEUP. E  foi também durante a faculdade, em 2013, que teve o seu primeiro  contacto com a stand-up comedy. Chegou a trabalhar como investigador na área de data mining,  mas o fascínio pelo humor, principalmente pelo humor “negro,” e a  influência do programa “Levanta-te e ri” levaram-no a tentar a sorte  como comediante. Já partilhou os palcos com grandes nomes do panorama do  humor português. Em 2016 foi convidado para fazer parte do lineup do palco Caixa, dedicado exclusivamente à comédia, no Festival MEO Marés Vivas. Em 2017, fez parte da equipa de guionistas do roast a Álvaro Costa realizado no Teatro Sá da Bandeira, tendo desde aí escrito para (quase) todos os grandes roasts que se realizaram em Portugal: roasts a Fernando Rocha, Miguel 7 Estacas, TOY e José Castelo Branco. Começou a  trabalhar como guionista para outros humoristas, desde escrever textos  de stand-up a sketches. Em 2019, foi coautor,  juntamente com o Fernando Rocha, de uma rubrica de humor na Rádio  Estádio chamada “Estádio de Graça”. Em 2020, estreou um programa no  Youtube chamado Copo Meio Cheio, cuja primeira temporada contou com mais  de meio milhão de visualizações. Para além disso, mantém um formato de  crónicas regular em texto e vídeo chamado “Nem sabes de onde elas caem”,  assim como um podcast de seu nome “É o que é”. Presença regular no programa Pi100Pé do Fernando Rocha, faz espetáculos de stand-up comedy, apresenta galas e festivais e trabalha como guionista.
No meio de tanto humor, ainda conseguiu cofundar a ikuTeam, uma empresa onde é CTO.

     Mais podcastas AQUI

"Arte para todos" na homenagem da U.Porto a José Rodrigues

Exposição retrospetiva dedicada à vida e à obra  do artista e antigo estudante da ESBAP pode ser visitada da até 30 de dezembro, nas galerias da Casa Comum.

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Ouvir, ver, mas também tocar a obra de um dos mais importantes  artistas portugueses do século XX. Escreve-se assim o “cartão de visita”  de “José Rodrigues, o Guardador do Sol”, título da exposição retrospetiva que convida à descoberta da vida e obra do  artista e antigo estudante e docente da Escola Superior de Belas Artes  do Porto (ESBAP), precursora da Faculdade de Belas Artes da Universidade  do Porto (FBAUP). 


Inaugurada no passado dia de 20 de outubro, esta “exposição inclusiva” pode ser visitada até 30 de dezembro, de segunda-feira a sábado, nas galerias da Casa Comum, no edifício da Reitoria da U.Porto. A entrada é livre.


Para outros vídeos, visite o canal oficial da Universidade do Porto no Youtube. 


Fonte: Notícias U.Porto

Doutores Honoris Causa pela Universidade do Porto 

Jean Delumeau

EU University & Culture Summit / Day 1, Afternoon

Pela projeção da sua obra e pelos serviços prestados à Faculdade de Letras da Universidade do Porto, o Conselho Científico desta Faculdade deliberou propor a concessão do grau de Doutor Honoris Causa pela Universidade do Porto a Jean Delumeau (1923-2020).


A cerimónia aconteceu no dia 6 de janeiro de 1984. Durante a manhã desse dia realizaram-se as provas de doutoramento de João Francisco Marques. O candidato foi aprovado com louvor e distinção pelo júri, do qual fazia parte o historiador francês e professor do Colégio de França. De tarde desenrolou-se a cerimónia de doutoramento Honoris Causa, presidida por Luís de Oliveira Ramos, 15.º reitor da Universidade do Porto (1982-1985).


Neste ato solene, ao qual se associaram autoridades civis e militares, individualidades e alunos da Universidade, o doutorando foi apadrinhado por D. António Ferreira Gomes (1906-1989). O elogio do novo doutor ficou a cargo do Professor Doutor Cândido dos Santos e o de D. António Ferreira Gomes do Professor Doutor Eugénio dos Santos.    


Jean Delumeau nasceu em 1923, cidade onde viria a falecer em 2020, com 96 anos de idade.


Foi Professor de História Moderna na Universidade de Rennes (1957-1970), em Paris-Sorbonne (1970-1975) e no Colégio de França (1975-1994), onde lecionou História das Mentalidades Religiosas no Ocidente Moderno.


Publicou vasta e aclamada obra sobre Cultura e Sociedade na Época Moderna.


Foi membro da Académie des Incriptions et Belles-Lettres (1988), do Observatoire du Patrimoine Religieux e da Coordination Française pour la Décennie de la Culture de Non-violence et de Paix.


Católico praticante, mas crítico, defendia a salvação da Igreja pela sua adaptação ao tempo presente, através da revisão do papel das mulheres.   

 
Sobre Jean Delumeau (up.pt)

Para mais informações consulte o site da a Casa Comum - Cultura U.Porto

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