TEMOS DE FALAR SOBRE O FUTURO
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No passado sábado, tivemos na Reitoria o FÓRUM 2050: UTOPIA, PROSPETIVA, POLÍTICA, organizado pela Universidade do Porto em colaboração com o PlanApp – Centro de Competências de Planeamento, de Políticas e de Prospetiva da Administração Pública, que tem como missão apoiar a definição das linhas estratégicas de atuação do governo. O programa estava recheado de bons oradores, mas o Fórum aconteceria a um sábado, bem mais propício ao (merecido) recolhimento em casa e em família. Confesso que, quando acordei, pensei: “Não vai estar ninguém”. Lá fora chovia a cântaros. Peço desculpa a todos quantos apareceram por deles ter duvidado. De manhã e de tarde, o Salão Nobre esteve sempre cheio. A certa altura, tínhamos pessoas a assistir de pé. Senti-me verdadeiramente comovida, ao longo do dia, ao perceber que, à medida que os palestrantes iam lançando ideias, da assistência nasciam perguntas – e não eram perguntas de pessoas que se queriam ouvir (a elas próprias). Eram daquelas perguntas que são uma verdadeira entrega ao assunto, tentativas de melhor compreensão do que precisa de ser feito e de como poderemos contribuir. Lembro-me, em particular, de uma pergunta que já tantas vezes coloquei a mim própria: estaremos dispostos a abdicar do estilo de vida que temos hoje para combater as alterações climáticas? Este tema esteve aliás omnipresente no Fórum – foi uma espécie de nuvem negra que todos estávamos a tentar afastar. O pior é que é bem mais do que uma nuvem negra.
Os trabalhos da manhã abriram com Gregory Claeys, da Universidade de Londres, a defender que temos de chamar as coisas pelos nomes: o que estamos a viver não é uma situação de alterações climáticas, nem de emergência climática, mas de verdadeira catástrofe climática. E explicou: a temperatura global do passado mês de julho foi cerca de 1,5°C mais quente do que a temperatura registada na era pré-industrial. O anúncio foi oficialmente feito pelo Serviço de Monitorização das Alterações Climáticas do Copernicus da União Europeia, e se é certo que, globalmente, a temperatura de 2023 não chegou a essa marca, o mês de julho é um sólido aviso de que estamos a ponto de chegar aos níveis que haviam sido previstos apenas para os primeiros anos da década de 30. A marca de 1,5°C é também o limite definido pelo Acordo de Paris de 2015 por ser globalmente reconhecido como um ponto de inflexão fundamental para o planeta. Acima desta temperatura, teremos calor extremo, inundações, secas, incêndios florestais e escassez de alimentos e água – como dizem os ingleses: “doesn’t it ring a bell?”. A este propósito, Paulo Magalhães, fundador e diretor executivo do projeto Casa Comum da Humanidade, explicou que não bastará atingirmos a neutralidade carbónica: precisamos de “apagar” o que fizemos atrás. E a tecnologia já existe! A perplexidade do orador foi contagiosa: se a tecnologia está disponível, porque não nos empenhamos em restaurar um clima estável?
Mas o Fórum também teve sol. Foram ideias luminosas oferecidas pelos palestrantes e nutridas por uma discussão participada pela audiência – um verdadeiro fórum, como só pode ser quando estamos a discutir o nosso futuro. As sugestões acumularam-se: precisamos de criar centros intergeracionais de literacia ambiental (Paola Spinozzi); temos de introduzir, no sistema educativo, formas de desenvolvimento de competências de imaginação, de contemplação e de compaixão (Max Liljefors); o RBI – Rendimento Básico Incondicional ainda pode ser uma boa ideia (Roberto Merrill); precisamos de cidades inteligentes, com edifícios que falem entre si e se afirmem como agentes da luta contra as alterações climáticas (José Pedro Sousa); poderemos complementar a “cidade dos 15 minutos” (constituída por bairros autossuficientes) construindo uma “metrópole dos 75 minutos”, integrando assim a periferia na cidade (Nuno Grande); temos de saber pensar numa terceira via em relação à habitação: e se criássemos um sistema de propriedade coletiva em que fôssemos todos simultaneamente proprietários e inquilinos? (Sara Brysh); poderemos confiar que os bancos também tenham “coração” se incluírem na sua missão a responsabilidade social (Sofia Santos); poderemos diminuir a pegada ecológica do setor de saúde, responsável por 5% da emissão de gases com efeito de estufa (Luís Campos); poderemos utilizar a Inteligência Artificial para prever que políticas públicas serão necessárias e acompanhar a sua monitorização e eficiente avaliação; e ainda recorrer ao design thinking para encontrarmos soluções inovadoras para problemas complexos (Joana Mendonça).
Ouvimos também pessoas que fazem políticas públicas. Pedro Teixeira, Secretário de Estado para o Ensino Superior, falou, entre outros aspetos, da necessidade de definirmos prioridades (o problema é quando achamos que conseguimos fazer tudo ao mesmo tempo). A Comissária Europeia Elisa Ferreira falou sobre as duas utopias que tem vindo a acarinhar (a construção da União Europeia e a política regional), sublinhando a forma como a pandemia de COVID-19 veio provar que global e local são indissociáveis; e Renato Janine Ribeiro, ex-ministro da Educação do Brasil (do governo de Dilma Rousseff), defendeu que precisamos de promover um novo contrato social com a natureza.
Findo o Fórum, será legítimo que se pergunte: a que conclusões chegámos? Em que medida é que esse sábado passado na Reitoria da Universidade do Porto contribuirá para que as coisas mudem? Rob Littlejohn, Diretor do Fórum dos Futuros, um think-tank do parlamento escocês, explicou, na sua intervenção na Reitoria, que, para iniciarmos um processo de transformação, precisamos primeiro de discussões participadas. As boas ideias acabarão por germinar e informar processos de decisão individuais e coletivos.
Tenho a certeza de que ninguém saiu da Reitoria, no sábado passado, indiferente aos temas debatidos. E que todos concordarão com a frase com que Gregory Claeys termina o seu extraordinário livro Utopianism for a Dying Planet: “Temos tudo a perder e temos tudo a ganhar”. Por isso temos mesmo de continuar a falar sobre o futuro.
Fátima Vieira Vice-Reitora para a Cultura e Museus
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U.Porto apresenta "Calvino: caminhos invisíveis"
Programa multidisciplinar vai decorrer de 02 a 23 de novembro, na Reitoria da U.Porto. As escritoras Rosa Alice Branco e Maria do Rosário Pedreira são presenças confirmadas. No ano em que se assinala o centenário do nascimento de Italo Calvino
(1923-1985), a Associação Sociocultural Italiana de Portugal Dante Alighieri (ASCIPDA) traz à Reitoria da Universidade do Porto um conjunto de iniciativas diversificadas de homenagem a um dos mais destacados escritores do século XX. Os eventos irão decorrer ao longo de todo o mês de novembro. A iniciativa arranca já no dia 2 de novembro, às 18h00, na Biblioteca do Fundo Antigo, com um clube de leitura organizado em colaboração com a Ordem dos Arquitetos do Porto. Tendo como título A revolta dos livros. as cidades invisíveis, o evento consistirá num conjunto de conversas em torno do livro como objeto físico, em que se pretende revisitar textos relevantes, nomeadamente na área da arquitetura, através da partilha de leituras, memórias, referências e experiências.
O livro As Cidades invisíveis, obra icónica de Italo Calvino, transfronteiriça entre a literatura e a cidade e o território, será incontornável nesta conversa que se quer partilhada entre o público, o arquiteto Joaquim Moreno e a poetisa Rosa Alice Branco.
No mesmo dia, mas às 21h30, na Casa Comum, serão projetadas Lições americanas: visões para um novo milénio, um conjunto de curtas metragens realizadas pelos alunos do último ano do Curso de Multimédia e Artes Digitais da Escola Superior de Artes e Design (ESAD) de Matosinhos. Estes alunos foram desafiados a ter como inspiração o último livro de Italo Calvino: Lições americanas. Seis ideias para o próximo milénio.
No dia seguinte, 3 de novembro, às 21h30, no Salão Nobre da Reitoria, é noite de Le città invisibili/As cidades invisíveis. Trata-se de um espetáculo que conjuga diferentes linguagens artísticas: literatura, música e teatro-dança.
O programa inclui a leitura de excertos do livro em italiano e português e o comentário crítico de Rita Marnoto, docente e diretora do Departamento de Estudos Italianos da Universidade de Coimbra. A música ficará a cargo dos ECCO da ESMAE, um grupo constituído por cerca de 20 músicos do curso de música experimental. De assinalar ainda a contribuição de duas performers emergentes italianas.
A entrada neste espetáculo é gratuita, mas sujeita a reserva prévia para o e-mail segreteria.ascipda@gmail.com.
No dia 4 de novembro, sábado, às 18h30, o cinema regressa à Casa Comum, para a estreia nacional do documentário L’isola di Calvino /A ilha de Calvino. Em colaboração com o Comites, órgão representativo da comunidade italiana em Portugal, a ASCIP Dante Alighieri exibe este filme que apresenta a biografia do escritor nascido em Havana, tendo depois vivido em Itália. O filme tem legendagem em português.
As Lições Americanas serão o ponto de partida para o envolvimento de personalidades do mundo da cultura e da literatura, sobretudo para rediscutir, em sessões abertas ao público, algumas palavras-chave propostas por Calvino. Exatidão será a palavra chave do dia 9 de novembro, às 18h30 na Casa Comum, que recebe a escritora e realizadora italiana Francesca Melandri.
Já no dia 23 de novembro, às 18h30, no Salão Nobre da Reitoria da U.Porto, a escritora portuguesa Maria do Rosário Pedreira será a convidada especial da conferência Lições americanas: ideias para um novo milénio. A palavra chave será visibilidade.
Maria do Rosário Pedreira irá participar da palestra/Encontro As “Lições Americanas – Ideias para o Próximo Milénio”. (Foto: DR)
Os eventos são de entrada livre até o limite da lotação do espaço. Apenas o espetáculo de dia 3 de novembro carece de inscrição. De âmbito multidisciplinar, este conjunto de eventos envolve participantes de diferentes áreas e pretende atrair um público heterogéneo. Calvino: caminhos invisíveis, projeto que a ASCIP Dante Alighieri dedica ao escritor, mereceu o apoio da Società Dante Alighieri, no âmbito das candidaturas para projetos culturais destinadas aos Comités Estrangeiros.
É também uma forma de dar continuidade ao trabalho desenvolvido ao longo dos anos com projetos dedicados a outros escritores italianos.
Consulte o programa completo AQUI Fonte: Notícias U.Porto
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Casa Comum e MOTELX oferecem cinema de terror na noite de Halloween
O MOTELX - Festival Internacional de Cinema de Terror de Lisboa chega, pela primeira vez, ao Porto, na noite de 31 de outubro. Entrada livre. Casa Incerta, de Pedro Dias, passa na Casa Comum, dia 31 de outubro, a partir das 21h30. Foto: DR
Pronto para ter medo? Para ter muito medo? Pela primeira vez no Porto, o MOTELX - Festival Internacional de Cinema de Terror de Lisboa vem à Casa Comum (Reitoria) da Universidade do Porto para apresentar aquela que se apresenta como uma das mais “assustadoras” seleções de curtas-metragens nacionais. E o dia (noite) não poderia ser mais indicado. Tudo acontece a 31 de outubro, noite de Halloween, a partir das 21h30.
Esta nova parceria entre o festival MOTELX e a U.Porto promete não ficar por aqui. Além desta sessão de curtas nacionais, estão previstas outras atividades conjuntas em 2024, tais como sessões de cinema comentadas, palestras, apresentações de livros e outras atividades. O Abafador, de Silvana Torricella, conta-nos a história de um “abafador”. Quem é este “abafador”? Alguém que viaja de terra em terra com a missão de ajudar quem sofre à espera da morte. Cansado de viver como um criminoso, faz um último “abafamento”, mas é surpreendido por uma mulher. O resto? Só vindo e vendo.
Paralisia, de Inês Monteiro, apresenta-nos Mafalda e Filipe no regresso a casa depois de uma noite de excessos. É quando adormecem que algo sinistro desperta…
Monstros, de Carlos Calika, coloca-nos perante a história, como o título indica, de um monstro. Sendo que este foge um pouco ao estereótipo da espécie já que…. Este é um monstro perseguido. Falta descobrir por quem…
Maelstrom, de Pedro M. Afonso, faz-nos sentir o lado mais frágil de um homem chamado Chico. Com um aspeto meio desleixado, decide melhorar a sua imagem para ter a autoestima necessária para convidar a sua vizinha a sair com ele. Perante a reação de Clara, Chico só tem uma solução: enfrentar a realidade e as perversões da própria mente.
Pedro Dias faz-nos entrar numa Casa Incerta, de um Portugal a braços com uma crise habitacional. Neste cenário de violência, o lema é “os mortos não precisam de casa”.
Dead Wheel, de Ariana Santos e Virgínia Barbosa leva-nos até um arraial de carrosséis. Numa noite, uma viagem gastronómica junta dois jovens desconhecidos e leva-os a experimentarem uma montanha-russa de emoções.
A duração total das curtas é de 61 minutos. A entrada é livre, até ao limite da lotação da sala.
Sobre o MOTELX
O MOTELX realiza-se anualmente em Lisboa desde 2007 e tem acolhido os melhores filmes internacionais, assim como o cinema emergente de terror português. A programação do Festival inclui longas e curtas-metragens, retrospetivas, cinema infantil, microCURTAS e documentários, para além de uma série de atividades como workshops, masterclasses e concertos.
Fonte: Notícia U.Porto
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João Habitualmente apresenta novo livro de contos na Casa Comum
Telhados de lume é o título do novo livro do escritor. Obra será apresentada no próximo dia 3 de novembro, às 18h30, na Casa Comum. A apresentação do novo livro de João Habitualmente inclui uma conversa entre o autor e o também escritor Nuno Camarneiro. Foto: Manuela Matos Monteiro
Há um telhado a arder. Qual a origem do incêndio? Que consistência tem o telhado de cada um e o que levará alguém a incendiar o próprio? No próximo dia 3 de novembro, a partir das 18h30, João Habitualmente vai estar na Casa Comum (à Reitoria da Universidade do Porto) à conversa com outro escritor, Nuno Camarneiro. Em cima da mesa estará Telhados de lume, o seu novo livro de contos. Começando pelo telhado, ficamos a saber que está em lume “para derreter o vidro”, avisa, desde logo, João Habitualmente. “Há hoje muitos telhados de vidro, muita militância de causas a querer-nos dizer como devemos falar e a ralhar-nos quando não usamos a linguagem que nos querem “endoutrinar”. É gente com telhados de vidro – os meus são de lume”, afirma o autor. De resto, confessa que poderia até dedicar o livro “aos vidreiros da Marinha Grande e aos operários dos telheiros”. Considera-se “um intelectual sempre ao lado do proletariado, apesar de nunca ter entrado numa fábrica”.
Não há gatos a atravessar estes Telhados de lume, mas “com um animal como o humano não preciso de outros para me inspirar”, contrapõe o escritor. “O animal humano é alfa e ómega, bestial e besta, é tão tremendo que não precisamos de sair dele para ir incomodar os outros animais”.
Arrumar o desalinho da vida
São várias as personagens que se abrigam nestes Telhados de lume. Desde o “labrego com avaria psicopática” até ao “anjo celeste”, incluindo “mulheres capazes de fazer lume em telhados e aparecer nuas nas clarabóias. Histórias machistas, dirão apressadamente os dos telhados de vidro, que, mesmo sem ler, estarão prontos a condenar em nome do politicamente correto”, desvenda João Habitualmente. Mas não é só. Há ainda “conversas às portas da morte e reminiscências de infâncias longínquas. Há de tudo, como fora dos livros” acrescenta. O proveito de escrever um livro é, afirma o autor, “arrumar o desalinho da vida – é isso que sinto quando delineio um personagem”.
Embora cada um tenha uma temática própria, os contos apresentam elementos comuns: as transições entre a vigília e o sono, região onde vive o onírico; as passagens entre a vida e a morte, espaço quase virgem ao nosso conhecimento onde vivem medos e maravilhas; o deja vu, interstício de tempo em que o antes e o agora se confundem e os estados modificados de consciência, onde a libertação das defesas racionais deixa irromper não só o esplendor, mas também os sofrimentos e desequilíbrios da mente.
É neste universo de abstrações existenciais que mergulham as peripécias de Moribundo e Borimundo, ansílio Portocarrero, Donzília, Fausto Araújo e outros personagens que vão desfilando por estas histórias celestes.
Sobre João Habitualmente
João Habitualmente é o alter ego literário de Luís Fernandes, psicólogo e docente da Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da U.Porto (FPCEUP). Nasceu no Porto em 1961 e vive em Gaia. Publicou os primeiros textos na revista Pé-de-Cabra em 1984, onde era Célio Lopes na prosa e João Habitualmente na poesia. Em 1994, surgem os dois primeiros livros de poesia, Os sons parados e Agradecemos (reunidos no mesmo volume). Estátuas na praça foi o livro de poesia que publicou em 2022.
Navegando entre géneros literários, já publicou um livro de contos (Os pulsos fistréticos – contos maléficos, 2016), microficção (Notícias do pensamento desconexo, 2003 e Mais notícias do pensamento desconexo, 2014), diário (Coisas do arco da ovelha – pequeno tratado do banal familiar, 2014), cadernos de viagem (Pelo Rio abaixo – crónica duma cidade insegura, 2001) e crónica jornalística (Escrita perecível, 2007). Estes dois últimos têm a assinatura de Luís Fernandes por estarem mais próximos da atividade profissional enquanto psicólogo e especialista do comportamento desviante.
Fonte: Notícias U.Porto
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Outubro/ Novembro na U.Porto
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Para conhecer o programa da Casa Comum e outras iniciativas, consulte a Agenda Casa Comum ou clique nas imagens abaixo.
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Onde sempre acaba a tempestade, de Ilda Figueiredo
Apresentação de Livro | Reitoria da U.Porto Entrada Livre. Mais informações aqui
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Alice in WonderBand | Novos ritmos dos Balcãs
Entrada Livre. Mais informações aqui
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MOTELX on TOUR | Sessão de Halloween
Entrada Livre. Mais informações aqui
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Calvino: caminhos invisíveis
Programa multidisciplinar | Reitoria da U.Porto Entrada Livre. Mais informações aqui
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Telhados de Lume, de João Habitualmente
Apresentação de Livro | Casa Comum Entrada Livre. Mais informações aqui
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Vi(r)ver a U.Porto | Dia aberto dos grupos de extensão cultural
Dança, música tradicional, teatro, canto coral, debate | Edíficio dos grupos académicos (FDUP) Entrada Livre. Mais informações e inscrições aqui
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IndieJúnior 2024 | Antevisão para professores
Cinema, Serviço Educativo | Casa Comum Entrada Livre. Mais informações e inscrições aqui
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Penélope, A Tecelã das Palavras
Exposição | Instituto Pernambuco Entrada Livre. Mais informações aqui
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ILUSTRA UP II | Exposição
Entrada Livre. Mais informações aqui
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Fernando Távora. Pensamento Livre
Exposição | Fundação Marques da Silva
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As Viagens de Abel Salazar: Paris 1934 | Exposição
Exposição | Reitoria da U.Porto Entrada Livre. Mais informações aqui
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O Museu à Minha ProcuraExposição | Polo Central do Museu de História Natural e da Ciência da U.Porto Entrada Livre. Mais informações aqui
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Sombras que não quero ver #2 | Escultura de Hélder Carvalho
Entrada Livre. Mais informações aqui
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CORREDOR CULTURAL DO PORTO Condições especiais de acesso a museus, monumentos, teatros e salas de espetáculos, mediante a apresentação do Cartão U.Porto. Consulte a lista completa aqui
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Grupos culturais da U.Porto apresentam-se em encontro inédito
Evento marcado para 4 de novembro vai juntar o Coral de Letras, o Orfeão Universitário, o Teatro Universitário, o NEFUP, e a Sociedade de Debates da U.Porto.
O Orfeão Universitário do Porto (OUO) vai dar a conhecer os seus 11 grupos aos estudantes da U.Porto. Foto: OUP
O dia 4 de novembro calha a um sábado. Ou não fosse a pensar nos estudantes que terá lugar o primeiro Dia aberto dos Grupos de Extensão Cultural da Universidade do Porto. O evento, aberto a toda a comunidade académica, acontece a partir das 14h30 e vai juntar no edifício dos Grupos Académicos – à Faculdade de Direito (FDUP), na Rua dos Bragas – alguns dos grupos académicos culturais que atuam na órbita da Universidade. Quem pratica fala de uma sensação de felicidade. O que é preciso? Ensaiar, desenvolver a técnica vocal e brilhar nos concertos. Há um repertório a capella de todas as épocas, abordando ainda cantata e música coral sinfónica, num leque de estilos variados. Dá destaque a autores portugueses, à obra de Fernando Lopes-Graça e às Canções Regionais Portuguesas. De quem falamos? Do Coral de Letras, fundado em 1966 pelo Maestro José Luís Borges Coelho.
Para quem apreciar a cultura tradicional portuguesa, os Cantares do Núcleo Etnográfico e Folclórico da Universidade do Porto (NEFUP) dão corpo a mais de uma centena de danças, recolhidas primordialmente no norte do país (Douro Litoral, Minho e Trás-os-Montes) e nas ilhas. Após a pesquisa, a apresentação pública destas tradições (danças, músicas, cantares e outras manifestações tradicionais) resulta em espetáculos temáticos, encenados teatralmente com rigor etnográfico. Também realizam oficinas.
Quem quer ser Pauliteiro? Ou Pauliteira? Participar nos Cantares de Maçadeiras? Aprender o Cante Alentejano? Pertencer à Tuna Universitária do Porto, ao Fado Académico, ou à Orquestra de Tangos? Com mais de um século de existência, o Orfeão Universitário do Porto tem cerca de 200 estudantes que trabalham ativamente em agrupamentos artísticos, organizados em três grandes vertentes: coral, etnográfica e académica.
E que tal a companhia de teatro mais antiga do Porto? Fundado pelo Professor Hernâni Monteiro e estudantes de medicina, o Teatro Universitário do Porto nasceu em dezembro de 1948 e é uma associação sem fins lucrativos que aposta na experimentação, na identidade pessoal, na força coletiva e na formação informal. A partir de 1953, sob direção de Correia Alves, assume nova matriz: formação, renovação e experimentação.
A Sociedade de Debates da U.Porto (SdDUP) também estará presente para fazer uma pequena apresentação. Liderada por estudantes, a organização dedica-se ao debate como forma de promoção do espírito crítico e da compreensão mútua. Faz formação dos seus membros e organiza competições internacionais com sociedades homólogas das melhores universidades do mundo. São mais de 1.000 associados em todas as Unidades Orgânicas, assim como alumni, docentes e funcionários.
Após a receção, os participantes serão divididos por grupos para que possam assistir a pequenas apresentações por parte dos diferentes Grupos de Extensão Cultural.
No final da tarde, ninguém vai embora sem aceitar umas castanhas, servidas com jeropiga.
A participação no evento é gratuita, mas sujeita a inscrição obrigatória.
Fonte: Notícias U.Porto
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Há novos podcasts no espaço virtual da Casa Comum
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76. Nós, Maria Fernanda Rodrigues Nós, de Maria Fernanda Rodrigues, in Asprela, Produção Independente, setembro de 2022.
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Esta semana no episódio do “U.Porto Carreiras Imprevistas”, estivemos com Manuela Arezes, natural de Viana do Castelo, que terminou a licenciatura em Ciências da Nutrição da Universidade do Porto em 1994. As saídas profissionais foram uma preocupação ao longo de todo o percurso académico. Enquanto estagiava no Serviço de Endocrinologia do Hospital de São João e no Centro de Saúde de Viana do Castelo, cruzou-se com o Programa Contacto da Sonae, ao qual se candidatou. Foi selecionada e começou a trabalhar como chefe de secção no Continente de Viana do Castelo. O seu percurso na Sonae foi longo e diversificado. Em plena pandemia decidiu negociar a saída da empresa, 26 anos depois de ter chegado e sem nenhum projeto à vista. Meses depois ingressou no Grupo Better Foods como diretora de logística, onde trabalha até então. Adora cozinhar para a família, viajar, ir ao cinema, à praia e fazer caminhadas… desde que não chova.
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Fraile Juan, bou-te a dar ua adebina i se an trés dies nun fures capaç de me dar la respuosta, mando-te matar. Oubiste bien?
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Alunos Ilustres da U.Porto
Alberto Silva
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Alberto Joaquim da Silva nasceu em 1882. Estudou Desenho Ornamental na Escola Industrial Infante D. Henrique, no Porto, onde foi aluno do arquiteto holandês Gerad van Kriken. Cursou, depois, Desenho e Pintura na Escola de Belas Artes do Porto, entre 1900 e 1909. Em 1925, com Álvaro Pinto de Miranda, arquiteto autodidata, e Jacinto da Silva Pereira Magalhães, industrial e político, fundou o Salão Silva Porto, sedeado no n.º 285 da rua de Cedofeita, no Porto, num edifício oitocentista projetado pelo engenheiro e professor Gustavo Adolfo Gonçalves e Sousa.
Exposição individual de Abel Salazar no Salão Silva Porto [1938-1940]. CMAS 06354.000.064
Nesta galeria de arte que homenageava o pintor naturalista nascido no Porto – António Carvalho da Silva Porto - expuseram artistas estreantes e autores consagrados, como Henrique Medina, Alves de Sá, Artur Loureiro, António Cruz e Abel Salazar. Realizaram-se saraus musicais e literários, conferências culturais e mostras - a Exposição Antónia (em 1931, no VII centenário da morte de Santo António), a Exposição Histórica do Vinho do Porto (1931), a Exposição do Cerco do Porto (1932) e as exposições coletivas de homenagem a Silva Porto, Henrique Pousão e Artur Loureiro (1935). Capa do Catálogo da Grande Exposição dos Artistas Portugueses. Trabalhos oferecidos para o Grande Sorteio Nacional de Arte cujo produto reverte para os três monumentos a Silva Porto, Henrique Pousão e Artur Loureiro a ofertar à Cidade do Pôrto.
Em 1933, Alberto Silva fundou neste Salão a escola de artes plásticas designada Academia Silva Porto, onde ministrou cursos de desenho, pintura e escultura, destinados a formar novos artistas, a preparar aspirantes a alunos das Belas Artes - como Júlio Resende - e a ensinar artes às senhoras da sociedade portuense.
No âmbito desta instituição fundou, também, o Boletim do Salão Silva Porto, para divulgação das artes em Portugal e registo das exposições e do material da coleção deste salão. O periódico teve seis números, editados entre janeiro de 1939 e setembro de 1940, o último dos quais foi dedicado à memória de Alberto Silva, falecido a 3 de fevereiro desse mesmo ano.
Alberto Silva expôs a sua pintura na Praça de Mouzinho de Albuquerque (1916) e depois no Salão Silva Porto (1930 e 1936). Durante vários anos presidiu à Sociedade Portuense de Belas Artes, instituída em 1905 e ativa até 1931.
Em homenagem póstuma, um grupo de admiradores organizou uma exposição da sua obra, inaugurada no dia 22 de maio de 1940 pelo general Fernando Borges. O elogio do homenageado foi proferido pelo jornalista e crítico de arte Francisco de Sequeira. No âmbito desta exposição, a Organização Turística Moderna realizou uma visita ao Salão Silva Porto, durante a qual o colecionador Artur de Sandão discursou sobre a personalidade artística de Alberto Silva.
Sobre Alberto Silva (up.pt)
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