MULHERES-PORTEIRAS

​​EU University & Culture Summit / Day 1, Afternoon

“Mulheres-porteiras”: assim são designadas as mulheres homenageadas na exposição Pioneiras da FCUP – Memória Scientifica, que está patente na Biblioteca dessa Faculdade. A justificação é simples: a exposição fala de mulheres que estudaram na FCUP e aí ensinaram e investigaram, abrindo literalmente portas a outras mulheres.


A primeira mulher-porteira terá sido Maria da Leite da Silva Tavares Paes Moreira, que, em 1884, se matriculou na Academia Politécnica do Porto. Desde que visitei a exposição que não paro de pensar em como se terá sentido esta Maria ao mergulhar num universo exclusivamente masculino, caminhando pelos corredores do edifício onde hoje está instalada a Reitoria da U.Porto, entrando em salas de aula que nunca antes haviam admitido mulheres. Que preconceitos terá enfrentado? Gosto de a imaginar audaz, de cabeça erguida e voz firme, no dia em que, em 1892, defendeu a sua “dissertação inaugural” Hygiene da Gravidez e do Parto na Escola Médico-Cirúrgica do Porto. É também um pouco minha a alegria que terá sentido quando, após concurso aberto em 1894, foi aprovada para desempenhar funções de Clínica Auxiliar no Hospital Geral de Santo António (já pensaram? Uma mulher médica!). E é com júbilo que percorro com ela o caminho desde a sua casa até ao Largo de São João Novo, n.º 2, onde tinha o seu consultório particular. Quantas mulheres não terá ajudado, nessa viragem de século onde escasseava a informação sobre prevenção da gravidez, cuidados com higiene feminina e “doenças de mulheres”, como à época se dizia!


O interesse da exposição na FCUP reside também no facto de, para além de identificar as mulheres pioneiras na academia, as articular com o que se estava a passar no país e no mundo, a nível de conquistas sociais, científicas e tecnológicas. Assim, fiquei a saber que Maria das Dôres Pereira de Souza e Sara de Sena Cabral Ferreira foram as primeiras mulheres a exercerem cargos de docência na U.Porto. Assumiram funções em 1919, vinte e quatro anos depois de os Irmãos Lumière terem inventado o cinematógrafo, dezasseis anos depois de Aida da Acosta ter sido a primeira mulher a pilotar uma aeronave – o dirigível N-9, construído por Santos Dumont – e oito anos depois de ter sido criada a Universidade do Porto, inicialmente estruturada com duas Faculdades: Ciências e Medicina. A primeira mulher a doutorar-se na Faculdade de Ciências (e também a primeira a se doutorar na Universidade do Porto), contudo, terá sido Leopoldina Ferreira Paulo. Em 1944, ano em que defendeu a tese Alguns Caracteres Morfológicos da Mão nos Portugueses, o feito de Leopoldina fez notícia no jornal! No entanto, Leopoldina terá tido de esperar por 1972 (quase trinta anos!) para assumir o cargo de Professora Extraordinária da Faculdade de Ciências – o equivalente a Professora Catedrática.


A exposição não fala apenas de académicas, mas também de pessoal técnico e administrativo, como é o caso de Laura Rosa de Castro, que em 1919 tomou posse como Servente no Museu de Zoologia da FCUP, ou de Carmen Casanova, que, em 1926, assumiu a função de Terceiro Oficial da Secretaria. Já Mercedes da Costa, que nesse mesmo ano tomou posse como Contínua da Faculdade, viria em 1936 a ascender ao posto de Contínua de Primeira Classe.


Após as últimas entradas da cronologia (relativas à década de 90 do século XX), é feito um salto para o presente, onde, com júbilo, podemos ler: “139 anos após a entrada da 1.ª mulher na Academia Portuense, a FCUP tem, desde 2019, e pela primeira vez, uma mulher diretora, a Professora Doutora Ana Cristina Freire. O género feminino representa hoje na U.Porto 56% dos seus colaboradores”. Embora feliz com o longo caminho percorrido, não posso deixar de pensar que a liderança feminina não é ainda comum nas faculdades da nossa Universidade. Como revela o relatório do projeto RESET – Redesigning Equality and Scientific Excellence Together, relativo à U.Porto e ao ano de 2022, embora na área da investigação homens e mulheres apresentem uma representatividade equilibrada, as mulheres ocupam apenas 1/3 das posições de professor catedrático e há três faculdades onde não há sequer mulheres nesta posição.


Vejo a exposição da Faculdade de Ciências como um exemplo a seguir, pelo menos por dois motivos. Em primeiro lugar, pela metodologia adotada, fruto de uma investigação cuidadosa por parte da equipa dos Serviços de Documentação e Cultura da FCUP, coordenados por Célia Cruz. Uma cronologia com o fôlego da que nos foi apresentada só pode ser fruto de uma investigação diligente em arquivos académicos (parabéns a Conceição Santos, subdiretora da FCUP e Diretora da Biblioteca pela imparável dinâmica cultural que tem vindo a imprimir à Faculdade). Em segundo lugar, porque a exposição foi enquadrada no projeto “What if?”, coordenado por Ana Moura (LAQV- REQUIMTE), sendo associada a um desafio de imaginação de perguntas feitas a partir da cronologia, numa tentativa de se identificar “pontos divergentes” no que foi, de se ver o que poderia ter sido e com isso saber o que pode ser mudado no presente.


E agora pergunto eu: “What if?”? E se fizéssemos o mesmo nas outras faculdades da U.Porto? Em 2004, a Galeria de Exposições da Faculdade de Ciências acolheu a exposição Filhas de Minerva, de que resultou um catálogo com o mesmo título; tanto a exposição como o catálogo reportavam-se, contudo, apenas às primeiras doutoradas das Faculdades da U.Porto. Mas, e se alargássemos a investigação e o debate sobre o papel da mulher na universidade e na sociedade, no passado, no presente e no futuro, às catorze faculdades?


Por outras palavras: e se identificássemos todas as mulheres-porteiras da nossa Universidade?


Fátima Vieira
Vice-Reitora para a Cultura e Museus

Casa Comum e associações de estudantes levam cinema à Universidade

O ciclo "Cinema na Casa" vai passar por várias  faculdades da U.Porto até final do ano letivo. Primeiro filme é exibido a  23 de novembro, na Casa Comum (à Reitoria).

​​Bienal Fotografia

O "Cinema em Casa" arranca a 23 de novembro, com a exibição do documentário Finding Vivian Maier  (2013), de John Maloof e Charlie Siskel Foto: DR

Chama-se Cinema na Casa e, até final do ano letivo, vai passar por várias faculdades da Universidade do Porto. A  sessão inaugural deste ciclo de cinema acontece no próximo dia 23 de novembro, às 18h30, na Casa Comum (à Reitoria) da U.Porto.


Aprofundar, mapear, dar um real “Sentido de lugar” à comunidade  académica é o principal objetivo desta parceria entra a Casa Comum e as  várias associações de estudantes.


Este diálogo entre os espaços da universidade e a própria comunidade académica através da cultura insere-se no projeto Sentido de Lugar,  que decorrerá até julho de 2024. Ao longo de todo o ano letivo será  desenvolvido um programa para incentivar os estudantes a explorarem  diferentes práticas artísticas (oficinas de fotografia e de escrita),  desafiando-os, também, a conhecerem melhor o espaço onde, todos os dias,  aprendem, estudam e convivem.


Uma vez por mês e até ao final do ano letivo, as sessões do Cinema na Casa irão percorrer as diferentes faculdades da U.Porto. A entrada é gratuita até ao limite da lotação do espaço.

À descoberta de Vivian Maier

A sessão de arranque do Cinema em Casa inclui a exibição do filme Finding Vivian Maier (2013), realizado por John Maloof e Charlie Siskel. Este documentário apresenta a vida e obra de uma ama norte-americana que se torna uma  talentosa fotógrafa de rua do século XX.


Embora tenha nascido nos Estados Unidos, foi em França que Vivian  Maier passou a maior parte da sua juventude. Quando regressou aos EUA,  em 1951, passou a trabalhar como ama e cuidadora. Nos tempos livres,  Maier começou a aventurar-se na arte da fotografia e durante cinco  décadas fotografou constantemente. Deixou mais de 100.000 negativos, a  maioria dos quais tirados em Chicago e Nova Iorque. As fotografias de Maier revelam também uma afinidade para com as franjas sociais mais  desfavorecidas.


Nas viagens que fez, nomeadamente ao Canadá, América do Sul,  Caraíbas, Europa, Médio Oriente e Ásia, não só viaja sozinha como gravita em torno daqueles que lutam pela sobrevivência. Vivian Maier realizou ainda filmes caseiros, e outras gravações que funcionam, hoje, como um registo da vida americana da segunda metade do século XX. 


Fonte: Notícias U.Porto

Roberto Hurtado apresenta-se ao piano na Casa Comum

O terceiro concerto do Festival Teoria das  Cordas vai ter lugar dia 24 de novembro, às 21h00, no edifício da  Reitoria da U.Porto. Entrada livre.

​​Bienal Fotografia

Roberto Hurtado vai estar na Casa Comum no próximo dia 24 de novembro. Foto: DR

Este é já o terceiro concerto da edição deste ano do Festival Teoria das Cordas. Desta vez, emanam do palco da Casa Comum (à Reitoria) da Universidade do Porto composições de três europeus dos séculos XIX e XX: Prokofiev, Schumann e Albéniz. O “facilitador” desta experiência é o jovem pianista Roberto Prados Hurtado. Vai ser dia 24 de novembro, às 21h00.


De nacionalidade russa, Serguei Sergueievitch Prokofiev (1891-1953) é  um dos compositores mais celebrados do século XX. As peças que foram  selecionadas para esta noite foram criadas quando o compositor tinha  apenas 18 anos e frequentava o Conservatório de S. Petersburgo. Os Quatro Estudos para Piano, Op. 2, de que ouviremos os dois primeiros, são obras já marcadas pelo espírito irrequieto de Prokofiev.


Da Rússia viajamos para a Alemanha, pelo braço de um dos maiores  compositores da era romântica. De resto, grande parte do concerto de Roberto Hurtado será dedicada a uma suite de peças para piano de Robert  Alexander Schumann (1810-1856). Cada uma das 21 peças que constituem a suite Carnaval op. 9 representa personagens ou cenas de um baile de máscaras por ocasião do Carnaval.


A última peça do programa vai remeter-nos para Isaac Albéniz  (1860-1909), que “visitamos” na semana anterior. Triana é uma das 12 peças da suite para piano Iberia,  considerada a obra-prima do prodigioso compositor espanhol, criada já  no final da vida. Embora seja percetível a presença de elementos  inspirados na música tradicional espanhola, particularmente a andaluza,  que marcou toda a sua obra, Iberia tem um inegável caráter impressionista.


O concerto do dia 24 de novembro terá uma introdução de Henrique Araújo da Silva, estudante da Faculdade de Psicologia e de Ciências da  Educação da U. Porto (FPCEUP).


Teoria das Cordas é um festival de música com curadoria  jovem e uma organização conjunta do Curso de Música Silva Monteiro e da Universidade do Porto.


A entrada é livre, mas sujeita à lotação da sala.

Sobre Roberto Prados Hurtado

Nasceu em Granada, numa família com uma longa tradição nas artes  visuais. Iniciou os seus estudos aos 7 anos de idade com o pianista de  carreira internacional Ambrosio Valero. Concluiu os seus estudos no Real  Conservatório de Música de Granada com as melhores notas e atualmente  está a fazer um mestrado em Performance Musical e Investigação Performativa na Universidade Alfonso X el Sabio.


Como concertista, Roberto Prados Hurtado apresentou-se em numerosas cidades de Espanha e em diferentes países do continente europeu. Venceu o Terceiro Prémio do Concurso Internacional de Piano de Ibiza, um dos  mais prestigiados e antigos concursos de Espanha. Recebeu também o  Primeiro Prémio no XIV Concurso de Solistas “Ángel Barrios” e no III  Certame Provincial de Interpretação Instrumental, para estudantes de  conservatório, atribuído pela Deputação Provincial de Granada. 


Fonte: Notícias U.Porto

Observatório Astronómico Prof. Manuel de Barros recebe concerto inédito

Radiohead e António Pinho Vargas no mesmo palco, é possível? É o que vai acontecer no último concerto do Festival Teoria das Cordas, dia 25 de novembro, às 18h00

​​Bienal Fotografia

O Círculo Meridiano de  Espelho do Observatório Astronómico Professor Manuel de Barros vai  acolher um espetáculo musical, pela primeira vez, em 75 anos de  história. Foto: DR

Programa e localização fazem desta, talvez, a mais invulgar proposta da edição deste ano do Festival Teoria das Cordas. Pela primeira vez, em 75 anos de história, o Círculo Meridiano de Espelho do Observatório Astronómico Professor Manuel de Barros será palco de um espetáculo musical. O guitarrista Pedro Rodrigues será o músico convidado do último concerto do festival. Acontece dia 25 de novembro, às 18h00.


Que experiência para os sentidos será esta que das paredes de  alumínio, passando pelo espelho de mercúrio, fará elevar a música de  Pedro Rodrigues até à cúpula? O convite vai levar a audiência até um dos  mais interessantes (e raros em todo o mundo) instrumentos de observação astronómica da U.Porto. Ostenta o nome do engenheiro e astrónomo que  planeou e supervisionou todas as fases da construção, o Professor Manuel  de Barros.


Vamos à música? O programa é formado por composições exclusivamente  do século XX. Começamos com quatro peças de António Pinho Vargas (1951),  a quem Pedro Rodrigues tem dedicado particular atenção. De seguida, ficaremos com Due Canzoni Lidie, uma peça em dois movimentos do compositor e guitarrista italiano Nuccio d’Angelo (1955). O programa prossegue com a Sonata N.º 1: Fandangos y Boleros, II. Sarabanda de Scriabin e III. La Toccata de Pasquini, do compositor e guitarrista cubano Leo Brouwer, um dos mais importantes nomes da guitarra contemporânea.


Sobre o remate final… Arriscamos dizer que o facto de saber que vai  acontecer, não retira centelha à incandescência do maravilhamento. Falamos da adaptação para guitarra clássica do tema Paranoid Android, dos Radiohead (composto em 1997) . Como extrair, de um só instrumento  acústico de seis cordas, uma música que, habitualmente, nos chega  através de vozes, instrumentação acústica, elétrica e eletrónica? É vir  para conferir…


O concerto será antecedido de uma explicação, a cargo do investigador  Dalmiro Maia, sobre o funcionamento do Observatório Astronómico Professor Manuel de Barros. Fica localizado na Alameda do Monte da  Virgem, em Vila Nova de Gaia, artéria que liga o Hospital Eduardo Santos Silva ao Santuário do Monte da Virgem.


É com este concerto que termina o festival de música Teoria das  Cordas, que tem passado por diferentes espaços da U.Porto. Com curadoria jovem, o certame resultou de uma organização conjunta do Curso de  Música Silva Monteiro e da Universidade do Porto.


A entrada é livre, mas sujeita à lotação da sala.

Sobre Pedro Rodrigues

Estudou na Escola de Música do Orfeão de Leiria, onde terminou os  estudos com a classificação máxima como bolseiro da Fundação Calouste  Gulbenkian. Posteriormente estudou com Alberto Ponce na École Normale de Musique de Paris, onde recebeu os diplomas superiores de Concertista em  Música de Câmara e Guitarra, este último com a classificação máxima. Sob  a orientação de Paulo Vaz de Carvalho e Alberto Ponce, concluiu em 2011  o doutoramento na Universidade de Aveiro como bolseiro da Fundação para  a Ciência e Tecnologia.


Venceu o Artists International Auditions (Nova Iorque), Concorso Sor  (Roma) e Prémio Jovens Músicos. Foi também premiado nos concursos de Salieri-Zinetti, Paris, Montélimar, Valencia e Sernancelhe, entre  outros. Apresentou-se a solo em salas e festivais nos Estados Unidos,  Canadá, França, Espanha, Chéquia, Portugal, África do Sul, Índia,  Taiwan, Brasil e Porto Rico, entre outros.


Pedro Rodrigues é  investigador integrado do INET e professor  auxiliar no Departamento de Comunicação e Arte da Universidade de  Aveiro, sendo diretor do curso de Mestrado em Música e, desde 2019, o  diretor artístico dos Festivais de Outono da Universidade de Aveiro. 


Fonte: Notícias U.Porto

Novembro na U.Porto

Para conhecer o programa da Casa Comum e outras iniciativas, consulte a Agenda Casa Comum ou clique nas imagens abaixo.

Bonecos de Barcelos: Identidade, Tradição e Criação Artística

De 13 NOV'23 a 02 MAR'24
Exposição | Casa Comum
Entrada Livre. Mais informações aqui

Teoria das Cordas | Concertos em espaços universitários

24 e 25 NOV'23
Música | Vários locais
Entrada Livre. Mais informações e programa aqui

Calvino: caminhos invisíveis

2 a 23 NOV'23 
Programa multidisciplinar | Reitoria da U.Porto
Entrada Livre. Mais informações aqui

MULHERES DE SHAKESPEARE, de Fátima Vieira e Matilde Real

20 NOV'23 | 21h30
Apresentação de livro | Casa Comum
Entrada Livre. Mais informações aqui

A Capitoa, de João Paulo Oliveira e Costa

21 NOV'23 | 18h30
Apresentação de livro | Casa Comum
Entrada Livre. Mais informações aqui

Knowledge Actors: Revisiting Agency in the History of Knowledge

22 NOV'23 | 18h30
Apresentação de Livro | Casa Comum
Entrada Livre. Mais informações aqui

Conferência Internacional "What if?"

22 a 24 NOV'23
Programa Multidisciplinar | FCUP
Entrada Livre. Mais informações e programa aqui

Ditas e Cantadas, espetáculo com as Cantadeiras do NEFUP

25 NOV'23 | 19h00
Música tradicional | Reitoria da Porto
Entrada Livre. Mais informações aqui

Sombras que não quero ver #2 | Escultura de Hélder Carvalho

A partir de 20 SET'23
Exposição | FPCEUP
Entrada Livre. Mais informações aqui

Penélope, A Tecelã das Palavras

Até 29 DEZ'23 
Exposição |  Instituto Pernambuco
Entrada Livre. Mais informações aqui

As Viagens de Abel Salazar: Paris 1934 | Exposição

Até 22 DEZ'23 
Exposição | Reitoria da U.Porto 
Entrada Livre. Mais informações aqui

Fernando Távora. Pensamento Livre

Até 03 FEV'23
Exposição | Fundação Marques da Silva
Mais informações aqui

ILUSTRA UP II | Exposição

Até 21 DEZ'23 
Exposição | Casa Comum
Entrada Livre. Mais informações aqui

CORREDOR CULTURAL DO PORTO 

Condições especiais de acesso a museus, monumentos, teatros e salas de espetáculos, mediante a apresentação do Cartão U.Porto.
Mais informações aqui

Mulheres de Shakespeare apresentam-se na U.Porto

Sessão agendada para a noite de 20 novembro  incluirá uma conversa com a participação, entre outros, das autoras da  obra e do encenador da peça homónima, Carlos Pimenta.

​​U.Porto press

A sessão incluirá leituras dramatizadas de algumas cenas do livro, por Emília Silvestre e Sofia Fernandes. Foto: U.Porto Press

O auditório da Casa Comum, na Reitoria da Universidade do Porto (à Praça Gomes Teixeira) vai acolher, no próximo dia 20 de novembro, a sessão de apresentação do livro Mulheres de Shakespeare, recentemente publicado pela U.Porto Press.


Desta vez, a peça de teatro, da autoria de Fátima Vieira e Matilde Real, e em digressão pelo país,  será “levada à cena” num formato diferente: uma mesa-redonda, que  juntará à conversa as autoras, o encenador da peça homónima, Carlos Pimenta, e ainda Emília Silvestre, Sofia Fernandes, Ricardo Pinto e Jorge Pinto, do Ensemble – Sociedade de Actores.


Em seguida, Emília Silvestre e Sofia Fernandes (intérpretes da peça) encerrarão a sessão com chave de ouro: uma leitura dramatizada de  excertos da obra.


O título Mulheres de Shakespeare foi publicado pela U.Porto Press, na coleção Fora de Série, com o apoio da Fundação Calouste Gulbenkian.


A sessão terá início pelas 21h30 e a entrada é livre.

Revisitando as Mulheres de Shakespeare

Nas peças de Shakespeare o papel das mulheres é quase sempre analisado em comparação com o dos homens, que é dominante.


“Mas, e se fizéssemos um exercício diferente: dar protagonismo ao  ‘feminino’ não na lógica da dominância que é associada às personagens  masculinas, mas numa visão do mundo e dos acontecimentos através de um  outro olhar?”, questiona Carlos Pimenta no Prefácio que assina para o  livro. O encenador revela o desafio lançado às autoras: “revisitar as  mulheres de Shakespeare e dar a ver esse ‘espírito feminino’”.

​​U.Porto press

Nesta peça de teatro, editada pela U.Porto  Press, são revisitados os papéis femininos de algumas das principais peças de William Shakespeare. (Foto: U.Porto Press)

E assim fizeram Fátima Vieira e Matilde Real. Tomando emprestadas duas personagens de A Tempestade – Miranda e Áriel –, e imaginando diálogos entre as duas, partiram  também elas de uma pergunta: “(…) e se um dos livros de Próspero, por  onde Miranda estuda, fosse o Primeiro Fólio, onde se encontram reunidas as peças de Shakespeare?”.


Fátima Vieira explica que, ao criarem um novo enredo – cenas  paralelas às que Shakespeare descreve na sua peça –, puseram Miranda a ler, efetivamente, todo o Primeiro Fólio. E, com a ajuda de  Áriel, a reinterpretar os papéis femininos de algumas das principais  peças do Bardo, compreendendo o que é, afinal, ser mulher.


Mulheres de Shakespeare está disponível na loja online da U.Porto Press, com um desconto de 10%.

Sobre as autoras

Fátima Vieira é Vice-Reitora da Universidade do  Porto para a Cultura e Museus, responsável pela U.Porto Press e  Professora Catedrática da Faculdade de Letras da Universidade do Porto.


É coordenadora do Polo do Porto do CETAPS — Centre for English, Translation and Anglo-Portuguese Studies, onde lidera a área de investigação Mapping Dreams e é membro da área Shakespeare and the English Canon: History, Criticism, Translation, para a qual produziu traduções anotadas das peças de Shakespeare A Tempestade e Como vos Aprouver.


Matilde Real é dramaturga, criadora e intérprete em  projetos de artes performativas com grupos e comunidades transversais.  Trabalha com a palavra, dita e escrita, e interessa-se por criar a  partir de encontros e mergulhos nas vidas dos outros.


Estudou na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e na  Universidade de Warwick. Em 2017 concluiu, no Goldsmiths College,  Universidade de Londres, um Mestrado em Teatro Aplicado, Drama em  Contextos Educacionais, Comunitários e Sociais. 


Fonte: U.Porto Press

Inauguração da exposição Bonecos de Barcelos -  Identidade, Tradição e Criação Artística

É uma oportunidade única de ver cinco décadas da história do Figurado de Barcelos. Alexandre Alves Costa e Sergio Fernandez eram ainda  estudantes quando descobriram esta paixão que os levou a conhecer  pessoalmente os barristas e a visitar barracas de feira por todo o país.  


A exposição Bonecos de Barcelos – Identidade, Tradição e Criação  Artística está patente nas Galerias da Casa Comum, ao edifício da  Reitoria da U.Porto. Tem entrada livre. 


Reveja no vídeo os momentos da inauguração.

​​U.Porto press

Há novos podcasts no espaço virtual da Casa Comum

79. Nova meditação sobre a palavra, Vasco Graça Moura

Em cada verso insinuo, de Vasco Graça Moura, in Poesia Reunida, 1962-1997


29. Francisco Barata Fernandes

“Aula Fora-de-Moda” é o título de um texto retirado de um caderno de trabalho de Francisco Barata Fernandes, datado de julho de 2012. É um  esboço preparatório das suas provas de agregação, um trabalho ainda à  procura de uma forma definitiva que se estrutura sobre três conceitos: o  ensino da Arquitetura, o desenho, o processo de projeto e,  transversalmente, duas interrogações: qual o caminho a percorrer pela  Escola (pela “sua” Escola) e o que interessa ao bom professor.



Mais podcasts AQUI


Planetário do Porto celebra 25 anos de portas abertas

Data será assinalada, a 24 de novembro, Dia Nacional da Cultura Científica e Tecnológica, com uma programação  especial destinada a todas as idades.

​​U.Porto press

No próximo dia 24 de novembro, Dia Nacional da Cultura Científica e Tecnológica, o Planetário do Porto – Centro Ciência Viva vai comemorar o seu 25.º aniversário com uma programação especial dirigida a toda a população.


O programa vai prolongar-se ao longo do dia com a exibição, na Cúpula do Planetário, de dois filmes imersivos destinados a públicos de todas as idades.


A pensar no público com mais de 10 anos, o filme Somos os Guardiões “demonstra a forma como no nosso mundo, os seus habitantes e ecossistemas estão intrinsecamente ligados”. As projeções estão marcadas para as 10h00, 11h00 e 16h00.


Já o público mais jovem (até aos 6 anos) é convidado a descobrir O Espantoso Telescópio, focado na  história do telescópio e da importância daquele instrumento para a compreensão do lugar que ocupamos no espaço. O filme será exibido às 14h00 e às 15h00.


A fechar o dia, haverá tempo para dar os “Parabéns ao Planetário” e  comer uma fatia do bolo de aniversário. Esta momento está marcado para  as 17h00, no Átrio do Planetário.


Todas as atividades são gratuitas, mas limitadas ao número de lugares disponíveis (60 no Auditório e 90 na Cúpula de projeção).


Mais informações

Sobre o Planetário do Porto


Inaugurado em 1998, o Planetário do Porto – Centro Ciência Viva é um espaço de promoção da cultura científica e tecnológica, gerido pelo Centro de Astrofísica da U.Porto (CAUP).


Procurado sobretudo pelo público escolar, o espaço foi alvo de uma ampla renovação entre 2014 e 2015, que  o coloca ao nível dos mais modernos planetários do mundo, com a possibilidade de apresentação de filmes e documentários em ambiente imersivo.

​​U.Porto press

Alexandre Alves Costa (Foto DR)


As sessões do Planetário são acompanhadas pela equipa de divulgação do  CAUP, e contam com a colaboração dos investigadores do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço (IA), o maior centro de investigação  nacional em Astronomia. 


Fonte: Notícias U.Porto

Alunos Ilustres da U.Porto

Alexandre Alves Costa

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Alexandre Alves Costa (Foto DR)


Alexandre Vieira Pinto Alves Costa nasceu no Porto, a 2 de fevereiro de 1939.


Nesta cidade frequentou o curso de Arquitetura na Escola Superior de Belas Artes do Porto, após o qual estagiou no Laboratório Nacional de Engenharia Civil com Nuno Portas (1934-), tendo obtido o diploma de Arquiteto em 1966.


Nos anos sessenta, para além de se ocupar com a formação em arquitetura, envolveu-se ativamente no combate político à ditadura fascista. Tornou-se membro do Partido Comunista Português (1961-1968), tendo sido preso três vezes pela PIDE. Em 1962, integrou o I Secretariado Nacional de Estudantes com Jorge Sampaio e António Taborda.


Desde 1970 exerce a profissão de arquiteto em regime liberal. Em 1972 deu início à sua carreira no ensino universitário, nas áreas de Projeto e História da Arquitetura Portuguesa.


Colaborou, entre outros, com os arquitetos Álvaro Siza Vieira, Camilo Cortesão, José Luís Gomes, J. M. Soares, A. Corte Real e Sérgio Fernandez e com a Câmara Municipal do Porto, riscando projetos para vários municípios, nomeadamente para o Porto, Matosinhos, Coimbra, Viseu e Lisboa.


No período pós-25 de Abril de 1974, fez parte da Comissão Coordenadora do SAAL/Norte, responsável pelo sector de Planeamento e Apoio ao Projeto. Foi "Adviser" da delegação oficial de Portugal à Conferência das Nações Unidas sobre Estabelecimentos Humanos – Habitat, Vancouver, Canadá (1976). Durante a Porto 2001 Capital Europeia da Cultura, Alves Costa foi um dos quatro vencedores do concurso de ideias para a renovação da baixa portuense (zona Leste B).


Entre muitos outros trabalhos arquitetónicos podem destacar-se: a Recuperação e Valorização Patrimonial da Aldeia de Idanha-a-Velha; as Escolas de Ciências e Ciências Sociais da Universidade do Minho, Guimarães; um Edifício de Habitação Coletiva, em Viana do Castelo; a remodelação do Cine-Teatro Constantino Nery, em Matosinhos; a Valorização do Convento de Santa Clara-a-Velha, em Coimbra (Prémio Diogo de Castilho 2009), e a recuperação do Cinema Batalha e do Liceu Alexandre Herculano, no Porto.


Na Universidade do Porto integrou a Comissão Instaladora do Curso de Arquitetura da FAUP, em 1979; desempenhou os cargos de Presidente do Conselho Diretivo e de Presidente do Conselho Científico e dirigiu o 1.º Programa de Doutoramento em Arquitetura. Hoje é Professor Catedrático Emérito da Universidade do Porto. Na Universidade de Coimbra e na Universidade do Minho, em 1988 e 1997, respetivamente, foi membro das comissões instaladoras dos cursos de Arquitetura.


Alexandre Alves Costa também tem dedicado parte do seu tempo à escrita. É autor de trabalhos publicados em revistas da especialidade (Lótus International, 9H, Domus, Wonen Tabk, Casabella, Architecti, Jornal Arquitetos, Monumentos, e Estudos/Património), foi convidado a integrar os conselhos editoriais do Boletim da Universidade do Porto, da Revista "Monumentos", da Direção Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais, e é membro do Conselho Editorial do JA- Jornal Arquitetos da Ordem dos Arquitetos. Em 2005, os artigos anteriormente publicados, juntamente com alguns inéditos, foram recolhidos em três títulos: Candidatura ao Prémio Jean Tschumi (2005), Introdução ao Estudo da Arquitetura Portuguesa e Outros Textos (2007) e Textos Datados (2007).


Tem participado em congressos e palestras, em Portugal e no estrangeiro (Espanha, Itália, França, Holanda, Marrocos, Angola, China e Canadá), sobre o ensino, a crítica e a história da arquitetura.


Orientou "Workshops" na área de projeto de arquitetura e desenho urbano na Universidade de Coimbra, na Universidade Autónoma de Lisboa, no Colégio dos Arquitetos de Málaga e na Ordem dos Arquitetos.


Participou no filme Direito à Habitação, exibido pela RTP em 1976. Tem-se associado a exposições de desenho e arquitetura e integrado júris na área de Arquitetura, no país e fora dele.


No dia 21 de janeiro de 2010, Alves Costa proferiu a última aula formal na FAUP, no Auditório Fernando Távora. Nessa cerimónia, numa sala lotada, estiveram então presentes, entre outros, o seu amigo Mariano Gago (1948-2015), Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, os arquitetos Álvaro Siza Vieira (1933-) e Helena Roseta (1947-), e o seu padrinho, o cineasta Manoel de Oliveira (1980-2015) e Doutor Honoris Causa da Universidade do Porto.


No dia 15 de abril de 2011 foi inaugurada a exposição Alexandre Alves Costa. A Viagem. À memória de Fernando Távora, patente no Museu de Arquitetura da FAUP, organizada pelo Departamento de Arquitetura da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra.


Entre os prémios que obteve ao longo dos anos pode salientar-se o Grande Prémio da Associação Internacional dos Críticos de Arte /Ministério da Cultura de 2008 (Prémio AICA / MC 2008'), atribuído, também, a Sérgio Fernandez, pelo trabalho moderno e de qualidade desenvolvido por ambos os arquitetos, pelo rigor histórico das suas intervenções patrimoniais, e ainda pela sua atividade como docente de Arquitetura, nomeadamente na Faculdade de Arquitetura da Universidade do Porto.


Foi também agraciado com o grau de Grande-Oficial da Ordem Militar de Sant’Iago da Espada (2006) e homenageado no Dia Nacional dos Arquitetos, em Lisboa, na sede da Ordem dos Arquitetos (2023); e é Membro Honorário da Ordem dos Arquitetos (2010).


Vive no Porto. Tem três filhas, uma das quais seguiu as pisadas do pai, e sete netos.


Sobre Alexandre Alves Costa (up.pt)

Para mais informações consulte o site da Casa Comum - Cultura U.Porto

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