HISTÓRIAS DE BARCELOS
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Gosto de histórias. Talvez por isso sempre tenha gostado do figurado de Barcelos. Lembro-me de, em pequena, quando ia passar uns dias a casa dos meus avós maternos, que viviam mesmo no centro de Barcelos, correr para a Feira para ver as peças de barro alinhadas na zona dos barristas. Lembro-me de pensar que contavam histórias onde os cães assobiam, há muitas procissões e o ambiente de festa é assegurado por constantes desfiles de músicos alegres de fardas de um azul berrante. E lembro-me, claro está, do Galo de Barcelos – assim, com letra grande –, símbolo da cidade e ícone representativo da nação. O Galo afirmava-se pela sua imponência, com o corpo preto luzente repleto de corações vermelhos bordejados por pontilhado branco; os corações prolongavam-se por um enorme rabo, também negro; e tinha, claro está, uma esplêndida crista vermelha a coroar o conjunto majestoso. O Galo pomposo apresentava-se repetidamente em filas, ordenado por tamanhos: invadira a Feira de Barcelos como invadira Portugal. O que eu não sabia, na altura, era que esse Galo soberbo não havia sido criado pelos artesãos da região, tendo resultado de uma encomenda de António Ferro a um artista plástico, que os barristas passaram a imitar: é que Ferro precisava de um galo digno, elegante e estilizado para ser apresentado como símbolo de Portugal na Exposição do Mundo Português, em 1940, e achara os que encontrara em Barcelos simplórios e pouco interessantes.
Vêm estas memórias a propósito de Bonecos de Barcelos. Identidade, Tradição e Criação Artística, que temos agora patente nas Galerias da Casa Comum. A exposição, que mostra parte da coleção de 600 peças que os Arquitetos Alexandre Alves Costa e Sergio Fernandez doaram, no ano passado, ao Museu de História Natural e da Ciência da U.Porto, apresenta alguns galos genuínos, incontaminados pelo discurso nacionalista do Estado Novo, mas conta também muitas outras histórias – tenhamos nós tempo para as escutar.
Saídas das mãos dos mais criativos barristas de Barcelos – Rosa Ramalho, Júlia Ramalho, Rosa Côta, Júlia Côta, Teresa Mouca e João Côto – as peças expostas deslumbram pela loucura do mundo que representam. Para além de um bestiário genuinamente mirabolante, que inclui porcos com cornos, apresentam-se (muitos) cavaleiros de toda a espécie, homens e mulheres com corpos “ao contrário”, pares de bailarinos “marotos”, um Cristo negro e até a representação de uma serenata “na cama”.
Olhando para os bonecos dispostos nas vitrines iluminadas, quedo-me na expectativa de que, a todo o momento, ganhem vida. Lembro-me de ter achado que isso acontecera quando, menina, vi um desfile da Banda Plástica de Barcelos, com os músicos, iguaizinhos aos das bandas em barro, a tocar pelas ruas da cidade. Aproximo-me do vidro que me separa do homem e da mulher obesos com corpo de peixe. Percebo o fascínio que estas peças provocaram nos Arquitetos Alexandre Alves Costa e Sergio Fernandez. Estou tão próxima que a minha respiração embacia a vitrine – e por momentos, juraria, vejo a mulher a acenar.
Fátima Vieira Vice-Reitora para a Cultura e Museus
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Abel Salazar inspira exposição de artistas norte-americanos
Mostra de trabalhos inspirados na vida e obra de Abel Salazar ficará patente até fevereiro de 2024, na Casa-Museu Abel Salazar. Entrada livre. Ecos de Abel Salazar Além-Mar / Over the Sea: Echoes of Abel Salazar é o título da exposição que traz ao Porto trabalhos de seis artistas plásticos norte-americanos. Com curadoria de Maria Clara Paulino, a exposição pode ser visitada, desde 24 de novembro, no Pavilhão Calouste Gulbenkian da Casa-Museu Abel Salazar. A Anna Dean, Jonathan Prichard, Lauren Taylor Grad, Oscar Soto, Tom Stanley e Sarah Kinard foi proposto o seguinte desafio: utilizar um conjunto de informações sobre Abel Salazar como inspiração para a criação de obras alusivas à figura do histórico médico, investigador e professor da Universidade do Porto. Resultado?
Convite aceite, cada artista recebeu um resumo biográfico e um arquivo digital de fotografias. Eram fotografias da obra plástica de Abel Salazar, mas não só. Receberam também imagens do foro médico, textos e notas manuscritas.
Embora questões relacionadas com o transporte tenham exercido alguma influência, as técnicas e os materiais apresentados são muito diversos: Desenho em papel, serigrafia, gravura em acrílico e painel de bétula, “found objects” (“objetos encontrados”), caneta de micro-pigmento em acrílico, técnicas mistas e vídeo.
E que propostas são estas que nos chegam de “além-mar”? Maria Clara Paulino selecionou estes seis artistas plásticos “cuja obra se tem vindo a afirmar nos EUA” e é quem assina a curadoria de Ecos de Abel Salazar Além-Mar / Beyond the Sea: Echoes of Abel Salazar.
A também Professora Emérita em História da Arte da Universidade de Winthrop, nos EUA, afirma que esta mostra apresenta “respostas visuais, interpretativas e intuitivas à atividade de Abel Salazar nos campos da arte, ciência e política”.
Com entrada livre, Ecos de Abel Salazar Além-Mar / Over the Sea: Echoes of Abel Salazar inaugurou dia 24 de novembro na Casa-Museu Abel Salazar, e irá permanecer até ao dia 24 de fevereiro. A exposição pode ser visitada de segunda a sexta-feira, das 9h30 às 13h00 e das 14h30 às 18h00. Aos sábados, as portas abrem das 14h30 às 17h30. Encerra aos domingos e feriados.
A exposição irá depois viajar para o foyer do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS), onde irá permanecer até 20 de abril.
Sobre Maria Clara Paulino
Professora Emérita em História da Arte da Universidade de Winthrop, EUA, onde lecionou de 2003 a 2019, Maria Clara Paulino foi docente da Faculdade de Letras da Universidade do Porto (FLUP) durante mais de vinte anos. Licenciada em Filologia Germânica pela Universidade de Coimbra (1978), foi bolseira da Fundação Fulbright na Universidade de Houston, Texas (1975-76) e Visiting Scholar na Universidade de Cambridge, Inglaterra (1980-1982). Completou o mestrado e o doutoramento em História da Arte na Universidade do Porto (2001 e 2009).
É autora de capítulos de livros publicados internacionalmente, bem como inúmeros artigos em revistas de História da Arte e Crítica de Arte. É sócia e membro da Direção da Associação Divulgadora da Casa-Museu Abel Salazar.
Sobre os autores das obras
Anna Dean, docente na Universidade de Winthrop, foi selecionada para o prestigiado programa Art21 Educators e viu recentemente uma das suas obras em vídeo projetada em Times Square. As suas obras incluem vídeo, escultura, instalação e mixed media e estão expostas em museus e galerias, como a Brooklyn Collective e a Redux Gallery, em Nova Iorque. Jonathan Prichard lecionou Desenho, Gravura, Performance e 3D Design na Universidade de Winthrop e foi artista residente no Center for Contemporary Arts 701, no McColl Center for Art and Innovation e na Goodyear Arts, em Charlotte, NC. O seu trabalho tem sido exposto em várias galerias e museus. É autor de mais de 50 obras de arte de performance individuais e colaborativas.
Lauren Taylor Grad é licenciada em Pintura e Escultura em Metais pela Clemson University e Mestre em Escultura pela Universidade de Winthrop, onde leciona. Na sua obra, exposta em várias galerias, utiliza “found objects” para criar obras esculturais e performativas. Algumas das obras fazem parte de arte pública permanente em cidades da Carolina do Norte e do Sul.
Oscar Soto é Mestre em Belas Artes pela Universidade de Winthrop e docente no Wofford College, Spartanburg. A sua obra combina “3D modeling”, meios digitais, escultura, pintura e, ainda, poesia e música. Participou em exposições no Museo Nacional Ferroviario Pablo Neruda, no Chile, e diversas galerias no sul dos EUA.
Tom Stanley, Mestre em Belas Artes, foi diretor da Faculdade de Belas Artes da Univerisdade de Winthrop e recebeu a Medalha de Honra em Artes e o Prémio Governor’s Award in the Arts. A sua obra faz parte de coleções de museus nos EUA, em Berlim, Lausanne e Paris. Criou, em 2017, um “site project” na capela da Casa-Museu Abel Salazar, intitulado Layers: On-Site Installation.
Sarah Kinard é licenciada em Gravura pela Universidade de Winthrop e mestre em Belas Artes pelo Rochester Institute of Technology, Nova Iorque, onde atualmente leciona. A sua prática artística centra-se na gravura. Tem participado em inúmeras exposições a nível nacional e internacional, nomeadamente na Grécia e na Turquia.
Fonte: Notícias U.Porto
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U.Porto presta homenagem ao maestro José Luís Borges Coelho
Noite dedicada ao maestro e fundador do Coral de Letras incluirá um concerto e a projeção de um documentário. A entrada é livre. Foto retirado do documentário Zé Luís, um escultor de vozes
No próximo dia 29 de novembro, às 21h00, a Casa Comum (à Reitoria) da Universidade do Porto apresenta uma homenagem a José Luís Borges Coelho, fundador do Coral de Letras da Universidade do Porto e autor de uma notável obra de estudo e divulgação da música portuguesa. Do programa fazem parte um concerto do Coral de Letras e a projeção de um documentário intitulado Zé Luís, um escultor de vozes, ambos com entrada livre. Através do Coral de Letras, que fundou há mais de 50 anos, é a academia que José Luís Borges Coelho tem vindo a promover nacional e internacionalmente.
O “incansável trabalho, de excecional qualidade” que tem vindo a desenvolver foi, de resto, a base da proposta de atribuição, em 2017, do Doutoramento Honoris Causa da U.Porto. Uma “personalidade eminente”, pode ler-se, também, no documento associado à atribuição da Medalha de Mérito, grau de Ouro, da Câmara Municipal do Porto.
Zé Luís, um escultor de vozes
Realizado entre novembro de 2022 e julho 2023, o documentário leva-nos a assistir aos ensaios do maestro com o Coral de Letras, mas também a outros momentos do seu dia-a-dia. Participamos do convívio com atuais e antigos elementos do Coro, e entramos em sua casa, testemunhando o convívio com familiares, amigos e outros músicos como, por exemplo, Pedro Abrunhosa. Para além da música, este documentário de José Paulo Santos abre uma janela para outra faceta do maestro, menos conhecida, a sua paixão por cinema. Durante uma conversa, em casa, com o filho, Miguel Borges Coelho, pianista e antigo membro do Coral de Letras, vemos filmagens que José Luís Borges Coelho realizou, em super 8, documentando as viagens do Coral de Letras da U.Porto pelo país e no estrangeiro.
O tema da Sétima Arte não se esgota aqui. Nestas conversas mais informais, o maestro comenta ainda as bandas sonoras que produziu para os filmes de Manoel de Oliveira, nomeadamente Inquietude e Cristovão Colombo – O Enigma.
Zé Luís um escultor de vozes passa na noite de 29 de novembro, na Casa Comum. (Imagem: DR)
Cantar o Natal de Fernando Lopes Graça
Na noite de 29 de novembro, a atuação do Coral de Letras da U.Porto será composta por peças da Segunda Cantata de Natal de Fernando Lopes Graça. Semelhante à Primeira Cantata, trata-se de um conjunto de cantigas alusivas ao Natal, às Janeiras e aos Reis de diferentes regiões do país. Teremos, assim, uma Cantata constituída por peças recolhidas do Cancioneiro Popular Português. A saber: "Visitação do Menino" (Natal); "Bendito do Natal" (Natal); "Hoje é dia de Janeiro" (Janeiras); "Acordai, se estais dormindo" (Janeiras) e "Acordai, Senhora" (Reis).
Sobre José Luís Borges Coelho
Natural de Murça, onde nasceu em 1940, José Luís Borges Coelho concluiu o Curso Superior de Canto do Conservatório de Música do Porto. Em 1968, licenciou-se em História pela Faculdade de Letras da U.Porto (FLUP). Professor em diversas instituições dedicadas ao ensino especializado da música e do teatro, foi presidente do Conselho Diretivo do Liceu Alexandre Herculano (Porto) e do Conservatório de Música Calouste Gulbenkian de Braga, assim como diretor pedagógico da Academia de Música de Viana do Castelo e da Cooperativa de Ensino Superior Artístico Árvore (Porto). Presidiu também ao Conselho Científico da ESMAE — Escola Superior de Música e Artes do Espetáculo do Porto.
José Luís Borges Coelho dirige o Coral de Letras desde a sua fundação, em 1966. (Foto: U.Porto)
Foi militante do PCP, membro fundador do Sindicato dos Professores da Zona Norte, da Associação dos Profissionais do Ensino da Música, dos Conselhos Gerais da Culturporto, da Fundação para o Desenvolvimento Social do Porto, do Instituto Politécnico do Porto, do Conservatório de Música do Porto e da Cooperativa Árvore. Integrou ainda o Conselho de Administração da Sociedade Porto 2001 e da Fundação Casa da Música (2006-2013). Para além do Coral de Letras, que dirige desde a sua fundação, em 1966, dirigiu o Coro Misto Sacro de S. Tarcísio, o Orfeão Universitário do Porto, o Coro do Círculo Portuense de Ópera (1983-1994) e o Ensemble Clepsidra.
Todo o seu percurso é um permanente cruzamento de diferentes áreas, nomeadamente a da música, da história, do ensino e da participação cívica.
Fonte: Notícias U.Porto
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WhatIf'23: Uma semana cultural para imaginar um mundo alternativo
E se?… Vamos passar uma semana a fazer perguntas? A imaginar e a conceber respostas alternativas possíveis? De 27 a 30 de novembro, é de história alternativa que falamos na 4.ª edição da Semana Cultural da Hipótese, evento inserido no âmbito da terceira Conferência Internacional de História ‘E se?…’ Mundial (WhatIf’23). A importância de pensar uma história alternativa
As histórias de “E se…” têm constituído uma forma privilegiada de exploração artística e filosófica do impacto dos acontecimentos da História, passados ou futuros. Os vários What´If criaram espaço para todas as áreas do conhecimento explorarem o que poderia ter acontecido como forma de conhecimento do que realmente aconteceu. As hipóteses são também uma forma de sublinhar o “fake” que desmonta o que não deve continuar a desinformar.
Consulte o programa completo AQUI.
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Novembro / Dezembro na U.Porto
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Para conhecer o programa da Casa Comum e outras iniciativas, consulte a Agenda Casa Comum ou clique nas imagens abaixo.
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Bonecos de Barcelos: Identidade, Tradição e Criação Artística
Entrada Livre. Mais informações aqui
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WhatIf'23: Uma semana cultural para imaginar um mundo alternativo
Evento multidisciplinar | Casa Comum Entrada Livre. Mais informações e programa aqui
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Zé Luís, Um Escultor de Vozes
Música, Cinema | Casa Comum Entrada Livre. Mais informações aqui
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Discos Não Pedidos | Mnemónica e Orfeu
Apresentação da editora | Casa Comum Entrada Livre. Mais informações aqui
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Ecos de Abel Salazar Além-Mar / Over the Sea: Echoes of Abel Salazar
Exposição | Casa -Museu Abel Salazar Entrada Livre. Mais informações aqui
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Penélope, A Tecelã das Palavras
Exposição | Instituto Pernambuco Entrada Livre. Mais informações aqui
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Sombras que não quero ver #2 | Escultura de Hélder Carvalho
Entrada Livre. Mais informações aqui
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As Viagens de Abel Salazar: Paris 1934 | Exposição
Exposição | Reitoria da U.Porto Entrada Livre. Mais informações aqui
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ILUSTRA UP II | Exposição
Entrada Livre. Mais informações aqui
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Fernando Távora. Pensamento Livre
Exposição | Fundação Marques da Silva
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CORREDOR CULTURAL DO PORTO Condições especiais de acesso a museus, monumentos, teatros e salas de espetáculos, mediante a apresentação do Cartão U.Porto.
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Ana Bacalhau "inaugura" exposição sobre a Mentoria U.Porto
Evento inserido no âmbito do encerramento do Programa + Sucesso terá lugar a 29 de novembro, na Faculdade de Economia. Entrada livre.
É uma das artistas portuguesas mais populares da atualidade e, na noite de 29 de novembro, vai subir ao “palco” do Salão Nobre da Faculdade de Economia da Universidade do Porto (FEP) para um espetáculo aberto a toda a comunidade. Falamos de Ana Bacalhau, protagonista do concerto que vai fechar o programa de iniciativas integradas na inauguração da exposição Caminhos da Mentoria U.Porto e no encerramento do “Programa+ Sucesso”. Um dos rostos mais reconhecidos do panorama artístico nacional, Ana Bacalhau ganhou notoriedade como a voz da Deolinda, banda com a qual gravou quatro álbuns e partilhou palco com músicos como Gaiteiros de Lisboa, Sérgio Godinho, Xutos & Pontapés, Pedro Abrunhosa e Ana Moura.
Dez anos depois de dar voz às canções da Deolinda, estreou-se a solo em 2017 com o álbum Nome Próprio. Quatro anos depois, chega o sucessor Além Da Curta Imaginação, um “trabalho inevitavelmente pessoal e intimista” e que “reflete a longa e penosa jornada que a pandemia impôs”.
Marcado para as 21h00 e com entrada livre, o concerto de Ana Bacalhau será então o ponto culminante de um dia que convida a percorrer os Caminhos da Mentoria U.Porto, a exposição centrada na história do Programa Transversal de Mentoria Interpares da U.Porto.
A inaugurar pelas 18h30, no Átrio principal da FEP, esta exposição inédita propõe “uma viagem imersiva” pelos quase cinco anos de vida do projeto pioneiro que é hoje uma referência no acolhimento e integração dos novos estudantes da Universidade.
Para além de informação sobre a Mentoria (números, objetivos, eixos estruturantes, resultados e princípios), os visitantes vão poder ainda revisitar algumas das iniciativas (workshops, encontros com Profissionais, conversas, atividades culturais e desportivas, visitas ao Porto, entre outras) que contam a curta – mas significativa – história do programa.
É, de resto, essa história que vai inspirar a Criação de um Mural da Mentoria U.Porto, evento que abrirá, pelas 18h00, o conjunto de atividades previstas para a tarde/noite de 29 de novembro.
Entre as 19h00 e as 20h45, haverá ainda espaço para atuações das Tunas da FEP e para a apresentação do novo Portal da Mentoria U.Porto. Pelo meio, os participantes poderão usufruir de um serviço de catering permanente ou registar o momento no stand InstaFrame Mentoria U.Porto.
Todos os eventos são de entrada gratuita e abertos a toda a comunidade.
Sobre a Mentoria U.Porto
O Programa Transversal de Mentoria Interpares foi lançado em 2019 com o objetivo de promover o acolhimento e integração dos novos estudantes – nacionais e internacionais – da U.Porto no arranque da sua nova etapa no Ensino Superior. Só no ano letivo 2022/2023,1881 estudantes (mentores) de vários ciclos de estudo voluntariaram-se para acompanhar 2843 novos estudantes (mentorados) em todo o processo de integração, desde questões mais básicas – deslocações, aulas, inscrições, locais para tirar fotocópias, cantinas, etc – até a outras que podem parecer mais difíceis para quem acaba de chegar à Universidade.
A apoiar os mentores e mentorados estiveram ainda mais de 90 docentes das 13 unidades orgânicas que integram aquele que é o maior programa do género em Portugal.
Ainda no âmbito da Mentoria, os participantes têm a oportunidade de participar num conjunto regular de iniciativas que visam promover o convívio, bem como a aquisição de competências e aprendizagens consideradas fundamentais para a vivência no Ensino Superior.
Fonte: Notícias U.Porto
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Há novos podcasts no espaço virtual da Casa Comum
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80. Sobre a minha cidade, Vasco Graça Moura Sobre a minha cidade, de Vasco Graça Moura, in Poesia Reunida, 1962-1997, Quetzal Editores, novembro de 2016
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30. Fernando Távora: Eu sei, eu sei / Sim, eu sei Esta que é 30.ª edição do podcast Escritos Escolhidos é também aquela que vai finalizar este projeto surgido em 2020, em tempos de confinamento. Chega assim ao fim um espaço onde ganharam voz “escritos” de 22 autores/arquitetos, de uma ou de outra forma ligados à Fundação Marques da Silva ou aos seus arquivos, por vezes revisitados: José Marques da Silva, Fernando Távora, Alcino Soutinho, Alexandre Alves Costa, Bartolomeu Costa Cabral, Álvaro Siza, Raúl Hestnes Ferreira, José Carlos Loureiro, Sergio Fernandez, Jorge Gigante, José Porto, Fernando Lanhas, Octávio Lixa Filgueiras, Alfredo Matos Ferreira, Marques de Aguiar, Mário Bonito, Agostinho Ricca, António Cardoso, Manuel Graça Dias, Manuel Botelho, Nuno Portas e Francisco Barata Fernandes. O programa termina sem esgotar todos os que nele poderiam ter tido lugar. Em jeito de despedida, nada como regressar ao tanto que Fernando Távora foi escrevendo e partilhar um inspirador escrito-poema-manifesto de 1980, um convite a mergulhar permanente e apaixonadamente na paixão da vida.
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Neste episódio do “U.Porto Carreiras Imprevistas”, vamos conhecer Rui Cardoso Coelho, de 29 anos, natural de Matosinhos e alumnus da Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto. Quis ser médico ortopedista, gostava muito de matemática e de física, mas durante o ensino secundário, no 11.º ano, apaixonou-se pela escrita e resolveu mudar de área, inscrevendo-se em Línguas e Humanidades. Revela que passados 13 anos ainda não percebeu se se arrepende ou não dessa mudança, que o levou à Faculdade de Letras durante um ano e depois ao mestrado integrado em Psicologia. Concluiu o mestrado em Psicologia do Comportamento Desviante e da Justiça e colaborou com o Laboratório de Neuropsicofisiologia ao abrigo do qual fez a sua dissertação de mestrado. As competências que adquiriu em análise de dados permitiram-lhe a entrada na empresa onde está hoje: Mediaprobe (ex-Mindprober), onde começou a trabalhar como analista de dados. Para adquirir competências na área da informática, foi estudar engenharia em horário pós-laboral. Hoje dirige o desenvolvimento de produtos. Tem na arte uma grande paixão: passa o pouco tempo livre que diz ter rodeado de cinema, fotografia e livros.
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68. La checharra i la formiga Más ua cuontica, an berso (a la moda de Bocage) i sien ser an berso. La Checharra i la Formiga (L Sartigalho i la Formiga ne l oureginal) diç que ye ua de las fábulas de Esopo i recuntada por Jean de La Fontaine an francés.
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Prémio Arte Jovem Fundação Millennium bcp distingue estudante da FBAUP
Mariana Maia Rocha conquistou três dos nove galardões atribuídos a jovens artistas que acabam de entrar no mundo da arte nacional.
Mariana Maia Rocha ao lado da obra premiada com o Prémio Aquisição Fundação Millennium bcp. (Foto: DR)
A artista Mariana Maia Rocha, estudante do Mestrado em Artes Plásticas da Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto (FBAUP), saiu triplamente premiada da 8.ª edição do Concurso-Prémio Arte Jovem Fundação Millennium bcp, destinado a jovens artistas que estão a iniciar o seu percurso no mundo da arte em Portugal. Dos três prémios atribuídos, destaca-se o Prémio Aquisição Fundação Millennium bcp, que consiste na aquisição de uma obra da artista para a coleção daquela Fundação.
Intitulada A voragem do tempo (carvão s/tela e óleo de linho), a pintura selecionada pelo júri surge, nas palavras de Mariana Maia Rocha, na sequência do luto pela morte da avó. “É a partir daí que começa a minha investigação, que é no fundo a ruína e o material decrépito enquanto metáfora para pensar os materiais e os suportes”.
“Fiquei muito feliz pela peça escolhida porque tenho um carinho muito especial por ela”, nota a estudante, acrescentando que o prémio “é importante porque valoriza os jovens e isso é fundamental!”.
Para além do prémio atribuído pela Fundação Millenniuim, Mariana Maia Rocha conquistou ainda o Prémio Residência “A Base Escola de Arte” e o Prémio Aquisição Colecionador.
Licenciada em Artes Plásticas pela FBAUP (2023), Mariana Maia Rocha foi um dos 23 estudantes da U.Porto contemplados com a edição deste ano das Bolsas Gulbenkian Novos Talentos, um programa da Fundação Calouste Gulbenkian que tem como objetivos “detetar e apoiar o talento de estudantes excecionais no ensino superior português”. Em 2022, a então estudante de licenciatura da FBAUP doou ao Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS) uma obra inspirada na primeira peça anatómica obtida pelo Museu de Anatomia Professor Nuno Grande, da autoria do próprio fundador e antigo docente do Instituto.
Na ocasião, Mariana Maia Rocha destacou a importância da FBAUP no início do seu percurso académico e o modo como marcou o seu projeto autoral e a sua “paixão pelo espaço, pelos cheios e vazios”. “É como uma casa para mim, parece que aqui todos falamos a mesma língua, respiramos arte”, confessava então a jovem pintora.
A voragem do tempo (carvão s/tela e óleo de linho) foi a obra eleita pelo júri. (Foto: DR)
Sobre o Prémio Arte Jovem Fundação Millennium bcp
Organizado pelo Carpe Diem Arte e Pesquisa (CDAP), em parceria com a Fundação Millennium bcp, o Concurso-Prémio Arte Jovem Fundação Millennium bcp” tem como objetivos principais dar a conhecer as mais recentes propostas de artistas – finalistas de cursos de artes visuais em Portugal – que acabam de entrar no mundo da arte portuguesa, “proporcionando uma visão mais alargada da produção artística nacional”. Constituíram o júri desta 8.ª edição a dupla artística Rosana Ricalde e Felipe Barbosa, a investigadora Glória Diógenes e a curadora independente Katherine Sirois.
As obras dos dez artistas selecionados a concurso estiveram em exibição de 12 de outubro a 11 de novembro, no Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa, Hospital Júlio de Matos.
Fonte: Notícias U.Porto
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Alunos Ilustres da U.Porto
Alexandre Pinheiro Torres
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Alexandre Pinheiro Torres (Foto DR)
Alexandre Maria Pinheiro Torres nasceu em Amarante a 27 de dezembro de 1921. Era filho de João Maria Pinheiro Torres e de Margarida Francisco da Silva Pinheiro Torres.
Fez o bacharelato em Ciências Físico-Químicas na Faculdade de Ciências da Universidade do Porto e, posteriormente, licenciou-se em Ciências Histórico-Filosóficas na Universidade de Coimbra. Viveu em Amarante, na Póvoa de Varzim, em Lisboa, no Porto, na Ilha de S. Tomé e em Coimbra. No período que passou nesta última cidade conviveu com grandes poetas do seu tempo que viram parte da sua obra poética reunida no Novo Cancioneiro.
Foi professor do ensino secundário, escritor (poeta e romancista) e colaborador em várias publicações periódicas como a Seara Nova, a Gazeta Musical e de Todas as Artes, O Jornal de Letras e Artes e Ideias e a revista A Serpente, que ajudou a fundar. Também se dedicou à História da Literatura, à crítica literária e à tradução de muitas obras estrangeiras, nomeadamente de autores consagrados, como Ernest Hemingway e D. H. Lawrence.
Em 1965 foi nomeado membro do Júri do Grande Prémio de Ficção, da Sociedade Portuguesa de Escritores, no qual propôs a atribuição desse galardão ao livro Luuanda, da autoria de Luandino Vieira, que se encontrava preso no Tarrafal, acusado de terrorismo. Esta decisão política e cultural precipitou a sua prisão, juntamente com mais 4 membros do júri, e a proibição de ensinar em Portugal, empurrando-o para o exílio. Mas esse facto, para Alexandre Pinheiro Torres, foi motivo de grande orgulho.
Nesse ano de 1965 recebeu vários convites para lecionar no estrangeiro. Acabou por aceitar a proposta da Universidade de Cardiff, no País de Gales, onde foi bem recebido, em especial pelo professor Stephen Reckert, figura que o marcou profundamente. Aí criou, em 1970, a cadeira "Literatura Africana de Expressão Portuguesa", a primeira deste tipo em universidades britânicas, e fundou, em 1976, o "Departamento de Estudos Portugueses e Brasileiros".
Só regressou ao país de origem de passagem ou em férias.
Morreu a 3 de agosto de 1999, vítima de doença prolongada, já aposentado da Universidade de Cardiff, onde deixou um inextinguível testemunho de vida e de profissionalismo.
Em 2021 o município da Póvoa de Varzim celebrou, através de um conjunto de iniciativas, o centenário desta importante figura do movimento neorrealista português.
Sobre Alexandre Pinheiro Torres (up.pt)
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