UM CORO AMADOR
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Nunca vi um coro amador tão profissional como o Coral de Letras. Não poderia, aliás, ser de outro modo. Fundado e dirigido, ao longo das últimas cinco décadas, pelo Maestro José Luís Borges Coelho, o Coral tem vindo a afirmar-se como uma verdadeira escola de música dentro da Universidade, com um projeto artístico ambicioso e um repertório musical exigente. Imagino o Maestro em 1966. Na verdade, não preciso de puxar muito pela imaginação. Vi fotografias suas dessa época: barbudo, com os cabelos compridos, como todos os jovens adultos dos anos sessenta, mas sempre com a música por perto, com um instrumento nas mãos ou com as mãos a fazer cantar – como se de um instrumento se tratasse – as vozes de outras pessoas.
Das fotos e filmagens desse período, ressalta o seu humor – o fator mais reconhecível do Maestro ainda nos nossos dias. Mas também o seu rigor se adivinha nas imagens que retratam atuações do Coral de Letras, em Portugal e no Estrangeiro; e, nas fotos de finais de concertos, é bem visível a paz que domina o Maestro após o sobressalto dos ensaios com o encaixe das letras na música, a postura das vogais, o anasalamento das consoantes, o “vinagre” e o “azeite” nas vozes...
Quatro ensaios por semana?! – terão alguns dos seus alunos reclamado. Mas, para o Maestro, ou se está dentro do projeto ou fora do projeto: Borges Coelho não trabalha no limbo. Àqueles que optaram por ficar, o Maestro integrou-os na sua família alargada. Recebeu-os em casa. Esculpiu-lhes, uma a uma, as vozes. Deu-lhes cultura musical. Levou-os a viajar. Apresentou-os em público com orgulho. Exigiu-lhes como exigimos aos nossos filhos e filhas porque para eles queremos apenas o melhor. Alguns dos elementos do Coral de Letras estão com ele há três ou mais décadas e falam do Maestro com verdadeira ternura filial. Foi o que testemunhámos na passada quarta-feira, na Casa Comum, quando projetámos o documentário José Luís, Escultor de Vozes.
O documentário é uma produção da Casa Comum. Temos a sorte de ter, na equipa da Unidade de Cultura, o José Paulo Santos, cineasta premiado internacionalmente. Nas suas mãos, aquilo que deveria ser uma reportagem sobre um dos ensaios do Coral de Letras tornou-se um filme com uma narrativa que retrata todos os afetos que, ao longo de quase 60 anos, têm vindo a encontrar abrigo no Coral. José Luís, Escultor de Vozes é tanto sobre o Maestro exímio como sobre aqueles que, sob a sua batuta, têm vindo a encontrar alegria na música e no convívio solidário.
A Universidade já tinha atribuído a Borges Coelho, em 2017, o título de Doutor Honoris Causa pelo seu “incansável trabalho, de excecional qualidade (...), divulgando e promovendo a Universidade do Porto a nível nacional e internacional, há mais de 50 anos”. Estava ainda, contudo, por assinalar a outra face desse trabalho, verdadeiramente transformador para os seus alunos. É que o Maestro José Luís Borges Coelho não idealizou apenas um projeto artístico de excelência para a Universidade do Porto: criou comunidade à medida que foi concretizando o projeto.
Borges Coelho, o “escultor de vozes”, tem vindo também a afirmar-se como um sábio “escultor de vidas”, mais cultas e mais felizes. Foi esse seu dom que, na passada quarta-feira, nos propusemos homenagear.
Fátima Vieira Vice-Reitora para a Cultura e Museus
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Que diziam as cartas de Gonçalo Sampaio?
Projeto de ciência cidadã desafia a comunidade a decifrar e transcrever cartas históricas pertencentes ao arquivo pessoal do botânico e antigo professor da U.Porto. São mais de 3000 páginas do arquivo pessoal de um dos mais importantes botânicos portugueses e vão “sair” pela primeira vez do Herbário do Museu de História Natural e da Ciência da Universidade Porto (MHNC-UP) para se darem a conhecer ao mundo. O projeto chama-se Dear Monsieur Sampaio e desafia toda a comunidade a decifrar e transcrever cartas históricas trocadas por Gonçalo Sampaio (1865 – 1937) sobre botânica, ciência, política e… música. Integrado na plataforma Zooniverse, a iniciativa foca-se em toda a correspondência histórica do antigo professor da Faculdade de Ciências da U.Porto (FCUP), atualmente alojada no Herbário da Universidade do Porto. O convite é para que qualquer pessoa venha descobrir e partilhar o conteúdo das cartas escritas pelo botânico a outras individualidades ou até mesmo os seus rascunhos. Como fazê-lo? Tendo acesso a digitalizações que irá transcrever. Depois de lidos e transcritos, estes documentos passarão a estar acessíveis a investigadores de todo o mundo.
Que projeto é este? Quem pode participar? Está aberto a todos aqueles que tenham um gosto particular por história, que sejam especialistas em línguas, ou, então, que tenham curiosidade pelo passado. É, na sua essência, um projeto de ciência cidadã.
Será graças ao empenho da comunidade que estes pensamentos, esta partilha e este conhecimento será resgatado do fundo da gaveta para a luz do tempo presente, podendo, assim, integrar a história da ciência. Aí sim, será acessível a todos.
Correspondência de Gonçalo Sampaio. (Foto: DR)
Caro Senhor,
Estamos entusiasmados por embarcar nesta viagem de exploração e descoberta com a comunidade global”, diz-nos Cristina Vieira, curadora do Herbário do MHNC-UP. Afinal, Dear Monsieur Sampaio “representa uma oportunidade única para reconstruir ligações intelectuais e desvendar as diversas narrativas presentes nestas cartas históricas”. Como ter acesso à correspondência? Está online em: Dear Monsieur Sampaio… — Zooniverse. Basta criar uma conta neste portal de ciência cidadã, operado pela “Citizen Science Alliance”, e dar início à jornada como “cidadão cientista”. Após validação das transcrições, estes documentos passarão a ser acessíveis a investigadores e entusiastas de todo o mundo.
Com este trabalho estará a desempenhar um papel crucial na preservação e reconstrução da rede intelectual de Gonçalo Sampaio.
Para mais informações sobre o projeto, contactar o MHNC-UP através do e-mail citizenscience@mhnc.up.pt
Sobre Gonçalo Sampaio
Natural de S. Gens de Calvos, freguesia do concelho da Póvoa de Lanhoso, onde nasceu a 29 de março de 1865, Gonçalo Sampaio formou-se em Química Mineral, Botânica e Zoologia pela Academia Politécnica do Porto (antecessora da Universidade do Porto). Em 1901,foi nomeado naturalista-adjunto da secção de Botânica da mesma Academia. Revelando desde muito cedo um especial talento para os estudos de plantas, publicou o seu primeiro trabalho sobre a flora portuguesa em 1895. Entre 1909 e 1914, publicou o Manual da Flora Portuguesa, obra indispensável ao conhecimento da flora nacional.
Foi já como diretor do Gabinete de Botânica da recém-criada Faculdade de Ciências da U.Porto (criada em 1911, após a fundação da Universidade) que recebeu, em novembro de 1918, o grau de Doutor em Ciências Histórico-Naturais. Dois anos depois, criou e dirigiu o Instituto de Investigações Científicas de Botânica (futuro Instituto de Botânica Gonçalo Sampaio e um dos primeiros instituto de investigação nascidos no seio da Universidade), cargo que desempenhou em paralelo com os de diretor do Laboratório e do Museu de Botânica, ambos anexos à FCUP.
Gonçalo Sampaio é um nome incontornável da História da Botânica em Portugal no final do século XIX, início do século XX. (Foto: DR)
Docente inovador, Gonçalo Sampaio aplicou a técnica histológica (utilização do microscópio) nas suas aulas práticas e, como investigador, dedicou-se especialmente ao estudo das plantas vasculares portuguesas e dos líquenes. Ficou conhecido pela marcada preocupação com a nomenclatura botânica, apresentando alguns princípios divergentes dos seguidos no Código de Nomenclatura Botânica oficial. A Gonçalo Sampaio deve-se a descrição de cerca de 70 novas espécies botânicas – incluindo 50 espécies de plantas vasculares e cinco de algas marinhas – e um género novo, denominado Carlosia. Para além disso, editou a monografia Rubus portuguesa (1904), elaborou um herbário, publicou um catálogo de líquenes de Portugal continental, estudou a flora liquenológica galega com Luiz Crespi, e organizou uma exsiccata de líquenes portugueses.
Durante todo este percurso, foi travando relações (e correspondência) com botânicos portugueses e estrangeiros - daí o Dear Monsieur Sampaio ser uma oportunidade única para mergulhar neste universo de descoberta partilhada.
Em paralelo com a atividade académica, a paixão pela música levou-o a estudar violino, como autodidata, e a investigar o folclore. Recolheu cerca de 200 canções populares, publicadas no Cancioneiro Minhoto.
Gonçalo Sampaio morreu no Porto a 27 de Julho de 1937, com 72 anos de idade, tendo deixado dois manuscritos praticamente prontos (Flora de Portugal e Catálogo dos Líquenes portugueses) que foram editados sob a direção de Américo Pires de Lima, em 1946, com o título Flora Portuguesa.
Parte do seu trabalho pode ser encontrada ainda hoje no Herbário do MHNC-UP, que dirigiu entre 1922 e 1935.
Fonte: Notícias U.Porto
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Editora da U.Porto promove campanha de Boas Festas
Até 20 de dezembro, a editora da U.Porto reserva descontos especiais em compras na sua loja online e presentes para os seus seguidores. “Nesta época festiva ofereça cultura e conhecimento”. É esta a proposta da U.Porto Press, que acaba de lançar uma campanha especial de Boas Festas na sua loja online. Em vigor até 20 de dezembro, esta campanha contempla um desconto de 20% em coleções selecionadas da Editora da U.Porto, num esquema tripartido.
Até ao próximo dia 6 dezembro será possível adquirir quaisquer títulos da Coleção Transversal, aplicando-se o desconto também às novidades. O mesmo se aplicará aos cerca de 30 títulos da Coleção Estudos e Ensino, em campanha entre 7 e 13 de dezembro.
As coleções Fora de Série e Concertina encerrarão a campanha com “chave de ouro”, apresentando propostas que conjugam texto poético e ilustração, de 14 a 20 de dezembro.
Para além do desconto de 20% aplicável aos títulos destas quatro coleções, a U.Porto Press oferece o envio gratuito de todas as encomendas para Portugal Continental.
Mas as ofertas não se ficam por aqui: em cada uma das semanas da campanha, serão sorteados, entre os seguidores da U.Porto Press no Facebook, cinco exemplares de uma publicação com um poema de Ana Luísa Amaral – Pela Liberdade: Respirações –, ilustrado por Bárbara R. Para se habilitarem a esta oferta, bastará que os interessados sigam a U.Porto Press no Facebook e deixem um comentário sobre a importância da leitura na publicação semanal alusiva aos títulos com desconto naquele período.
A U.Porto Press deixa-lhe um convite para visitar a sua loja online. A partir da homepage – www.up.pt/press – é possível aceder a esta campanha e respetivas condições. E, também, ficar a conhecer melhor o seu projeto editorial, publicações, autores e coleções.
Boas leituras e boas ofertas recheadas de cultura e conhecimento!
Fonte: U.Porto Press
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Dezembro na U.Porto
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Para conhecer o programa da Casa Comum e outras iniciativas, consulte a Agenda Casa Comum ou clique nas imagens abaixo.
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Bonecos de Barcelos: Identidade, Tradição e Criação Artística
Entrada Livre. Mais informações aqui
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PORTO: LOJAS DE OUTRORA E DE AGORA, de Isabel Gomes e Rita Magalhães
Apresentação de livro | Casa Comum Entrada Livre. Mais informações aqui
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A Cidade do Porto na obra do fotógrafo Bernardino Pires
Apresentação de livro | Casa Comum Entrada Livre. Mais informações aqui
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50 ANOS DE POLÍTICAS AMBIENTAIS EM PORTUGAL
Apresentação de livro | Casa Comum Entrada Livre. Mais informações aqui
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Medicina, Música e Mente: A arte de saber ouvir
Entrada Livre. Mais informações aqui
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O Dia Mais Curto: a Festa da Curta-Metragem 2023
21 DEZ'23 | 17h00, 18h30 e 21h30 Cinema | Planetário do Porto, Galeria da Biodiversidade e Casa Comum Entrada Livre. Mais informações aqui
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Ecos de Abel Salazar Além-Mar / Over the Sea: Echoes of Abel Salazar
Exposição | Casa -Museu Abel Salazar Entrada Livre. Mais informações aqui
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Penélope, A Tecelã das Palavras
Exposição | Instituto Pernambuco Entrada Livre. Mais informações aqui
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Sombras que não quero ver #2 | Escultura de Hélder Carvalho
Entrada Livre. Mais informações aqui
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As Viagens de Abel Salazar: Paris 1934 | Exposição
Exposição | Reitoria da U.Porto Entrada Livre. Mais informações aqui
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ILUSTRA UP II | Exposição
Entrada Livre. Mais informações aqui
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Fernando Távora. Pensamento Livre
Exposição | Fundação Marques da Silva
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CORREDOR CULTURAL DO PORTO Condições especiais de acesso a museus, monumentos, teatros e salas de espetáculos, mediante a apresentação do Cartão U.Porto.
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U.Porto Press promove lançamento de livro sobre erosão costeira em Ovar
Estruturas de Defesa Costeira e ordenamento no concelho de Ovar. Esmoriz, Cortegaça, Furadouro (Portugal). 1993-2015 será apresentado publicamente no próximo dia 6 de dezembro, a partir das 18h00, no Auditório da Casa Comum, na Reitoria da Universidade do Porto (à Praça Gomes Teixeira).
A apresentação da obra de Fernando Veloso Gomes, Professor Catedrático jubilado da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP), estará a cargo de Carlos Coelho, Professor Associado com Agregação no Departamento de Engenharia Civil da Universidade de Aveiro, natural e residente no concelho de Ovar, investigador na área da gestão e planeamento costeiro e proteção do litoral e Presidente da Assembleia Geral da Associação Portuguesa dos Recursos Hídricos. A entrada é livre.
O impacto da erosão costeira e suas implicações
Em Estruturas de Defesa Costeira e ordenamento no concelho de Ovar. Esmoriz, Cortegaça, Furadouro (Portugal). 1993-2015, Fernando Veloso Gomes, também cofundador e Presidente do Instituto de Hidráulica e Recursos Hídricos (IHRH) entre 1993 e 2017, coloca em análise o impacto da erosão costeira nas praias de Esmoriz, Cortegaça e Furadouro, bem como novas abordagens para a resolução dos graves problemas que afetam este trecho costeiro. Sendo Portugal um dos países europeus mais afetados pela erosão costeira, onde, nas últimas décadas, ocorreu o recuo da zona de costa em largos metros, esta questão assume especial relevância.
Arribas de erosão e queda de árvores na faixa costeira com floresta. [P. 19 do livro]/ Foto: DR
O livro – publicado pela U.Porto Press, na coleção Transversal – reúne, interliga e sintetiza parte de alguns estudos, relatórios, projetos de investigação e comunicações que foram produzidos pelo autor entre 1993 e 2015, no âmbito das suas atividades de investigação no IHRU e na FEUP. Inclui, também, trabalhos que não haviam sido ainda disponibilizados ao público, produzidos ao abrigo de Protocolos com o INAG – Instituto da Água (mais tarde, APA – Agência Portuguesa do Ambiente).
Com esta publicação – e com as que se seguirão, com o mesmo cariz, inseridas na série Zonas Costeiras. Um Legado para o Futuro –, Fernando Veloso Gomes pretende deixar um testemunho de problemas, dinâmicas naturais e antropogénicas, desafios, metodologias, estudos no terreno para que se colham ensinamentos e se proceda a eventuais reorientações estratégicas. Estruturas de Defesa Costeira e ordenamento no concelho de Ovar. Esmoriz, Cortegaça, Furadouro (Portugal). 1993-2015 está disponível na loja online da U.Porto Press, com um desconto de 10% (e, excecionalmente, com um desconto de 20% entre 30 de novembro e 6 de dezembro).
Sobre o autor
Fernando Veloso Gomes licenciou-se em Engenharia Civil na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP), em 1973, onde também se doutorou (1981). Em 1974 obteve o Master of Sc. in Naval Architecture (University of London) e fez uma pós-graduação em Ocean Engineering (University College London). É Professor Catedrático do Departamento de Engenharia Civil da FEUP desde 1997, tendo-se jubilado em 2020. Foi Presidente do Instituto de Hidráulica e Recursos Hídricos (1993-2017), tendo sido cofundador e membro da sua Direção (1987-1993). Foi Presidente da Associação EUROCOAST – Portugal (2000-2006) e Presidente da Federação Europeia EUROCOAST (2002-2004).
Fonte: U.Porto Press
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Há novos podcasts no espaço virtual da Casa Comum
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81. Âmago da Terra, Ana Bárbara de Santo António Âmago da Terra, de Ana Bárbara de Santo António, in Antologia da Moderna Poética Portuguesa, Seda Publicações, março de 2013.
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30. Fernando Távora: Eu sei, eu sei / Sim, eu sei Esta que é 30.ª edição do podcast Escritos Escolhidos é também aquela que vai finalizar este projeto surgido em 2020, em tempos de confinamento. Chega assim ao fim um espaço onde ganharam voz “escritos” de 22 autores/arquitetos, de uma ou de outra forma ligados à Fundação Marques da Silva ou aos seus arquivos, por vezes revisitados: José Marques da Silva, Fernando Távora, Alcino Soutinho, Alexandre Alves Costa, Bartolomeu Costa Cabral, Álvaro Siza, Raúl Hestnes Ferreira, José Carlos Loureiro, Sergio Fernandez, Jorge Gigante, José Porto, Fernando Lanhas, Octávio Lixa Filgueiras, Alfredo Matos Ferreira, Marques de Aguiar, Mário Bonito, Agostinho Ricca, António Cardoso, Manuel Graça Dias, Manuel Botelho, Nuno Portas e Francisco Barata Fernandes. O programa termina sem esgotar todos os que nele poderiam ter tido lugar. Em jeito de despedida, nada como regressar ao tanto que Fernando Távora foi escrevendo e partilhar um inspirador escrito-poema-manifesto de 1980, um convite a mergulhar permanente e apaixonadamente na paixão da vida.
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FMUP celebra o Natal com Visitação à Ópera As Bodas de Fígaro
A obra-prima de Mozart sobe ao palco da Faculdade de Medicina da U.Porto na noite de 16 de dezembro. Inscrições abertas.
Pelo terceiro ano consecutivo, a Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP) volta a ser palco de um concerto operático de Natal que convida à comunhão de toda a comunidade académica com a ópera, num convívio único. O espetáculo terá lugar a 16 de dezembro, às 21h00, no Auditório do Centro de Investigação Médica (CIM – FMUP) e convida docentes, estudantes, técnicos e parceiros institucionais da FMUP para uma a Visitação à Ópera As Bodas de Fígaro. Dando continuidade à parceria com a Ópera na Academia e na Cidade (OAC), a FMUP volta a reunir a Medicina e a Arte no palco do seu auditório, ao som de Wolfgang Amadeus Mozart.
Depois de ter apresentado em outubro, inserido nas comemorações da Semana da FMUP 2023, o Concerto para Clarinete em Lá maior, K. 622 e a Sinfonia n.º 40 em Sol menor, KV. 550, a OAC traz agora a palco uma das obras mais conhecidas do compositor austríaco.
As personagens de As Bodas de Fígaro são trazidas à vida por um elenco riquíssimo, acompanhado pela Orquestra da Ópera na Academia e na Cidade, sob a direção musical do maestro José Ferreira Lobo. A encenação está a cargo do italiano Alfonso De Filippis.
A entrada no evento é gratuita (ainda que limitada à lotação da sala), mas sujeita a uma inscrição prévia através do preenchimento do formulário que será disponibilizado em med.up.pt.
O evento está também associado a uma campanha solidária. Todos os inscritos poderão contribuir com um donativo, que reverterá a favor da Responsabilidade Social da FMUP.
As Bodas de Fígaro: A obra-prima de Mozart
Traduzindo-se numa comédia cantada, As Bodas de Fígaro (em italiano Le Nozze di Figaro) é uma ópera bufa em quatro atos composta por Wolfgang Amadeus Mozart, sobre libreto de Lorenzo da Ponte, com base na peça homónima Le Mariage de Figaro, de Pierre-Augustin Caron de Beaumarchais. A ação tem lugar em Sevilha, Espanha, alguns anos após os acontecimentos narrados em O Barbeiro de Sevilha, a ópera visitada no concerto de Natal da FMUP em 2022. Fígaro está noivo de Susanna e são ambos criados do Conde de Almaviva e da sua esposa Rosina. O Conde ameaça a felicidade dos noivos, mas a trama inverte-se de forma hilariante, concedendo o triunfo a Fígaro.
Escrita entre 1785 e 1786, esta peça contribuiu para o declínio da reputação de Mozart devido à forte sátira de certos costumes da aristocracia. No entanto, é considerada por muitos a obra-prima do compositor austríaco.
Fonte: Notícias U.Porto
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Alunos Ilustres da U.Porto
Ângelo Vidal Coelho de Magalhães
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Alfredo Ângelo Vidal Coelho de Magalhães nasceu no Porto a 5 de setembro de 1919. Era filho de Alfredo Rodrigues Coelho de Magalhães, vereador da Câmara Municipal do Porto durante a I República e governador substituto deste distrito, e descendente de José Estevão Coelho de Magalhães (1809-1862), conhecido parlamentar e publicista. Cursou Arquitetura na Escola de Belas Artes do Porto, entre 1938 e 1945.
No exercício da atividade de arquiteto transformou o pinhal de Ofir numa estância balnear – o Complexo de Ofir - e riscou o novo Casino de Espinho – Casino Solverde. Projetou moradias e várias instalações industriais e hoteleiras.
Na esfera política foi um opositor ativo à ditadura, tendo participado nas campanhas para as eleições presidenciais de 1948 e 1958, de José Norton de Matos (1867-1955) e do General Humberto Delgado (1906-1965), respetivamente. Concorreu à Assembleia Nacional pelos círculos de Aveiro e Santarém. Foi perseguido e preso pela PIDE.
Após a Revolução do 25 de abril de 1974, aderiu ao Partido Socialista. Contudo, abandonou a militância neste partido pouco depois de ter sido eleito vereador executivo municipal do Porto sob a presidência de Aureliano Veloso (1977-1980). Aproximou-se, então, do Partido Social Democrata. Durante essa vereação camarária integrou os Serviços Municipalizados das Águas e Saneamento e presidiu à Comissão Municipal do Património Histórico e Cultural.
Em 1980 liderou a lista da coligação da Aliança Democrática que ganhou as eleições autárquicas a 16 de dezembro desse ano, passando a ocupar o cargo de Presidente da Câmara Municipal do Porto (11 de janeiro de 1980 a 14 de janeiro de 1983).
Alfredo Coelho de Magalhães faleceu no Porto a 8 de abril de 1988.
Em 2012, o Museu Municipal de Esposende acolheu a conferência "Ofir do arquiteto Alfredo Ângelo de Magalhães – uma leitura sobre as obras e o homem entre 1945 e 1974", proferida por Tiago Bragança Borges e moderada por Ana Vaz Milheiro.
Sobre Alfredo Ângelo Vidal Coelho de Magalhães (up.pt)
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