O TEATRO SÃO JOÃO E A CIDADE
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A programação para a temporada janeiro-julho 2024 não foi feita num quadro Excel” – começou por dizer Nuno Cardoso na conferência de imprensa que deu na semana passada. Todos sabíamos que assim é quando estamos a falar do Teatro Nacional de São João, mas o Diretor Artístico continuou: “Não nos limitamos a acolher espetáculos que nos são propostos. Empenhamo-nos em construir uma narrativa com pontos de contacto com o que fizemos antes e o que faremos depois.” A narrativa de que Nuno Cardoso falava emana do seu pensamento sobre o que é o teatro e a sua função. Para Cardoso, o teatro dá-nos um “tempo” em que nos entregamos a uma história que nos confronta com um conjunto de questões. O importante, porém, nesse processo, é que levemos essas questões para casa. O teatro confia-nos, pois, a missão de percebermos como as poderemos resolver, enquanto cidade.
Essas questões concretizam-se em diversos momentos da programação da próxima temporada, a começar pelo 25 de Abril, problematizado em espetáculos de produção própria e em co-produção em torno dos conceitos de liberdade e revolução, incluindo uma revisitação aos traumas da Guerra Colonial. Materializam-se, ainda, numa atenção dada à inclusão no Teatro, através do acolhimento da encenação de uma peça de Shakespeare em língua gestual portuguesa e espanhola. Efetivam-se, por fim, através da formulação de inquietações universais levadas a palco por autores e companhias de teatro portuguesas e estrangeiras. No caminho para casa, vim a matutar sobre a importância do Teatro para a cidade. Desassossega-nos, individual e coletivamente, gerando uma comunidade indagadora e exploradora de novas soluções em torno do bem comum. Expande-nos a imaginação e complexifica-nos o pensamento, mostrando-nos formas diversas de vermos os problemas, relacionarmos temas e entrelaçarmos estratégias. Dá-nos mundo apresentando-nos outras geografias, despertando em nós a curiosidade pelo Outro (e a compreensão do Outro) e fazendo-nos perceber como as preocupações globais interferem nas locais.
Tentei imaginar como seria a nossa vida sem o Teatro São João. Eu seria certamente uma pessoa diferente: o São João está inscrito na minha narrativa. E o Porto seria sem dúvida mais triste – quase exânime – e conservador. Afastei a ideia: por que pensar em futuros distópicos quando temos um Teatro que ajuda a construir a cidade?
Fátima Vieira Vice-Reitora para a Cultura e Museus
P.S. A Casa Comum vai de férias! A Unidade de Cultura deseja a todos boas festas e promete regressar, no início de janeiro, com muitas propostas desassossegadoras.
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O "Dia Mais Curto" do ano traz cinema à Universidade
A 21 de dezembro, as celebrações do "Dia Mais Curto" do ano começam às 17h00 e passam por diferentes locais da Universidade. Entrada livre. Mistida, de Falcão Nhaga, passa dia 21 de dezembro na Casa Comum.
No dia 21 de dezembro, o Museu de História Natural e da Ciência da Universidade do Porto (MHNC-UP), o Planetário do Porto – Centro Ciência Viva e a Casa Comum da Universidade do Porto associam-se à grande festa da curta-metragem O Dia Mais Curto, promovida pela Agência da Curta Metragem. Logo a partir das 17h00, o Planetário do Porto apresenta Curtinhas para Todos. Há filmes para fazer apertar o órgão vital (coração) e que, em simultâneo, prometem fazer soltar as mais sonoras gargalhadas. Desde a estranheza do inesperado até à impertinência das ocasiões, as razões são as mais variadas. Temos sete animações para toda a família. A entrada é livre, limitada à lotação do espaço.
Já a Galeria da Biodiversidade – Centro Ciência Viva propõe Curtas do Mundo (Prémio do Público Europeu). As “luzes do grande ecrã” acendem-se quando forem 18h30. Nesta sessão de curtas-metragens internacionais, com a duração de 67 minutos (M/12), serão apresentados filmes europeus que foram premiados pelo público dos grandes festivais de cinema que, este ano, competem para o prémio ESFAA – European Short Film Audience Award 2023.
Se não for agora, será quando? Esta curta do alemão Jens Roseman apresenta-nos um belo dia de verão. Um belo dia para? Dar o salto. Dar um grande salto de uma prancha de dez metros! Avança já? Ou primeiro é melhor tomar um banho… Ou… será melhor programar tudo e… dar o salto amanhã?
BEŞ é uma produção dos Países Baixos. Ayla Çekin Satijn conta-nos a história de uma jovem que regressa à sua terra natal para assistir ao casamento turco de uma amiga de infância. Se, por um lado, a nossa protagonista receia não ser bem aceite, por outro, com as suas amigas de infância, descobre que ela própria também não está livre de preconceitos.
Do espanhol León Siminiani chega Arquitetura Emocional 1959. É uma história de amor entre Sebas e Andrea, estudantes universitários do primeiro ano. Qual será aqui o terceiro elemento que assume a função de entrave, capaz de muscular o drama? Não é um, mas dois: a classe social e a ideologia que, nesta trama, se tornam obstáculos intransponíveis. Neste filme, é à arquitetura que cabe o papel da emoção.
Tondex 2000, de Jean-Baptiste Leonetti, é uma curta francesa que nos faz entrar no universo de Sylvain, que vive de pequenos delitos. A vida vai-se desenrolando até que este veterano afegão se cruza com Nathalie, uma CEO de classe alta que luta para manter a sua empresa de cortadores de relva. O que acontece a seguir? A história é curta. Nada como vir até cá para saber.
A entrada é gratuita, mediante inscrição prévia (galeria@mhnc.up.pt), e limitada à lotação do espaço.
Tondex 2000, de Jean-Baptiste Leonetti, passa na Galeria da Biodiversidade ao final da tarde. (Foto: DR)
E a noite das curtas
A festa é “curta”, mas prolonga-se. Às 21h30, a Casa Comum (à Reitoria) da U.Porto convida a assistir às Novas Curtas Portuguesas. Do programa retiram-se diferentes reflexões sobre problemas transversais à sociedade atual. Sopa Fria, de Marta Monteiro, coloca-nos perante a história de uma mulher que foi vítima de violência doméstica. Com ela, iremos reviver os anos em que esteve casada e como conseguiu “manter-se à tona”.
A 2.ª Pessoa, de Rita Barbosa coloca-nos perante um fungo que, para quem o vê, representa o futuro. A história começa com um cano velho de uma casa-de-banho que provoca uma infiltração num teto. É nesse teto que começam a crescer cogumelos. By Flávio, de Pedro Cabeleira, deixa-nos entrar na vida de Márcia, uma influencer digital que marca um encontro com um rapper famoso. Não tendo com quem deixar, leva o filho, Flávio, com ela.
Por fim, Falcão Nhaga é o autor de Mistida. Com uma mãe, que vai às compras, e o filho, que a ajuda a chegar a casa, fazemos a viagem de regresso ao lar, com todas as questões, desafios e fantasmas que os acompanham.
A entrada é livre, limitada à lotação da sala
O programa geral do do Dia Mais Curto 2023 pode ser consultado na página do evento.
Fonte: Notícias U.Porto
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Jardim Botânico e Museu Soares dos Reis voltam a ser salas de aula da U.Porto
Espaços culturais da cidade acolhem uma vez mais as unidades curriculares transversais "Cultura, Arte e Património". Inscrições abertas. Já se encontram abertas as inscrições para todos os estudantes de 1.º e 2.º ciclo da Universidade do Porto que pretendam frequentar como complemento ao plano de estudos, ao longo do 2.º semestre do ano letivo 2023/2024, mais uma edição das unidades curriculares (UCs) de competências transversais “Cultura, Arte e Património”, o programa que proporciona aos participantes uma formação multidisciplinar em ligação com instituições culturais da cidade. Neste momento, já estão abertas as inscrições para as UC’s Jardim: o Desenho e Cultivo da Biodiversidade, lecionada no Jardim Botânico da Universidade do Porto, e O Museu como Lugar de Fruição, lecionada no Museu Nacional de Soares dos Reis.
No caso de Jardim: o Desenho e Cultivo da Biodiversidade, para além de proporcionar uma introdução ao cultivo e à identificação de espécies botânicas, esta UC – sediada na Faculdade de Ciências (FCUP) – pretende transmitir conhecimentos de desenho e manutenção de jardins tendo em atenção a sua função de promoção da biodiversidade em contexto urbano e de sumidouros de carbono.
Os participantes serão assim introduzidos a muitos dos temas que fazem parte da formação de um arquiteto paisagista. [mais informações].
Na UC O Museu como Lugar de Fruição, sediada na Faculdade de Letras (FLUP), as questões são outras: Como é, afinal, o trabalho num museu? Como é feita a conservação das peças? Como é que se conceptualiza e organiza, de forma prática, uma exposição? Que formas são utilizadas para comunicar com o(s) público(s)?
Acompanhados pelos profissionais do Museu Nacional Soares dos Reis, os participantes ficarão familiarizados com tudo o que é necessário para fazer funcionar e atrair o público àquele que foi o primeiro museu nacional em Portugal. [mais informações].
Para além destas duas unidades, abrirão brevemente as inscrições para a UC Música e Sociedade, lecionada na Casa da Música e sediada na Faculdade de Engenharia (FEUP).
Estas UCs valem 3 ECTS, podendo ser escolhidas como optativas de qualquer curso de licenciatura ou de mestrado da Universidade do Porto.
Veja, abaixo, no vídeo, testemunhos de estudantes destas UCs.
Fonte: Notícias U.Porto
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Há quase 500 "Gemas, Cristais e Minerais" para descobrir na U.Porto
Recolhidas das entranhas do planeta, vamos expor mais de 470 peças que representam cerca de 200 anos de história. A exposição inaugura dia 18 de dezembro. A entrada é livre. Exemplar de “Esfalerite Caramelada”, família dos Sulfuretos e Sulfossais. (Foto: DR)
São mais de 470 peças que contam cerca de 200 anos de história. Testemunham a extração dos recursos minerais, o avanço tecnológico e o fabrico de maquinaria que transformou o modo como vivemos. A exposição Gemas, Cristais e Minerais inaugura no próximo dia 18 de dezembro, às 18h00, no Polo Central do Museu de História Natural e da Ciência da Universidade do Porto (MHNC-UP). Comecemos pelo ensino. Estas peças contam a história da Mineralogia, da Paleontologia e da Geologia na Academia Politécnica do Porto (precursora da Universidade do Porto), a partir de 1837, e na Faculdade de Ciências da U.Porto logo após a fundação da Universidade em 1911.
São quase 200 anos de aquisição de gemas, cristais e minerais para dar apoio às aulas práticas e às atividades de investigação. Aqui estão também os minerais recolhidos em trabalho de campo de docentes, estudantes, investigadores e alumni, assim como coleções que foram doadas por particulares.
Para além da singularidade e da beleza, estas peças refletem a relevância da Mineralogia e da Geologia para a resolução de problemas e desafios que o quotidiano nos foi colocando.
Movida pela imaginação e engenho, a evolução da tecnologia também se escreve a partir da exploração dos recursos minerais. Foi da pedra que nasceu a lança, depois substituída por cobre e bronze, até à criação de instrumentos mais sofisticados. A exploração do ferro permitiu a produção de armas e ferramentas mais resistentes, abrindo caminho ao fabrico de maquinaria que continua a transformar o mundo em que vivemos.
Exemplar de uma gema, ou mineral “berilo”. (Foto: DR)
Presente na crosta continental e nos minérios, a prata é outro metal de extrema versatilidade. Frequentemente utilizada na ourivesaria, está também presente nos utensílios de cozinha, em câmaras fotográficas e em eletrodomésticos. De resto, os componentes elétricos tiram particular partido da sua elevada condutividade. Das moedas antigas, que evocam histórias de comércio e poder, aos espelhos que refletem a nossa imagem, a prata sempre exerceu um enorme fascínio. Transversal a todos os materiais é o custo associado à sua extração. Da Alemanha do século XVI chega-nos uma história associada à indústria vidraceira que utilizava um produto industrial designado saffra (família dos Sulfuretos Sulfossais). Essencialmente utilizada em adornos, mosaicos, vitrais e cerâmica, a saffra era fabricada numa região de minas de prata na Saxónia e na Boémia. Em 1769, o químico Georg Brandt descobriu que a coloração azul da Saffra se devia à presença de cobalto e não de bismuto, como se julgava até então.
Temido pelos mineiros, o cobalto, ou skutterudite, extraído juntamente com o minério de prata, provocava lesões nos olhos, mãos e pulmões devido ao elevado teor de arsénio. Alheios ao efeito do composto, os mineiros atribuíam estas condições à intervenção de criaturas – os Kobelts – que se passeariam pelas minas para os atormentar. Foi assim que o mineral agora conhecido como skutterudite adquiriu o nome de cobalto (Kobold).
Gemas, cristais e minerais
O que é, afinal, um mineral? É uma substância inorgânica formada naturalmente, com uma composição química homogénea e uma estrutura cristalina. São conhecidos sete sistemas cristalográficos: cúbico, trigonal, tetragonal, ortorrômbico, hexagonal, monoclínico e triclínico. Os minerais podem ser classificados em função da sua composição química em classes, grupos e espécies. Gema é o nome dado ao mineral que, ao ser lapidado, possui beleza suficiente para ser utilizado em jóias ou como adorno pessoal. Das cerca de 5943 espécies minerais conhecidas, aproximadamente 15 podem ser consideradas minerais gemológicos importantes, como por exemplo o diamante, o corindo, a espinela, a turquesa, a olivina, a granada, o zircão, o topázio, o crisoberilo, o berilo, a turmalina, a jadeíte, a nefrite, o quartzo e a opala.
A exposição Gemas, Cristais e Minerais pode ser visitada de terça a domingo, das 10h00 às 13h00 e das 14h00 às 18h00 (última entrada às 17h30).
A entrada (pela Cordoaria) é gratuita. Haverá ainda visitas guiadas (1,50 euros/pessoa ou 2 euros /pessoa, se combinado com visita guiada ao Laboratório Ferreira da Silva).
Fonte: Notícias U.Porto
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Dezembro / Janeiro na U.Porto
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Para conhecer o programa da Casa Comum e outras iniciativas, consulte a Agenda Casa Comum ou clique nas imagens abaixo.
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Bonecos de Barcelos: Identidade, Tradição e Criação Artística
Entrada Livre. Mais informações aqui
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Gemas, Cristais e Minerais
Exposição | Museu de História Natural e da Ciência U.Porto Entrada Livre. Mais informações aqui
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Destroy The Silence | Seminário
Entrada Livre. Mais informações aqui
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Paula Guerra à Conversa com...AZIA
Música, Conversa | Casa Comum Entrada Livre. Mais informações aqui
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Diálogos com NIBA
Conversa, exposição, debate, cinema e música | Casa Comum Entrada Livre. Mais informações aqui
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Assim Vejo a Minha Vida, de Eduardo Ferro Rodrigues
Apresentação de Livro | Reitoria da U.Porto Entrada Livre. Mais informações aqui
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O Dia Mais Curto: a Festa da Curta-Metragem 2023
21 DEZ'23 | 17h00, 18h30 e 21h30 Cinema | Planetário do Porto, Galeria da Biodiversidade e Casa Comum Entrada Livre. Mais informações aqui
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Concerto de Natal do Coral de Letras
Música | Mosteiro de S. Bento da Vitória Entrada Livre. Mais informações aqui
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Directo e Verdade o Cinema | Ciclo de Cinema KINO-DOC
5, 12, 19 e 26 JAN'24 | 21h30 Entrada Livre. Mais informações aqui
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Visitas guiadas à exposição Bonecos de Barcelos- Identidade, Tradição e Criação Artística
Visita Guiada | Casa Comum Entrada Livre. Mais informações aqui
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Penélope, A Tecelã das Palavras
Exposição | Instituto Pernambuco Entrada Livre. Mais informações aqui
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Ecos de Abel Salazar Além-Mar / Over the Sea: Echoes of Abel Salazar
Exposição | Casa -Museu Abel Salazar Entrada Livre. Mais informações aqui
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Sombras que não quero ver #2 | Escultura de Hélder Carvalho
Entrada Livre. Mais informações aqui
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As Viagens de Abel Salazar: Paris 1934 | Exposição
Exposição | Reitoria da U.Porto Entrada Livre. Mais informações aqui
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ILUSTRA UP II | Exposição
Entrada Livre. Mais informações aqui
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Fernando Távora. Pensamento Livre
Exposição | Fundação Marques da Silva
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CORREDOR CULTURAL DO PORTO Condições especiais de acesso a museus, monumentos, teatros e salas de espetáculos, mediante a apresentação do Cartão U.Porto.
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Títulos da U.Porto Press integram o Plano Nacional de Leitura 2027
O Bairro da Tabela Periódica e Phosphorus (Entre Vénus e Lúcifer), peças de teatro publicadas pela Editora da U.Porto em 2019 e 2023, arrecadam o selo Ler+.
As obras integram a coleção Fora de Série da U.Porto Press e são da autoria de Manuel João Monte, docente jubilado da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto.
O Bairro da Tabela Periódica e Phosphorus (Entre Vénus e Lúcifer), publicados pela U.Porto Press em 2019 e 2023, respetivamente, acabam de ser incluídos no Plano Nacional de Leitura 2027, segundo recomendação do 2.º semestre de 2023, arrecadando o selo Ler + . Ambos os títulos são assinados por Manuel João Monte, autor da U.Porto Press e docente jubilado do Departamento de Química e Bioquímica da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto, e integram a coleção Fora de Série da Editora da Universidade do Porto.
O Plano Nacional de Leitura, lançado em 2006, tem como missão a definição e implementação efetiva de políticas públicas que permitam à população em geral desenvolver mais competências e hábitos de leitura. O seu reforço, numa estratégia nacional de elevação dos níveis de literacia da população portuguesa, deu lugar a uma nova etapa do Plano Nacional de Leitura para 2017-2027 (PNL2027). O PNL 2027 recomenda semestralmente um conjunto de títulos em diversas áreas.
O selo Ler+ certifica obras de reconhecido mérito literário, artístico e científico para públicos diversificados.
A coleção Fora de Série, da U.Porto Press, propõe-se chegar a um público mais vasto, fazendo comunicação de ciência através da ficção e acolhendo textos com características que se diferenciam da especificidade e imagem do livro técnico e/ou académico: textos dramáticos, contos e romances ou, ainda, assumindo outras formas próximas da arte e da poesia.
Foi lançada em maio de 2019, precisamente com O Bairro da Tabela Periódica – obra vencedora da terceira edição do prémio SPA | Mariano Gago, em 2021.
Duas Divertidas Peças de Teatro
O Bairro da Tabela Periódica e Phosphorus (Entre Vénus e Lúcifer) são duas divertidas peças de teatro. A primeira – lançada no mesmo ano em que que se celebraram 150 anos da publicação da primeira tabela periódica de Dmitri Mendeleev – aborda importantes noções de química de forma lúdica, a partir de reuniões de um condomínio imaginário de apartamentos habitados, habitados pelos 118 elementos químicos, nas quais estes discutem as suas afinidades e antagonismos, não esquecendo as diferenças de género.
A segunda tem como “ator principal” o fósforo e conta como foi acidentalmente descoberto em 1669, durante tentativas de produção de ouro a partir da urina, pelo alquimista Hennig Brandt. Sendo o seu símbolo químico, o “p”, pronunciado como “pi”, ironicamente semelhante ao termo, também inglês, “pee”, esta é, segundo Manuel João Monte, “uma das piadas químicas mais interessantes”. A peça toca, também, temas e preocupações da atualidade, como a sustentabilidade da vida, os problemas ambientais e a escassez dos recursos minerais do fósforo.
Estes títulos estão disponíveis na loja online da U.Porto Press, habitualmente com 10% de desconto. Excecionalmente beneficiarão de um desconto de 20% entre os próximos dias 14 e 20 de dezembro.
Fonte: U.Porto Press
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Há novos podcasts no espaço virtual da Casa Comum
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83. Quando eu morrer, Ana Bárbara de Santo António “Quando eu morrer”, de Ana Bárbara de Santo António, in Penas da Alma para a Mão, Papiro Editora, novembro de 2006,
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“Al redor de l puial acotobelhában-se nun corre, queticos, sintados i prontos a scuitar l que Manuol, marenheiro i nabegador de todos ls mares, tenie para cuntar.” Manuol Ruano, Nabegador de l Praino, testo de Alcides Meirinhos i dezeinhos de Ana Afonso, ALCM, Miranda, 2021. Boç: Suzana Ruano
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Alunos Ilustres da U.Porto
Alfredo Matos Ferreira
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Alfredo Durão de Matos Ferreira, filho de António José Matos Ferreira, médico dos Caminhos-de-Ferro em Trás-os-Montes, e de Berta Durão, pintora, nasceu em Lisboa em 1928. As raízes familiares transmontanas, particularmente em Torre de Moncorvo e Barca D’Alva, marcaram indelevelmente a sua vida. Frequentou escolas primárias e secundárias no Funchal, em Urros, concelho de Torre de Moncorvo, e nas cidades de Lisboa (Escola João de Deus e Liceu Pedro Nunes) e de Bragança.
Em 1948, depois de uma estadia no Funchal com Américo Durão, seu tio materno, ingressou no Curso de Arquitetura da Escola Superior de Belas Artes do Porto, que concluiu em 1959.
Nessa Escola foi condiscípulo de Alberto Neves, Álvaro Siza Vieira, António Menéres, Joaquim Sampaio e Vasco Macieira Mendes, todos eles membros do grupo da “sala 35” a partir de 1949. O grupo, sedeado no edifício Imperial, praça da Liberdade, no Porto, foi mais tarde alargado com a entrada de Luís Botelho Dias.
Contrariamente a alguns colegas que, durante determinados períodos, trabalharam no escritório de Fernando Távora (foi o caso de Alberto Neves, Álvaro Siza, António Menéres e Joaquim Sampaio), Matos Ferreira evoluiu de forma autónoma, embora de início com o apoio do tio, para quem projetou edifícios residenciais.
Apesar de não ter concluído o trabalho que projetara apresentar no Concurso para Obtenção do Diploma de Arquitecto (CODA) – Reconversão urbana e agrícola para a aldeia de Urros, em 1973 submeteu o seu Curriculum Vitae a procedimento burocrático para obtenção administrativa do documento de curso.
Chegou a trabalhar pontualmente em parceria com alguns colegas da “sala 35”. Foi o caso de Álvaro Siza Vieira e do projeto de uma casa para a Parede, datado de 1964, e que se destinava ao seu tio Américo. Este projeto, que teve 3 estudos, não chegou a concretizar-se.
Ainda estudante, trabalhou também com outro tio, o arquiteto Mário Abreu.
Entre 1970 e 1972 colaborou no escritório de Arménio Losa. Entre outros projetos, trabalhou numa central de camionagem para Vila Nova de Famalicão e no estudo de um edifício de apartamentos e comércio para a rua de Gonçalo Cristóvão, Porto.
Entre 1972 e 1982 foi convidado para trabalhar em sociedade profissional com Fernando Távora, nas áreas da arquitetura e do urbanismo, tendo então desenvolvido atividade no processo SAAL (Serviço de Apoio Ambulatório Local), zona norte, organizando a brigada técnica da Lapa.
Entre 1983 e 2008, Alfredo Matos Ferreira teve escritório próprio. Lecionou na ESBAP (e, mais tarde, na Faculdade de Arquitetura da Universidade do Porto, entre 1976 e 1998).
Em 1986, defendeu em provas públicas o trabalho intitulado Aspectos da Organização do Espaço Português, o qual foi considerado como uma referência para o estudo da forma e da estrutura urbana das cidades portuguesas.
Alfredo Matos Ferreira, professor jubilado da FAUP e autor de obra relevante, embora pouco conhecida, morreu em 2015.
O seu arquivo pessoal, doado oficialmente à Fundação Marques da Silva em 20 de dezembro de 2016, reúne espólio documental do exercício profissional de arquiteto (desenho, modelo, fotografia e filme). Durante a cerimónia, que teve lugar na casa-ateliê do arquiteto José Marques da Silva, na Praça do Marquês de Pombal, Porto, houve intervenções dos arquitetos Siza Vieira, António Menéres, Sérgio Fernandez, de Mário Brochado Coelho e da designer Joana Matos Ferreira de Sá, neta de Alfredo Matos Ferreira. Na mesma ocasião foi inaugurada a exposição-instalação “Terra D’Alva”, concebida e coordenada pelo arquiteto e professor Manuel Mendes.
Sobre Alfredo Matos Ferreira (up.pt) SI Matos Ferreira | Fundação Instituto Marques da Silva (up.pt)
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