CORTAR O TEMPO
|
|
Quem teve a ideia de cortar o tempo em fatias, a que se deu o nome de ano, foi um indivíduo genial. Industrializou a esperança, fazendo-a funcionar no limite da exaustão. Doze meses dão para qualquer ser humano se cansar e entregar os pontos. Aí entra o milagre da renovação e tudo começa outra vez, com outro número e outra vontade de acreditar que daqui para diante vai ser diferente. Carlos Drummond de Andrade
Todos sabemos que o tempo cronológico é uma invenção. Nele se desenrolam todas as atividades humanas. Imita a natureza na contagem dos dias pelo ciclo do sol. Plagia-a na divisão em estações ajustadas à posição dos equinócios e solstícios. Mas Carlos Drummond de Andrade, com a iluminação própria dos grandes poetas, fala do tempo psicológico associado à ideia de renovação – que encontramos também no tempo académico. Organizamos os nossos cursos em anos e semestres, cortamos o saber às fatias. Tornamos o tempo académico plural, prevendo períodos coletivos de trabalho e de descanso. Primeiro as aulas, depois as férias de Natal, depois os exames, e o regresso às aulas, as festividades académicas, de novo os exames, por fim as férias grandes. A superação de cada período equivale a passos firmes; por vezes tropeçamos, mas há sempre um novo ano, uma nova oportunidade – e a sensação de que desta vez é que vai ser. Neste tempo dado a priori, os primeiros dias do mês de janeiro são de grande expetativa, sobretudo em relação às metas que para nós mesmos traçámos: vamos mesmo conseguir fazer dieta? Ir regularmente ao ginásio? Aprender uma língua nova? Tocar um instrumento?
Experimentar um desporto diferente? Fazer aquelas aulas de teatro? Ler um livro por semana? Reduzir os padrões de consumo? Ser mais sustentáveis? Usar menos o telemóvel? Investir mais no trabalho? Dedicar mais tempo à família? Ser mais solidários? Passar da vontade à ação? Os primeiros dias de janeiro são sempre de tempo suspenso, de desejos por concretizar.
Não vamos certamente conseguir cumprir todas as resoluções de Ano Novo, mas a fé no “milagre da renovação”, como lhe chama Drummond de Andrade, é uma das características mais fascinantes da nossa humanidade. Por um breve período divisamos, na nossa imagem ao espelho, novas possibilidades – versões melhores de nós. Mas a ciência prova-nos que o revivescimento se dá diariamente: todos os dias somos novos – as nossas células estão em constante estado de renovação; ideamos pensamentos – criamos.
Mas então por que razão nos vemos apenas no início de janeiro ao espelho das “possibilidades de nós?”
Fátima Vieira Vice-Reitora para a Cultura e Museus
|
|
|
|
|
KINO-DOC traz à U.Porto “uma câmara na mão e uma ideia na cabeça”
Directo e Verdade o Cinema é o título do ciclo de cinema que vai decorrer durante o mês de janeiro, sempre às sextas-feiras, na Casa Comum. Police (1958) será uma das obras exibidas na sessão inaugural do ciclo, marcada para 12 de janeiro. Foto: DR
Directo e Verdade o Cinema vai levar-nos até aos anos 1950 e 1960 do século passado. A proposta é do KINO-DOC, núcleo de cinema de cursos de documentário presenciais e online. Uma sessão de cinema, na Casa Comum (à Reitoria) da Universidade do Porto, todas as sextas feiras, até ao final do mês de janeiro. Sempre às 21h30. E com entrada livre. As câmaras portáteis e leves tornam-se comuns depois da 2.ª Grande Guerra. Os 16 mm de película foram-se impondo, descartando a necessidade do tripé e de uma equipa técnica. Assim ganha terreno a máxima de “uma câmara na mão e uma ideia na cabeça”, como escreveu Glauber Rocha, e começam a proliferar as aventuras de câmara na mão de Cassavetes, Godard e Coutard.
Cinema Direto e Cinema Verdade
Neste ciclo de cinema, vamos poder assistir a documentários que nos ajudarão a perceber dois conceitos gémeos: “Direct Cinema” e “Cinéma Vérité”. São duas expressões éticas e filosóficas que surgiram nos anos 1950 e 1960 do século passado. Não só exploram a relação do cinema com a realidade como, fundamentalmente, trouxeram o documentário para a rua. Com o “Cinema direto” o cineasta comporta-se como uma mosca na parede, ou seja, a relação que estabelece com a realidade é de observador.
Com o “Cinema Verdade”, pelo contrário, a revelação cumpre-se através da intervenção de quem filma sobre o que está a filmar (o cineasta como uma mosca que caí na sopa do Vérité). Duas práticas que correspondem a dois “credos” que continuam a ser essenciais no entendimento do documentário contemporâneo.
O que vamos poder ver
Na década de 1950, para além do que ia surgindo na Europa, foi no Canadá, com o National Film Board (NFB), que se manifestam as novas formas expressivas do documentário moderno de câmara à mão. É, precisamente, com duas produções do NFB que se compõe a primeira sessão do ciclo, marcada para dia 12 de janeiro. Vamos assistir a Police (1958), um episódio da série televisiva The Candid Eye, realizado por Terence Macartney-Filgate, e Pour la suite du monde (1963), um filme de Pierre Perrault, Marcel Carrière e Michel Brault que, com Gilles Groulx, revelou uma técnica inovadora de movimento de câmara perante os seus pares franceses, mesmo aqueles que, como Raoul Coutard, já colocavam a câmara ao ombro.
Dia 19 de janeiro serão exibidos Portrait of Jason (1967), de Shirley Clarke, e Noite de Natal Em St. Pauli (1968), de Klaus Wildenhahn. São exemplos de “Vérité” na América e de “Direct Cinema” na Europa, ambos sob o signo da expressão latina “in vino veritas”, atribuída ao poeta Alceu de Mitilene, uma antiga máxima que já respondia ao “problema da verdade”.
Portrait of Jason (1967), passa dia 19 de janeiro, na Casa Comum. (Foto: DR)
A última sessão, agendada para a noite de 26 de janeiro, é composta por diversos filmes, desde a origem do cinema, em finais do século XIX, até à primeira metade da década de 1950, anunciando os vindouros “cinemas direto e verdade”, pela escolha da observação como ato cinematográfico ou, por outro lado, pela interação verbal de cineastas com protagonistas, ou ainda pela mobilidade da câmara. A exceção é introduzida com o “primeiro filme da História do Cinema”, La sortie de l’usine Lumière à Lyon (1895), de Louis Lumière. Incluída nesta sessão apresenta-se a releitura (realizada pelo KINO-DOC) de Divine Horsemen: the Living Gods of Haiti, de Maya Deren, que filmou de câmara à mão a dança e as possessões do voodoo haitiano entre 1947 e 1951, um filme montado e tornado público muitos anos após a morte da autora. Fazem parte ainda desta sessão, montagens curtas de filmes maiores, também realizadas pelo KINO-DOC. São os casos de The Memphis Belle, Alemanha 1945 e Atrocidades Nazis.
As sessões na Casa Comum são todas legendadas em português e têm entrada gratuita até ao limite da lotação da sala.
Fonte: Notícias U.Porto
|
|
|
|
|
|
U.Porto celebra o Dia da Cultura Romena com música
Ao piano e à viola, Constantin Sandu e Ceciliu Ovidiu Isfan vão estar na Casa Comum na noite de 13 de janeiro para um concerto centrado em compositores romenos. Entrada livre. O pianista romeno Constantin Sandu regressa à Casa Comum para interpretar várias obras de compositores do seu país. Foto: U.Porto
O que sabe sobre a cultura romena? Que músicas ou compositores conhece? Será esta a área a explorar, no próximo dia 13 de janeiro, na Casa Comum (à Reitoria) da Universidade do Porto. Não exclusivamente, mas o foco da noite serão, precisamente, os compositores romenos do século XX. O espetáculo tem início marcado para as 21h30 e é aberto a toda a comunidade. Neste Dia da Cultura Romena, caberá a Constantin Sandu e Ceciliu Ovidiu Isfan o comando do leme desta viagem pela música originaria da Roménia.
Stan Golestan, George Enescu, Dan Dediu, Constantin C. Nottara são os compositores que iremos ouvir esta noite. Embora se tenha radicado em Paris, onde morreu em 1956, Golestan denuncia, no seu trabalho, uma forte influência da música tradicional romena. Representando uma verdadeira referência da música europeia, Enescu também incorporou a tradição romena nas suas obras. De Nottara iremos ouvir uma Siciliana dedicada, precisamente, a Enescu. Já Dediu é um compositor ainda ativo cuja obra será revelada pelas mãos de um dos dois mestres romenos radicados em Portugal.
O programa…
O que vamos ouvir nesta noite dedicada à cultura romena? Do programa consta J. S. Bach – Sarabanda e Giga da Partita n.º 2 BWV 1004 (viola); G. Enescu – Pavana da Suite op. 10 (piano); D. Dediu – Circoteca (piano); C. Nottara – Siciliana (viola e piano); S. Golestan – Arioso e Allegro de Concerto para viola e piano e de R. Schumann – Märchenbilder para piano e viola. … e os seus intérpretes
Constantin Sandu nutriu a sua formação em piano com mestres romenos como Sonia Ratescu, Constantin Nitu e, posteriormente, Constantin Ionescu-Vovu no Conservatório Superior de Musica “C. Porumbescu” de Bucareste. Absorveu, ainda, outras influências como Sequeira Costa, Dimitri Bashkirov, Helena Sá e Costa e Tânia Achot. Doutorou-se em música na Universidade Nacional de Música de Bucareste, em 2006, com a tese “A música portuguesa para piano”. Concertista de excelência, é coordenador da área de piano do Departamento de Música da ESMAE (Politécnico do Porto).
Ceciliu Ovidiu Isfan nasceu em Deva, Roménia, onde começou os seus estudos de violino com apenas 6 anos de idade. Em Bucareste, frequentou o Conservatório, estudou viola de arco e deslocando-se anualmente a Itália, a fim de participar nos «Corsi Estivi di Perfezionamento Orchestrale Fedella Febarolli». No seu país natal, ganhou consecutivamente o 1.º prémio nacional de viola de arco de 1983 a 1988. Com o seu quarteto Quod Libet ganhou vários primeiros prémios, não só na Roménia como em outros países europeus.
Ceciliu Isfan especializou-se em música de câmara, tendo tocado em vários quartetos na Roménia, França, Itália, Alemanha, Holanda, entre outros. Atualmente, integra a Orquestra Sinfónica Portuguesa como coordenador de naipe adjunto. Dá aulas de violino, viola de arco, música de câmara e orquestra na Escola Alemã de Lisboa (desde 1994) e no Conservatório Regional de Artes do Montijo (desde 2011).
Este concerto é uma iniciativa da Embaixada da Roménia em Portugal e do Instituto Cultural Romeno, com o apoio da Casa Comum da U.Porto.
A entrada é livre, ainda que sujeita à lotação do espaço.
Fonte: Notícias U.Porto
|
|
|
|
|
|
A U.Porto e o NEFUP convidam: Vamos Cantar as Janeiras?
No próximo dia 8 de janeiro vamos cantar as “Janeiras do Capitão Chamiço”. O encontro está marcado para as 18h00, na Casa Comum. No dia 8 de janeiro de 2024, segunda-feira, pelas 18h00, o NEFUP - Núcleo de Etnografia e Folclore da Universidade do Porto regressa ao edifício histórico da Reitoria da U.Porto, mais especificamente à Casa Comum, para, à semelhança de anos anteriores, cantar as Janeiras. Esta é, também, uma ocasião ideal para trazer para o quotidiano do centro da cidade do Porto uma tradição antiga, que o NEFUP renova, a cada ano. Durante a quadra festiva do Natal e do Ano Novo, os cantares de Boas Festas, Janeiras e Reis constituem das mais conhecidas e revisitadas tradições do país. Cantam-se, de porta em porta, as Boas Festas (antes e durante o Natal), as Janeiras (durante o primeiro mês do ano) e os Reis (de 5 para 6 de janeiro). Fazem-se alusões aos donos da casa e, em alguns casos, apresentam-se autos teatrais populares, que podem incluir danças, textos dramáticos e cantares.
Nesta apresentação na Casa Comum, o NEFUP irá apresentar as “Janeiras do Capitão Chamiço”, recolhidas no Concelho de Gondomar (pelo já extinto Grupo Etnográfico de Gondomar), às quais irá juntar cantares tradicionais recolhidos noutras regiões do país.
A entrada livre, até ao limite da lotação do espaço.
Fonte: Notícias U.Porto
|
|
|
|
|
|
Queres fazer da Casa da Música a tua sala de aula?
A unidade curricular "Música e Sociedade" desafia os estudantes de 1.º e 2.º ciclo da U.Porto a descobrir os bastidores da Casa da Música. Inscrições abertas. Ao longo de várias visitas semanais, os estudantes vão ter a oportunidade de acompanhar músicos, compositores, maestros e programadores da Casa da Música. Foto: DR
Está aí mais uma oportunidade a não perder para todos os estudantes de 1.º e 2.º ciclo da Universidade do Porto! As unidades curriculares de competências transversais Cultura, Arte e Património colocam os estudantes dentro de algumas das principais instituições culturais da cidade. Desta vez o convite é para conhecer tudo o que acontece nos bastidores da… Casa da Música. Este módulo do programa Competências Transversais: Música e Sociedade vai revelar tudo que é necessário para produzir um espetáculo… De que serviços carece a Casa da Música e como funcionam? Que dinâmicas alimentam a rotina de bastidores? Como se faz a comunicação de espetáculos?
Com estas unidades curriculares pretende-se não só propor aos estudantes da U.Porto conteúdos culturais que se afastam da sua formação de base, complementando-a, mas também proporcionar uma imersão na vida quotidiana das instituições que estão na base da vida cultural do Porto.
Composta por 81 horas de formação (incluindo 27 horas de contacto), esta unidade curricular está creditada em 3 ECTS e vai decorrer ao longo do segundo semestre do ano letivo 2023/2024.
As candidaturas, via regime de ingresso em unidade de formação contínua, estão acessíveis, até 9 de janeiro 2024, na página online da Faculdade de Engenharia (FEUP).
Mais informações
Toda uma cidade que se abre
Desenvolvidas em colaboração com o Teatro Nacional São João, o Museu Nacional de Soares dos Reis e a Casa da Música, as unidades curriculares em competências transversais e transferíveis (CTT) Cultura, Arte e Património são abertas aos estudantes de todas as faculdades da U.Porto. Para além do teatro, da música e da museologia, também a biodiversidade vegetal organizada através do desenho paisagístico será o objeto de uma unidade curricular que decorrerá em grande parte no Jardim Botânico da U.Porto.
Na altura da inscrição nas disciplinas do curso, o estudante deverá verificar se estas unidades curriculares podem integrar-se na componente opcional do respetivo plano de estudos; alternativamente, é possível frequentá-las como formação complementar. A sua frequência é gratuita.
Aberto a todos os estudantes, esta é uma oportunidade para introduzir no processo de apreensão do que nos rodeia outras ferramentas que vão para além dos clássicos manuais de aprendizagem.
Fonte: Notícias U.Porto
|
|
|
|
|
|
Janeiro na U.Porto
|
Para conhecer o programa da Casa Comum e outras iniciativas, consulte a Agenda Casa Comum ou clique nas imagens abaixo.
|
|
|
|
|
Bonecos de Barcelos: Identidade, Tradição e Criação Artística
Entrada Livre. Mais informações aqui
|
|
|
|
Gemas, Cristais e Minerais
Exposição | Museu de História Natural e da Ciência U.Porto Entrada Livre. Mais informações aqui
|
|
|
|
|
|
Vamos Cantar as Janeiras? | NEFUP
Entrada Livre. Mais informações aqui
|
|
|
|
Directo e Verdade o Cinema | Ciclo de Cinema KINO-DOC
12, 19 e 26 JAN'24 | 21h30 Entrada Livre. Mais informações aqui
|
|
|
|
|
|
Warm-up IndieJúnior Porto
Entrada Livre. Mais informações aqui
|
|
|
|
Dia da Cultura Romena | Concerto por Constantin Sandu, piano, e Ceciliu Ovidiu Isfan, viola
Entrada Livre. Mais informações aqui
|
|
|
|
|
|
Visitas guiadas à exposição Bonecos de Barcelos- Identidade, Tradição e Criação Artística
Visita Guiada | Casa Comum Entrada Livre. Mais informações aqui
|
|
|
|
Ecos de Abel Salazar Além-Mar / Over the Sea: Echoes of Abel Salazar
Exposição | Casa -Museu Abel Salazar Entrada Livre. Mais informações aqui
|
|
|
|
|
|
Sombras que não quero ver #2 | Escultura de Hélder Carvalho
Entrada Livre. Mais informações aqui
|
|
|
|
Fernando Távora. Pensamento Livre
Exposição | Fundação Marques da Silva
|
|
|
|
|
|
CORREDOR CULTURAL DO PORTO Condições especiais de acesso a museus, monumentos, teatros e salas de espetáculos, mediante a apresentação do Cartão U.Porto.
|
|
|
|
|
|
É com luz que damos as boas-vindas ao Novo Ano!
Fomos ao Herbário e trouxemos um fungo-pavio, mas não só. Do MHNC-UP vieram também as clássicas e familiares lucernas que nos vão iluminar o caminho.
As peças em exibição fazem parte do Herbário e das coleções de Arqueologia, Etnografia e Antropologia do MHNC-UP. Foto: U.Porto
Depois do solstício de inverno, a escolha do Museu de História Natural e da Ciência da U.Porto (MHNC-UP) recai na luz. É este o simbolismo das peças do Herbário e das coleções de Arqueologia, Etnografia e Antropologia. Temos um cogumelo invulgar e lucernas para ver de perto, durante o mês de janeiro de 2024, no átrio de entrada do Edifício Histórico da Reitoria da U.Porto. É assim que o Breviário dá as boas-vindas ao Novo Ano! Tem chapéu, com os poros onde liberta os esporos, mas não é um cogumelo comum. Pelo menos, não aquele que, normalmente, nos vem à memória se o visualizarmos na natureza. Ostenta um corpo duro e espesso, mas sem pé. Alojado nas árvores, ele surge, cresce e desenvolve-se acompanhando o tronco que lhe serve de chão. São árvores já de uma idade avançada que foram sendo colonizadas, no seu interior, por fungos. O que vemos, no exterior, é a parte reprodutiva do fungo. Em alguns casos, explica a curadora do Herbário, Cristiana Vieira, “estes cogumelos são utilizados como combustível”.
Por serem substâncias fáceis de desidratar, passíveis de incendiar e manter como pavio, a história deste grupo de cogumelos leva-nos até à Idade do Ferro (datado de 1 200 a.C.). Uma das personagens mais conhecidas da Idade do Ferro é um homem encontrado nos Alpes que na algibeira trazia bocados deste tipo de cogumelos.
A receber os visitantes da “casa mãe” da Universidade estará um espécime de fungo-pavio (Fomes fomeentarius (L.) Fr.), de 1963, colhido na região do Grande Porto pelo botânico Gonçalo Sampaio, a quem se deve a criação de muitas das coleções que se encontram atualmente no Herbário da U.Porto.
Responsáveis pela iluminação dos espaços interiores e por estabeleceram a comunicação com as divindades, as lucernas que apresentamos são do período romano. Uma das lucernas está decorada com motivos de folha de palma. É do Séc. II d.C. (período greco-romano), proveniente de Medinet el‑Fayum, no Egito. De outra zona do Egito, calcula-se que do Séc. III‑IV d.C. (período greco-romano), chegou-nos também a segunda lucerna, decorada com a representação estilizada de uma rã. “Ambas foram recolhidas no Egito durante escavações realizadas pelo estado alemão, tendo pertencido às coleções dos museus de Berlim”. Rita Gaspar, curadora das coleções de Arqueologia, Etnografia e Antropologia biológica do MHNC-UP explica que estas peças chegaram até nós “através de uma troca diplomática realizada em 1927 com os museus estatais de Berlim”.
Todos os meses o MHNC-UP escolhe um tema e seleciona, entre as peças da sua coleção, aquelas que considera serem alusivas e representativas desse tema. É assim que, a cada mês, renovamos este Breviário. Se quiser sabe mais, bastar solicitar uma visita às reservas do MHNC-UP.
Fonte: Notícias U.Porto
|
|
|
|
|
|
Há novos podcasts no espaço virtual da Casa Comum
|
|
|
|
84. Presépio de sombras, Ana Bárbara de Santo António “Presépio de sombras (excerto)”, de Ana Bárbara de Santo António, in Recanto das Letras 85. Como saber se estou no inferno?, Luca Argel “Como saber se estou no inferno?”, de Luca Argel, in Fui ao Inferno e Lembrei-me de Ti 86. A Internet do inferno, Luca Argel “A Internet do inferno”, de Luca Argel, in Fui ao Inferno e Lembrei-me de Ti
|
|
|
|
70. La puorta de Aleixo Baltesar “Calcido l cuorpo i l’alma, a pouco i pouco fui quedando marralheiro até cair cumo ua piedra nun suonho adonde cabien todos ls suonhos deste i de todos ls mundos.” Ua cuonta de Alcides Meirinhos, dezembre de 2023
|
|
|
|
|
|
Este texto, datado de 30 de novembro de 1978, escrito portanto há 45 anos, terá talvez sido publicado no Comércio do Porto, conforme consta numa anotação a lápis. É um texto autobiográfico e fala das festas de Natal da infância de Agustina. Estando nós próximos do Natal de 2023, é altura de o lembrar aqui.
|
|
|
|
A convidada deste episódio de “U.Porto Carreiras Imprevistas” é Clara Gonçalves, licenciada em Engenharia Agronómica pela Faculdade de Ciências da Universidade do Porto e uma entusiasta da inovação e da tecnologia. Com uma vasta carreira, trabalhou como diretora de Finanças e foi líder do Grupo de Prospetiva no Instituto Fraunhofer em Portugal, diretora de Inovação e Transferência de Tecnologia no Centro de Inovação da Escola de Medicina da Universidade do Minho e, ainda, diretora executiva do UPTEC – Parque de Ciência e Tecnologia da Universidade do Porto, implementando um modelo efetivo de transferência de conhecimento e tecnologia entre o meio académico e as empresas, apoiando mais de 500 empresas de base tecnológica e atraindo cerca de 30 centros de inovação de empresas nacionais e internacionais para o ecossistema da Universidade do Porto. Clara é co-fundadora de uma startup de aprendizagem automática para fins científicos, a Inductiva Research Labs, na qual assume atualmente o cargo de diretora de Operações. Tendo sido vice-presidente da ENSICO – Computação na Escola, é atualmente membro do seu comité diretivo e principal organizadora da Escola de Verão “O Futuro da Computação”. Como se isto não bastasse, ainda integra o conselho consultivo da Firefly Innovations, uma plataforma empresarial de saúde pública gerida pela City University New York e pela IE Business School em Madrid. Finalmente, é também membro e alumni do Departamento de Estado dos EUA, no âmbito do programa de cariz diplomático IVLP – International Visitor Leadership Program, em que participou em 2016. Em 2018, Clara Gonçalves foi galardoada com o prémio Champion of the Year 2018 pela Business and Innovation Network (BIN), uma rede de conhecimento que liga a Universidade do Porto, a Universidade de São Paulo e a Universidade de Sheffield.
|
|
|
|
|
Religiões da Europa em análise em novo título da U.Porto Press
Contemporary Challenges to the Regulation of Religions in Europe debate a relação Estado-religiões nas sociedades pós-modernas, caraterizadas pelo pluralismo religioso.
Este título é um dos mais recentes a integrar a coleção Transversal, da Porto Press. / FOTO: U.PORTO PRESS
Contemporary Challenges to the Regulation of Religions in Europe, título recentemente publicado pela U.Porto Press e pelo Instituto de Sociologia da Universidade do Porto, resultou de um congresso realizado na Universidade do Porto, em setembro de 2021, subordinado ao tema da regulamentação das religiões na Europa, vista de múltiplas perspetivas – legal, social, histórica, política ou cultural. Esta obra integra a coleção Transversal da Editora da Universidade do Porto e está organizada em duas partes: uma dedicada às abordagens teóricas da regulamentação das religiões na Europa e outra a abordagens mais práticas, relativas a situações específicas e estudos de caso em diferentes países europeus.
Para Grace Davie, Professora Emérita de Sociologia na University of Exeter, e autora do prefácio deste livro, não só a Europa é marcadamente “secular, como se está a tornar cada vez mais”. Por outro lado, defende que a população europeia está a tornar-se nitidamente mais diversa, fruto da imigração, que estará na base desta mudança de paradigma.
Segundo Grace Davie, para se compreender a regulamentação das religiões na Europa, nas primeiras décadas do século XXI, é necessário considerar quer o contínuo processo de secularização, quer o crescente pluralismo religioso.
A Relação Estado-religiões nas Sociedades Pós-modernas
Regulating religions? Legal and social status in contemporary Europe foi o tema do congresso organizado pelo projeto Sociological and legal data on religions in Europe and beyond, da rede EUREL (EUrope – RELigion). Especialistas em religião de áreas diversas como a sociologia, as ciências políticas, o direito ou a história reuniram-se para refletir sobre as questões teóricas e práticas de regulamentar as religiões na Europa, levantando questões pertinentes tendo em vista uma boa governação – ou mesmo o bem-estar – das sociedades europeias.
Segundo Helena Vilaça, Maria João Oliveira e Anne-Laure Zwilling, coordenadoras da publicação, os especialistas debateram “a relação Estado-religiões nas sociedades pós-modernas” – nomeadamente a forma como a religião é regulamentada -, considerando os aspetos formais e informais neste contexto.
Sobre a obra, as coordenadoras afirmam que o objetivo passou por “desenvolver um volume coeso e de alta qualidade” sobre um tema relevante nas sociedades democráticas contemporâneas.
Este título está disponível na loja online da U.Porto Press, com um desconto de 10%.
Sobre as Coordenadoras
Anne-Laure Zwilling é investigadora no centro de investigação DRES (UMR 7354, CNRS/Université de Strasbourg), sendo reconhecida pelo seu trabalho no campo das religiões, na sua diversidade contemporânea. É Diretora do projeto e rede internacional EUREL (EUrope – RELigion) e coordenadora de projetos de investigação, entre os quais o OLIF (“Offre de livres islamiques en français”), que liderou entre 2018 e 2022. Helena Vilaça é Professora Associada com Agregação no Departamento de Sociologia da Faculdade de Letras da Universidade do Porto e investigadora integrada do Instituto de Sociologia da Universidade do Porto. É a coordenadora nacional da rede EUREL desde 2013.
Maria João Oliveira é investigadora auxiliar no Instituto de Sociologia da Universidade do Porto. O seu percurso profissional tem sido marcado, sobretudo, pelo trabalho científico nas áreas das Migrações e Religiões, tendo integrado o Groupe Européen de Recherche Interdisciplinar sur le Changement Religieux (GERICR) entre 2009 e 2013. Pertence à rede EUREL desde 2019.
Fonte: U.Porto Press
|
|
|
|
|
|
Alunos Ilustres da U.Porto
Alfredo Queiroz
|
Alfredo Queiroz Ribeiro nasceu na Beira, Moçambique, em 1939. Muito jovem fixou-se no Porto para estudar. Nesta cidade frequentou o Curso de Escultura da Escola Superior de Belas Artes do Porto, entre 1959 e 1964, durante o qual também se dedicou à cerâmica e à pintura, e participou nas exposições dos Novíssimos e em mostras na ESBAP, na Cooperativa Árvore e no Centro de Arte de Évora.
Em 1964 estreou-se a expor a solo na Galeria Divulgação, no Porto, e obteve o Prémio de Escultura "Mestre Manuel Pereira", do Secretariado Nacional de Informação.
Em 1965 expôs novamente em Lisboa e no Porto, mas em Abril desse ano interrompeu todas as atividades artísticas para cumprir o serviço militar obrigatório (dois anos no continente e dois na Guiné).
De regresso à vida civil, expôs individualmente na Galeria Alvarez, no Porto, em 1969, e integrou uma coletiva na Galeria Quadrante, em Lisboa.
Entre 1970 e 1972 prosseguiu os estudos de Escultura na Saint Martin's School of Art de Londres, na qualidade de bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian. Durante os anos passados na capital britânica aderiu aos materiais pré-fabricados e aos objects trouvés, que usou em assemblages simples e sem significado.
Em 1974 foi viver para Liverpool, onde trabalhou como Senior Lecturer no Departamento de Escultura da Liverpool Polytechnic. Nesta nova fase da sua carreira produziu esculturas abstratas de grande rigor geométrico, próprio da tecnologia industrial, e também serigrafia e litografia. Expôs na Liverpool Academy Gallery e na Bluecoat Gallery e na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa. Em 1974 repetiu a mostra da Gulbenkian na Cooperativa Árvore, no Porto, fundou o Grupo ACRE com os colegas Clara Menéres e Lima de Carvalho.
Alfredo Queiroz Ribeiro participou nos Encontros Internacionais de Arte da Galeria Alvarez e produziu trabalhos para entidades públicas e privadas. Tem obras suas em coleções nacionais e estrangeiras.
Este artista pioneiro da renovação da escultura portuguesa, filiado no movimento pós-minimalista britânico e americano, morreu no Porto, em 1974, sem ter tido tempo de consolidar uma carreira promissora.
Sobre Alfredo Queiroz Ribeiro (up.pt)
História das Exposições (gulbenkian.pt)
|
|
|
|
|
|
Copyright © *2020* *Casa Comum*, All rights reserved. Os dados fornecidos serão utilizados apenas pela Unidade de Cultura da Universidade do Porto para o envio da newsletter da Casa Comum, bem como para divulgação futura de iniciativas culturais. Se pretender cancelar a recepção das nossas comunicações, poderá fazê-lo a qualquer momento para o e-mail cultura@reit.up.pt, ou clicar em Remover. Após o que o seu contacto será prontamente eliminado da nossa base de dados. Quaisquer questões sobre Proteção de Dados poderão ser endereçadas a dpo@reit.up.pt.
|
|
|
|
|