FUI AO i3S E VI O MUNDO DESDE O POLO NORTE

É bem conhecida a qualidade da comunicação de ciência feita pelo i3S / Instituto de Investigação e Inovação em Saúde da Universidade do Porto. A Unidade de Comunicação coordenada por Júlio Borlido Santos deu já amplas provas de competência neste campo, rodeando-se de investigadores de diferentes áreas de conhecimento – em especial das Belas Artes –, mas desta vez confesso que me surpreendeu.

O título da exposição, Um Percurso pela Diversidade Genética Humana, dá uma boa ideia do que podemos esperar quando entramos no Instituto: um convite para uma caminhada por entre diferentes módulos que nos oferecem novas perspetivas sobre genética, história e cultura. Por trás da exposição está o projeto de investigação “Diversidade humana no espaço da circum-navegação de Magalhães”. Coordenado por Luísa Pereira, o projeto propõe-se, a partir da viagem que proporcionou ao explorador português o contacto com grupos humanos de diferentes geografias, “estudar a variabilidade humana através do espaço, da Europa à América, Sudeste Asiático, África e de volta à Europa, e também através do tempo, comparando as populações e as suas dinâmicas desde o início do século XVI até aos dias de hoje”.

Na abertura da exposição, Claudio Sunkel, Diretor do i3s, explodia de entusiasmo. “Este é o vosso genoma” – anunciou, apontando para 82 calhamaços, distribuídos por pilhas de diferentes cores. Cada uma das pilhas tinha um número. Sunkel pegou num dos seis volumosos livros que ostentavam o número 1 e abriu-o para o público. Nas páginas, víamos letras pequeninas – mais miúdas do que as das Páginas Amarelas. Com o dedo, seguiu uma das linhas do livro enquanto explicava: “Esta é a nossa informação genética – toda a informação contida nos 23 pares de cromossomas que se encontram nos núcleos das células. Cada pilha corresponde a um cromossoma. E ali” – continuou, indicando três mesas de livros bem mais finos – ,“está a informação relativa ao genoma mitocondrial e aos cromossomas X e Y.  Até nós, que lidamos com esta informação diariamente, perdemos a noção da sua ordem de grandeza. Mas entendemo-la melhor quando a vemos assim, impressa, dispersa por estes volumes”.

“Esta vastíssima informação” – acrescentou Luísa Pereira – “é Património Comum da Humanidade. As Nações Unidas assim o determinaram porque o genoma conta uma história que nos é realmente comum, a da nossa ancestralidade, que começa em África. E estes livros que aqui veem são o resultado de um árduo trabalho coletivo, um consórcio internacional que levou 12 anos a proceder à sequenciação do genoma humano.”

Júlio Borlido Santos e Manuela Lopes explicaram, de seguida, a lógica da organização da exposição que se distribui por duas salas: na primeira, estão expostas peças que comunicam princípios e resultados do projeto de investigação; na segunda, encontramos trabalhos de 11 artistas visuais que realizaram testes de ancestralidade e representaram plasticamente a sua experiência de autoexploração de identidade. Um pouco atordoada pela riqueza da informação oferecida – que merece bem mais do que a visita rápida que fazemos nestas sessões de abertura de exposições –, concentrei-me em duas peças.

A primeira peça – absolutamente maravilhosa – é da autoria de Cristina Lousada Soares e interpreta plasticamente o modelo demográfico da história humana. São 300.000 anos que vemos representados numa espécie de árvore com ramificações que assinalam momentos de separação populacional. Observando-a, conseguimos compreender o “momento fundador” das populações não-africanas – dos cerca de mil indivíduos que, como explicou Luísa Pereira, saíram de África há 70.000 anos. Mas foi ao olhar para a segunda peça – um mapa-múndi em 3D, com as cores e o relevo representando a escala temporal – que percebi como os Continentes estão próximos – e ainda mais próximos estavam há dezenas de milhares de anos, durante o período glacial.

Visto do Polo Norte, o mundo é, com efeito, diferente. Se colocarmos no centro o Ártico, os Continentes quase parecem tocar-se, e torna-se evidente a rota dessa grande viagem que os nossos antepassados comuns – os seres humanos modernos – fizeram desde África, espalhando-se pelo mundo em diferentes ondas migratórias.

A boa comunicação de ciência faz-se assim. Surpreendendo, oferecendo perspetivas novas, levando à reflexão. E o i3S fá-lo mesmo muito bem.

A exposição encontra-se aberta ao público até 12 de março, das 10:00 às 20.00, estando previstas visitas guiadas por marcação. Entretanto, são muitas as histórias que o site do projeto nos conta. Podem ser lidas aqui.

Fátima Vieira
Vice-Reitora para a Cultura e Museus

IndieJúnior traz à U.Porto o melhor cinema infantil e juvenil

O Festival Internacional de Cinema Infantil e  Juvenil está de regresso, desta vez para nos fazer refletir sobre  Liberdade. Do programa fazem parte oficinas e um filme-debate. 

 O filme-debate Verão 20000 será exibido na Casa Comum dia 25 de janeiro.

O IndieJúnior – Festival Internacional de Cinema Infantil e Juvenil está de regresso ao Porto. No ano em que se celebram os 50 anos da  Revolução de Abril, o tema não poderia ser outro que não o da... Liberdade, claro está! A Universidade do Porto volta a associar-se ao  evento através da atribuição do Prémio Impacto Universidade do Porto, da realização de oficinas e da exibição de filmes na Galeria da Biodiversidade – Centro Ciência Viva e Casa Comum.

Que lugar é este, o da democracia? Podemos saber quem somos e o que  queremos sem recorrer à memória? Sem conhecer a nossa história? É neste  sentido que o IndieJúnior quer lançar o debate. Dentro e  fora da sala de cinema, para que se construa, com consciência, o lugar  que queremos ocupar e o Abril no Portugal de hoje.

Revestido de uma forte vertente social, o Prémio Impacto U.Porto pretende distinguir trabalhos que desafiem convenções, ativem a  imaginação, suscitem mudanças de perceção da realidade que nos rodeia e  que promovam a interligação entre todos. No valor de 1.000 euros, este  prémio é também uma aposta em mensagens que inspirem à ação e demonstrem  o quão somos todos responsáveis uns pelos outros.

Quanto ao cinema propriamente dito, é na Casa Comum que, no dia 25 de janeiro, às 11h00, iremos assistir ao filme-debate Verão 2000. Trata-se  de  um conto íntimo e delicado através do qual iremos abordar questões de  género e o tema do consentimento. Esta história (de uma personagem  chamada Sarah) leva-nos até àquele ponto, no desenvolvimento humano, em  que despertamos para o sentimento amoroso. Nesta história há, no  entanto, um acontecimento que irá bloquear o mecanismo da curiosidade.

O filme será o ponto de partida para uma conversa sobre aquilo que são os comportamentos sociais esperados com base na identidade de género e sobre a definição de limites nas relações íntimas. Estarão sentados, à conversa, Paulo Pires do Vale, Comissário do Plano Nacional das Artes, Diana Alves, Psicóloga Clínica e docente da Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação, Manuel Tur, Encenador e Irina Raimundo, Coordenadora do Festival IndieJúnior.

Vamos criar uma Sinfonia da Biodiversidade? Basta fazer a inscrição.

No campo das oficinas, há outros desafios para abraçar. Dias 25, às 10h00, e 27 de janeiro, às 14h00, a Galeria da Biodiversidade – Centro Ciência Viva apresenta uma proposta: Vamos escapar aos predadores, às perturbações  que afetam o ambiente e criar uma melodia de sobrevivência? O filme A sinfonia da biodiversidade irá colocar-nos perante um deslumbrante cenário natural onde um cardume  de peixes percorre as águas, deslocando-se de forma sincronizada e  assumindo configurações fantásticas. No entanto, esta harmonia é  ameaçada quando gaivotas esfomeadas, em busca de alimento, o atacam. No  meio deste turbilhão, um pequeno peixe vê-se aprisionado numa poça de  maré, e assim se inicia uma jornada pela sobrevivência.

De quem participar na oficina, o que se espera? Que desempenhe o  papel de um animal marinho e que, acompanhado de um instrumento musical, que  desenvolva uma Sinfonia da Biodiversidade marinha. Desta forma iremos todos refletir sobre a interdependência da vida e o equilíbrio dinâmico que existe entre ecossistemas.

A entrada nestas oficinas é gratuita, mediante inscrição prévia para o e-mail: s.educativo@mhnc.up.pt.

O programa geral do festival pode ser consultado na página do IndieJúnior. 

Fonte: Notícias U.Porto

Exposição Gemas, Cristais e Minerais patente no polo central do Museu de História Natural e da Ciência da U.Porto

Desde 19 de dezembro de 2023 que o Museu de História Natural e  da Ciência da Universidade do Porto (MHNC-UP) acolhe, no seu Polo  Central (Edifício Histórico da Reitoria da U.Porto, à Cordoaria), a  exposição Gemas, Cristais e Minerais. 

Nesta exposição, focada na coleção de mineralogia do MHNC-UP,  inscrevem-se várias histórias: do ensino da Mineralogia, Paleontologia e  Geologia na Academia Politécnica do Porto (precursora da Universidade  do Porto), a partir de 1837, e na Faculdade de Ciências depois da  fundação da Universidade em 1911; de quase 200 anos de aquisição de  gemas, cristais e minerais para apoio de aulas práticas e atividades de  investigação; dos livros e instrumentos científicos utilizados e das  teses de doutoramento e artigos publicados pelos docentes da área; do  Gabinete de Mineralogia e Paleontologia, descrito no catálogo de Minerais de 1894, mas também do Laboratório Mineralógico e Geológico da  Faculdade de Ciências (1911-1996), ao qual foi acrescentada, em 1934,  uma componente museológica; dos minerais recolhidos em trabalho de campo  de docentes, estudantes, investigadores e alumni; por fim, das coleções doadas por particulares.

Mas mais do que histórias do passado, a exposição preocupa-se em  evidenciar a relevância da Mineralogia e Geologia para a compreensão e  resolução de problemas do nosso quotidiano e dos desafios que  enfrentamos para a construção do nosso futuro. A exposição evidencia  ainda uma óbvia preocupação didática, permitindo não só contemplar a  singularidade e beleza de cada um dos exemplares expostos, mas também  perceber de que forma o conhecimento científico permitiu a sua descrição  e sistematização.

A exposição está patente de terça-feira a domingo, das 10h00 às 13h00 e das 14h00 às 18h00 (último acesso: 17h30). A entrada é livre. 

Reveja aqui o momento da inauguração.

Janeiro/Fevereiro na U.Porto

Para conhecer o programa da Casa Comum e outras iniciativas, consulte a Agenda Casa Comum ou clique nas imagens abaixo.

Abel Salazar e A Crise da Europa

A publicação, coeditada pela U.Porto Press e pela Casa-Museu Abel Salazar, expõe as reflexões do histórico médico e professor da U.Porto perante uma Europa em declínio, em meados do século XX.

A Crise da Europa insere-se na Coleção Pensamento, Arte e Ciência da Editora da Universidade do Porto, dedicada à edição e reedição de obras de Abel Salazar. / Foto: U.PORTO PRESS

Depois de Paris em 1934 e Testamento de Um Morto Vivo Sepulto na Casa dos Mortos, em Barcelos, ambos publicados em 2022, a U.Porto Press e a Casa-Museu Abel Salazar acabam de lançar A Crise da Europa.

Este é o terceiro número da Coleção Pensamento, Arte e Ciência, da Editora da Universidade do Porto (U.Porto), dedicada à edição e reedição de obras de Abel Salazar.

O contexto

O histórico médico, escritor, investigador e professor catedrático da U.Porto publica A Crise da Europa no início da década de 40 do século XX, em plena II Guerra Mundial. E,  conforme contextualiza Maria Fernanda Rollo no Prefácio a esta nova edição da obra, “importará ainda referir o lugar deste livro no percurso  de Abel Salazar, recordando a proximidade da purga que em 1935 envolveu  a demissão de um conjunto de professores universitários”, entre eles o próprio Abel Salazar, que, então, se refugiou na pintura e na escrita.

Maria Fernanda Rollo assinala que “Nada se diminui ou retira ao interesse histórico ou mesmo ao estímulo intelectual que A Crise da Europa encerra, nomeadamente pelas reflexões decorrentes das leituras,  caracterizações e interpretações propostas por A. Salazar”. A historiadora e docente universitária ressalva, também, que “se mantém a  valorização da prosa e da sua estética formal (…) que, uma vez mais,  inscreve a tensão da angústia da compreensão do Homem e do Universo que  [Abel Salazar] sempre transportou”.

Uma Europa em crise

Em linha com os títulos anteriormente publicados na coleção Pensamento, Arte e Ciência, nomeadamente Paris em 1934, neste livro Abel Salazar continua a expor as suas inquietações perante uma Europa em crise.

No seu entendimento, terão existido três períodos definidores do Sistema Histórico, considerando que o terceiro corresponde ao período  senil ou de decadência. Na Europa o início do terceiro período terá  ocorrido em 1900, quando se verificou um “declínio do sistema europeu,  destinado a prolongar-se por dez séculos”. Abel Salazar aborda a  regressão europeia quer a nível económico, quer a nível político e  social, defendendo que os problemas que a Europa então vive não poderiam  ser resolvidos pelas teorias dos homens, mas antes pelas forças  históricas.

Abel Salazar refere-se ao conceito de  “nação”, historicamente elaborado – assumindo a Europa como um conjunto  de nações –, e à unidade de “civilização” (europeia) – vista como  conceito futuro, indefinido e ainda dependente da elaboração histórica  –, como conceitos antagónicos e incompatíveis. Isto porque “O actual  Sistema Europeu, depois do seu desenvolvimento mundial, não cabe já no  quadro do conceito de nações, nem nos quadros políticos que lhe correspondem”. Por acréscimo, “a Europa actual contém em suas entranhas  um mundo novo, uma nova civilização (…) igualmente ela tende para um  novo conceito, sem poder defini-lo”, explicita Abel Salazar.

Edição princeps de A CRISE DA EUROPA (p. 19) / Foto: DR

Se, por um lado, a Europa da época tinha transcendido a sua orgânica  histórica e quadros políticos, tendendo a transcender o seu Sistema  Histórico, por outro lado reagia contra essa tendência, já que tal  implicaria outro Sistema Histórico, outra civilização. Segundo Abel  Salazar, ao pretender incluir o mundo e o futuro no Sistema Histórico  vigente, a Europa queria um absurdo e um paradoxo.

No seu próprio Prefácio à edição original, Abel Salazar salienta,  contudo: “Não pode deduzir-se das teorias expostas neste trabalho que o  homem tem de entregar-se, de braços cruzados, a um fluir fatal da  história”. A vontade, a razão e a emoção – defende o autor – “são forças integradas no mecanismo da história, sem as quais mesmo o seu movimento  seria impossível”. Abel Salazar conclui que a evolução  histórica dependerá da “translação do espírito humano da fase não  científica para a fase científica”, conduzindo o homem “da inconsciência  para a consciência da sua história”.

Partindo do princípio de que o conhecimento científico da história  pressupõe a utilização das suas forças em benefício da humanidade,  dentro de certos limites, Abel Salazar aponta como previsível cenário para o futuro “que a humanidade possa elevar-se (…) a um nível social e moral incomparavelmente mais elevado do que o atual — tão elevado,  relativamente, que ao Homem dessa época a história atual aparecerá como  um conjunto de singulares paradoxos e de chocantes absurdos”.

Este título está disponível na loja online da U.Porto Press, com um desconto de 10%. 

Fonte: U.Porto Press

Alunos Ilustres da U.Porto

Aloísio Coelho

Aloísio José Moreira Coelho nasceu no Porto em 1925. Aqui frequentou o curso de Medicina na Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP). Concluiu a licenciatura em 1950, com a classificação final de 16 valores. Entre 1952 e 1965 trabalhou na Faculdade de Medicina e na Delegação do Instituto Nacional de Saúde.

Nesse ano, obteve o diploma em Saúde Pública com a classificação de 19 valores.

Estava definitivamente aberto o caminho que haveria de o conduzir a uma carreira excecional nas áreas administrativa, académica e científica do domínio da Saúde Pública.

Em 1967 foi nomeado Diretor da Delegação do Instituto Nacional de Saúde. Entre esse ano e 1993 (ano em que se aposentou), desenvolveu uma intensa atividade médica e pedagógica, em particular na Escola Nacional de Saúde Pública e no Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar da Universidade do Porto, onde dedicou especial atenção às estratégias educacionais para a Saúde Pública e à formação de professores familiarizados com as modernas técnicas pedagógicas e educativas. No Instituto Nacional de Saúde desenvolveu grande parte da sua atividade profissional.

Na Escola Nacional de Saúde Pública foi membro do Conselho Diretivo (1977-1981), dirigiu o Gabinete de Técnicas de Ensino (1980-1990) e lecionou a cadeira de Técnica e Administração de Saúde Pública como Professor Catedrático (1984-1993). No Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar, da Universidade do Porto, ocupou os cargos de Vogal da sua Comissão Instaladora (1975-1980) e de Diretor do Departamento de Saúde Comunitária (1975-1985). Integrou, também, o Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge, no qual desempenhou as funções de Diretor do Centro de Estudos de Nutrição (1982-1989) e de Diretor-Geral (1984-1993), tendo, nomeadamente, feito investigação, incentivado a formação de Centros de Estudo e Investigação e apostado no intercâmbio científico.

A carreira de Aloísio Coelho também se fez da ocupação de outros relevantes e prestigiantes postos em instituições portuguesas e internacionais. Foi Consultor da Organização Mundial da Saúde para várias áreas da Saúde Pública, particularmente nos domínios do Laboratório, Formação e Desenvolvimento de Recursos Humanos. Foi representante do País, através do Instituto de Saúde e da Escola Nacional de Saúde Pública, em missões e reuniões internacionais, foi membro dos conselhos científicos e editoriais de várias publicações periódicas (nacionais e internacionais), autor de trabalhos científicos nos domínios de Microbiologia, Imunologia, Doenças Transmissíveis, Administração de Saúde, Desenvolvimento de Recursos Humanos, Ensino e Investigação em Saúde (1974-1985).

Foi vogal e Presidente (durante um ano) da Comissão Consultiva das Ciências da Saúde do Instituto Nacional de Investigação Científica (1975-1979) e Vogal do Conselho Superior da Ciência e Tecnologia (1986-1993).

Codirigiu o Programa CINDI-Portugal (1985-1993) de prevenção às doenças cardiovasculares, representou o Ministério da Saúde na Comissão Permanente da INVOTAN (1979-1980), na Junta Nacional de Investigação Científica (1979-1980) e no Grupo de Trabalho do Ministério da Cultura e Coordenação Científica para a Política Científica Nacional (1979-1980).

Entre 1988 e 1993, foi Delegado Nacional às reuniões dos "Chief Medical Officers" dos Países da União Europeia, Membro do International Scientific Board do Institute for Disease Prevention and Health Promotion, de Düsseldorf. Integrou a Sociedade das Ciências Médicas de Lisboa (Sócio Titular), a Sociedade Portuguesa de Microbiologia (Sócio Fundador) e a Sociedade Portuguesa de Cardiologia, na qual foi Vogal do Conselho Científico. Presidiu à Sociedade Portuguesa da Imunologia, assumiu a primeira presidência da Assembleia-geral da Associação Portuguesa para a Promoção da Saúde Pública e a vice-presidência da Assembleia-Geral da Associação Portuguesa de Epidemiologia.

Foi Presidente da ASPHER (Association of the Schools of Public Health in the European Region), entre 1983 e 1985, membro do Conselho Executivo dessa instituição (1981-1987) e Delegado Nacional ao Comité de Gestão e Coordenação da Investigação Medica e de Saúde da União Europeia, em Bruxelas (1986-1993).

Este ilustre personagem da História da Saúde Pública portuguesa morreu em Lisboa a 19 de janeiro de 1998, durante uma aula de mestrado que lecionava na Universidade Nova.

A 29 de Setembro de 2009, foi assinado o Termo de Doação do espólio do médico e professor Aloísio Coelho, oferecido pela sua família ao INSA, numa cerimónia realizada na sede desta instituição. Este vasto espólio compõe-se de correspondência e registos biográficos, para além de fotografias, recortes da comunicação social, materiais sobre trabalhos científicos da sua autoria, monografias que lhe foram oferecidas e, ainda, publicações periódicas cujos conselhos científicos e editoriais integrou.

Sobre Aloísio Coelho (up.pt)

Para mais informações consulte o site da Casa Comum - Cultura U.Porto

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