O OLHAR CLARIVIDENTE DOS NOSSOS ESCRITORES
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No Salão Nobre da Reitoria da Universidade do Porto há 49 retratos de homens ligados à fundação e desenvolvimento da Universidade. Os retratos oferecem-nos, contudo, uma narrativa pouco inclusiva e com importantes ausências. Por essa razão lá colocámos, em 2019, o retrato de Leopoldina Ferreira Paulo, a primeira mulher doutorada pela nossa Universidade. A colocação, esta manhã, de mais um quadro, oferecido pelo Mestre António Bessa, vem preencher outra lacuna, introduzindo na narrativa o nome de dois Doutores Honoris Causa – Agustina Bessa-Luís e Eugénio de Andrade – e ainda o de Sophia de Mello Breyner Andresen, desde sempre ligada à Universidade pela casa dos seus avós (onde estão hoje o Jardim Botânico e a Galeria da Biodiversidade).
Agustina, Sophia e Eugénio – por esta ordem – aparecem-nos jovens. Na fotografia que inspirou o retrato ao Mestre Bessa, os escritores encontram-se numa floresta, e Agustina e Sophia seguram nas mãos flores que se adivinham selvagens. Ambas olham para longe, focando algo que lhes atraíra a atenção, enquanto Eugénio enfrenta a câmara com ar sereno e enigmático.
No quadro que pintou, o Mestre representou os escritores em ambiente urbano benévolo, pintado a cores pastel: esboços de casas, prédios, e pessoas formam um pano de fundo esbatido. Neste cenário, as imagens dos escritores surgem-nos nítidas, límpidas, como se fossem os únicos verdadeiramente reais – Agustina e Sophia, de flores selvagens nas mãos, com a capacidade de perscrutar o horizonte, e Eugénio com a tenacidade necessária para melhor compreender o que aí vem.
O novo quadro traz juventude à narrativa do Salão Nobre, onde a grande maioria dos indivíduos surge retratada numa idade mais avançada, mas afirma-se, acima de tudo, no meio desses muitos retratos de homens da ciência, pela forma como nos lembra a importância do olhar clarividente dos nossos escritores.
Fátima Vieira
Vice-Reitora para a Cultura, Museus e Editora P.S. Desejamos a todos os amigos da Casa Comum umas excelentes Festas! Regressamos na segunda semana de janeiro.
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O Dia Mais Curto do ano vai ser celebrado com cinema na U.Porto
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A 9.ª edição d’O Dia Mais Curto passa pela Galeria da Biodiversidade, Planetário do Porto e Casa Comum na tarde/noite de 21 de dezembro. Entrada livre. A Lupa (2017), de Nazgol Emami. Integrado no ciclo "Amiguinhos" E eis que chega o Inverno ao hemisfério norte e, com ele, o dia mais curto do ano! Um fenómeno astronómico que volta igualmente a inspirar O Dia Mais Curto, uma iniciativa da Agência da Curta Metragem que, na tarde/noite de 21 de dezembro, vai promover sessões de cinema um pouco por todo o país. E tal como no ano passado, a Casa Comum, o Museu de História Natural e da Ciência e o Planetário do Porto voltam a associar-se a esta grande festa de celebração da curta-metragem. Naquela que é já a nona edição da iniciativa, cabe ao Planetário do Porto “abrir as hostilidades” (ver programação) logo após o almoço, às 15h00, com a exibição de Amiguinhos (para maiores de 3 anos). Trata-se de um conjunto de filmes de vários países europeus como a Bélgica, a Alemanha, Noruega, República Checa e Portugal. Virando as costas a uma cidade hostil para as crianças, Dodu é um rapaz de cartão que passa muitas horas a brincar com a sua amiga joaninha, mas dentro de casa. Quando consegue arranhar a superfície do caixote de cartão, Dodu cria um maravilhoso mundo novo, habitado por criaturas invulgares que o ajudam a lidar com as suas emoções e a crescer. José Miguel Ribeiro é o autor desta curta.
Dodu – O Rapaz de Cartão (2010), de José Miguel Ribeiro. Do Planetário é só dar um saltinho até à Rua do Campo Alegre e à Galeria da Biodiversidade – Centro Ciência Viva, onde, às 18h00, temos Curtinhas para Todos (maiores de 6 anos). São filmes europeus, premiados na mais recente edição do Curtas de Vila do Conde. A entrada é gratuita, mediante inscrição prévia (galeria@mhnc.up.pt) e limitada à lotação do espaço. À noite, o cinema continua e dá a oportunidade de ficar a conhecer novos realizadores nacionais. Às 21h00, a Casa Comum (à Reitoria da U.Porto), apresenta Novas Curtas Portuguesas (para maiores de 12 anos), com uma seleção de obras que percorre todos os géneros cinematográficos.
Começamos com o sublinhado de um nome que urge sempre lembrar. Paulo Patrício traz à Casa Comum O Teu Nome É. E Gisberta Salce Jr. é o nome que não vamos esquecer. Transexual, seropositiva, toxicodependente e sem-abrigo foi, em 2006, torturada até à morte, durante vários dias, por um grupo de 14 adolescentes, no Porto. A curta apresenta testemunhos de amigas transexuais de Gisberta, assim como entrevistas inéditas a dois dos envolvidos no caso. Abordando conceitos como a memória, a violência, a condição social, a discriminação e a identidade de género, O Teu Nome É confronta diferentes perspetivas e dimensões da condição humana.
Outras Sortes é o trabalho de Mónica Martins Nunes. Depois de abrigar quem lavrou, ceifou, amassou e comeu o fruto do duro trabalho, os velhos montes vão caindo, vagarosamente, sobre a terra. Sem protesto, voltam a ser chão. Fingindo não ter escutado estórias e testemunhado a seca, o abandono e a fuga para a cidade. Sortes acompanha a vida dos habitantes e dos animais que vivem na Serra de Serpa, no Baixo Alentejo. Ao ritmo do trabalho do campo e pela voz dos poetas populares. Um retrato dos que ficaram e um requiem aos que foram.
The Shift (2020), de Laura Carreira. Laura Carreira traz-nos, por sua vez, The Shift e o olhar de uma trabalhadora temporária que vagueia pela secção dos produtos com desconto, à procura do mais acessível. Anna tem ainda outro ritual, o de passear o cão, antes das compras. Há, nesta manhã, um telefonema que expõe toda a fragilidade de um vínculo laboral precário e revela a curta distância que vai entre a segurança de ter um teto e o desespero de ficar sem ele. A entrada nas sessões é livre, até à lotação limitada aos lugares existentes, e mediante a apresentação do Certificado Digital de Vacinação.
As reservas deverão ser efetuadas através do portal Eventbrite.
O programa completo d’O Dia Mais Curto pode ser consultado no website oficial do evento.
Fonte: Notícias U.Porto
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Dezembro na U.Porto
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Para conhecer o programa da Casa Comum e outras iniciativas, consulte a Agenda Casa Comum ou clique nas imagens abaixo.
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José Rodrigues, o Guardador do SolEntrada livre. Mais informações aqui
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O Dia Mais Curto: A Festa da Curta-Metragem 2021 Cinema | Planetário do Porto, Galeria da Biodiversidade, Casa Comum Entrada livre. Mais informações aqui
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Um Conto/Canto de Natal por NEFUPMúsica, Literatura | Casa Comum Entrada livre. Mais informações aqui
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Bartolomeu Costa Cabral / um arquivo em construçãoExposição | Fundação Marques da Silva
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When Activity Becomes Art 2 [Diálogo]Exposição | Casa-Museu Abel Salazar
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A Leveza da BarricadaExposição | Casa-Museu Abel Salazar
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Clube Recreativo: a Caricatura no percurso académico de Abel Salazar Exposição | Casa-Museu Abel Salazar
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NATAL NO MUSEU 2021Atividades para crianças | MHNC-UP
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IN-BETWEEN THIS AND SOMETHING ELSEExposição | Galeria da Biodiversidade Entrada livre. Mais informações aqui
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IMPRESSÕES DA NATURALIA: ENSAIOS ENTRE JARDINSExposição | Galeria da Biodiversidade e FBAUP Entrada livre. Mais informações aqui
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Depositorium 2 Exposição | Museu Nacional de Soares do Reis
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CICLO DA VIDAEntrada livre. Mais informações aqui
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CORREDOR CULTURAL DO PORTO Condições especiais de acesso a museus, monumentos, teatros e salas de espetáculos, mediante a apresentação do Cartão U.Porto. Consulte a lista completa aqui
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Agustina, Sophia e Eugénio são os novos "habitantes" do Salão Nobre da U.Porto
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Quadro assinado pelo mestre António Bessa, baseado num retrato dos três escritores enquanto jovens, ficará exposto na Reitoria a partir de 16 de dezembro.
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Quem desce a rua do Almada, mesmo antes de virar a esquina para a rua de Ramalho Ortigão, sabe que aquele pode ser um dia de sorte. Pode estar na vidraça alguma das mais recentes criações do mestre, ou pode até o próprio estar, naquele momento, a fazer nascer uma nova obra… A partir de 16 de dezembro, quem subir a escadaria principal do edifício da Reitoria da Universidade do Porto já pode aliviar a sombra da incerteza e avançar de espírito robustecido. Vai mesmo encontrar, no Salão Nobre do edifício, um retrato de Agustina Bessa-Luís, Sophia de Mello Breyner Andresen e Eugénio de Andrade, feito pelo mestre António Bessa. São os “meus poetas”, confessa o autor. E nem queria acreditar quando encontrou uma fotografia, a preto e branco, dos três. “Sempre andei em busca dos meus poetas. Vagueavam muito no meu imaginário”. E não só encontrou, finalmente, uma forma de retratar os três, unidos, como poderia fazê-lo resgatando-os à sua juventude. Uma imagem que não abunda entre escritores.
O quadro oferecido à U.Porto baseou-se num retrato de Agustina Bessa-Luís, Sophia de Mello Breyner Andresen e Eugénio de Andrade enquanto jovens. (Foto: DR) “Encontramos sempre os poetas já envelhecidos. Parece que nunca foram novos”, desabafa. E é também neste esforço de inversão do sentido do estereótipo que “os seus poetas”, ainda jovens, serão eternizados, no Salão mais Nobre da U.Porto. A obra já foi exposta na Bienal Internacional de Arte de Gaia, esteve para ser comprada, mas a vontade do mestre não era vender. Queria que “os seus poetas” tivessem outra sorte. Que fossem colocados num sítio “onde várias pessoas os pudessem ver”. Daí ter decidido oferecer o quadro à Universidade do Porto. E ficou “imensamente feliz”, por saber que o quadro iria ser colocado no Salão Nobre, ao lado de tantas figuras ilustres que marcaram a história da instituição.
Não só a vida e obra de Sophia de Mello Breyner Andresen têm fortes ligações à Casa (através do Jardim Botânico e da Galeria da Biodiversidade – Centro Ciência Viva), como Agustina Bessa-Luís e Eugénio de Andrade foram doutores Honoris Causa pela Universidade do Porto.
Uma montra virada para a rua
Há mais de 30 anos que é no número 314 da rua do Almada que António Bessa dá lastro à criatividade. Até encontrar este espaço (que era um antigo supermercado russo) tinha o atelier mais abaixo, mas faltava-lhe sentir a flutuação da rua. Chegou até a pintar um olho na caixa do correio, como quem convida a espreitar. Fomos encontrá-lo, já no final de uma tarde chuvosa, entre tintas e pincéis, a ouvir Schubert (Ave Maria) e a pintar o quadro de José Saramago. A escuridão da rua a contrastar com as cores a explodir da paleta do mestre António Bessa. O quadro era para oferecer a Pilar del Río, o que já não vai acontecer porque a filha do escritor, ao saber da obra, fez logo a reserva. E lá terá de pensar noutro trabalho para oferecer à antiga companheira de vida de Saramago.
Mestre António Bessa. (Foto: DR) Gosta que o atelier seja uma montra. E de deixar a porta aberta. Desta forma de comunicar com quem passa, mesmo enquanto está implicado no processo criativo. Não raras vezes, quando dá conta, tem grupos de pessoas coladas ao vidro, ou já dentro do atelier, a acompanhar-lhe o gesto. É um caminho partilhado. Muitos portugueses, mas também turistas que identificam o retratado. Aconteceu-lhe com José Saramago: “os nossos poetas são mesmo do mundo”. E também enquanto fazia o retrato de Agustina Bessa-Luis, Sophia de Mello Breyner Andresen e Eugénio de Andrade. “As pessoas passavam na rua e identificavam os poetas. Era pretexto de conversa”. Um aluno livre na ESBAP
Estava ainda na escola primária quando as brincadeiras “à Indiana Jones” o levaram a descobrir bem mais do que, no momento, poderia imaginar. Ao explorar uma gruta encontrou um objeto que, pela curiosidade que despertou, lhe viria a traçar o destino: um pedaço de carvão. Surpreendia-se com o que “aquele pedaço de carvão podia produzir numa superfície”. Entrou na Escola Superior de Belas Artes do Porto (precursora da Faculdade de Belas Artes da U.Porto) graças ao Professor e artista plástico Júlio Resende. Queria ter acesso a algumas aulas, obter conhecimentos. “Falei com o Júlio Resende e entrei como aluno extraordinário. E foi extraordinário. Fui um aluno livre!”
As encomendas alimentam o ciclo e desde a descoberta do pedaço de carvão que não tem parado de desenhar. É do que vive. Até hoje. Para realizar uma visita orientada à galeria de retratos do Salão Nobre basta fazer a inscrição para cultura@reit.up.pt.
Fonte: Notícias U.Porto
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Há novos podcasts no espaço virtual da Casa Comum
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No Alumni Mundus de hoje vamos conhecer melhor Carlos Reis, alumnus do Mestrado Integrado em Medicina do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar da Universidade do Porto. Natural de São João de Ver, considera-se malapeiro de raiz. Durante os anos de curso foi um estudante muito ativo, tendo feito parte da comissão de curso e da associação de estudantes; no último ano de curso (2016-2017) realizou um intercâmbio na Universidade Estadual de Maringá, Paraná, Brasil, no âmbito do Programa ERASMUS+. Iniciou a sua carreira médica no Hospital de S. João como interno de ano comum, prosseguindo para o internato de especialidade de Medicina Geral e Familiar em Gondomar. Paralelamente à sua carreira académica, seguiu uma formação artística na área de pintura, uma paixão que nasceu em criança e que tem perdurado até aos dias de hoje. E tem sido esta veia artística que lhe tem valido algumas peripécias… Como quando, por exemplo, numa das suas muitas viagens em busca de materiais para artesanato sofreu um ataque de uma matilha de cães em pleno inverno, com direito a mergulho no mar… Mas para saber como acabou esta aventura tem mesmo de ouvir o podcast!
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38. Dorothea Lange Dorothea Lange was born in 1985 in Hoboken. She became known as one of the first “documentary” photographers. During her career she published many photos representing the devastation of the country after the Great Depression and her photos became so popular that the Government decided to take action to help the poor and forgotten families, sharecroppers and migrants. By Valeria Unich 39. Elon Musk Elon Musk was born in 1971 in Pretoria, South Africa. He graduated with a Bachelor of Science in economics and a Bachelor of Arts in physics. Elon Musk strongly believes in the importance of achieving a more sustainable world, as a result, he founded Tesla in 2003, a company that produces electric cars with incredible performances and in 2002 he founded SpaceX, a corporation that develops rockets made of parts that can be reused. By Valeria Unich 40. Liliana Segre Lange Liliana Segre is an Italian activist who was born in 1930 in Milan. She is mostly known for having survived the Holocaust as she was 15 years old. Today, she is a Senator for Life for outstanding patriotic service in the social field and she is also the President of the Special Commission against Intolerance, Racism, Anti-Semitism and Incitement to Hatred. By Valeria Unich 41. Majlinda Kelmendi Majlinda Kelmendi is a Kosovar judoka, whose journey to the medalist podium is an inspiration to athletes all over the world. Kelmendi is one of the most dominating entities in women’s Judo, having won more than a dozen gold medals in the international leagues. By Aurora Hyseni 42. Vasfije Krasniqi Vasfije Krasniqi Goodman is a Kosovar war-crime activist and politician serving in the Assembly of the Republic of Kosovo. Her journey to becoming a war-crime activist is a difficult one, but most importantly – a very personal one. By Aurora Hyseni
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“L quelubron” ye ua pequeinha passaige cuntada na purmeira pessona por Tiu Tibério Delgado, ferreiro de Zenízio: “agora bem podes engordar… com essa feijoada!”
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24. O Anjo das Botas Agustina recorda a sua ida com a tia Camila – será a Sibila? – a casa duns parentes, dois velhos, que dormitavam na eira. Em casa havia um presépio antigo, vazio das suas figuras, mas onde permanecia um anjo de asas rombas e fantásticas. In Ensaios e Artigos, vol. I
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Doutores Honoris Causa pela Universidade do Porto Júlio Ferry Borges
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Júlio Ferry Borges acompanhando o Presidente da Guiné, Luís Cabral, em visita ao LNEC, 1978.
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A 21 de maio de 1991 a Universidade do Porto distinguiu o engenheiro Júlio Ferry Borges (1922-1993) com o título de Doutor Honoris Causa, por proposta da Faculdade de Engenharia. Júlio Ferry do Espírito Santo Borges cursou Engenharia no Instituto Superior Técnico (IST).
Na década de 40 do século XX trabalhou no Centro de Estudos de Engenharia Civil (1943-1947) e foi assistente de Matemáticas Gerais no IST. (1945-1947). Encetou, em 1947, uma longa colaboração com o Laboratório Nacional de Engenharia Civil e estagiou no Instituto de Cimento e Betão de Estocolmo (1948-1949).
Em 1954 o LNEC conferiu-lhe o grau de investigador, após a defesa da tese Dimensionamento de Estruturas.
Foi autor de obras de referência no campo da Engenharia das Estruturas e desenvolveu investigação sobre Engenharia Sísmica e questões relacionadas com a segurança do betão armado e pré-esforçado.
Participou em conferências e encontros, nacionais e internacionais, e participou em júris para concessão dos graus de especialista e de investigador no LNEC e para concessão do grau de doutoramento em universidades.
Foi autor de projetos de estruturas de betão armado e consultor do Gabinete da Ponte sobre o Tejo e da UNESCO.
Presidiu a sociedades, associações, institutos e comissões da sua área de especialidade e foi agraciado com a Ordem de Santiago de Espada (Portugal), a Ordem do Cruzeiro do Sul (Brasil) e a Ordem Nacional do Mérito da França; e ainda distinguido com o prémio de Mérito da Associação Internacional de Pontes e Estruturas (1985) e com o título de doutor honoris causa, além da Universidade do Porto, pela Universidade Técnica de Lisboa (1982) e pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1989).
Postumamente, em 1995, foi homenageado com a atribuição da condecoração de Grande Oficial da Ordem do Infante D. Henrique e com a instituição pela CEB do Prémio Ferry Borges.
Sobre Doutores Honoris Causa pela Universidade do Porto (up.pt)
Sobre Júlio Ferry Borges (up.pt)
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