A ARTE ABRE CAMINHOS PARA A VIDA
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Não foi a primeira vez que António Damásio o disse. Numa entrevista ao jornal Público, em 2017, aquando da publicação de Estranha Ordem das Coisas, defendera que as humanidades, de uma forma geral, e as artes, em particular, devem ser vistas como laboratórios de estudos. “As pessoas não se aperceberam ainda de que uma boa parte do que se passa no mundo da grande arte é uma espécie de prefácio para o estudo científico dos seres humanos”, afirmara. E por isso defendera que o maior cientista de sempre foi Shakespeare. Na semana passada, em declarações ao Diário de Notícias, António Damásio apontou no mesmo sentido. Instado a partilhar a sua perspetiva sobre o futuro da educação, esclareceu: “não vejo outra maneira de resolver o problema que não passe por valorizar as artes, humanidades e ciências. Há exemplos nas ciências humanas, como a filosofia em geral, nas artes, como a pintura, a música e a literatura que dão sinais fortes de como nos podemos reerguer”. Foi com estas palavras de Damásio bem presentes que, na passada quarta-feira, assisti à cerimónia de comemoração do 199.º Aniversário da Faculdade de Medicina na Aula Magna da Faculdade.
Em vez da tradicional cerimónia, com discursos de todos os órgãos de gestão da Unidade Orgânica, o Diretor da FMUP, Prof. Altamiro da Costa Pereira, optou por convidar uma bailarina de flamenco. Ana Lucia Jardim é licenciada em economia. Durante mais de 20 anos, viveu nos Estados Unidos, onde liderou e implementou processos de mudança em empresas ligadas à banca e à biotecnologia. Afirma, contudo, que foi a dançar flamenco que aprendeu as maiores lições.
O título da intervenção/performance da oradora/bailarina – “Dancing through change: Leadership Lessons from Flamenco” – despertara a curiosidade de todos. Foi perante um público visivelmente entusiasmado que Ana Lucia Jardim fez o seu solo inicial para logo de seguida defender a ideia de que, para sermos bons líderes e implementarmos mudanças, temos de cultivar a relação entre a nossa mente e o nosso corpo.
No trabalho, em situações de impasse – alegou a oradora – tendemos a insistir; quando não conseguimos comunicar, falamos mais alto; e quando o progresso é lento, procuramos apressá-lo. O verdadeiro líder é aquele que consegue acertar o ritmo, coreografar com os que com ele trabalham e construir uma presença que inspire à ação. No flamenco, as coisas acontecem em tempo real, com os diferentes elementos – guitarristas, cantores, bailarinos – a tomarem à vez a liderança. Improvisam sempre e ajudam-se mutuamente quando um deles falha.
Verdadeiramente conquistado, o público participou em todas as atividades propostas: levantou-se, bateu o pé e bateu palmas ao ritmo da guitarra – e Ana Lucia Jardim provou os seus dotes de liderança quando acelerou o passo e conduziu toda a sala num andamento tão apressado que os batimentos rítmicos se confundiram com os aplausos.
Saímos da Aula Magna transformados, e todos – tenho a certeza – com a convicção de que, como diz Damásio, nas artes podemos encontrar exemplos significativos. E eu passei o fim de semana a matutar numa ideia: a arte abre caminhos para a vida.
Fátima Vieira Vice-Reitora para a Cultura e Museus
Nota: Vale a pena visitar o site da Ana Lucia Jardim, em particular o vídeo aí alojado.
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U.Porto convida estudantes a "Desenhar Abril"
Concurso de Ilustração aberto a todos os estudantes da Universidade visa celebrar os 50 anos da Revolução. Inscrições terminam a 17 de março. No ano em que se assinalam os 50 anos do 25 de Abril, a Universidade do Porto decidiu desafiar a criatividade dos seus estudantes. De que forma? Desenhando uma capa de caderno que seja alusiva ao tema. Já abriram as inscrições para o concurso de Criação de Ilustração para Capas de Caderno. Inspirado para Desenhar Abril? Os três premiados irão receber 200 euros cada. Organizado pela Casa Comum, este concurso pretende celebrar o papel dos estudantes na resistência à ditadura, apoiando e divulgando, em simultâneo, o trabalho dos jovens artistas da Universidade.
O convite dirige-se a todos os estudantes da U.Porto e os critérios de participação são simples: adequação ao tema proposto; originalidade da técnica utilizada; o mérito técnico, a criatividade e a aplicabilidade da proposta.
O prémio, no valor de 200 euros, será atribuído aos trabalhos de ilustração ou arranjo topográfico para capas de caderno A6 que se tenham destacado. O valor será entregue em numerário a cada um dos três vencedores selecionados.
Os projetos premiados vão ser produzidos e colocados à venda na Loja da U.Porto. Cada um dos três vencedores receberá, ainda, cinco cadernos produzidos a partir dos trabalhos de ilustração ou arranjos topográficos do autor.
O ficheiro da arte final da ilustração ou arranjo topográfico deve ser enviado em formato PDF, juntamente com o nome do projeto e a identificação do responsável (ou responsáveis), nomeadamente o nome completo, número de estudante, NIF e respetivos contactos.
O ficheiro deve ser enviado por e-mail para o endereço – cultura@reit.up.pt até ao dia 17 de março de 2024, inclusive.
Para mais informações, consultar o Regulamento do concurso.
Fonte: Notícias U.Porto
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Guardou "Abril" no baú? Então junte-se à "Revolução em Imagens"
A Universidade está a recolher fotografias alusivas à Revolução de Abril. Da reunião desses "fragmentos de história" resultará uma exposição na Reitoria. 25 de abril no Porto (Foto: Carlos Serro)
Viveu momentos que considere marcantes ou elucidativos da Revolução de Abril? Guardou esses registos? Então está na hora de os fazer sair do “baú”. “A Revolução em Imagens” é um pedido de partilha de fotografias. E delas resultará uma exposição que trará as comemorações dos 50 anos do 25 de abril ao Edifício Histórico (Reitoria) da Universidade do Porto. O que procuramos? Pode ter testemunhado uma situação caricata ou invulgar…. Pode ter vivido um momento especial que associe à data, sem o ser especificamente. O que o fez carregar no botão da câmara fotográfica pode ter ocorrido antes ou depois do 25 de Abril, o importante é que evidencie e amplie esse período crucial da nossa história.
Mas para dar corpo a esta “demanda”, é importante que a comunidade responda ao desafio. Para tal, basta submeter as fotografias – em formato digital – através da plataforma criada para o efeito, até ao próximo dia 19 de março.
Para que todos possam perceber melhor o que estão a ver, solicita-se que as imagens sejam acompanhadas de uma pequena legenda explicando o local e o contexto. E, claro, da identificação do autor.
As fotografias serão posteriormente reunidas e partilhadas com toda a comunidade através dos videowalls que se encontram no Edifício Histórico da Reitoria.
Esta é uma iniciativa dirigida a todos. Aos estudantes que não estiveram lá, mas sabem de algum familiar ou conhecido que esteve, fotografou e guardou. Aos professores e antigos estudantes que viveram o momento e o conseguiram fixar em papel. A quem testemunhou e guardou imagens desses episódios que enformaram a história que passou a ser de todos nós. É essa narrativa captada em imagem que se pretende agora homenagear e ajudar a partilhar.
Fonte: Notícias U.Porto
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Março na U.Porto
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Para conhecer o programa da Casa Comum e outras iniciativas, consulte a Agenda Casa Comum ou clique nas imagens abaixo.
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Gemas, Cristais e Minerais
Exposição | Museu de História Natural e da Ciência U.Porto Entrada Livre. Mais informações aqui
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Infinitas Galáxias
Entrada Livre. Mais informações aqui
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Music as an act of resistance | Ciclo de cinema britânico
8, 15 e 22 MAR'24 | 18h30 Entrada Livre. Mais informações aqui
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Naquele tempo não era fácil, o amor, de José Almeida da Silva
Apresentação de Livro | Casa Comum Entrada Livre. Mais informações aqui
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Dues | O Cancioneiro Transmontano Revisitado
Entrada Livre. Mais informações aqui
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Tardes de Matemática | O universo das Formas e a Forma do Universo
Ciência, conversa | Casa Comum Entrada Livre. Mais informações aqui
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Sombras que não quero ver #2 | Escultura de Hélder Carvalho
Entrada Livre. Mais informações aqui
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Aquele que é digno de ser amado, de Abdellah Taïa
Apresentação de Livro | Casa do Livro Entrada Livre. Mais informações aqui
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CORREDOR CULTURAL DO PORTO Condições especiais de acesso a museus, monumentos, teatros e salas de espetáculos, mediante a apresentação do Cartão U.Porto.
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À Descoberta do Corredor Cultural com a Mentoria U.Porto
"Peddy-paper" vai levar os estudantes da Universidade a alguns dos principais espaços culturais da cidade. A atividade terá lugar na tarde de 5 de março.
O «peddy paper» pretende ser um momento de convívio e partilha entre os participantes. Foto: DR
Descobrir novos locais, aprofundar a noção de território, conhecer a história e a cultura da Universidade, do país e, assim, ampliar horizontes. Na tarde do próximo dia 5 de março, esses são alguns dos desafios que todos os estudantes da Universidade do Porto vão poder abraçar num peddypaper promovido pela Mentoria U.Porto, em parceria com o Corredor Cultural. À Descoberta do Corredor Cultural com a Mentoria U.Porto tem como objetivo promover o convívio entre estudantes e mentores da U.Porto, mas também o acesso à cultura através da divulgação da rede de parcerias do Corredor Cultural.
Com partida marcada para as 15h00, junto à entrada do Edifício Histórico da Reitoria (Praça Gomes Teixeira), os estudantes vão construir um roteiro que os vai levar, de pista em pista, a alguns dos principais espaços culturais da cidade. Pelo caminho, vão desenvolver com os colegas pequenos exercícios de fortalecimento de trabalho em equipa.
No final do desafio haverá um convívio entre todos os participantes.
Para participar, basta fazer a inscrição gratuita e marcar presença no ponto de encontro à hora marcada.
Sobre o Corredor Cultural
Em vigor desde 2021, o Corredor Cultural é um projeto que congrega diferentes espaços culturais com condições de entrada mais vantajosas para os estudantes. Foi organizado mediante acordos estabelecidos entre as universidades portuguesas, os municípios e as instituições culturais das respetivas zonas geográficas. Tendo-se iniciado na U.Porto, o Corredor Cultural está a ser implementado no âmbito da Comissão Especializada em Artes e Cultura do Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas e engloba hoje uma rede de mais de 80 instituições de todo país, em resultado de dezenas de acordo de parceria estabelecidos com as diferentes universidades aderentes.
Os beneficiários são todos os/as estudantes do ensino superior, de instituições públicas e privadas nacionais, incluindo estudantes de mobilidade e, também, estudantes de países abrangidos pelos acordos Erasmus +.
A rede de instituições aderentes pode ser consultar no novo website do Corredor Cultural.
Sobre Mentoria U.Porto
O Programa Transversal de Mentoria Interpares é um programa de acolhimento dos recém-chegados que tem por principal objetivo fomentar a integração no ensino superior. Os mentores são estudantes mais experientes (já a frequentar a U.Porto) que acolhem e acompanham os novos estudantes, sejam eles nacionais ou internacionais, de forma a que estes se sintam mais integrados a nível académico, pessoal e social. Através da partilha, do convívio e do intercâmbio cultural, a Mentoria U.Porto pretende que todos, mentores e mentorados, obtenham a melhor das experiências em contexto académico, proporcionando o bem comum, a convivência saudável e o respeito mútuo, assim como outros valores da cultura democrática e institucional.
Fonte:Notícias U.Porto
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Há novos podcasts no espaço virtual da Casa Comum |
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94. Acontece nos quintais, Daniel Maia-Pinto Rodrigues “Acontece nos quintais”, de Daniel Maia-Pinto Rodrigues, Turquesa, Imprensa Nacional-Casa da Moeda, dezembro de 2019.
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1. Arquitetura Paisagista, com Paulo Farinha Marques: “A paisagem reflete o que comemos.” Paulo Farinha Marques é professor associado de Arquitetura Paisagista na Faculdade de Ciências da Universidade do Porto e diretor do Jardim Botânico Universidade do Porto. Depois de, em 2009, se envolver no projeto de criação do Parque Botânico do Campo Alegre, idealizou um dos mais recentes espaços verdes da cidade invicta: o novo Parque Central da Asprela. Nesta conversa, pensa-se a nutrição à luz da arquitetura paisagista, cujo papel passa por criar condições que suportem a sustentabilidade dos nossos ecossistemas.
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Alunos Ilustres da U.Porto
Américo Soares Braga
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Américo Soares Braga nasceu em 1909. Estudou Escultura na Escola de Belas Artes do Porto (EBAP), entre 6 de outubro de 1925 e 29 de julho de 1932.
Em 1929 integrou a fundação Grupo Mais Além, criado, com Dominguez Alvarez, Ventura Porfírio, Fernando da Cunha Leão, Fortunato Cabral, Mário Cândido de Morais Soares, Luís dos Reis Teixeira, Artur Justino Alves e Adalberto Sampaio. Este grupo opunha-se aos valores naturalistas praticados na EBAP.
Nos tempos passados nas Belas Arte do Porto fez amizade com o poeta José Régio (pseudónimo de José Maria dos Reis Pereira).
Em 1933 concluiu o curso de Escultura.
Anos depois, em 1948 começou a lecionar. Era então autor de baixo-relevo arquitetónico e de cerâmica. Essa disciplina artística foi depois desenvolvida no Brasil, país para onde foi viver em 1953 e onde ensinou modelagem e cerâmica no Museu de Arte Moderna de S. Paulo.
Mural de Américo Braga censurado no Estado Novo.
Américo Braga é o autor do baixo-relevo da frontaria da Livraria Tavares Martins, de 1946 (num edifício projetado por Viana de Lima); do polémico baixo-relevo da frontaria do Cinema Batalha, de 1947 (obra do arquiteto Artur Andrade) e do baixo-relevo da Fábrica da Companhia Portuguesa das Sedas Artificiais, de 1948 (da construção de Arménio Losa e Cassiano Barbosa), no Porto. Para a cidade de Matosinhos concebeu os painéis da frontaria do Mercado Municipal (1952, obra da oficina ARS). No Brasil, deixou os painéis do Monumento a José Inácio Peixoto, em Cataguases, Minas Gerais (de 1954, com desenho do artista plástico brasileiro Cândido Portinari) e os do Monumento em Homenagem aos Mortos da II Guerra Mundial, no Rio de Janeiro (1959, desenho do artista e professor brasileiro Anísio Medeiros).
Foi agraciado com o Prémio Revelação Manuel da Costa Brioso (1949), com o Prémio Nacional Sebastião de Almeida (1951), de cerâmica, e com a Medalha de Mérito da Cidade de Matosinhos (1990).
Existem esculturas de sua autoria dispersas por coleções privadas e museus (datáveis do período entre 1949 e 1989).
Morreu em 1991.
Sobre Américo Braga (up.pt)
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