EFERVESCÊNCIA COLETIVA
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Estava eu integrada na multidão que celebrava o 25 de Abril quando me lembrei de Émile Durkheim. Não sou, de forma alguma, especialista no pensamento do sociólogo francês, mas tinha lido recentemente um texto seu onde descrevia o conceito de “efervescência coletiva” e achei que se adequava na perfeição. Quem festejou o 25 de Abril na rua saberá do que estou a falar. A efervescência coletiva – diz-nos Durkheim – acontece quando membros de uma comunidade se juntam e produzem uma energia que claramente ultrapassa o ordinário, proporcionando uma experiência simultaneamente arrebatadora e edificante. Nesse momento, os participantes deixam de pensar em si como indivíduos para se verem como parte de um vasto todo, vivenciando sentimentos de pertença e de identidade partilhada. Estes momentos de efervescência coletiva reforçam, segundo Durkheim, a consciência coletiva em que se inscrevem os valores e as atitudes da comunidade – e são cruciais para a coesão das sociedades. Foi isto que encontrei nas comemorações na rua na passada quinta-feira: uma energia magnífica que evidenciou o poder da ação coletiva.
As comemorações do 25 de Abril, nos seus mais variados cambiantes ideológicos, dentro do perímetro democrático, reafirmaram o compromisso do nosso país para com os ideais da liberdade, da justiça e da igualdade, confirmando-os como elementos essenciais da nossa identidade; e fizeram com que nos percebêssemos como parte de uma narrativa histórica muito maior do que a das nossas vidas, ligando a alegria do presente a um evento feliz do passado – e, mais importante do que isso, a uma visão do que deverá ser o nosso futuro. Saímos das comemorações com a nossa memória coletiva reforçada e com a responsabilidade de cuidarmos do legado de quem, por nós, fez a Revolução.
Estar na rua no 25 de Abril foi, para todos com quem falei, uma experiência imersiva avassaladora e revigorante. Só podemos esperar que, como defendia Durkheim, tenha servido para nos lembrar o que verdadeiramente nos une – e de que não poderemos nunca abdicar.
Fátima Vieira Vice-Reitora para a Cultura e Museus
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Casa Comum acolhe ciclo de cinema alemão LGBTQIA+
A mostra "Afetos Diversos" vai assinalar o Dia Internacional contra a Homofobia, a Transfobia e a Bifobia do longo do mês de maio. Entrada livre. O ciclo arranca a 3 de maio, com a exibição do filme Neubau, de Johannes Maria Schmit. Foto: DR
No âmbito do Dia Internacional contra a Homofobia, a Transfobia e a Bifobia, que se assinala a 17 de maio, a Casa Comum (à Reitoria) da Universidade do Porto apresenta Afetos diversos. A mostra de filmes alemães LGBTQIA+ resulta de uma parceria entre o Goethe-Institut Portugal e a U.Porto e vai decorrer durante todo o mês de maio, com entrada gratuita. Combater a intolerância e a estigmatização das orientações sexuais e identidades de género não normativas é o principal objetivo deste ciclo que irá abordar temáticas diversas, mas todas elas em torno da sexualidade e da identidade de género.
Entre dramas “coming of age”, naturalistas e documentários, cada uma das quatro sessões que integram o programa do ciclo servirá de mote para uma conversa com o público.
O ciclo arranca a 3 de maio, com Neubau. O filme de Johannes Maria Schmit coloca-nos perante as angustias existenciais do jovem Markus que sonha com uma vida urbana, longe da aldeia onde vive e dos constrangimentos que a família representa. Quando a saúde da avó se deteriora e ele se apaixona por um jovem, caberá a Markus decidir a vida que vai querer viver. No final do filme, a conversa com o público contará com a presença de Constança Carvalho Homem (QUEER Porto).
Dia 17 maio, ficaremos com Futur Drei, de Faraz Shariat. Este filme vai permitir fazer uma incursão pelo fenómeno da migração. Parvis vive na Alemanha e é filho de pais iranianos. Apanhado a roubar, é condenado a fazer serviço comunitário como tradutor, num abrigo para refugiados, onde conhece dois irmãos que fugiram do Irão. Enquanto assistimos a um verão de amor em que se dança pela noite dentro e se vivem momentos de alegria, aborda-se a questão da migração de várias formas. Embora tenha nascido na Alemanha, Parvis toma consciência de que se sente um estrangeiro. Daniel Pinheiro (QUEER Porto) e Allan Barbosa (QUEER tropical) estarão na Casa Comum para uma conversa no final da projeção do filme.
Futur Drei, de Faraz Shariat, será exibido na Casa Comum a 17 de maio (Foto: DR)
No dia 24 maio, será exibido outro filme que, ao sistema binário de género, acrescenta o fator cultural. Zuhurs Tochter, de Laurentia Genske e Robin Humboldt, conta a história de duas irmãs adolescentes transgénero que, com a sua família, fugiram da Síria para a Alemanha. Vivem no centro de refugiados (com a mãe, o pai, a segunda mulher e nove irmãos) em constante estado de tensão. Por um lado a família e a comunidade à qual pertencem, de estrutura tradicional e estritamente religiosa, por outro, o ambiente ocidental que lhes facilita a expressão do seu verdadeiro eu. Durante três anos, o filme acompanhou-as nas suas incursões, na sua transição e na sua procura de identidade. Temas que serão debatidos na conversa final com Hilda de Paulo (QUEER Porto). É com a delicadeza e bravura do primeiro amor que o ciclo termina. Dia 31 maio. Cocoon, de Leonie Krippendorff e Steve Guttenberg, será o filme em exibição. Nora tem 14 anos e não quer saber de convenções sociais, de género, ou de modelos do Instagram. Durante um verão quente, é com o coração a pulsar que a protagonista tenta encontrar o seu caminho, na Berlim operária de Kreuzberg. Resumidamente, quer abandonar o casulo e voar. A comentar este último filme estará Jorge Gato, investigador da Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da U.Porto (FPCEUP).
Todas as sessões têm início às 18h30 e têm entrada livre.
Sobre o Dia Internacional contra a Homofobia, a Transfobia e a Bifobia
Foi no dia 17 de maio de 1990 que a Organização Mundial de Saúde deixou de considerar a homossexualidade como uma perturbação mental. Quinze anos depois, a 17 de maio de 2005, fez-se o primeiro International Day Against Homophobia, Biphobia and Transphobia (IDAHOBIT), um evento que pretende chamar a atenção e combater a discriminação, a violência e o preconceito contra as pessoas LGBTQIA+ em todo o mundo. Na altura, o dia era conhecido como “IDAHO”, ou seja, Dia Internacional contra a Homofobia. Em 2015, a iniciativa alcançou as proporções que hoje conhecemos: um dia de apelo a indivíduos, organizações e governos para que sejam tomadas medidas que defendam os direitos das pessoas LGBTQIA+, criando ambientes mais seguros e inclusivos.
Fonte: Notícias U.Porto
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O meu 25 de Abril com...Ilda Figueiredo
Ao longo do mês de abril continuaremos a partilhar memórias de figuras da U.Porto. "Foi um dia para manifestar esta vontade enorme que o povo tinha da Liberdade"
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Jardim Botânico da U.Porto inspira workshop gratuito de fotografia
Jardim Objetivo - Relação entre espaço e Imagem é o título do workshop que vai decorrer entre os meses de maio e julho. Inscrições abertas. Foto: Egidio Santos/U.Porto
O Museu de História Natural e da Ciência da Universidade do Porto (MHNC-UP), em parceria com a Casa Comum, vai promover, a partir de 4 de maio, um workshop de fotografia gratuito e aberto ao público em geral, a decorrer nos espaços do Jardim Botânico da U.Porto. Gosta de fotografia? Já fotografou plantas? Já imaginou as possibilidades, variações, desafios de fotografar quem habita um jardim? Jardim Objetivo – Relação entre Espaço e Imagem é o título de um workshop que pretende promover a observação. Só trabalhando o olhar poderemos extrair as potencialidades do que nos rodeia. Só aprendendo, efetivamente, a olhar para ver.
Neste exercício de exploração do real, a compreensão é, naturalmente, outro elemento fundamental. Compreender a estrutura, o funcionamento e, até, a forma como tudo isto se relaciona com a luz. O objetivo? Transformar o Jardim Botânico da Universidade do Porto em território de treino para o olhar.
Com o apoio de especialistas dedicados à botânica, os participantes vão partir à aventura do olhar para descobrir e conhecer, de forma mais profunda, os seres que habitam o Jardim. Numa aceção criadora e científica.
O workshop vai decorrer durante os meses de maio, junho e julho. Sempre aos sábados, das 10h00 às 12h30, nas seguintes datas: 4 e 18 de maio; 1, 15 e 29 de junho; 13 e 27 de julho.
A participação no workshop é gratuita, mediante inscrição prévia através do e-mail s.educativo@mhnc.up.pt
Aconselha-se a participação em todas as sessões, de modo a tirar o máximo proveito do workshop, embora se aceitem inscrições pontuais.
Fonte: Notícias U.Porto
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Abril | Maio na U.Porto
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Para conhecer o programa da Casa Comum e outras iniciativas, consulte a Agenda Casa Comum ou clique nas imagens abaixo.
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ESPANTO - A Coleção Norlinda e José Lima em Diálogo com o Museu de História Natural e da Ciência da U.Porto
Entrada Livre. Mais informações aqui
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Estamos em Festa, Pá! | Programa Comemorativo dos 50 anos do 25 de Abril
Programa Multidisciplinar | Casa Comum Entrada Livre. Mais informações e programa completo aqui
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Se paredes me dão a liberdade | Exposição de Helena Rocio Janeiro
Entrada livre | Mais informações aqui
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DEMOCRACIA E LIBERDADE: QUE CAMINHO PARA A IGUALDADE DE GÉNERO?
Entrada Livre. Mais informações aqui
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A Exploração do Universo através dos telescópios espaciais Hubble e James Webb
Conversa | Reitoria da U.Porto Entrada livre | Mais informações aqui
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Afetos diversos - uma mostra de filmes alemães LGBTQIA+
3, 17, 24 e 31 MAI'24 | 18h30
Entrada livre | Mais informações aqui
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KIMIKUS | Apresentação do disco "Modus Novos"
Entrada livre | Mais informações aqui
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A Teoria da Relatividade Restrita dos Sonhos (TRRS) e a Democracia em Portugal, de Albert Eitraum | Apresentação de livro
Apresentação de livro | Casa Comum Entrada livre | Mais informações aqui
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A Revolução dos Cravos | Conferência por Victor Pereira
Conversa | Reitoria da U.Porto Entrada Livre. Mais informações aqui
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Sombras Que Não quero Ver #3
Entrada Livre. Mais informações aqui
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Gemas, Cristais e Minerais
Exposição | Museu de História Natural e da Ciência U.Porto Entrada Livre. Mais informações aqui
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Ecos de Abel Salazar Além-Mar / Over the Sea: Echoes of Abel SalazarExposição | Casa-Museu Abel Salazar Entrada Livre. Mais informações aqui
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CORREDOR CULTURAL DO PORTO Condições especiais de acesso a museus, monumentos, teatros e salas de espetáculos, mediante a apresentação do Cartão U.Porto.
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Crias de leopardo celebram a maternidade no "Breviário" da U.Porto
Peça do Museu de História Natural e da Ciência da U.Porto (MHNC-UP) vai estar em exibição, ao longo do mês de maio, no átrio do edifício da Reitoria. A peça em exibição foi doada ao MHNC-UP pelo Palácio de Cristal e apresenta duas crias de leopardos africanos (espécie atualmente ameaçada) em posição de brincadeira. Foto: U.Porto
Estão em posição de desafio. Ou brincadeira. Durante todo o mês de maio, quem entrar no átrio do edifício da Reitoria da Universidade do Porto encontrará duas crias de leopardo. A maternidade é o tema escolhido pelo Museu de História Natural e da Ciência da U.Porto (MHNC-UP). Vai ser assim o próximo capítulo do “Breviário”. É uma peça que faz despertar “sentimentos fortes, emocionais e quase maternais”, reconhece Francisco Álvares, Curador da coleção de Mamíferos do MHNC-UP. Por outro lado, sublinha, esta peça também reflete determinadas características dos mamíferos, como é o caso destes leopardos africanos. De que falamos? Da dependência dos respetivos progenitores.
“São o grupo faunístico, de todos, que tem uma maior dependência em termos de gestação (com períodos de gestação mais longos como é o caso do elefante e da baleia), assim como o período de acompanhamento da mãe e dependência das crias”. A fragilidade e vulnerabilidade desta crias torna-as uma “presa fácil para uma série de espécies de carnívoros”. Ou seja, são crias que necessitam, durante um longo período, da atenção da mãe para sobreviver.
Sendo caçadores “tão especializados”, sublinha Francisco Álvares, os leopardos têm de passar por “todo um processo de aprendizagem sobre as técnicas de caça e sobre os perigos que têm de enfrentar”. Uma aprendizagem “que chega a durar dois anos”. E, tal como acontece com os humanos, “é em contexto de brincadeira” que os leopardos começam a desenvolver “as competências sociais que nos irão permitir interagir com o grupo”. As “brincadeiras são importantes para fortalecer os laços entre as duas crias”, da mesma forma que ajudam também a criar uma ligação mais forte com a progenitora.
Francisco Álvares é Curador dos Mamíferos do Museu de História Natural e da Ciência da U.Porto. (Foto: U.Porto)
Simultaneamente, vão aprendendo a caçar. “Nestas brincadeiras, que envolvem o ato de morder, vão testando as técnicas da caça. Até porque, nos carnívoros, é muito frequente durante a brincadeira já morderem na zona do pescoço que é onde, precisamente, quando adultos, atacam as presas”. Também pela relevante dimensão do cérebro (e importância das ligações sociais), estes momentos são, afirma Francisco Álvares, “cruciais para o desenvolvimento cognitivo e comportamental desta espécie de mamífero”. Breviário é o título da iniciativa do MHNC-UP que, todos os meses, seleciona uma das peças das suas reservas para expor no átrio de entrada do edifício histórico da reitoria da U.Porto. Esta é, assim, uma forma de ir expondo os seus “tesouros”. Para saber mais sobre o que está a ver, basta apontar o telemóvel para o QR Code situado junto à(s) peça(s) em exposição.
Quem quiser conhecer “os bastidores do museu” pode também inscrever-se e fazer uma visita às reservas do MHNC-UP.
Fonte: Notícias U.Porto
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Nova publicação da U.Porto Press celebra os 50 anos do 25 de Abril
“Resistência e Liberdade” são as palavras de ordem deste livro-objeto, da autoria do artista plástico Agostinho Santos. 25 de Abril – Resistência e Liberdade passa a integrar a Coleção Concertina da Editora da Universidade do Porto. / FOTO: DR
“Resistência” e “Liberdade”. São estas as palavras que dão o mote para a mais recente publicação da U.Porto Press, uma edição comemorativa dos 50 anos do 25 de Abril. 25 de Abril – Resistência e Liberdade é um livro-objeto da autoria do pintor, escritor e jornalista Agostinho Santos, com texto de António de Sousa Pereira, Reitor da Universidade do Porto (U.Porto), e passa a integrar a Coleção Concertina da Editora da U.Porto.
Nesta que é também uma obra artística, convivem duas faces antagónicas.
De um lado, os tons da opressão que marcaram a ditadura e o período fascista vivido em Portugal antes de abril de 1974. A “Resistência” surge associada a memórias do (agora) passado, “cravadas” sobre a imagem a negro e traduzidas por palavras como “fome” ou “lápis azul”, entre alusões aos presos políticos, à PIDE ou à falta de liberdade.
Por oposição surge, precisamente, a “Liberdade”. As cores vivas assinalam a mudança pós-Revolução dos Cravos, também eles em destaque nesta outra face do livro-concertina. “Liberdade”, “Fim à guerra colonial”, “O povo unido jamais será vencido”, entre outras palavras de ordem, símbolos e reivindicações, são invocados por uma multidão, pelo meio da qual figuram os rostos de nomes bem conhecidos da conquista da Liberdade em Portugal.
Excerto da face “Liberdade” do livro. / FOTO: DR
Como assinala o Reitor da U.Porto, António de Sousa Pereira, no texto incluído na obra, o “retrato criado pelo artista plástico Agostinho Santos (…) traduz com mestria essa força que se foi acumulando na multidão até explodir para produzir História”. Segundo António de Sousa Pereira, “a liberdade é algo que se procura”, pelo que o brado “Liberdade” que emana desta obra não é “inteiramente celebratório”. Se por um lado este livro comemorativo mostra “a arte como um instrumento de memória e resistência”, por outro “evidencia a fragilidade das nossas conquistas e a necessidade do envolvimento de todos para que não se voltem a fechar os caminhos (…) que Abril desimpediu”.
25 de Abril – Resistência e Liberdade está disponível na loja online da U.Porto Press, com um desconto de 10%.
Sobre Agostinho Santos
Agostinho Santos (Vila Nova de Gaia, 1960) – pintor, curador, escritor e jornalista – é doutorado em Museologia pela Faculdade de Letras e pela Faculdade de Belas Artes da U.Porto (FBAUP) e mestre em Pintura pela FBAUP. É diretor da Bienal Internacional de Arte de Gaia, presidente do Conselho de Administração da Artistas de Gaia – Cooperativa Cultural e mentor do projeto Museu de Causas/Coleções Agostinho Santos. Realizou mais de 100 exposições individuais e participou em mais de 500 mostras coletivas em Portugal e no estrangeiro. É autor de vários livros de jornalismo, poesia e pintura.
Fonte: U.Porto Press
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Há novos podcasts no espaço virtual da Casa Comum |
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102. Retrato Português, Manuel Alberto Valente .“Retrato Português”, de Manuel Alberto Valente, in Poesia Reunida, O pouco que sobrou de quase nada, Quetzal Editores, setembro de 2015.
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77. Tiu Domingos Pereira – Ida para Fráncia “Fai pa riba de sessenta anhos que ls purmeiros mirandeses se scapórun deiqui para Fráncia. Apuis desse sgubiar de gente por ende afuora bemos l mundo a chegar a la nuossa tierra, gente que tal cumo ls que salírun i sálen deiqui, chégan an busca dua bida melhor. An tierras adonde la gente ye cada beç mais scassa, ber l mundo a chegar habie de ser mirado cumo ua riestra de spráncia. Para relembrar esses purmeiros abintureiros, queda eiqui un cachico de mais ua cunbersa de l porjeto Ourrieta las Palabras.”
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Alunos Ilustres da U.Porto
António Bonfim Barreiros
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António Bomfim Barreiros, filho de Luís José de Brito Barreiros e de Maria Bomfim Barreiros, nasceu no Porto, na freguesia do Bonfim, a 9 de julho de 1886. Estudou na Academia Politécnica do Porto e, em 1912, terminou o curso de Engenharia Civil e Obras Públicas na escola de Engenharia anexa à Faculdade de Ciências da Universidade do Porto.
Entre 1914 e 1933 ensinou "Desenho Linear Geométrico e Princípios da Perspectiva", "Desenho Linear Geométrico, Geometria Descritiva e Perspectiva" e "Geometria Descritiva e Estereotomia" na Escola de Belas-Artes do Porto.
A 26 de maio de 1919 tomou posse do lugar de 1.º assistente da 1.º secção da Faculdade Técnica e a 29 de outubro de 1932 assumiu funções como professor catedrático do 2.º grupo (Estradas e Caminho de Ferro) da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto.
António Bomfim Barreiros foi diretor do Museu e Gabinete de Topografia, bibliotecário e delegado dos professores catedráticos da FEUP ao Senado Universitário. Atingiu o limite de idade em 9 de julho de 1956, jubilando-se no ano seguinte (Diário do Governo, 2.ª série, n.º 218, de 24 de outubro).
Entre 1923 e 1941 foi Engenheiro-Chefe do Serviço da Carta da Cidade, na Câmara Municipal do Porto, tendo, entre outros trabalhos, elaborado a Carta Topográfica da Cidade do Porto. Com o arquiteto Arménio Losa (1908-1988) realizou diversos trabalhos para a Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia, entre os quais se contam Pavimentação a macadame da R. João de Deus, Mafamude (1939), Elaboração do Plano Geral de Urbanização de Vila Nova de Gaia (1945 e 1948) e Empreitada para a elaboração do Plano Geral de Urbanização de Vila Nova de Gaia – Zona do Cabo Mor (1948). Gizou um plano de urbanização para Viseu e foi autor de inovações práticas para a resolução de problemas na sua área de especialidade.
António Bomfim Barreiros também trabalhou com o irmão, Guilherme Bomfim Barreiros (1894-1973), engenheiro de formação e fotógrafo por vocação, designadamente num projeto para alargamento dos arruamentos na zona da Trofa. Foi vogal do Conselho de Administração dos Caminhos-de-Ferro e do Conselho Superior de Obras Públicas (1952).
Publicou obras científicas como A Triangulação da Nova Planta do Porto (1928), Formação das equações de erro nas triangulações cadastrais (1930), O método de Gehler e o método de Cross no cálculo das estruturas contínuas (1951), Regularização das curvas das vias férreas pela correção das flechas: método geométrico por anamorfose (1953), A reprodução de plantas em que o papel sofreu contrações desiguais segundo as direções ortogonais (1959).
Morreu no Porto a 21 de novembro de 1977.
Sobre António Bomfim Barreiros (up.pt)
Sobre Arménio Losa (up.pt) Sobre Guilherme Bomfim Barreiros(up.pt)
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