UM PROJETO CONCRETIZADO MAIOR DO QUE O SONHO
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Na passada sexta-feira, fui à Casa da Música assistir à final do Concurso Internacional de Piano Santa Cecília. O concurso, promovido desde 1965 pelo Curso de Música Silva Monteiro, tornou-se internacional em 2012, pelas mãos de Álvaro Teixeira Lopes. O programa para o concerto era verdadeiramente promissor, com a Orquestra Sinfónica do Porto – Casa da Música, dirigida por Martin André, a acompanhar os três finalistas do concurso: Sergey Belyavsky (Rússia), que tocou o Concerto para piano e orquestra n.º 3, em Dó maior, op.26, de Prokofieff; e Tatiana Dorokhova (Rússia) e Zhexiang Li (China), que se apresentaram com o Concerto para piano e orquestra n.º 1, em Si bemol maior, op. 23, de Tchaikovski. O facto de estes dois concorrentes executarem o mesmo repertório permitiu uma comparação direta das duas prestações. Sergey Belyavsky, 31 anos, mundialmente aclamado pela sua inteligência expressiva, com mais de 30 vitórias em competições internacionais e concertos a solo nas mais prestigiadas salas, incluindo o Victoria Concert Hall ou o Carnegie Hall, interpretou Prokofieff de forma irrepreensível, com um domínio técnico evidente e um trabalho cuidado das dinâmicas que resultou num claro enriquecimento da narrativa musical. Também a execução de Tatiana Dorokhova, 33 anos, foi competente, interpretando, com habilidade técnica, o difícil concerto de Tchaikovski. Da impactante introdução do primeiro andamento até ao final do concerto, venceu os muitos desafios significativos que a peça coloca. Justificou, assim, o seu prestígio internacional como solista, embora claramente menor do que o de Belyavsky.
Seguiu-se Zhexiang Li, o mais jovem dos concorrentes. Com 18 anos, são muitos os prémios internacionais que se adivinha que venha a ganhar. Sentou-se ao piano e atacou com brilhantismo a abertura dramática da peça. Ainda com a memória fresca da prestação de Dorokhova, a audiência colocou o corpo em sentido perante o vigor dos acordes do pianista. Mas Li mostrou que tanto era capaz de uma energia possante como da mais expressiva ternura lírica. Entrou pela peça fechando os olhos, sorrindo, movendo o corpo como se fosse flutuar atrás da música, voltando a sorrir, soltando as notas como se fossem a única resposta possível ao diálogo que a orquestra lhe impunha. No segundo movimento, onde o piano desenha melodias mais delicadas e introspectivas, a magia aconteceu: todos nós nos tornámos música. Umas cadeiras à minha frente, uma jovem deixou descair a cabeça no ombro do companheiro; ao meu lado, alguns espectadores, que antes agitavam o pé ao ritmo da música, entregaram o corpo a um silêncio meditativo... e na expressão dos músicos, no palco, via-se surpresa genuína e profundo respeito perante a forma como o jovem pianista contruía a sua versão única da obra de Tchaikovski. No terceiro movimento, a audiência reajustou o corpo nas poltronas, viveu os ritmos dançantes e acompanhou Li na sua euforia triunfante. Escusado será dizer que foi Li quem ficou em primeiro lugar, Belyavsky em segundo e Dorokhova em terceiro.
Saí da Casa da Música feliz – é esse o efeito que a música tem em mim. Mas o meu contentamento deveu-se também ao testemunho do que se está a passar com o Concurso Internacional de Piano Santa Cecília. Lembro-me de Álvaro Teixeira Lopes ter começado a promovê-lo internacionalmente. Recordo os contactos que tivemos, há cinco anos, para a Casa Comum receber uma Maratona de Piano (marcada este ano para o dia 20 de julho: um concerto de 5 horas sem intervalo na Categoria Júnior do Concurso, apresentando talentos até aos 18 anos de idade). E lembro-me, sobretudo, de Álvaro Teixeira Lopes ter aberto muito os braços enquanto me explicava os apoios que esperava conseguir para ter prémios capazes de atrair os melhores pianistas e constituir júris prestigiados e internacionais, e como queria fazer com que o Concurso inspirasse os jovens pianistas portugueses e oferecesse momentos privilegiados de formação, com Masterclasses marcantes para todos. Hoje, pensando nos seus braços abertos, percebo que não chegam para exprimir o muito que conseguiu – e quando vejo um projeto concretizado tornar-se maior do que o sonho... pois, sinto-me feliz.
Fátima Vieira Vice-Reitora para a Cultura e Museus
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Afinado o som... Estão aí as Noites no Pátio do Museu!
As noites culturais regressam ao Pátio do Museu de História Natural e da Ciência da U.Porto no mês de julho! Sempre às 21h30 e com entrada livre. Música, dança, performance, gastronomia, poesia, debate de ideias… São fortes os motivos que, durante o mês de julho, o vão trazer ao Pátio do Museu de História Natural e da Ciência da Universidade do Porto (MHNC-UP). As estrelas já estão alinhadas, só falta… Aparecer! Pode fazer frio? Nós oferecemos as mantas! Na realidade, o “programa de festas” começa já em junho. No domingo, dia 30, às 21h30, arrancamos com o Ensemble Provinciano e o NEFUP – Núcleo de Etnografia e Folclore da Universidade do Porto. Prepare-se para um concerto de cruzamento entre a música tradicional e música erudita.
Esta edição das “Noites” volta a acolher o CineEco – Festival Internacional de Cinema Ambiental da Serra da Estrela e a primeira apresentação acontece dia 3 de julho. A invenção do outro é um documentário de Bruno Jorge que acompanha uma arriscada expedição, organizada pelo governo brasileiro, à floresta tropical amazónica. Realizada em 2019, esta busca partiu ao encontro de um grupo de indígenas que estavam isolados, vulneráveis, de forma a promover o primeiro contacto com pessoas não indígenas.
A invenção do outro, de Bruno Jorge, passa dia 3 de julho no Pátio do MHNC-UP. (Foto: DR)
Na noite de 4 de julho, o Art’Ventus Quintet apresenta o espetáculo Tempo e Música, um projeto que une musica e comunicação de ciência. Os temas, que têm por inspiração as condições meteorológicas, serão intercalados pelos comentários de uma climatologista. Rita Durão, investigadora do Instituto Português do Mar e da Atmosfera, vai dar-nos uma perspetiva do que muda quando nos deparamos com os efeitos da crise climática. A primeira gravação deste quinteto português de “ventos” – ou seja, de sopros – Art’Ventus, Swiss Treasures, dedica-se a compositores suíços do séc. XX. Esta noite, vamos ficar com obras de Antonín Dvorak, Camille Saint-Saëns e Samuel Barber. O Art’Ventus Quintet é constituído por Paula Soares (flauta), Tiago Coimbra (oboé), Horácio Ferreira (clarinete), Nuno Vaz (trompa) e Raquel Saraiva (fagote).
Sexta-feira, dia 5 de julho, voltamos ao cinema. A tela será o passaporte para uma viagem que nos vai levar até ao Perú. Las Mejores Familias é a primeira sessão de um ciclo de cinema contemporâneo peruano. O filme de Javier Fuentes León faz-nos participar num almoço de família durante o qual alguém faz uma grande revelação. Guardado há 30 anos, há um segredo que vai fazer implodir o mundo idealizado de duas famílias de classe alta da cidade de Lima. Uma “bomba” que vai obrigar a uma nova definição do conceito de “família”.
Las mejores familias, de Javier Fentes Leon, será exibido dia 5 de julho no Pátio do MHNC-UP. (Foto: DR)
Reserve a noite de sábado, dia 6 de julho, para descobrir novas paisagens sonoras. A combinação da voz de Sofia Faria Fernandes com a eletrónica fará emergir uma espécie de ecossistema simbiótico que dá pelo nome de Dullmea. Não apenas a voz, mas tudo o que habita a respiração entrelaça a música na metamorfose de um único organismo. Lançando o anzol entre os álbuns Hemisphaeria e Ephemeroptera, a viagem de Dullmea faz-se ora de melodias de voz tecida a filigrana de prata, ora do confronto com colossais tempestades sónicas. Do Brasil à vizinha Espanha, passando por países como o Reino Unido, Itália, Dinamarca e Áustria, a sonoridade de Dullmea já mapeou as mais diversas latitudes. Depois do Pátio do Museu arranca para São Tomé e Príncipe, tendo já concertos agendados até o final do ano em Portugal e no estrangeiro.
Sobre as Noites no Pátio do Museu
Uma iniciativa conjunta da Casa Comum da U.Porto e do MHNC-UP, as Noites no Pátio do Museu tiveram a sua primeira edição no mês de julho de 2020 com uma programação variada que tem colocado o edifício da Reitoria da U.Porto no roteiro das noites de verão da cidade do Porto. As Noites no Pátio do Museu têm sempre início às 21h30. Durante todo o mês de julho, o “programa das festas” continua e pode confirmar-se aqui.
A entrada para o Pátio do MHNC-UP, sempre gratuita, faz-se pela Cordoaria.
Fonte: Notícias U.Porto
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O meu 25 de Abril com... com Alexandra Gesta
Ao longo do mês de julho continuaremos a partilhar memórias de figuras da U.Porto. O impacto do projeto SAAL no pós-25 de abril marcou o panorama habitacional em Portugal, mas também os arquitetos que o integraram. É o caso da arquiteta Alexandra Gesta que nos conta que “Ainda hoje sou convidada para ir ao almoço da Comemoração do Centro Revolucionário Mineiro. Eu ainda não sou esquecida lá. Isso significa, para mim, que eu estaria na linha certa”.
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Julho na U.Porto
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Para conhecer o programa da Casa Comum e outras iniciativas, consulte a Agenda Casa Comum ou clique nas imagens abaixo.
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Noites no Pátio do Museu
De 30 JUN a 31 JUL'23 | 21h30 Música, Poesia, Cinema, Conversa ...| Pátio do Museu de História Natural e da Ciência U.Porto Entrada Livre. Programa completo aqui
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CINEECO SEIA NO PÁTIO DO MUSEU #1 | A INVENÇÃO DO OUTRO
Cinema | Pátio do Museu de História Natural e da Ciência U.Porto Entrada Livre. Mais informações aqui
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Tempo e Música | Art’Ventus Quintet e Rita Durão
Música | Pátio do Museu de História Natural e da Ciência U.Porto Entrada Livre. Mais informações aqui
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II Ciclo de Cinema Peruano na U.Porto #1 | Las Mejores Familias
Cinema | Pátio do Museu de História Natural e da Ciência U.Porto Entrada Livre. Mais informações aqui
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DULLMEA | Voz + eletrónica
Música | Pátio do Museu de História Natural e da Ciência U.Porto Entrada Livre. Mais informações aqui
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Conversa para pensar... a Mentira
Conversa | Pátio do Museu de História Natural e da Ciência U.Porto Entrada Livre. Mais informações aqui
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ESPANTO - A Coleção Norlinda e José Lima em Diálogo com o Museu de História Natural e da Ciência da U.Porto
Entrada Livre. Mais informações aqui
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Clube de Leitura "O Atlântico e seus movimentos"
De 25, 27 JUN e 16 JUL'24 | 18h00 Clube de Leitura | Casa Comum Participação gratuita. Mais informações e inscrições aqui
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Gemas, Cristais e Minerais
Exposição | Museu de História Natural e da Ciência U.Porto Entrada Livre. Mais informações aqui
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Sombras Que Não quero Ver #3
Entrada Livre. Mais informações aqui
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CORREDOR CULTURAL DO PORTO Condições especiais de acesso a museus, monumentos, teatros e salas de espetáculos, mediante a apresentação do Cartão U.Porto.
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Vamos escrever um romance coletivo?
Projeto HYP pretende fomentar a herança cultural e contribuir para a criação de uma enciclopédia colaborativa de História Alternativa. Este é um convite para soltar a imaginação e, através da escrita criativa, criar histórias alternativas. O HYP (Hypothesis You Preserve) é um projeto europeu que quer muscular a cultura europeia partilhada. Como? Criando uma enciclopédia colaborativa de História Alternativa. Seja crónica, obituário, notícia ou puramente ficção, o que se pretende é que escreva uma micro-história original (de dez a mil palavras), tornando-se, assim, coautor de uma espécie de romance coletivo, uma peça que possamos encaixar num “mosaico transnacional”.
É no universo ficcional Winepunk e nas coleções do Museu de História Natural e da Ciência da U.Porto (MHNC-UP) que poderá encontrar os nutrientes à imaginação. O Winepunk corresponde a um subgénero de ficção científica em História Alternativa, inspirado no episódio de guerra civil que opôs o Porto a Lisboa, em 1919, e que durou apenas três semanas. Foram 25 dias que culminaram com a vitória do Sul Republicano, comandado pelo governo de Lisboa, sobre a Monarquia do Norte, liderada pela cidade do Porto. Um período da história raramente lembrado, sobre o qual poderá encontrar mais informações aqui.
Como participar
O primeiro passo será, então, recorrer a arquivos, documentos, ou a histórias e tradições que podem ser individuais (dentro do universo Winepunk); familiares (registos materiais ou imateriais de uma determinada família); comunitários (arquivos institucionais, associativos ou comunitários), de âmbito regional e/ou nacional. Os conceitos e a cronologia do Universo Winepunk devem fazer parte da micro-história ou “entrada de enciclopédia” e, embora não seja obrigatória, é incentivada a integração de referências às coleções do MHNC-UP. A ideia é que submeta uma “entrada de enciclopédia” que ficará alojada no website do Museu de História Natural e da Ciência da U.Porto.
Empatia Transnacional
Suportado por um consórcio de três instituições, a Universidade do Porto (Portugal), a Universidade de Vigo (Espanha), e a École Pratique des Hautes Études (França), o HYP (Hipótese Que Preservas) pretende recorrer à herança cultural de cada país, ao fluxo imigrante que decorreu entre eles nos últimos cem anos e a todo o repositório de informação que daqui resultou. Financiado pela União Europeia (Project: 101131688 — HYP — CREA-CULT-2023-COOP), este é um projeto aberto à participação transnacional. Os conteúdos serão alvo de análise curatorial, traduzidos em, pelo menos, um dos outros idiomas do projeto e publicados na Enciclopédia Colaborativa.
Fonte: Notícias U.Porto
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Há novos podcasts no espaço virtual da Casa Comum |
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1. Vila Nova de Milfontes – Málaga: sob chuva e vento Onde se conta da preparação da viagem do Pátria e da sua primeira etapa.
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81. Tie Sabel de Bila Chana Tie Sabel, nacida an Bila Chana, ne l tiempo an que ir a la scola era un luxo i las filhas mais bielhas éran ua grande ajuda para criar ls armanos mais nuobos. Fui l causo desta tie. Cuntou-mos ua buona parte de la sue bida i, talbeç por haber sido ua de las purmeiras antrebistadas ne l porjeto Ourrieta las palabras, ou por ser ua buona cuntadora de cuontas ou serie por you nesse tiempo tener ua nina de culeiros, que tanto trabalhico me daba, que me antrou ne ls suonhos dues nuites seguidas. Marcou-me i sei que deilha nun bou a squecer.
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111. Breves Instruções para Abandonar Uma Casa, José Manuel Teixeira da Silva “Breves Instruções para Abandonar Uma Casa”, de José Manuel Teixeira da Silva, in Os Pequenos Nós da Tempestade, ed. Língua Morta, abril de 2023, p. 193.
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81. “Antonio Gaudí”, de Hiroshi Teshigahara (1984) Comentário de Rosa Almeida (Curso Avançado de Documentário KINO-DOC) 82. “Maelstrom, uma Crónica de Família”, de Péter Forgács (1997) Comentário de Claire Carlier (Curso Avançado de Documentário KINO-DOC) 83. “Jaguar”, de Jean Rouch (1967) Comentário de Manuel Loureiro (Curso Avançado de Documentário KINO-DOC)
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Alunos Ilustres da U.Porto
António de Mendonça Monteiro
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António de Mendonça Monteiro retratado por A. Mendes, obra da Galeria de Retratos do Salão Nobre da Reitoria da Universidade do Porto.
Licenciado na Faculdade de Ciências da Universidade do Porto com 18 valores, fez carreira docente nesta Faculdade. Em 1923 foi nomeado para o lugar de 2.º assistente do 2.º grupo (Química), da 2.ª Secção, tendo passado a assistente remunerado do mesmo grupo e secção por decreto de 30 de novembro daquele ano. Tomou posse do lugar no final de 1923, sendo reconduzido no ano letivo de 1925-1926. Em 1926 progrediu na carreira, passando a exercer funções como 1.º assistente do mesmo grupo e secção. Foi reconduzido no lugar de assistente do 4.º grupo (Química) em 1929 e nomeado a título definitivo por decreto de 29 de outubro. Em 1943, passou a reger a disciplina Elementos de Química Analítica Hidrológica e a de Elementos de Física-Química Hidrológica no Instituto de Climatologia e Hidrologia. O título de professor agregado do 2.º grupo, 2.ª Secção, foi-lhe atribuído por portaria de 14 de setembro. Apresentou como dissertação o trabalho intitulado Um Problema de Química Analítica. Tentativas de supressão do SH2 como regente geral da Análise.
Em 1945, foi candidato único ao concurso para provimento de uma vaga de professor catedrático do 2.º grupo, 2.ª secção (Química), da FCUP, tendo sido aprovado após a apresentação de uma lição sobre "Alguns aspetos da estrutura dos protídeos e dos ácidos nucleicos". António de Mendonça Monteiro foi nomeado no lugar pela portaria de 26 de junho. Neste mesmo ano foi também nomeado Secretário da Faculdade e em 1947 foi reconduzido por dois anos. A seu pedido, foi exonerado do lugar de professor do Instituto de Climatologia e Hidrologia em 1946, embora tenha retomado as funções docentes em 1948, altura em que foi encarregado da regência da cadeira Elementos de Química Analítica Hidrológica e Física-Química Hidrológica. Em 1965 foi nomeado lente proprietário de Química-Física.
Para além do exercício de funções docentes, foi delegado dos professores catedráticos ao Senado Universitário (nomeação de 1953) e na abertura do ano-letivo de 1963-1964 da Universidade do Porto, proferiu a Oração de Sapiência intitulada Sobre a evolução histórica do pensamento científico: nótulas interpretativas.
Exerceu também as funções de vogal simples do Conselho de Administração da Companhia de Seguros Confiança (1949); de vogal da comissão organizadora de um projeto de reforma das faculdades de Ciências (1959); de vogal da comissão permanente das Organizações Circum-Escolares do Ensino Superior (1963); e de reitor dos Estudos Gerais Universitários de Angola, em comissão de serviço (nomeado em 1964 e exonerado a seu pedido em 1966).
António de Mendonça Monteiro esteve ausente no estrangeiro em várias missões oficiais e de estudo, nomeadamente em novembro de 1954, para assistir, em Toulouse, às comemorações do centenário natalício do químico Paul Sabatier (1854-1941), Doutor Honoris Causa da Universidade do Porto (1923), e entre dezembro de 1957 e fevereiro de 1958, período em que trabalhou na Escola de Termodinâmica Química de Bruxelas e visitou laboratórios de análises químicas na Bélgica, em França, na Suíça e na Holanda.
Faleceu a 25 de junho de 1966.
A FCUP atribuiu um prémio anual com o seu nome – Prémio Doutor Mendonça Monteiro -, destinado ao estudante mais classificado na unidade curricular de Química Física e com maiores aptidões para a investigação.
Sobre António de Mendonça Monteiro (up.pt) Sobre Galeria de Retratos do Salão Nobre da Universidade do Porto - António de Mendonça Monteiro (up.pt) Sobre Doutores Honoris Causa pela Universidade do Porto - Paul Sabatier (up.pt)
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