HOSPITALIDADE RADICAL
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As ideias de espaço e de tempo sofreram alteração com as tecnologias de transporte e de comunicação, facilitando a hipermobilidade atual. Com estes movimentos, as cidades e as universidades – só na Universidade do Porto encontramos estudantes de mais de 100 nacionalidades – alargaram os seus horizontes culturais. Acrescem os fluxos migratórios contemporâneos, resultantes de desastres ambientais, guerras e perseguições políticas, étnicas ou culturais, que geraram uma verdadeira crise que só pode ser classificada como uma crise da hospitalidade ocidental. A construção da sociedade do futuro, que se quer inclusiva, obriga à reinvenção dos códigos para o acolhimento ao Estrangeiro. Hospitalidade é o contrário de tolerância.
A modernidade construiu-se sobre o alicerce da tolerância, valor central na configuração das instituições e das práticas, recurso necessário para evitar hostilidade e guerras. Mas “tolerância” deriva do latim, tolerantia, que significa “sofrer com paciência”. Tolerar alguém ou alguma coisa corresponde, pois, a “aguentar”, de forma resignada, sem reclamar. A hospitalidade é inspirada pelo gosto em encontrar pessoas, em descobrir o Outro; é motivada por uma ética da responsabilidade e do cuidado e presidida pela consciência dos múltiplos contextos em que anfitriões se tornam hóspedes e hóspedes se assumem como anfitriões.
Hospitalidade é mais do que cordialidade, urbanidade e interculturalidade.
O encontro intercultural é um requisito absoluto para a prática da hospitalidade. Mas “encontro” deriva do latim incontrare, que significa “encontro de adversários”, formado por in (em) e contra (oposto). A hospitalidade é inspirada pela ideia de que nos verdadeiros encontros não há domínios etnocêntricos – nem do anfitrião nem do hóspede. E há mais do que mera comunicação: a hospitalidade transporta o calor humano, numa relação em que anfitrião e hóspede se declaram presentes.
Precisamos de histórias emancipatórias para aprendermos a ousar uma hospitalidade radical. E é importante que sejam contadas para todas as idades. Por isso vamos acolher, na Casa Comum, uma sessão especial do IndieJunior. Confiamos que o festival oferecerá à comunidade essas histórias. Fátima Vieira, Vice-Reitora para a Cultura, Museus e Editora
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U.Porto mostra (e premeia) o melhor cinema infantil e juvenilA 6.ª edição do IndieJúnior Porto - Festival Internacional de Cinema Infantil e Juvenil terá, pela primeira vez, um prémio atribuído pela U.Porto. O civismo, a hospitalidade e a natureza são alguns dos temas em destaque num certame que quer criar pontes entre o real e o imaginário, oferecendo a experiência dos lugares que o cinema permite imaginar. É esse o “cartão de visita” da 6.ª edição do IndieJúnior Porto – Festival Internacional de Cinema Infantil e Juvenil, que está de volta, de 27 a 30 de janeiro, à Casa Comum (Reitoria) e à Galeria da Biodiversidade – Centro Ciência Viva do Museu de História Natural e da Ciência da Universidade do Porto (MHNC-UP). Pelo quarto ano consecutivo, o IndieJúnior Porto traz à Universidade um programa diversificado de oficinas, filmes e debates (ver programa abaixo). A grande novidade deste ano é, contudo, a atribuição, pela primeira vez, do Prémio Impacto Universidade do Porto.
Revestido de uma forte vertente social, este galardão – com um valor pecuniário de 1.000 euros e cujo vencedor será definido por um júri composto por investigadores da U.Porto – visa “distinguir o filme que mostre como estamos todos interligados, que desafie convenções, ative a imaginação e suscite mudanças de perceção da nossa vida”. No fundo, “que mostre que somos responsáveis uns pelos outros e inspire à ação”, afirma a Vice Reitora com o pelouro da Cultura, Fátima Vieira.
Recordando que a U.Porto acolhe estudantes de mais de 100 nacionalidades e sendo a hospitalidade um dos temas do festival, a responsável sublinha que o cinema traduz experiências, promove valores e influencia a “nossa forma de pensar”. Como ferramenta de comunicação, poderá desempenhar um papel relevante na “construção da sociedade do futuro, que se quer inclusiva” e que vai obrigar “à reinvenção dos códigos para o acolhimento ao Estrangeiro”, acrescenta.
Filmes, debates e oficinas para toda a famíliaA estreia do IndieJúnior Porto na Universidade está marcada para dia 27 de janeiro, na Casa Comum, e propõe uma reflexão sobre Os desafios dos jovens estrangeiros e a sua integração, sob o formato Filme + Debate. Quais as maiores dificuldades dos estudantes estrangeiros quando chegam ao nosso país? Como poderemos ajudar à sua integração? Entre os convidados estará Fuse (Nuno Teixeira, dos Dealema). A conversa partirá da projeção, às 11h00, do filme Boa Viagem, de Fabio Friedli, uma pequena animação que retrata as crueldades e dificuldades das travessias de pessoas que procuram uma nova vida noutro país.
Conhecer os autores dos filmes também será possível no dia 28, pelas 18h00, como a realizadora e ilustradora Joana Toste, que irá partilhar a sua experiência enquanto realizadora de cinema de animação numa conferência aberta ao público. A conferência acontece na Casa Comum, ao edifício da reitoria da U.Porto.
Também no dia 27, às 11h30, e no dia 28, mas às 15h30, e noutro ponto da cidade, temos oficinas com um parceiro novo para o Festival: a Galeria da Biodiversidade. Nestas oficinas, O Peixe Palhaço e a Barracuda vai convidar cada participante a desempenhar o papel do peixe-palhaço ou da esfomeada barracuda. Olhando de perto o ciclo de vida dos peixes-palhaço, nascendo machos, o maior grupo transforma-se em fêmea.Vivem numa anémona, que os protege dos predadores e procuram sobreviver quando dela saem para se alimentar. Aos participantes vai pedir-se que prossigam a busca por comida, de preferência sem serem comidos, num mundo selvagem e cheio de surpresas!
Novo Normal é o título da oficina que a Galeria da Biodiversidade oferece no dia 28 de janeiro, às 11h30 e também no sábado, dia 29 de janeiro, com duas sessões, sendo a primeira às 10h30 e a segunda uma hora depois. Que mensagem queremos aqui passar e repetir? Que se há lição que podemos tirar da vida na Terra é que o normal não existe. Partindo do grupo animal mais diverso do planeta – o dos insetos – vamos desconstruir a ideia do que é, ou não é, normal.
Domingo, dia 30 de janeiro, de manhã (às 10h00) e à tarde (15h30) vamos brincar às criaturas que nascem dos ovos? Através do recurso a jogos e técnicas simples que remetem para mecanismos de perceção ligados ao cinema, Meia Dúzia de Ovos – Uma produção independente é uma oficina que explora a biodiversidade. Cada participante é convidado a olhar mais detalhadamente para estes ovos e contar a sua história.
A entrada na Galeria da Biodiversidade é livre, mediante inscrição prévia através do e-mail galeria@mhnc.up.pt. A lotação é limitada. Entre longas e curtas metragens, ficções, documentários e animações, esta 6.ª edição do IndieJúnior Porto vai decorrer de 25 a 30 de janeiro e integra cerca de 50 filmes em competição. No âmbito do programa Eu Programo um Festival de cinema, alguns dos filmes foram escolhidos por crianças e jovens dos 6 aos 8 anos, de escolas da cidade do Porto.
Fonte: Notícias U.Porto
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Casa Comum oferece concerto de piano a quatro mãosNa primeira sessão do ciclo "Música na Cidade" de 2022, o Kla-Vier Duo vai interpretar obras de Debussy, Arvo Pärt e António Victorino d’Almeida. Vamos ouvir música ao final da tarde? Na próxima quarta-feira, dia 26 de janeiro, pelas 18h30, basta entrar no auditório da Casa Comum, ao Edifício Histórico da Reitoria da Universidade do Porto, escolher uma cadeira, e sentar. No arranque deste novo ano, a rubrica Música na Cidade traz um concerto de piano a quatro mãos, pelo grupo Kla-Vier Duo, constituído pelas pianistas Sónia Amaral e Patrícia Ventura. Não sendo das ofertas mais frequentes, a música para teclado a quatro mãos nunca desapareceu das salas de concerto. Continua a ser alvo de interesse de compositores e concertistas, entre os quais o Kla-vier Duo.
Abrindo com Pari intervallo de Arvo Pärt, o programa que estas pianistas nos propõem inclui uma das mais conhecidas obras para piano a quatro mãos do período impressionista – a Petite Suite de Debussy –, mas concentra-se, fundamentalmente, em obras de compositores contemporâneos portugueses. O Kla-vier Duo não só tem dado a conhecer obras contemporâneas a diversas audiências do país, como tem encorajado a criação de obras originais para piano a quatro mãos.
Do programa agendado para 26 de janeiro fazem parte: Arvo Pärt (n. 1935) – Pari Intervallo; Paulo Bastos (n. 1967) – Sou já do que fui; António Victorino d’Almeida (n. 1940) – Balada op. 126; Claude Debussy (1862 – 1918) – Petite Suite; Tomás Alvarenga (n. 2001) – absit omen e Fazil Say (n. 1970) – Night.
O concerto tem entrada é livre, embora sujeita a inscrição prévia no portal Eventbrite e à apresentação obrigatória do Certificado Digital de Vacinação contra a Covid-19 à entrada do auditório.
Sobre o Kla-Vier DuFundado em 2013 pelas pianistas Sónia Amaral e Patrícia Ventura, o Kla-Vier Duo explora, essencialmente, repertório do século XX e XXI, abrangendo um leque vasto de correntes, estéticas e compositores como Ligeti, Kurtág, A. Pärt, Berio ou Hindemith e procurando também obras de referência como as de Ravel, Poulenc ou Debussy. No sentido de dar ênfase à música portuguesa e incentivar os compositores à criação, o Kla-Vier Duo dispõe já de algumas obras a si dedicadas, tendo realizado várias estreias absolutas, entre elas, Por um dia igual de Sofia Sousa Rocha (2014), Quatro Inquietações de Ana Moura (2015) e absit omen de Tomás Alvarenga (2019). Desde a sua formação o duo tem vindo a apresentar-se em diversas salas de concerto nacionais e internacionais.
Fonte: Notícias U.Porto
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Janeiro na U.Porto
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Para conhecer o programa da Casa Comum e outras iniciativas, consulte a Agenda Casa Comum ou clique nas imagens abaixo.
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Despojos. Prolongamento da MemóriaEntrada livre. Mais informações aqui
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Música na Cidade | Concerto Kla-Vier DuoEntrada livre. Mais informações e reservas aqui
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IndieJúnior Porto 2022 | Os desafios dos jovens estrangeiros e a sua intergação Cinema, Debate | Casa Comum Entrada Livre. Mais informações aqui
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IndieJúnior Porto 2022 | Conferência com a realizadora Joana TosteCinema, Conferência | Casa Comum Entrada Livre. Mais informações aqui
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UMA HOMENAGEM A MARIA ARCHER NO 40.º ANIVERSÁRIO DA SUA MORTEExposição | Galeria da Biodiversidade
Entrada livre. Mais informações aqui
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FROM DATA TO WISDOM Exposição | Galeria da Biodiversidade
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When Activity Becomes Art 2 [Diálogo]Exposição | Casa-Museu Abel Salazar
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A Leveza da BarricadaExposição | Casa-Museu Abel Salazar
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Depositorium 2 Exposição | Museu Nacional de Soares do Reis
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Bartolomeu Costa Cabral / um arquivo em construçãoExposição | Fundação Marques da Silva
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CORREDOR CULTURAL DO PORTO Condições especiais de acesso a museus, monumentos, teatros e salas de espetáculos, mediante a apresentação do Cartão U.Porto. Consulte a lista completa aqui
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Bicentenário da Revolução Liberal inspira novo livro da U.Porto Press
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A Construção da(s) Liberdade(s) reúne as comunicações inscritas no congresso internacional integrado nas comemorações do bicentenário da Revolução Liberal de 1820 no Porto. Capa de A Construção da(s) Liberdade(s). Congresso Internacional Comemorativo do Bicentenário da Revolução Liberal de 1820". Foto: DR
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Tudo começou no congresso internacional que, em 2020, deveria juntar no Porto dezenas de especialistas para debater a complexidade e a pluralidade do conceito de liberdade, no âmbito das comemorações do bicentenário da Revolução Liberal de 1920. A pandemia de Covid-19 acabaria, contudo, por impossibilitar a realização do evento em formato presencial. Mas não a reflexão que ele suscitou. A mesma que se propõe em A Construção da(s) Liberdade(s). Congresso Internacional Comemorativo do Bicentenário da Revolução Liberal de 1820 , título do livro coeditado pela U.Porto Press e pelo CITCEM – Centro de Investigação Transdisciplinar Cultura, Espaço e Memória, da Faculdade de Letras da Universidade do Porto (FLUP), com o apoio da Câmara Municipal do Porto (CMP). O papel ativo do Porto na Revolução LiberalOrganizado com o propósito de homenagear o ADN revolucionário e liberal da cidade, o IX Encontro CITCEM: A Construção da(s) Liberdade(s) – Congresso Internacional Comemorativo do Bicentenário da Revolução Liberal de 1820 decorreu no âmbito no programa de celebrações promovido pela autarquia. Através deste programa evocativo pretendeu-se assinalar um marco na história da cidade do Porto que foi decisivo para a transformação do Portugal oitocentista. Ao mesmo tempo, procurou-se “tornar presente algumas questões fundamentais em torno da Revolução Liberal Portuguesa”, gerando debate, despertando o sentido crítico e convidando “cada um à participação, ao envolvimento e à intervenção crítica e cívica”, afirmou Rui Moreira, presidente da CMP.
Quis-se, pois, celebrar aquele momento “de rutura e evolução na História da cidade e do país”, no sentido de “aprofundar o entendimento sobre o processo evolutivo do país e da cidade”. Para Rui Moreira o crescimento do “islamofascismo”, dos discursos populistas, da “antiglobalização, também ela associada a processos de demagogia”, considerada por alguns como “a falência do capitalismo democrático”, são alguns dos fenómenos que fazem repensar e sublinhar os valores da Revolução Liberal.
Inicialmente, o congresso esteve para se realizar a 14 e 16 de maio de 2020, duas datas simbólicas uma vez que coincidem com dois momentos em que a cidade do Porto se destacou nas lutas pela liberdade: o 14 de maio de 1958, com o início da campanha presidencial de Humberto Delgado contra a ditadura salazarista e o 16 de maio de 1828, com a revolução contra a restauração do absolutismo por D. Miguel. A situação pandémica adiou o evento para 5 novembro e a sessão de abertura acabou por acontecer por videoconferência.
Os construtoresSão então os textos das intervenções proferidas na sessão inaugural do Congresso e de três dezenas das comunicações inscritas no evento que se reúnem na obra agora lançada pela U.Porto Press. Para esta Construção da(s) Liberdades contribuíram nomes como Fernando Catroga e Vital Moreira, no capítulo dedicado às Revoluções pela(s) Liberdade(s); Artur Santos Silva e Pedro Carlos Bacelar de Vasconcelos, que escrevem sobre Pensar a Liberdade: ideologias, utopias e distopias; Rosa Capelão, Amélia Polónia e Laura Castro, que refletem sobre A Prática Social da(s) Liberdade(s); Luisa Moraes Silva Cutrim e Marcelo Cheche Galves, enquadrando o tema da Liberdade de Imprensa, Comunicação e Opinião Pública; e Milton Pedro Dias Pacheco e Francisco Ribeiro da Silva que apresentam Representações da(s) Liberdades.
Da Liberdade: Respirações é o livro de poemas de Ana Luísa Amaral que antecede todos os contributos aqui reunidos sob o mote da Construção das Liberdades. Identidade é o primeiro poema: “atrás e nós/ os mastros// à nossa frente/ os monstros// e na parede/ os astros”.
A Construção da(s) Liberdade(s). Congresso Internacional Comemorativo do Bicentenário da Revolução Liberal de 1820 pode ser adquirido aqui.
Fonte: Notícias U.Porto
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Há novos podcasts no espaço virtual da Casa Comum
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A convidada do “Saberes além da U.Porto” de hoje é Ana Paulo Bastos, alumna da Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto (FPCEUP). Ana Paula nasceu em Aveiro e veio para o Porto para se formar em Psicologia do Trabalho e das Empresas. Depois de se apaixonar por instalações fabris durante um estágio que fez na RAR-produção, começou a trabalhar como investigadora a convite do Prof. José Miguez no Vale do Ave, Portugal, em Namur, na Bélgica e Prato, em Itália. Viajou para a Ásia onde fez um mestrado e doutoramento em Economia (major quantitativo) na Universidade de Tsukuba, Japão. Daí partiu para a Índia, a Tailândia e o Japão profundo, onde começou a interessar-se por meditação e formas alternativas de bem-estar. A convite, e com bolsa da FCT, fez um pós-doutoramento na Universidade Federal do Rio de Janeiro, ainda na sua área de formação, Economia da Inovação. Mas uma visita a Belém, na Amazónia, mudou a sua vida. Decidiu concorrer a uma vaga de professora visitante e mudar-se para lá, onde seguiu a carreira de docente. Realizou estudos urbanos e peri-urbanos em cidades da Amazónia Oriental, aprendeu sobre quintais medicinais, atuou junto dos governos locais, elaborou estudos e políticas de Estado e dedicou-se à investigação-ação e a aprender com os povos tradicionais acerca de sustentabilidade e resiliência face às mudanças climáticas. Motivos familiares e profissionais levaram-na ainda a São Paulo e a Colónia, na Alemanha, antes de regressar a Portugal, onde reside atualmente.
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33. La Cunfisson ”La Cunfisson de Salustriano, ua cuonta de Alfredo Cameirão.
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Agustina está em Florença, na Galeria dos Uffizi, a observar a Adoração dos Magos, de Leonardo da Vinci. Está só na sala, e é perturbada pela presença de um jovem irreverente que procura atenção e ser ouvido.
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Unidades Curriculares da U.Porto | Cultura, Arte e Património
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Do teatro à música, passando pelo desenho, museologia e até à botânica, cinco novas unidades curriculares de competências transversais vão abrir perspetivas muito para além da formação base.
Com o Jardim Botânico da U.Porto desenvolvemos O desenho e o cultivo da biodiversidade. Vamos pôr as mãos na terra e aprender a desenhar espaços verdes? Os jardins são verdadeiros sumidouros de carbono e promotores de biodiversidade em contexto urbano. Vem descobrir como! Novas Unidades Curriculares da U.Porto Inscrições em https://www.up.pt/casacomum
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Doutores Honoris Causa da U.Porto
Henri Bismuth, Thomas Starzl, Fernando Henrique Cardoso e James McGill Buchanan
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No ano de 1995 foram quatro os novos doutores honoris causa da Universidade do Porto: Henri Bismuth (1934-) e Thomas Starzl (1926-2017), propostos pela Faculdade de Medicina; e ainda Fernando Henrique Cardoso (1931-) e James McGill Buchanan (1919-2013) pela Faculdade de Economia.
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Bismuth nasceu na Tunísia, mas foi na capital francesa que se formou e veio a exercer as funções de cirurgião dos Hospitais de Paris (1970). Ao longo da sua carreira foi pioneiro no campo da doença hepatobiliar, sendo um dos primeiros cirurgiões do mundo e o primeiro em França a lançar um programa de transplante hepático; e contribuiu para o desenvolvimento de novas técnicas de transplante do fígado, assim como transmitiu a sua experiência e conhecimentos a cirurgiões de várias nacionalidades.
Autor de vasta obra científica, dirige o "Henri Bismuth Hepatobiliary Institute", é membro de sociedades e academias médicas francesas e internacionais, como a Academie Nationale de Chirurgie, e foi distinguido com o título de doutor honoris causa pelas universidades de Torino, Coimbra e de Varsóvia.
O norte-americano Thomas E. Starzl estudou no Westminster College, em Fulton, onde concluiu o bacharelato em Biologia, e na Northwestern University Medical School de Chicago, que lhe atribuiu o master’s degree em Anatomia (1950), o doctoral degree em Neurofisiologia e o medical degree (1952). Trabalhou e investigou no Johns Hopkins Hospital (Baltimore), na Universidade de Miami, no Veterans Administration Research Hospital (Chicago) e no Northwestern University Medical School de Chicago.
Na década de 60 transferiu-se para a University of Colorado School of Medicine, fez a primeira transplantação hepática num ser humano, na Universidade do Colorado e o primeiro bem-sucedido transplante de fígado.
Em 1981 ingressou na University of Pittsburgh School of Medicine, onde dirigiu a equipa que executou o primeiro de muitos transplantes de fígado naquela cidade. Nesse período, introduziu o medicamento anti-rejeição “FK-506”, que contribuiu para aumentar a taxa de sobrevivência dos transplantados do fígado e de outros órgãos. Em 1990 foi designado diretor do Instituto de Transplantações da Universidade de Pittsburgh, e iniciou um programa de xenotransplantes.
Depois de reformado dos serviços clínico e cirúrgico (1991) dedicou-se à investigação e ao ensino cirúrgico na University of Pittsburgh School of Medicine, no Thomas E. Starzl Transplantation Institute da Universidade de Pittsburgh e no University of Pittsburgh Medical Center.
O pai da transplantação, como é conhecido, recebeu centenas de prémios nacionais e internacionais.
Fernando Henrique Cardoso O presidente brasileiro Fernando Henrique Cardoso é licenciado em Ciências Sociais (1952), especializado em Sociologia (1953) e doutorado em Ciências (1961) pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade de S. Paulo; e tem uma pós-graduação do Laboratoire de Sociologie Industrielle, da Universidade de Paris (1962-1963). Entre os anos 50 e 80 foi professor universitário no Brasil e no estrangeiro, lecionando em universidades do Chile, da Argentina, do México; no International Institute of Labour Studies e na Universidade de Cambridge; no Institute of Political Science da Universidade de Stanford e na Universidade da Califórnia (Berkeley); e ainda na capital francesa onde foi professor da Universidade de Paris-Nanterre, diretor "Associado de Estudos" na Maison des Sciences de L’Homme (École des Hautes Études en Sciences Sociales) e professor visitante do Institut d’Études sur le Développement Economique et Social.
Na área da atividade político-partidária, foi suplente do senador da República para o Estado de S. Paulo pelo Movimento Democrático Brasileiro (1978), membro-fundador do PMDB (1982), membro do Senado (1983), líder do governo no Congresso (1985-1986), senador para o Estado de S. Paulo (1986), relator do Regimento Interno da Assembleia Constituinte (1987), líder do Partido do Movimento Democrático Brasileiro no Senado (1987-1988), membro fundador do Partido da Social Democracia Brasileira, líder do PSDB no Senado (1988-1992), ministro de Estado das Relações Exteriores (1992-1993), ministro de Estado da Fazenda (1993-1994) e presidente da República (eleito em 1994 e reeleito em 1998).
É autor de vasta obra como Capitalismo e escravidão no Brasil meridional: o negro na sociedade escravocrata do Rio Grande do Sul (publicado em 1962 e reeditado em 2003), Dependência e Desenvolvimento da América Latina, com Enzo Faletto (publicado em 1969 e reeditado em 2004), A construção da Democracia (1993), O mundo em português, um diálogo com Mário Soares (1998) e A história que vivi (2006).
Foi distinguido com numerosos prémios e condecorações brasileiras e internacionais, é membro vitalício do Conselho Curador da Fundação Instituto Fernando Henrique Cardoso, e foi considerado um dos maiores intelectuais do mundo pelas revistas "Prospect" e "Foreign Policy" (em 2005 e 2008, respetivamente).
James McGill Buchanan, nasceu em Murfreesboro, Tenesse, nos Estados Unidos da América. Bachelor of Arts pelo Middle Tenesse State College (1940), Master of Science pela Universidade do Tenesse (1941) e Doctor of Philosophy pela Universidade de Chicago (1948), foi um influente economista nas finanças públicas da segunda metade do século XX, e o principal mentor da teoria da escolha pública. Este antigo combatente na II Guerra Mundial, lecionou em várias universidades norte-americanas como a Universidade da Virgínia (1965-1968), a Universidade da Califórnia, L.A. (1968-1969), o Virginia Polytechnic Institute (1969-1983) e a George Mason University (desde os anos 80), e fundou o "Center for Study of Public Choice" (1969).
Entre muitas distinções que recebeu destaca-se o "Prémio Nobel" da Economia (1986).
Foi autor de importantes obras tais como: The Calculus of Consent co-escrito com Gordon Tullock (1962), Public Principles of Public Debt (1968), The limits of Liberty (1975), The power to tax (1980), Liberty, Market and State (1985), The reason of Rules (1985), Essays on the Political Economy (1989), The Economics and the Ethics of Constitucional Order (1991), Better than Plowing and Other Personal Essays (1992) e Ethics and Economic Progress (1994). Sobre Henri Bismuth (up.pt) Sobre Thomas Starzl (up.pt)
Sobre Fernando Henrique Cardoso (up.pt) Sobre James McGill Buchanan (up.pt)
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