E SE NO SÁBADO VIESSE RIR CONNOSCO?

​​EU University & Culture Summit / Day 1, Afternoon

A ideia não é nova: tem origem na Prescrição Social, que, há trinta anos, começou a ser praticada por médicos no Reino Unido até ter sido integrada na estrutura nacional de saúde. Consiste na sinalização, por parte dos médicos, de pacientes que vivem isolados e que necessitam de ser integrados em atividades em grupo para que o seu bem-estar e saúde sejam melhorados. Frequentemente, as atividades prescritas envolvem exercício físico ou contacto com a natureza. Hoje, a Prescrição Social, tal como é praticada no Reino Unido, integra a Prescrição Cultural (Arts on Prescription), envolvendo vários museus. Encontramos também a Prescrição Cultural em outros países europeus, com a Suécia a dominar em termos da investigação, mas também no Canadá e nos Estados Unidos da América, onde têm vindo a ser publicados manuais para que os museus possam implementar projetos que articulem arte e saúde.


Em Portugal, existem já algumas iniciativas semelhantes. Em Lisboa, por iniciativa da Unidade de Saúde Familiar Almirante, os pacientes diagnosticados com problemas de isolamento são direcionados para o Jardim Botânico do Museu de História Natural e da Ciência da Universidade de Lisboa. Em Coimbra, o Museu Machado de Castro oferece um programa pioneiro para doentes com Alzheimer e seus cuidadores; e por iniciativa da Comunidade Intermunicipal do Alentejo Central, oito municípios do distrito de Évora têm vindo a beneficiar do Programa Transforma, com um financiamento comunitário de 1,9 milhões de euros e um total de 26 ações que ligam os serviços de saúde ao sector cultural. Registam-se, no nosso país, muitas outras ações promovidas por museus, de forma isolada, envolvendo diferentes formas de arte-terapia. À excepção do projeto do Alentejo Central, todas estas atividades têm vindo, contudo, a ser promovidas de forma isolada, sem um programa integrador que assegure formação, apoie na implementação e monitorize os resultados. É aqui que a Universidade do Porto se propõe inovar.


Na próxima sexta-feira, dia 19 de julho, a Unidade de Cultura da Reitoria da U.Porto, através do projeto Casa Comum, vai organizar o 1.º Encontro Nacional Prescrição Cultural. O Encontro não terá um programa científico, isto é, não serão apresentados resultados de investigação em formato de paper ou de poster. Tratar-se-á, antes, de uma reunião aberta de um conjunto de investigadores das áreas da saúde (médicos e psicólogos), das artes e da mediação cultural (história da arte e museologia), mas também de Diretores de Museus com uma história de atuação na articulação entre arte e saúde; contaremos, ainda, com a apresentação dos projetos de Coimbra e do Alentejo. Conversaremos; ficaremos a conhecer o que por aqui se faz e o que falta fazer; e, mais importante ainda, o que a U.Porto se propõe fazer a partir do próximo ano letivo.


O que a nossa Universidade se propõe fazer é implementar e administrar um programa de intervenção sistematizada na área da Prescrição Cultural no Norte do país, em três domínios: formação, ação e investigação. Esta operação pressuporá ações internas e externas, assumindo a U.Porto a coordenação de um Consórcio de Prescrição Cultural em que participarão, para além do Museu de História Natural e da Ciência da U.Porto, o Museu Nacional Soares dos Reis (Porto), o Museu do Abade de Baçal (Bragança), a Fundação de Mateus (Vila Real) e o Museu de Alberto Sampaio (Guimarães), mas também a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte. A nível interno, em articulação com a Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação (FPCEUP), a Reitoria providenciará a oferta, a todos os estudantes de licenciatura, mestrado e doutoramento, de uma nova CTT (Unidade Curricular de Competências Transversais e Transferíveis) sobre Prescrição Cultural. Esta inclusão de uma unidade com semelhantes características na estrutura curricular dos cursos universitários será, pelo menos do que nos é dado a conhecer, uma novidade absoluta no sistema universitário. A nível externo, sempre em articulação com a FPCEUP, a U.Porto propõe-se alargar as ações de formação a profissionais de saúde em exercício (médicos e psicólogos, nomeadamente os que trabalham no Serviço Nacional de Saúde), mas também a artistas e mediadores culturais. O novo consórcio terá também o apoio da U.Porto no desenvolvimento de programas de Prescrição Cultural inovadores, que, idealmente, serão igualmente disponibilizados a outras organizações culturais do Norte do país. E todo o processo beneficiará do acompanhamento de investigadores do Centro de Psicologia da Universidade do Porto, que monitorizarão o impacto da prescrição cultural no bem-estar e na saúde dos participantes no projeto.


No sábado, dia 20, a Casa Comum, juntamente com o Museu Nacional Soares dos Reis, oferecerá, naquele Museu, um programa diversificado de atividades de Prescrição Cultural, de que damos notícia abaixo, nesta Newsletter. Toda a comunidade é convidada a participar no programa dos dias 19 e 20. No sábado, terminaremos com uma atividade de Ioga do Riso – e aqui não nos estamos a fiar apenas no ditado popular “Rir faz bem à saúde”. A ciência comprovou já que o riso alivia o stress, aumenta o oxigénio no sangue, melhora a saúde cardiovascular, estimula os pulmões e os músculos, aumenta a imunidade e, acima de tudo, facilita a criação de laços sociais que potenciam o bem-estar e os sentidos de pertença. E se no sábado viesse rir connosco?



Fátima Vieira
Vice-Reitora para a Cultura e Museus


Poesia de Mia Couto e Ballet embalam Noites no Pátio do Museu

A terceira semana das "Noites no Pátio do  Museu" 2024 (16 a 21 de julho) traz uma programação recheada de cinema,  dança, poesia e música. Entrada livre.

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A poesia de Mia Couto vai fazer-se ouvir na abertura de mais uma semana das Noites no Pátio do Museu. Foto: DR

Arrancamos a semana com a poesia de Mia Couto, a várias vozes, e  depois atravessamos o país de norte a sul, mas sem precisar de sair do  lugar. Vamos ainda até à Cordilheira dos Andes para acabar, entre saltos  e giros, numa equilíbrio de tutus que se ergue em pontas. Será assim o  “percurso” da terceira semana da edição deste ano das Noites no Pátio do Museu. Sempre às 21h30 e com entrada gratuita, no pátio do Polo Central (à Reitoria) do Museu de História Natural e da Ciência da U.Porto (MHNC-UP).


A abrir o programa, Mia Couto é o poeta que, dia 16 de julho,  une o coletivo a várias vozes. “Sou julho, / estou explicado só pelo  sol / Meu erro / é procurar um território / apto a nascer / A única  geografia / que me aceita é a poesia.” Assim nos diz de si este poeta e  escritor nascido em Moçambique, no seu primeiro livro de poesia, Raiz de Orvalho.


Galardoado com o Prémio Camões em 2013, Mia Couto foi estudante de  Medicina e jornalista, optando depois pela área da Biologia e pela  escrita. Juntamente com João Cabral de Melo Neto, integra a restrita  lista de autores de língua portuguesa que receberam o Neustadt  International Prize for Literature, o “Nobel Americano” já atribuído a Czeslaw Milosz e Gabriel Garcia Marquez. É a sua poesia que nos propomos evocar, e para isso convidamo-lo a juntar a sua à nossa voz: traga um livro de Mia Couto e venha ler-nos o seu poema preferido.


Dia 17 de julho, vestimos um casaco de burel e  subimos em direção ao norte. Vamos até a uma aldeia no interior de Portugal, no nordeste transmontano, onde um grupo de rapazes vence o  tempo através da magia da festa de inverno. Uma festa com raízes  ancestrais, bem anteriores ao cristianismo. Cenários como o da imigração são incontornáveis, neste documentário de Rui Pedro Lamy, mas também de  amizade e sentimento de comunidade. O grito da raposa na noite fria é o filme que traz ao pátio do MHNC-UP o CineEco – Festival Internacional de Cinema Ambiental da Serra da Estrela.


Para o dia 18 de julho, a proposta passa por trocar o casaco por uma samarra de burel e seguir rumo ao sul, ao encontro d’ O Alentejano e os Compadres.  Deste quinteto instrumental fazem parte Francisco Cordeiro no saxofone,  Manuel Bravo na bateria, Serafim Espírito Santo no baixo, Manuel  Guimarães nas teclas e Guilherme Carmelo na guitarra.

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O Alentejano e os Compadres atuam na Noite de 18 de julho. (Foto: DR)

Na sexta-feira, dia 19, assistimos a mais uma proposta do ciclo de cinema peruano. Peso Gallo (2022), de Hans Matos Camac, é  uma obra que convida a conhecer os desafios da vida de Enrique, um  pugilista adolescente que mora em Huancayo, uma cidade montanhosa,  localizada na Cordilheira dos Andes, parte central do Peru.


Constituído por bailarinos provenientes de quatro continentes, o Ballet do Douro preparou, para as noites de sábado e domingo, dias 19 e 20 de julho, um programa com propostas que vão do repertório clássico ao contemporâneo.


Vamos assistir a excertos de clássicos como o Quebra-Nozes, Paquita,  Diane & Acteon e Le Corsaire, assim como de criadores  contemporâneos, como Filipe Portugal (criação em estreia absoluta) e  Sílvia Boga (Terra e The Conference), passando pela criação neoclássica  Tchaikovsky Themes, de tributo ao génio russo.


Uma versatilidade de linguagens patente também no corpo artístico que  colabora com artistas e criadores estrangeiros (Claude Brumachon,  Benjamin Lamarche, Lisa Gerrard, Jules Maxwell, etc.), procurando  apresentar em território nacional artistas pouco divulgados entre nós e  projetar além-fronteiras trabalhos desenvolvidos em território nacional.

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The last transhumance será exibido na Noite de 10 de julho. (Foto DR)

As Noites no Pátio do Museu continuam durante todo o mês de julho (ver programa completo). A entrada é gratuita e faz-se pelo Jardim da Cordoaria. 


Fonte: Notícias U.Porto

O meu 25 de Abril com...Isabel Pires de Lima

Ao longo do mês de julho continuaremos a partilhar memórias de figuras da U.Porto. 


“Uma vontade enormíssima que provavelmente não é tão perceptível hoje, por  quem não viveu um processo deste género… uma espécie de necessidade de  gritar. De gritar alto, de dizer alto… o que não se podia dizer alto”.

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U.Porto promove I Encontro Nacional sobre Prescrição Cultural

Um consórcio, uma nova unidade curricular e exemplos de casos práticos são alguns destaques deste Encontro que culminará com dinâmicas para promover a saúde existencial.

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Vamos reunir profissionais de saúde e de mediação cultural, a comunidade académica e a sociedade civil para uma reflexão conjunta sobre arte e saúde. O I Encontro Nacional | Prescrição Cultural – Arte, Bem-Estar e Inclusão vai decorrer durante os dias 19 e 20 de julho, no Salão Nobre da Reitoria da U.Porto e no Museu Nacional Soares dos Reis.


O que podemos esperar da Prescrição Cultural é o tema de arranque do Encontro, às 10h00, no Salão Nobre da Reitoria da U.Porto. A resposta caberá a Fátima Vieira, vice-reitora para a Cultura e Museus da Universidade, a que se seguirá a apresentação de experiências concretas em Portugal.


Um dos momentos altos da manhã será a apresentação, por parte de docentes da Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação, da nova Unidade Curricular de Competências Transversais e Transferíveis (CTT) de Prescrição Cultural, que estará em oferta a todos os estudantes da U.Porto já a partir do próximo ano letivo, e que cruzará diferentes áreas disciplinares.


Às 14h00 vamos conhecer uma investigadora que nos chega da Universidade de Lund, na Suécia. Anita Jensen irá partilhar resultados de casos de estudo e mostrar como as artes podem, efetivamente, ser integradas nas áreas da saúde e da assistência social, impactando a qualidade de vida dos participantes e promovendo uma maior conexão entre as dimensões social, da saúde e do bem-estar geral.


Para falarem sobre o papel da arte na formação de profissionais da área da saúde teremos, a partir das 15h00, uma mesa-redonda com: João Luís Barreto Guimarães, médico, poeta e docente da Faculdade de Medicina da U.Porto (FMUP), onde leciona a cadeira de "Introdução à Poesia"; Luís Campos, Presidente do Conselho Português para a Saúde e Ambiente; Rui Amaral Mendes, docente da FMUP e responsável pela unidade curricular de "Poesia e Fotografia em Medicina"; e Ana Zão, médica, pianista e Regente da Unidade Curricular "Medicina, Música e Mente" do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar.


Mediação Cultural
será o tema a trazer à mesma mesa Alice Semedo e Hugo Barreira, docentes e investigadores da Faculdade de Letras da U.Porto; Lúcia Matos, docente, investigadora e diretora da Faculdade de Belas Artes da U.Porto; e Virgínia Gomes, coordenadora do projeto EU no musEU, para pessoas com a doença de Alzheimer e seus cuidadores.


Às 17h30, faremos a apresentação do Consórcio Prescrição Cultural que, entre outras medidas, permitirá a formação de profissionais que já estão no terreno (médicos, psicólogos, artistas e mediadores culturais). Sentaremos à mesma mesa Jorge Sobrado, vice-presidente para a Cultura e Património da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N); António Ponte, diretor do Museu Nacional Soares dos Reis; Flávio Vieira, diretor do Museu Alberto Sampaio; Teresa Albuquerque, diretora da Casa Mateus; e Fátima Vieira, vice-reitora da U.Porto para a Cultura e Museus.


No dia 20 de julho, o encontro, às 10h00, será no Museu Nacional Soares dos Reis, onde estão previstas várias atividades, oferecidas na lógica da Prescrição Cultural, desde uma visita orientada "Do beijo à Saudade", até uma dinâmica dedicada aos "Lugares de Empatia".


O projeto de Prescrição Cultural foi desenvolvido pela Unidade e Cultura da U.Porto. Este Encontro tem inscrição gratuita, mas obrigatória e pode fazer-se aqui .

 

Mais informações aqui.

Julho na U.Porto

Para conhecer o programa da Casa Comum e outras iniciativas, consulte a Agenda Casa Comum ou clique nas imagens abaixo.

1.º Encontro Nacional Prescrição Cultural

19 e 20 JUL'24 
Encontro | reitoria da U.Porto , Museu Nacional de Soares dos Reis
Entrada Livre. Mais informações e inscrições aqui

ESPANTO -  A Coleção Norlinda e José Lima em Diálogo com o Museu de História Natural e da Ciência da U.Porto

Até 31 AGO'24
Exposição | Casa Comum
Entrada Livre. Mais informações aqui

Noites no Pátio do Museu

De 30 JUN a 31 JUL'23 | 21h30
Música, Poesia, Cinema, Conversa ...| Pátio do Museu de História Natural e da Ciência U.Porto
Entrada Livre. Programa completo aqui

Colectivo de Poesia - Poetas a várias vozes na Casa Comum | Mia Couto

16 JUL'24 | 21h30
Poesia | Pátio do Museu de História Natural e da Ciência U.Porto
Entrada Livre. Mais informações aqui 

CINEECO SEIA NO PÁTIO DO MUSEU #3 | O GRITO DA RAPOSA NA NOITE FRIA

17 JUL'24 | 21h30
Cinema | Pátio do Museu de História Natural e da Ciência U.Porto
Entrada Livre. Mais informações aqui

O Alentejano e os Compadres | Rock-funk à moda do Porto

18 JUL'24 | 21h30
Música | Pátio do Museu de História Natural e da Ciência U.Porto
Entrada Livre. Mais informações aqui 

II Ciclo de Cinema Peruano na U.Porto #3 | Peso Gallo

19 JUL'24 | 21h30
Cinema | Pátio do Museu de História Natural e da Ciência U.Porto
Entrada Livre. Mais informações aqui

Ballet do Douro | Do clássico ao contemporâneo

20 e 21 JUL'24 | 21h30
Dança | Pátio do Museu de História Natural e da Ciência U.Porto
Entrada Livre. Mais informações aqui

Conversa para pensar… a INTELIGÊNCIA

22 JUL'24 | 21h30
Conversa | Pátio do Museu de História Natural e da Ciência U.Porto
Entrada Livre. Mais informações aqui

ESPANTO -  A Coleção Norlinda e José Lima em Diálogo com o Museu de História Natural e da Ciência da U.Porto

Até 31 AGO'24
Exposição | Casa Comum
Entrada Livre. Mais informações aqui

Sombras Que Não quero Ver #3

 A partir de 9 ABR'24
Exposição | ICBAS
Entrada Livre. Mais informações aqui

Clube de Leitura "O Atlântico e seus movimentos"

De 25, 27 JUN e  16 JUL'24 | 18h00
Clube de Leitura | Casa Comum
Participação gratuita. Mais informações e inscrições aqui  

Gemas, Cristais e Minerais

A partir de 20 SET'23
Exposição | Museu de História Natural e da Ciência U.Porto
Entrada Livre. Mais informações aqui

CORREDOR CULTURAL DO PORTO 

Condições especiais de acesso a museus, monumentos, teatros e salas de espetáculos, mediante a apresentação do Cartão U.Porto.
Mais informações aqui

Câmara do Porto homenageou mais de 20 figuras da Universidade

Das 41 personalidades que receberam as medalhas municipais deste ano, mais de metade são atuais ou antigos professores e  estudantes da U.Porto

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Os Fátima Vieira na cerimónia de entrega das Medalhas de Mérito Municipais do Porto 2024 (Foto: CMP/Porto)

A Vice-Reitora para a Cultura e Museus da Universidade do Porto, Fátima Vieira, e os Professores Eméritos Fátima Marinho (FLUP), Fernando Noronha (FCUP), Pedro Guedes de Oliveira e Manuel Matos Fernandes (ambos da FEUP), foram quatro das mais de duas dezenas de personalidades ligadas à U.Porto que foram distinguidas, esta terça-feira, na cerimónia de entrega das Medalhas Municipais do Porto,  atribuídas pela Câmara Municipal do Porto a “pessoas singulares ou  coletivas (…) que se notabilizaram pelos seus méritos ou feitos cívicos”  em prol da cidade.


No grupo de homenageados com a Medalha Municipal de Mérito – Grau Ouro destacam-se 11 professores da U.Porto. Aos nomes referidos juntam-se: o sociólogo Eduardo Vítor Rodrigues, Professor Auxiliar da Faculdade de Letras (FLUP) e presidente da Câmara de Vila Nova de Gaia; o médico Eurico Castro Alves, Professor Catedrático convidado do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS); os arquitetos Nuno Valentim e Teresa Calix, ambos docentes da Faculdade de Arquitetura (FAUP);  o arquiteto paisagista Paulo Farinha Marques, Professor Associado da FCUP; e o economista Pedro Nuno Teixeira, Professor Catedrático da Faculdade de Economia (FEP) e ex-secretário de Estado do Ensino Superior.


Marcada pela forte presença de nomes ligados à cultura e à academia, a  lista de medalhados deste ano inclui também vários antigos estudantes e  professores da U.Porto. Com o destaque a recair em Ana Pinho, presidente da Fundação de Serralves e antiga estudante da FEP, que recebeu a Medalha de Honra da Cidade, o mais alto título honorífico atribuído pelo município.


Foram também homenageados, com a Medalha Municipal de Mérito: o economista Alberto Castro, alumnus e antigo professor da FEP; o médico Alfredo Loureiro, alumnus e antigo professor da Faculdade de Medicina (FMUP); Álvaro Nascimento, alumnus da FEP e atual Reitor da Universidade Fernando Pessoa; a arquiteta Ana Aragão, alumna da FAUP; o escritor Carlos Tê, alumnus da FLUP; o político Honório Novo, alumnus da FEUP; o artista plástico Sobral Centeno, antigo estudante da Faculdade de Belas Artes (FBAUP); e a arquiteta paisagista Teresa Andresen, alumna da FCUP e fundadora do curso de Arquitetura Paisagista da mesma faculdade.


A título póstumo, a Câmara Municipal do Porto homenageou ainda a médica e investigadora Paula Coutinho, antiga estudante da FMUP e professora do ICBAS, e a pintora Armanda Passos, antiga estudante da Escola Superior de Belas Artes do Porto (ESBAP), precursora da Faculdade de Belas Artes da U.Porto (FBAUP).


Como é habitual, foi atribuída uma Medalha de Bons Serviços a  um trabalhador municipal. Este ano, a escolha recaiu sobre o diretor de  Desenvolvimento Urbano, José Duarte, antigo estudante da FEUP.


Realizada anualmente no dia 9 de julho – data histórica da entrada do exército liberal de D. Pedro na cidade –, a cerimónia de entrega das  Medalhas Municipais distinguiu, este ano, um total de 46 personalidades e instituições da Invicta.


“Com esta distinção, esperamos dar o devido relevo público e  transmitir às novas gerações o vosso inspirador exemplo”, frisou o  presidente da CMP, Rui Moreira, durante a cerimónia realizada na Casa do Roseiral e à qual não faltou o Reitor da U.Porto, António de Sousa Pereira. 


Veja AQUI a galeria de fotos.


Fonte: Notícias U.Porto

Há novos podcasts no espaço virtual da Casa Comum

113. Neste Escuro e Sinuoso Abrigo, Inês Lourenço

"Neste Escuro e Sinuoso Abrigo”, de Inês Lourenço, in O Silêncio dos Meninos Mortos (poemas portugueses contra o massacre do povo palestiniano), Associação  dos Jornalistas e Homens de Letras do Porto, col. Explicação das  Árvores, dezembro de 2003.

85. Turksib, de Viktor Turin (1929)

Comentário de Jéssica Ferreiro (Curso Avançado de Documentário KINO-DOC)

86. Maioria Absoluta, de Leon Hirszman (1964)

Comentário de Denise Wal (Curso Avançado de Documentário KINO-DOC)


82. Tiu Ângelo Arribas

Tiu Ángelo Arribas, nacido i criado an Freixenosa, home de muitos  oufícios, cumo el siempre diç, stubo cun nós a la cumbersa, ua grande  cumbersa, an nobembre de dous mil i binte i un. L sítio, que el scolhiu,  nun podie ser outro: las arribas de Freixenosa, l termo adonde se fizo  gente, adonde daprendiu a ser l músico de referéncia que ye hoije,  adonde sonhou i adonde bibiu muitas de las sues abinturas. La que el mos  deixa eiqui parece salida dun dezeinho animado.

2. Málaga – Túnis: calma no Mediterrâneo ocidental

A travessia do Mediterrâneo decorre sem grandes problemas. Os aviadores sobrevoam as terras argelinas sob domínio francês, fascinados com uma paisagem que não lhes é habitual, e são testemunhas dos esforços de  ligar por via aérea os principais centros urbanos do Magrebe – e estes à  Europa – e vencer o Saara. Mas subsistem focos de resistência à ação  colonizadora francesa.


15. Seth M. Holmes

Seth M. Holmes, da Universidade de Califórnia – Berkeley, é médico e antropólogo cultural cujo trabalho se centra, em termos gerais, nas hierarquias sociais, nas desigualdades na saúde e nas formas como essas  assimetrias são naturalizadas, normalizadas e combatidas. Aproveitando a  sua estadia de investigação no ISUP, foi entrevistado para o 15.º  episódio do podcast “Ainda-Não: Sociologia e Utopia”. Nele,  fala-nos do seu extenso trabalho etnográfico junto de trabalhadores  migrantes agrícolas nos EUA e também de violência, desumanização e das  guerras que assolam o mundo. Considera que a esperança é o motor que o  faz persistir e estar junto das pessoas e grupos mais vulneráveis, numa  luta por relações sociais mais justas.  Utopia é, para ele, uma forma de  democracia concreta em que as prioridades, vozes e perspetivas de  todos/as são levadas em conta e ninguém é silenciado.

Mais podcasts AQUI


Esta semana o Corredor Cultural leva-te a um concerto de Massa Mãe

O concerto de Massa Mãe vai ter lugar no Teatro Municipal Constantino Nery no dia 20 de julho.

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Teatro Municipal Constantino Nery (Matosinhos).

O Corredor Cultural vai levar-te ao Teatro Municipal Constantino Nery para assistires, no dia 20 de julho, às 21h30, a um concerto de Massa Mãe.


Sara Inês Gigante é uma minhota que da sua identidade faz iconografia e dá sentido à mensagem. Será com Massa Mãe e todos os seus corações minhotos que viajaremos até “ao tempo da Maria Cachucha” (personagem que terá vivido nos inícios do século XX) para “brindar com vinho verde”.


Sara Inês Gigante faz, assim, o mapeamento da própria identidade e vivência minhota, para nos brindar com algumas das tradições desta região do país.


O preço dos bilhetes para os estudantes do ensino superior fica por 3,75 euros.

O Corredor Cultural

O Corredor Cultural é um projeto pioneiro que tem como objetivo promover o acesso dos/das estudantes do ensino superior a espaços culturais, sejam eles monumentos, museus, centros culturais, salas de espetáculo ou de exposições.


“Nascido” na primeira Cimeira Europeia Universidade & Cultura, realizada na U.Porto em 2021, o Corredor Cultural está a ser implementado no âmbito da Comissão Especializada em Artes e Cultura – liderada pela Vice-Reitora da U.Porto, Fátima Vieira – do Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas (CRUP).


Os beneficiários são todos os/as estudantes do ensino superior, de instituições públicas e privadas nacionais, incluindo estudantes de mobilidade e, também, estudantes de países abrangidos pelos acordos Erasmus +. Toda a informação aqui.

Alunos Ilustres da U.Porto

António Fernandes de Sá

U.Porto press

Retrato do escultor António Fernandes de Sá.  (Arquivo Municipal do Porto.)


António Fernandes de Sá nasceu em Avintes, Vila Nova de Gaia, a 7 de novembro de 1874.


Na infância acompanhava o pai até à oficina de marmorista e fundidor de trabalhos em gesso na antiga Rua dos Lavadouros, no Porto, rua que veio a dar lugar à Avenida dos Aliados.


Em 1888 inscreveu-se na Escola de Belas Artes do Porto (atual Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto), onde frequentou os cursos de Arquitetura, Pintura, Escultura e Desenho Histórico e foi discípulo, entre outros, do mestre João  Marques de Oliveira (1853-1927), na disciplina de Desenho.


Em 1895, com Tomás Alberto de Moura, Eduardo da Costa Alves Júnior e Abel de Vasconcelos Cardoso, António Fernandes de Sá concorreu ao pensionato do Estado no estrangeiro, na classe de Escultura. Depois de classificado em primeiro lugar, Fernandes de Sá seguiu até Paris em 1896.


Na capital francesa, onde foi influenciado pela obra de Auguste Rodin (1840-1917), frequentou a Academia Julien, na qual foi discípulo de Denys Puech (1854-1942); a classe de Escultura de Alexandre Falguière (1831-1900), na École des Beaux-Arts; e a classe de Desenho de Louis-Auguste Girardot (1856-1933), na Académie Colarossi. Foi admitido no Salon (1898) e participou na Exposição Universal de Paris (1900), mas não confraternizou com os artistas portugueses aí residentes, nem mesmo com o condiscípulo António Carneiro (1872-1930). O seu único companheiro foi o pintor Eugénio Moreira (1871-1913), com quem passou uns dias na Bélgica e na Holanda, na Páscoa de 1899.


Terminado o pensionato regressou a Portugal, em 1901. Casou com Lúcia de Araújo Lima, sua conterrânea, mulher culta e com vocação para o ensino, da qual teve três filhos: Manuel, António e Álvaro. No Porto, montou um atelier, na Rua Álvares Cabral.


Em 1902 enviou trabalhos para a Exposição de Belas Artes de Lisboa, sendo, de novo, premiado. No ano seguinte foi eleito Académico de Mérito da Academia Portuense de Belas Artes.


Anos depois, em 1917, transferiu o seu ateliê para a rua da Constituição, localização mais próxima do Colégio Araújo Lima, propriedade da família da mulher. Nesta escola, participou na formação artística dos seus alunos e, após a morte da companheira, assumiu a direção do estabelecimento de ensino.


A viuvez e a morte de Álvaro, o seu filho mais novo, isolaram-no do mundo.

U.Porto press

Rapto de Ganimedes de Fernandes de Sá. Escultura apresentado no Salon de Paris de 1898.  (Arquivo Municipal do Porto).


Entre as principais obras de António Fernandes de Sá contam-se O Atirador do Arco, escultura com a qual atingiu o primeiro lugar no concurso a pensionista em 1896; O Rapto de Ganimedes, um conjunto de esculturas inspirado na obra La Sirene, de Puech, que alcançou uma menção honrosa no Salon de 1898, a medalha de bronze na Exposição Universal de 1900 e foi premiado na Sociedade Nacional de Belas-Artes, de 1902; Beija-flor, de 1898, propriedade do Museu de Alpiarça; Busto de António Cano, de 1900; o busto Desafio (1900), exposto no Salon e, depois, no Mónaco; O Beijo Materno (1901), prova final de curso em Paris e que hoje se encontra na Casa-Museu Teixeira Lopes; A Cabeça de Velha, com evidentes influências de Rodin, cuja versão em bronze foi comprada pelo governo francês e a versão de mármore se guarda no Museu Nacional de Soares dos Reis, no Porto; A Vaga, um gesso apresentado na Exposição Universal de Paris de 1900, influenciado por Falguière e que pertence ao espólio do Museu Nacional de Soares dos Reis, no Porto; Camões após o Naufrágio (1903), um mármore de Carrara, encomendado pelo Museu de Artilharia de Lisboa, mas que veio a ser depositado no Museu Nacional de Machado de Castro, em Coimbra; a estátua de Fernandes Tomás (1907), um bronze com 3 metros de altura, inaugurado na Figueira da Foz em 1911; a escultura para o Mausoléu do Visconde de Valmor (1905); o Busto do Marquês de Pombal (1906), com pedestal do arquiteto Korrodi, para Pombal; Virgem de Lurdes (oratório do Palácio do Visconde de S. João da Pesqueira); Busto de Clemente Menéres para o Cemitério de Agramonte, no Porto; o projeto desenvolvido em colaboração com o filho engenheiro-arquiteto, Manuel Lima Fernandes de Sá, destinado ao concurso para o monumento ao Infante D. Henrique, em Sagres, de 1934, o qual ficou classificado entre os cinco primeiros lugares.


Conta-se que António Fernandes de Sá foi um bom professor e que sempre guardou a mágoa de nunca ter lecionado, como desejava, nas Belas Artes do Porto. Foi um dos representantes centrais do ecletismo finissecular, apesar de não ter cumprido integralmente o seu auspicioso início de carreira.


Morreu na sua casa do Largo de Magarão, em Vila Nova de Gaia, a 26 de novembro de 1959. 


Sobre António Fernandes de Sá (up.pt)

Gisa – Documento/Processo – Retrato do escultor António Fernandes de Sá (cm-porto.pt)


Gisa – Documento/Processo – Rapto de Ganimedes : escultura (cm-porto.pt)


149º Aniversário de Nascimento de António Fernandes de Sá - Museu Nacional Soares dos Reis (museusoaresdosreis.gov.pt)

Para mais informações consulte o site da Casa Comum - Cultura U.Porto

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