WEAVERS EM VEZ DE LEADERS
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Tenho um autêntico fascínio pelas palavras. Deliro quando as letras se juntam para descrever conceitos novos (neologismos lexicais) ou quando as palavras se ressignificam para referir outras coisas em novos contextos (neologismos semânticos). O meu neologismo preferido foi criado pelos Gato Fedorento – e tornou-se parte do léxico da minha família. Refiro-me ao episódio de 2007 sobre o Novo Dicionário da Língua Portuguesa em que Ricardo Araújo Pereira defende que necessitamos de uma palavra nova que descreva a irritação que sentimos quando “o peúgo” se enfia por dentro do sapato e fica enrugado na zona do calcanhar. Por causa desse episódio, há dezassete anos que, na minha família, quando um de nós, por ocasião de um passeio, fica para trás, grita para os outros “Esperem por mim! Estou fni” – e todos sabemos o que isso significa. Pois esta semana, falando com uma amiga, quando ela me contava como havia ficado emocionada com um discurso feito no contexto de uma cerimónia de formatura de estudantes de um MBA, deixei-me surpreender por um neologismo semântico: weaver. Relatou-me ela que, depois de sucessivos discursos em que os intervenientes se dirigiam aos jovens como “os leaders do futuro”, um orador defendeu que não precisamos de leaders, mas de weavers (tecelões). Fiquei a pensar no assunto e quando regressei a casa pus-me a fazer pesquisa.
A ressignificação da palavra weaver foi popularizada pelo jornalista americano David Brooks. Em 2019, Brooks assinou, para o New York Times, um artigo intitulado “A Nation of Weavers” (uma nação de tecelões), onde dava conta de um projeto que promovia com o Aspen Institute. Defendeu então que o progresso social só é possível quando as comunidades se unem para trabalhar em prol de objetivos comuns, numa atitude relacional e não individualista. Trata-se, argumentou então o jornalista, de uma questão cultural, de se criar uma identidade weaver que por todos seja partilhada.
Ser-se um weaver é trabalhar, a nível local, para restaurar o tecido social, fragmentado por desigualdades e divisões; é cooperar para encontrar soluções de futuro; é criar redes de cuidado e apoio mútuo, onde todos tenham um papel importante a desempenhar; é acolher perspetivas diferentes e com elas aprender. E é tudo uma questão de escala: Brooks acredita que, quando um pequeno grupo de pessoas encontra uma melhor forma de viver em conjunto, é muito provável que outros grupos de pessoas os venham a imitar.
Embora me tenha agradado muito a metáfora do tecelão como obreiro do futuro, não pude deixar de refletir sobre uma frase que ouvira dias antes, no âmbito de uma sessão organizada pela Casa Comum da Humanidade, no Salão Nobre da Reitoria. Discutia-se, nessa sessão, os Direitos Humanos e como poderíamos fazer da questão ecológica uma prioridade, quando Álvaro Vasconcelos nos recordou a receita: tudo o que temos a fazer é concretizar as resoluções que tomámos, aquando da pandemia, em relação ao que deveria ser o mundo pós-COVID: solidariedade, compaixão, união, trabalho em conjunto...
Fiquei a pensar em como depressa esquecemos as promessas que fazemos em momentos de aflição. Embora por outras palavras, não dissemos todos na altura que tínhamos aprendido a lição e que, caso nos fosse dada essa oportunidade, nos afirmaríamos como tecelões empenhados?
Fátima Vieira Vice-Reitora para a Cultura e Museus
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Casa Comum recebe novo ciclo de cinema alemão
As dinâmicas de poder são o tema central do ciclo que vai decorrer durante os meses de novembro e dezembro. A entrada é livre. The Testament of Dr. Mabuse (1933), de Fritz Lang, passa na Casa Comum a 12 de novembro. (Foto: DR)
CIDAAD – Ciclo de Cinema Alemão é o título de um ciclo organizado pelo DAAD (Serviço Alemão de Intercâmbio Académico), em colaboração com o Goethe-Institut Portugal, que vai decorrer durante os meses de novembro e dezembro, sempre às 18h00, na Casa Comum (à Reitoria) da Universidade do Porto. É um convite para vir ao cinema, claro, sendo que é também uma proposta de reflexão sobre as dinâmicas sociais, mais ou menos explícitas, que nos rodeiam. O CIDAAD pretende colocar-nos perante equações de poder. Quem o detém é, ou não, tentado a abusar da sua posição de domínio perante o outro? E quem tem pouco ou nenhum poder acaba, ou não, por ser ignorado, marginalizado e até, por vezes, prejudicado?
O ciclo arranca a uma terça-feira, ou seja, dia 5 de novembro, com The Ordinaries (2023). Este filme, de Sophie Linnenbaum, coloca-nos nos bastidores da indústria cinematográfica, ao lado de personagens que, mergulhados num ambiente hostil, se confrontam com diferentes formas de injustiça e lutam todos os dias pela sobrevivência. Uma proposta que nos leva a pensar na construção da ordem social, na história e em quem a conta.
The Ordinaries (2023), de Sophie Linnenbaum. (Foto: DR)
Na terça-feira da semana seguinte, dia 12 de novembro, será exibido um “clássico” dos filmes de crime e mistério, que chegou a ser proibido pelos nazis antes até da estreia, em 1933: The Testament of Dr. Mabuse, de Fritz Lang. Um “manual de crimes” deixado por Dr. Mabuse (Rudolf Klein-Rogge), personagem que manipula as pessoas ao seu redor e continua a espalhar medo e terror, mesmo após a morte. Neste filme, o foco está nas estruturas de poder totalitárias e nos limites éticos das ambições humanas. Na semana seguinte, dia 18 de novembro, apresentamos Berlin Alexanderplatz (2020). Esta ficção de Burhan Qurbani leva-nos até ao universo de uma vida que se constrói nas margens da sociedade. Francis é um apátrida a viver na capital alemã, sem autorização para trabalhar. Uma viagem sombria pelo exílio, captado de forma autêntica e atmosférica na cidade de Berlim. Um filme a inaugurar o tema da migração na Alemanha, da integração, da identidade e do impacto destas questões sobre os protagonistas e a sociedade que os recebe.
Saltamos para o mês seguinte, mais especificamente para o dia 3 de dezembro, que calha a uma terça-feira, para ficar com a projeção de Part-Time Work of a Domestic Slave (1973), de Alexander Kluge.
Este segundo filme do realizador germânico traz até nós a desafiante vida de uma enfermeira que, numa sociedade ameaçada por uma forte globalização, e para sustentar a família, faz a gestão de uma clínica ilegal de abortos. Após o filme, abrir-se-á espaço para um debate com Rita Capucho (Porto Femme), Katharina Baab (DAAD) e José Rios (Goethe-Institut Portugal).
Part-Time Work of a Domestic Slave (1973), de Alexander Kluge. (Foto: DR)
Na terça-feira seguinte, dia 10 de dezembro, passa Love, Deutschmarks and Death, de Cem Kaya (2022). Este ensaio documental é uma aula sobre a história contemporânea turco-alemã: trabalhos em linhas de montagem, saudades de casa, a vinda das famílias, xenofobia e racismo. Tudo isto contado por músicos. O filme vai fazer emergir editoras de cassetes, assim como bandas de casamento que também cantam em curdo e árabe para satisfazer o mercado. O interesse pela cultura popular turca é um tema recorrente na obra de Cem Kaya. Após a sessão ficaremos com um debate que contará com a presença de Bruno Vial, Katharina Baab (DAAD) e José Rios (Goethe-Institut Portugal). O último filme do ciclo vai ser exibido dia 17 de dezembro. Fitzcarraldo, de Werner Herzog (1982), apresenta-nos uma personagem excêntrica, obcecada com a ideia de construir uma grande casa de ópera no meio da floresta amazónica. Para tal, desenvolve um plano em que centenas de índios terão de transportar o enorme navio por uma encosta intransponível da floresta tropical…
Entre clássicos e obras modernas do cinema alemão, este ciclo irá propor testemunhos culturais que são também convites à reflexão crítica e ao diálogo sobre questões sociais e culturais contemporâneas. Todos os filmes serão exibidos na língua original com legendas em inglês.
A entrada é livre, ainda que recomendada a maiores de 16 anos.
Fonte: Notícias U.Porto
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O Nome Igual nos Dois?
Inauguração da exposição
Entre pintura e escultura, cerca de 60 peças provenientes da coleção Manuel Brito assumem a função de “um receituário para a liberdade”. Paula Rego, Lourdes Castro, Maria Helena Vieira da Silva, Graça Morais, Arpad Szenes, Nikias Skapinakis, Júlio Pomar e Júlio Resende são alguns dos artistas representados em O nome igual nos dois?, exposição que vai ficar patente até 25 de janeiro de 2025, nas Galerias da Casa Comum (à Reitoria) da Universidade do Porto.
Reveja aqui os momentos marcantes na inauguração, no passado dia 26 de setembro de 2024.
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Novembro na U.Porto
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Para conhecer o programa da Casa Comum e outras iniciativas, consulte a Agenda Casa Comum ou clique nas imagens abaixo.
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O nome igual nos dois? Um receituário para a Liberdade na coleção Manuel Brito
Entrada Livre. Mais informações aqui
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Composição Ibérica: Portugal e «as Espanhas», de Ramón Villares
Apresentação de livro | Casa Comum Entrada Livre. Mais informações aqui
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CIDAAD – Ciclo de Cinema Alemão
05, 12, 18 NOV | 03, 10, 17 DEZ'24 | 18h00 Apresentação de livro | Casa Comum Entrada Livre. Mais informações aqui
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Matéria Viva | Exposição
Exposição | Instituto de Pernambuco Entrada Livre. Mais informações aqui
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Gemas, Cristais e Minerais
Exposição | Museu de História Natural e da Ciência U.Porto Entrada Livre. Mais informações aqui
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Corredor Cultural
Condições especiais de acesso a museus, monumentos, teatros e salas de espetáculos, mediante a apresentação do Cartão U.Porto.
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Exposição Hestnes Ferreira - Forma | Matéria | Luz inaugurou no Centro Cultural de Belém
A versão itinerante da exposição organizada pela Fundação Marques em parceria com o CCB vai estar patente até abril de 2025. Habitação José Gomes Ferreira, Albarraque, vista do pátio (1962). © Fundação Marques da Silva, Arquivo Raúl Hestnes Ferreira.
"A arquitetura de Hestnes Ferreira alcança uma sublime intemporalidade, seja através da simplicidade formal ou pela expressão da matéria [...]. A luz e a sombra são essenciais neste itinerário de abstração, criando momentos de singularidade que se fundem inexoravelmente na experiência de cada lugar."
Alexandra Saraiva, Patrícia Bento d´Almeida e Paulo Tormenta Pinto revisitaram o processo de trabalho de Hestnes Ferreira e apresentaram, em 2023, na Fundação Marques da Silva a exposição Hestnes Ferreira - Forma | Matéria | Luz. Voltaram agora a este projeto expositivo de que foram curadores para responder ao desafio de o levarem para um novo espaço, uma nova geografia: o Centro Cultural de Belém, em Lisboa. E neste regresso, que permitirá mostrar esta abordagem à obra de Hestnes Ferreira na cidade onde este arquiteto fundou o seu atelier e por largas décadas projetou, também o dispositivo se ajustou às formas e condições de um outro lugar, com ele estabelecendo um diálogo que lhe aporta novas leituras. Esta versão itinerante da exposição Hestnes Ferreira - Forma | Matéria | Luz, organizada pela Fundação Marques da Silva em parceria com o CCB, inaugurou no passado dia 16 de outubro e poderá ser visitada até 13 de abril de 2025, de terça-feira a domingo, entre as 10h00 e as 18h30, no Piso -1. Em simultâneo, vai decorrer um ciclo de visitas guiadas à exposição e a obras representativas da autoria deste arquiteto: Bairro Fonsecas e Calçada; Biblioteca de Marvila; Campus ISCTE; Casa de Albarraque. Estas visitas, orientadas por arquitetos, proporcionam a oportunidade de aprofundar e expandir perspetivas sobre a obra de Hestnes Ferreira, promovendo diferentes vivências em cada edifício e prestando particular atenção à sua forma, matéria e luz. São de participação gratuita, dependentes apenas de inscrição prévia. + info sobre o calendário e formas de participação: AQUI + info sobre a exposição: www.ccb.pt Fonte: FIMS
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Há novos podcasts no espaço virtual da Casa Comum |
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125. A menina que aprendeu a matar centopeias, Virgínia do Carmo
“A menina que aprendeu a matar centopeias”, de Virgínia do Carmo, in A menina que aprendeu a matar centopeias e outros poemas, Poética Grupo Editorial, Lisboa, março de 2023, p. 38.
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“Convidámos Márcia Nery para conversar connosco neste episódio do Alumni Mundus. Alumna da Faculdade de Ciências do Desporto e Educação Física (FCDEF) da Universidade do Porto, hoje denominada Faculdade de Desporto da Universidade do Porto (FADEUP), Márcia Nery nasceu em Gaia. No ensino secundário escolheu a opção Desporto e praticou atletismo durante 10 anos. Licenciou-se em 1997 em Desporto e Educação Física, curso que iniciou em 1992 em grande parte por influência do seu pai. Em 1995 decidiu fazer Erasmus em Espanha com três colegas. Esta decisão mudou a sua vida, pois foi em León que conheceu Filip, com quem se casou ano e meio mais tarde. Em agosto de 1997, logo que terminou o curso, foi viver para a Bélgica, onde hoje mora na cidade de Tielt com o marido e os dois filhos. Divide o seu tempo entre uma escola do ensino normal e outra do especial. Amante de bacalhau e polvo, de atletismo e voleibol, mas a viver fora de Portugal já há 27 anos, considera-se uma emigrante de luxo por conseguir vir ao seu país natal mais do que cinco vezes por ano… Apesar de ainda não ser para já, está nos seus planos – para um futuro próximo – o regresso a Portugal.
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Alunos Ilustres da U.Porto
António Plácido da Costa
Caricatura de Plácido da Costa da autoria de Abel Salazar datada de 1910 © Museu de História da Medicina Maximiano Lemos da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto.
António Plácido da Costa, filho do tecelão Rafael da Costa, nasceu na Covilhã a 1 de setembro de 1848. Em 1863 veio viver para o Porto com o pai que tinha sido contratado pela fábrica de lanifícios de Lordelo do Ouro. Nesta cidade frequentou o Colégio do Padre Six, onde foi encaminhado para uma carreira eclesiástica. Concluiu os exames no Liceu Nacional e ingressou na Academia Politécnica do Porto, onde permaneceu até Julho de 1868. Nesta Academia realizou os exames de Física, Química, Zoologia e Botânica e foi premiado na cadeira de Botânica pela apresentação de um trabalho na área de Histologia Vegetal, em 1867.
Concluídos com sucesso os anos preparatórios, António da Costa ingressou no Seminário de Cambraia, onde adquiriu formação humanista, poder de argumentação e solidez de raciocínio. Frequentou esta instituição até 1870.
Em 1874 inscreveu-se na Escola Médico-Cirúrgica do Porto (antecedente da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto), onde foi condiscípulo de Ricardo Jorge (1858-1939) e com quem veio a colaborar anos mais tarde no âmbito do estudo da peste bubónica.
Durante os anos seguintes, apresentou na associação estudantil "Aliança Académica" um trabalho sobre O microscópio e as suas revelações (1875) e criou um curso prático e particular de Histologia (1878), área na qual foi pioneiro no Porto. Concluiu o curso de Medicina em 1879, com a apresentação da dissertação Apontamentos de micrologia médica, tendo sido aprovado com louvor.
Entre 1879 e 1791 trabalhou em Lisboa como médico-oculista no consultório do Dr. Pedro Van der Laan (1811-1888), tendo escrito 10 artigos para o Periódico de Oftalmologia Prática durante esse período. Sete desses estudos centram-se na apresentação de 4 invenções da sua autoria: o astigmatoscópio explorador, hoje conhecido como querotoscópio de Plácido, o binoscópio ortopédico, instrumento para auxiliar a correção subjetiva do estrabismo; a cápsula higrotérmica, para aplicar ao calor húmido nas doenças oculares e a bateria galvanoterápica.
Disco de Plácido da Costa inventado em 1880. Este exemplar dos anos 20 do século XX era usado para determinar o raio da curvatura da superfície da córnea e diagnosticar astigmatismos irregulares © Museu do Centro Hospitalar do Porto.
De volta ao Porto, exibiu as suas invenções numa sala da Escola Médico-Cirúrgica e apresentou o seu último trabalho publicado, intitulado Fisiologia do punctum caecum da retina humana, como tese de concurso ao lugar de lente substituto da secção médica dessa Escola. Durante a sua carreira de docente e investigador, regeu um curso de Histologia (1884-1894), lecionou as cadeiras de Histologia (1884-1902, 1910-1916) e de Fisiologia (primeiro como lente proprietário, depois como professor ordinário, a partir de 1911). Geriu o Laboratório de Fisiologia (1884-1906), construiu o primeiro telescópio pensado e realizado em Portugal (1883-1885) e o eletromagnete oftalmoterápico (1884), entre muitos outros instrumentos, e traduziu a obra As grandes invenções antigas e modernas nas sciencias, industria e artes: obra para uso da mocidade, do escritor e cientista francês Louis Figuier (1819-1894).
Casou com Belmira Amsinck Oliveira Allen, de quem teve descendência. Durante os momentos de lazer gostava de se dedicar à floricultura e a tocar violino.
Plácido da Costa morreu no Porto em 1916.
Objetos e instrumentos deste ilustre investigador integram a sala Ricardo Jorge do Museu de História da Medicina Maximiano Lemos da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto. Sobre Plácido da Costa (up.pt) Sobre o Museu de História da Medicina Maximiano Lemos
Sobre o Disco de Plácido da Costa (MUSEU CHPORTO - Centro Hospitalar Universitário do Porto)
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