GERAÇÃO 3D
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Há palestras que mudam a forma como compreendemos o mundo. Foi o caso de uma apresentação de Luís Bravo Martins, consultor e perito europeu para as áreas digitais e especialista no multiverso – tema que desenvolveu no livro Multiversed: See Beyond the Hype (2023), que escreveu em conjunto com Samantha G. Wolfe, e que me falta ainda explorar. Ouvi-o falar sobre a Geração Alfa (nascidos depois de 2010) e, de súbito – compreendi. O futuro, defendeu Luís Bravo Martins, será 3D. A Geração Alfa vive já num mundo diferente daquele em que vivem as gerações anteriores, combinando o mundo físico e o mundo digital tridimensional de forma interativa. Os jovens desta geração cresceram com a Realidade Virtual e a Realidade Aumentada, movendo-se naturalmente em ambientes tridimensionais realistas; sabem que as suas ideias poderão ser facilmente transformadas em objetos físicos 3D; interagem em redes sociais e em jogos tridimensionais, que lhes moldaram um pensamento espacial 3D; aprenderam a compreender conceitos complexos através de visualizações tridimensionais, que lhes potenciaram a capacidade de abstração. 50% da Geração Alfa utiliza, diariamente, plataformas como o Minecraft ou o Roblox, com modelos de construção 3D. Mais: não o fazem apenas para jogar, mas para conviver.
Consultei, na Internet, informação disponível sobre o Minecraft, que conhecia de ver o meu sobrinho – da Geração Z (nascidos entre 1995 e 2010) – jogar, mas que não cheguei nunca a compreender. A plataforma não propicia apenas diversão, mas também socialização e educação. São infinitas, as potencialidades espaciais (virtuais) a que a plataforma se presta, oferecendo cenários em que podem ser desenvolvidas atividades de exploração coletiva, como uma gigantesca caça ao tesouro, ou atividades de role-playing ou jogos criados pela comunidade, com vista a serem desenvolvidos colaborativamente (ex. a construção de uma cidade, para a qual todos os jogadores contribuem, com diferentes ferramentas e especialidades). A participação em jogos (normalmente de regras simples e curta duração, como uma corrida de obstáculos) transforma-se, por isso, facilmente numa experiência de socialização e competição saudável, entre amigos. Esta integração no mundo 3D é reforçada pelo Minecraft: Education Edition, que tem vindo a ser utilizado, com muito sucesso, por professores com o objetivo de falarem a mesma língua dos seus estudantes e assim assegurarem – num ambiente interativo onde se pode simular experiências laboratoriais ou fazer explorações em períodos do passado – o interesse dos seus alunos pelas matérias lecionadas.
Neste mês de novembro de 2024, o Pokémon GO tem 90 milhões de utilizadores ativos. A sua versão atual integra elementos em 3D. Cada Pokémon tem um modelo 3D com animações, visível no nosso mundo físico quando filtrado pela câmara de um dispositivo. Existe até um Pokémon Buddy, em 3D, concebido para nos fazer companhia, e com o qual podemos desenvolver um relacionamento (de companheirismo) vantajoso para o nosso jogo. Não nos deverá, pois, surpreender que a profissão de antropólogo digital esteja em crescimento. O Google, a Microsoft, a Apple, o Facebook (Meta), o Twitter (X) e o TikTok recorrem a estes profissionais para analisarem hábitos e comportamentos digitais – a nova cultura em que todos nos encontramos mergulhados.
O que distingue a Geração Alfa das gerações anteriores, contudo, é que, para os primeiros a cultura digital se tornou verdadeiramente persistente. Mais importante ainda: a interação é percebida como real. Explicou-me isto a minha filha, da Geração Y (nativos digitais nascidos entre 1982 e 1994): nos jogos que oferecem um ambiente virtual tridimensional realista, os jogadores testemunham a consequência das suas ações, já que, de cada vez que interrompem uma sequência de informação, reorientam o fluxo informacional, alterando as cenas do jogo – e tudo isto acontece em tempo real. O mesmo acontece com as interações sociais no mundo virtual.
No mundo digital tridimensional a Geração Alfa desenvolveu redes de laços interpessoais que veem como uma extensão do mundo físico. Foi isto que compreendi na palestra de Luís Bravo Martins: que, para esta nova geração, o mundo virtual é real. Como o especialista no multiverso defendeu, a Geração Alfa bem podia ser chamada de Geração 3D.
Fátima Vieira Vice-Reitora para a Cultura e Museus
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Uma semana dedicada à Ciência e à Tecnologia, na Galeria da Biodiversidade e no Planetário do Porto
As atividades que assinalam a Semana da Ciência e da Tecnologia vão decorrer entre 19 e 24 de novembro nos dois Centros de Ciência Viva (Galeria da Biodiversidade e Planetário do Porto). O Planetário do Porto oferece vários filmes imersivos 360° para assistir no dia 24 de novembro
Palestras, visitas a exposições, cinema…. Há um conjunto de atividades já programadas e que se dirigem não só à comunidade escolar, como a todos os públicos. A Semana da Ciência e da Tecnologia irá decorrer de 19 a 24 de novembro. Vamos ao programa? Começamos com o Planetário do Porto que se prepara para comemorar nada mais, nada menos do que “26 órbitas em torno do Sol”. É isso mesmo! A 24 de novembro, Dia Nacional da Cultura Científica, o Planetário do Porto – Centro Ciência Viva comemora 26 anos de abertura ao público. Neste dia propomos, claro está, uma programação especial.
Logo às 10h00, há um filme imersivo 360° para assistir. Vamos entrar na cúpula do Planetário para conhecer o Vítor e a Sofia que foram ao parque, para ver um Eclipse Total do Sol... O que será que acontece a seguir? É preciso entrar na aventura para saber…. Certo é que, produzido inteiramente pelo e para o Planetário do Porto – Centro Ciência Viva, este filme vai-nos pôr a andar com a cabeça na Lua!
Está dado o mote para querermos saber mais sobre “formas no espaço”. Como por exemplo? A forma de uma pizza e a de uma bola. Redondas, claro. Mas diferentes…. Basta ir à sessão das 11h00 para esclarecer todas as dúvidas.
À tarde, à astronomia associamos literatura, música e animação 2D/3D. Vamos fazer uma incursão na mais célebre obra de Camões, enquanto descobrimos, em simultâneo, o que se sabia, na época, sobre astronomia. Um mergulho na beleza do céu noturno, “à pesca” de histórias capazes de inspirar alguns dos mais célebres versos. Chama-se O Céu d’Os Lusíadas a sessão que começa às 14h30.
Haverá algum paralelismo entre a exploração do oceano profundo e a exploração espacial? Que semelhanças poderemos apontar? James Cameron pensou nisso! E realizou o The Abyss (O Abismo). Passa às 15h00.
A visita guiada à exposição Drawing Things Together é uma das atividades que irão decorrer na Galeria da Biodiversidade.
Na Galeria da Biodiversidade – Centro Ciência Viva, a Semana da Ciência e da Tecnologia começa um pouco mais cedo. O papel das coleções de Entomologia na Educação e na Ciência é o título da primeira palestra online que acontece a 19 de novembro. Nos dias que se seguem iremos abordar O papel dos Museus de História Natural e dos Jardins Botânicos na Conservação da Biodiversidade. A última palestra online, dia 22 de novembro, irá alertar-nos para O papel das Coleções de Botânica na Educação e na Ciência. O que mais poderemos fazer? A lista de atividades continua. Dias 21 e 23 de novembro, às 15h00, haverá visitas comentadas à exposição Drawing Things Together. Artistas e investigadores do i2ADS-FBAUP vão abordar o papel do desenho na relação entre as Artes e as áreas CTEM (Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática).
No dia 22 de novembro, às 18h30, vamos falar sobre O Bem-Estar e a Indústria do Bem-Estar. É este o título da conferência que será proferida pelo investigador, professor jubilado do ICBAS e político Alexandre Quintanilha.
O Dia Nacional da Cultura Científica, assinalado a 24 de novembro, é de visita livre e gratuita na Galeria da Biodiversidade. As portas abrem das 10h00 às 13h00 e das 14h00 às 18h00 (último acesso: 17h30).
Alguns eventos carecem de inscrição, por isso, nada como consultar toda informação no website da Galeria da Biodiversidade e do Planetário do Porto. Que outras atividades serão disponibilizadas pela U.Porto no âmbito da Semana da Ciência e da Tecnologia? O programa pode ser consultado aqui.
Fonte: Notícias U.Porto
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Há mais de 50 razões para celebrar a Semana da Ciência e da Tecnologia com a U.Porto
De 18 a 24 de novembro, as faculdades e centros de investigação da U.Porto promovem dezenas de atividades gratuitas para todos os públicos. Foto: Egidio Santos/U.Porto
Partir numa “expedição” à descoberta dos golfinhos e baleias que povoam a costa portuguesa, vestir a pele de um “detetive” de produtos tóxicos, aprender a produzir a cor azul a partir de produtos naturais, participar numa “conversa musical”, cantar os “Parabéns” ao Planetário do Porto, visitar o maior centro de investigação em saúde do país e, pelo meio, testar os conhecimentos científicos num Quiz online. De 18 a 24 de novembro, estes são apenas alguns dos desafios que vão abrir a Ciência que se faz na Universidade do Porto a toda a população, tendo como mote a Semana da Ciência e da Tecnologia 2024. Dos pequenos aos mais graúdos, das escolas às famílias, de estudantes a entusiastas do conhecimento, todos são convidados a juntar-se às mais de 50 ações (ver programa abaixo) preparadas, especialmente para o efeito, pelas faculdades, centros de investigação e demais organismos da Universidade.
A decorrer em vários espaços da Universidade e da cidade do Porto, e estendendo-se a outras cidades da área Metropolitana do Porto (AMP) e do país, o programa inclui workshops, conferências, palestras, congressos, visitas a laboratórios, exposições, passeios científicos, colóquios, debates, entre outras atividades pensadas para um público diversificado.
O objetivo passa por dar a conhecer os cientistas da U.Porto, o que investigam e os seus contributos para o avanço do conhecimento e o bem-estar da sociedade.
As atividades agendadas têm como objetivo dar a conhecer os cientistas da U.Porto e o trabalho que desenvolvem diariamente. (Foto: Egídio Santos/U.Porto)
Uma iniciativa da Ciência Viva – Agência Nacional para a Cultura Científica e Tecnológica, a Semana da Ciência e da Tecnologia contempla, este ano, centenas de ações de divulgação de ciência e tecnologia organizadas por instituições científicas, universidades, escolas, museus e centros de ciência, em todo o país. A participação é gratuita mas, para algumas atividades, pode ser exigida inscrição prévia.
Consulte o programa de atividade da U. Porto completo AQUI
Fonte: Notícias U.Porto
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O Nome Igual nos Dois?
Bicyclette, de Arman
No âmbito da exposição O nome igual nos dois?, o colecionador Manuel Brito escolheu as 6 obras que têm mais significado para si. Manuel Brito fala sobre o quadro Bicyclette, de Arman.
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Novembro na U.Porto
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Para conhecer o programa da Casa Comum e outras iniciativas, consulte a Agenda Casa Comum ou clique nas imagens abaixo.
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O nome igual nos dois? Um receituário para a Liberdade na coleção Manuel Brito
Entrada Livre. Mais informações aqui
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Colectivo de Poesia - Poetas a várias vozes na Casa Comum | Sophia de Mello Breyner Andresen
Entrada Livre. Mais informações aqui
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XXXVIII FITU
Festival de tunas | Coliseu do Porto Mais informações e bilhetes aqui
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CIDAAD – Ciclo de Cinema Alemão
18 NOV | 03, 10, 17 DEZ'24 | 18h00 Entrada Livre. Mais informações aqui
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Matéria Viva | Exposição
Exposição | Instituto de Pernambuco Entrada Livre. Mais informações aqui
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Tardes da Matemática
Ciência, conversa | Casa Comum Entrada Livre. Mais informações aqui
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Ensaios | Exposição
Entrada Livre. Mais informações aqui
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A Arte no Ensino da Anatomia | Exposição
Entrada Livre. Mais informações aqui
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Gemas, Cristais e Minerais
Exposição | Museu de História Natural e da Ciência U.Porto Entrada Livre. Mais informações aqui
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Corredor Cultural
Condições especiais de acesso a museus, monumentos, teatros e salas de espetáculos, mediante a apresentação do Cartão U.Porto.
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Professora da FCUP organiza exposição com arte e matemática
A exposição Ensaios inaugura a 19 de novembro, na Biblioteca da FCUP, e exibe o trabalho artístico de Zélia Rocha e do seu filho, Vincent. A escultura "Estrela do amor" é um dos trabalhos em exposição realizados por Zélia Rocha e Vincent Dioh. Foto: DR
É um trabalho de mãe e filho e ilustra bem como a matemática tem arte (e a arte tem matemática) e se pode transformar numa exposição. A partir do próximo dia 19 de novembro, estarão à vista, na Biblioteca da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto (FCUP), desenhos, pinturas e esculturas da docente do Departamento de Matemática da FCUP, Zélia Rocha e do seu filho, Vincent da Rocha Dioh. Depois de organizar mais de 20 exposições de Vincent, que começou a pintar de forma espontânea aos três anos, Zélia Rocha vai, pela primeira vez, mostrar à comunidade dos seus trabalhos. A docente da FCUP dedica-se a diferentes atividades artísticas desde 2005, mas nunca divulgou o seu trabalho. “Desenhava no sigilo do meu lar quando tinha tempo e vontade para tal, sem pretender levar ao público o resultado do meu trabalho artístico”, conta.
A exposição surgiu de uma conversa no seu gabinete do Departamento de Matemática em que mostrou os desenhos que tinha consigo para digitalizar. A conversa, que era por outros motivos, deu mote à pergunta: “E se expusesse as suas obras na FCUP?”. Zélia Rocha decidiu aceitar o desafio que lhe então foi lançado pela Biblioteca da Faculdade de Ciências. “Estou curiosa de saber de que forma o universo FCUP vai reagir à minha expressão plástica. Será que vai apreciá-la, ou não? Uma exposição é sempre uma prova de fogo, é preciso estar preparada para aceitar a reação dos outros ao nosso trabalho”, conta a docente.
Zélia Rocha espera que esta exposição possa ser também um incentivo para que outros colegas possam também se aventurar a fazer algo “para além da sua disciplina de formação”.
“Fazer algo diferente da nossa atividade principal tem o efeito de retemperar a mente e o espírito. É como ir de férias, mas sem precisar de sair de casa”, destaca.
Do papel para a matemática…até ao infinito
Em exposição estarão desenhos baseados em formas e curvas geométricas. A docente da FCUP, também investigadora no Centro de Matemática da Universidade do Porto, conta que tudo começou com um “traçado de certas curvas regulares com simetria de rotação realizadas a esferográfica sobre papel, o mesmo material que tinha nas mãos para fazer matemática”. Depois dos desenhos, seguiram-se as cores, “tão importantes”. Zélia Rocha dedicou-se a repetir o mesmo modelo em várias tonalidades diferentes, cobrindo o espetro das cores visíveis. “O negro permite definir os contornos e fornece a direção do movimento. Estas são algumas das caraterísticas das minhas obras”, descreve.
A exposição de desenhos é complementada por esculturas realizadas em conjunto por Zélia e o filho Vincent, portador do espetro autista e que, desde os seis anos expõe os seus trabalhos, tendo sido selecionado para três bienais de arte em Portugal. “Trata-se de pequenas peças constituídas por cartolinas e clipes que exibem simetria, algumas das quais inspiradas na coleção de pintura intitulada Símbolos. Outras resultam da dobragem de livros ou de catálogos”, conta Zélia Rocha.
Entre os trabalhos em destaque estarão, por exemplo, desenhos sob o título “Vórtices Energéticos”, espirais que, nas palavras da docente, traduzem “algo que começa, digamos, de um ponto, e que vai se desenvolvendo aos poucos, movimentando-se, atraindo mais do mesmo, girando, fortalecendo-se cada vez mais, e cada vez mais…até ao infinito”.
Já no que diz respeito a obras de escultura, os visitantes poderão encontrar, por exemplo, a “Estrela do Amor”, com destaque para a delicadeza e a beleza das suas formas simétricas e arredondadas.
A exposição Ensaios estará patente até 21 de março de 2025, no piso 0 da Biblioteca da FCUP, de segunda a sexta-feira entre as 08h30 e as 18h30.
A entrada é gratuita.
Fonte: Notícias U.Porto
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Bicentenário da FMUP arranca com A Arte no Ensino na Anatomia
A Exposição vai estar patente de 25 de novembro a janeiro de 2025, no Átrio dos Estudantes da Faculdade de Medicina. Entrada livre. Assinalando o arranque das comemorações do Bicentenário da criação da Régia Escola de Cirurgia do Porto, fundadora do ensino médico na cidade, a Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP) vai inaugurar, no próximo dia 25 de novembro, pelas 11h00, no Átrio dos Estudantes (piso 01) da faculdade, a exposição intitulada A Arte no Ensino na Anatomia (inscrições aqui). Tendo como mote uma coleção de telas pintadas à mão, esta exposição – coordenada pelo Núcleo de Arquivo e Informação da Unidade de Gestão do Conhecimento da FMUP e com curadoria do arquiteto Mário Ramos – visa dar a conhecer o vasto e diversificado património da FMUP, nomeadamente o seu arquivo histórico, que perpetua a memória da Instituição e dos seus profissionais.
As obras expostas integram uma coleção de cerca de 200 desenhos da autoria de Luís de Pina e Alberto da Silva e Sousa, ambos médicos, bem como de Manuel Alves Ferreira, fotógrafo-desenhador, que fazem parte do espólio documental do Instituto de Anatomia, fundado por Pires de Lima, em 1920.
“Esta coleção é um testemunho da versatilidade dos autores Luís de Pina e Alberto de Sousa, enquanto médicos, mas também de indivíduos com um elevado sentido artístico, expresso em várias obras que integram o espólio do Museu de História da Medicina Maximiano Lemos e do Museu de Anatomia da FMUP”, explica a organização.
Além dos desenhos e pinturas criadas no contexto do ensino da anatomia descritiva e topográfica, os três autores contribuíram significativamente para a ilustração de trabalhos académicos, com representações anatómicas e outras opções artísticas. Esse contributo é reconhecido em diversas teses, em notas de homenagem e agradecimento.
Três nomes. Uma só história
Alberto da Silva e Sousa licenciou-se e doutorou-se pela FMUP, tendo feito o Curso Superior de Pintura na Escola Superior de Belas Artes do Porto, onde foi professor. As suas obras estão expostas em vários museus. Luís de Pina, também licenciado e doutorado pela FMUP, foi o fundador do Museu de História da Medicina Maximiano Lemos, em 1933. Foi professor catedrático, deputado, presidente da Câmara do Porto, provedor da Misericórdia e primeiro diretor da Faculdade de Letras da Universidade do Porto (FLUP).
Manuel Alves Ferreira é considerado como uma das figuras mais importantes do desenho anatómico da FMUP. Foi fotógrafo-desenhador do Instituto de Anatomia desta Faculdade e assinou ilustrações em diversas publicações.
Com entrada livre, a exposição A Arte no Ensino na Anatomia poderá ser vista no Átrio dos Estudantes, na FMUP, até ao dia 10 de janeiro de 2025. Um Bicentenário para festejar ao longo de 2025
As comemorações dos 200 anos da criação da Régia Escola de Cirurgia do Porto arrancam, de forma simbólica, com este pré-evento, estendendo-se até ao final de 2025, com a realização de um vasto programa de atividades de caráter científico e cultural. A FMUP descende da Régia Escola de Cirurgia do Porto, instituída por Alvará de 25 de junho de 1825, no reinado de D. João VI. A 22 de fevereiro de 1911, a Escola é elevada a Faculdade de Medicina da U.Porto, sendo uma das faculdades fundadoras da Universidade.
Fonte: Notícias U.Porto
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Há novos podcasts no espaço virtual da Casa Comum |
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127. Irina, Virgínia do Carmo
Irina, de Virgínia do Carmo, in A menina que aprendeu a matar centopeias e outros poemas, Poética Grupo Editorial, Lisboa, março de 2023, p. 48.
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O convidado de hoje do Alumni Mundus é Bruno Teixeira, licenciado em Marketing pelo Instituto Superior de Contabilidade e Administração do Porto (ISCAP) e detentor de um MBA Executivo pela Porto Business School. Natural do Porto, começou a sua carreira profissional na banca em 1999, inicialmente como estagiário no banco BPI através do Instituto de Formação Bancária, tendo em 2006 assumido funções de gerente de balcão, que desempenhou com tremendo sucesso até 2011. Em 2011 concluiu o MBA Executivo da PBS e, no ainda no rescaldo da crise financeira de 2007, sem qualquer vislumbre de oportunidades de crescimento, decidiu embarcar numa experiência internacional: inicialmente em Angola, passando mais tarde pelo Médio Oriente, África do Sul e, mais recentemente, Reino Unido. Ao longo deste período no estrangeiro, assumiu funções de gestão executiva em PME´s, assim como funções diretivas em empresas multinacionais como a Stanley Black & Decker e, posteriormente, o Grupo Petrotec, tendo ainda colaborado como docente com a Porto Business School no seu primeiro Executive Master em Angola.
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Protejam as Crianças da Meritocracia, da U.Porto Press, será apresentado a 20 de novembro
A sessão de lançamento do livro decorrerá no Auditório da Casa Comum, na Reitoria da U.Porto, a partir das 18h00. À conversa estarão o autor, António Alves Ferreira, Fátima Vieira, Pedro Camanho, Paulo Pinho e Sara Cruz. Protejam as Crianças da Meritocracia: Uma Questão de Sobrevivência da Humanidade, obra “rebelde” publicada pela U.Porto Press, insere-se na sua coleção Estudos e Ensino. / FOTO: U.PORTO PRESS
Protejam as Crianças da Meritocracia: Uma Questão de Sobrevivência da Humanidade veicula ideias que podem ser vistas por muitos como “controversas e até perigosas”, admite António Alves Ferreira, autor da publicação e investigador do Centro de Estudos do Território, Transportes e Ambiente (CITTA) da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP). Neste volume o autor convida a repensar as métricas do sucesso e do progresso, na senda de “uma aproximação mais humana e sustentável ao desenvolvimento das sociedades”, nas quais prevaleça “o valor de cada pessoa, para além das suas conquistas e competências”.
Esta publicação da U.Porto Press, que deixa propostas na senda de uma sociedade amiga das crianças, será apresentada publicamente no próximo dia 20 de novembro, a partir das 18h00, no Auditório da Casa Comum (à Reitoria da U.Porto).
A apresentação ficará a cargo do próprio autor, António Alves Ferreira. Seguir-se-á um debate moderado por Sara Cruz – Professora Auxiliar da FEUP e anfitriã do evento –, subordinado ao tema da meritocracia em Portugal. Este debate contará com intervenções de Fátima Vieira, Vice-Reitora da U.Porto para a Cultura e responsável pela U.Porto Press, Paulo Pinho, Professor Emérito da U.Porto, e Pedro Camanho, Professor Catedrático de Mecânica Aplicada da FEUP.
A entrada é livre.
A obra: os sistemas meritocráticos e as suas implicações na sociedade
“A prioridade fundamental das sociedades contemporâneas deve ser proteger o futuro das gerações futuras”, defende António Alves Ferreira. Contudo, a mentalidade meritocrática que dominou as sociedades ditas desenvolvidas traduz-se numa obsessão com a inovação, o crescimento económico, as métricas e a competitividade, que conduzem “a uma crise sem precedentes”. E, sendo esta mentalidade imposta às crianças, pela via da educação, “agravamos os problemas sociais, económicos e ambientais”. Neste contexto, António Ferreira levanta questões como “E o que pode ser uma sociedade melhor, se não uma sociedade amiga das crianças, (…) uma sociedade que protege e estimula, ama e brinca com as suas crianças?”; “Será (…) a meritocracia a melhor mentalidade para definir o que é benéfico para os jovens?”; “É a meritocracia efetivamente amiga das crianças?”.
A sua resposta acerca dos benefícios da meritocracia é “um rotundo não”.
A obra questiona os sistemas meritocráticos e respetivas métricas, propondo uma mudança de mentalidades, na senda de uma sociedade mais amiga das crianças/ FOTO: U.Porto Press
O autor vai mais longe, considerando que a meritocracia “está a arrastar a humanidade para um abismo e a condenar as crianças à miséria”. Fala, ainda, em sociedades divididas por uma dicotomia entre arrogância e arrogantes e ressentimento e ressentidos, responsabilizando os sistemas meritocráticos pelo “aparecimento de pessoas simultaneamente envenenadas pela arrogância e pelo ressentimento”. Para António Alves Ferreira, “As pessoas que abraçam a mentalidade meritocrática têm muita dificuldade em pensar em soluções, porque o que realmente as preocupa é a sua própria capacidade de afirmação. E é preciso mudar isso”, afirma.
Não obstante, ressalva que a sua obra não está contra quem abraçou a mentalidade meritocrática, sendo, antes, “uma tentativa de promover uma mudança de mentalidades”. Advoga não ver mal “numa dose justificada de mérito como princípio orientador de algumas decisões ou processos muito específicos”, se tal se justificar “por razões bem ponderadas. O que não pode acontecer é que a meritocracia domine, como rei absoluto e soberano, as nossas sociedades”.
Protejam as Crianças da Meritocracia: Uma Questão de Sobrevivência da Humanidade está disponível na loja online da U.Porto Press, com um desconto de 10%.
Sobre o autor
António Alves Ferreira é licenciado em Engenharia Civil pela Universidade de Coimbra, mestre em Planeamento e Projecto do Ambiente Urbano pela Universidade do Porto e doutorado em Planeamento Urbano e de Transportes pela Universidade de Liverpool. Dedica-se, atualmente, à investigação no CITTA/FEUP, tendo como principais áreas de interesse a teoria e prática do planeamento urbano e de transportes, o futuro das cidades e das acessibilidades e as cidades amigas das crianças.
Fonte: U.Porto Press
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Alunos Ilustres da U.Porto
António Rocha Melo
António Nogueira da Rocha Melo nasceu a 11 de dezembro de 1923 em Penafiel. Foi o sexto dos oito filhos de José da Rocha Melo e de Ana Nogueira da Rocha Melo. Em 1953 licenciou-se em Medicina e Cirurgia pela Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, com a classificação de 17 valores.
Como estudante universitário recebeu diversos prémios, entre os quais os prémios Dr. Tito Fontes (Patologia Médica), Prof. Lopes Martins (Higiene e Epidemiologia) e Roentge-Curie; o prémio de Medicina Legal e de Psiquiatria; e, ainda, o prémio de Medicina Operatória. Foi com Corino de Andrade que começou a estudar neurologia.
Em 1954 foi admitido como 2.º assistente de Neurologia do Hospital Geral de Santo António (Porto), iniciando o estágio de pós-graduação em cirurgia no Serviço de Clínica Cirúrgica e Medicina Operatória.
Em 1955, o British Council e a Santa Casa da Misericórdia do Porto atribuíram-lhe bolsas de estudo para poder investigar neurocirurgia no Departament of Neurological Surgery, em Edimburgo. Foi neste ano que casou com Helena Larcher Graça, engenheira silvicultora, que também obtivera uma bolsa para prosseguir os estudos na Escócia.
Entre 1955 e 1957 trabalhou no Departament of Neurological Surgery como membro do British National Health Service, sendo responsável pelas demonstrações teórico-práticas de neurocirurgia do Curso de Pré-Graduação da Edinburgh University Medical School. Tornou-se amigo de Jeff Macabe, neurocirurgião do Meadsley Hospital (Londres), e teve oportunidade de visitar vários centros de investigação em Gotemburgo, Estocolmo e Copenhaga.
De regresso a Portugal, foi nomeado assistente contratado do Serviço de Medicina Operatória da FMUP (1958-1960) e membro da Sociedade Médica e da Ordem dos Médicos.
Nos anos seguintes, exerceu funções como assistente de Neurologia da Faculdade de Medicina, foi responsável pela área de Neurocirurgia do Hospital de S. João (1960-1963) e 1.º assistente de Neurocirurgia do Serviço de Neurologia do Hospital Geral de Santo António (1964). Em 1962 foi eleito vice-presidente da Sociedade Luso-Espanhola de Neurocirurgia.
Nos anos 70, foi nomeado chefe do Serviço de Neurologia do Hospital Geral de Santo António e consultor do Hospital Militar Regional n.º 1 do Porto. Em 1972 foi convidado a acompanhar o desenvolvimento da investigação do Departamento da Marinha dos E.U.A., nas áreas de neurocirurgia e neurofisiologia. No ano seguinte, centrou os seus estudos nos socorros e cuidados imediatos a prestar nos locais de acidente e no transporte de traumatizados. Foi indigitado diretor do Serviço de Neurocirurgia em 1978 e responsável pela Direção do Departamento de Doenças Neurológicas do Hospital Geral de Santo António, em 1979.
A Rocha Melo se deve a autonomização da disciplina de Neurocirurgia no ciclo clínico da licenciatura em Medicina pelo Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar/Hospital Geral de Santo António, que regeu entre 1980 e 1993, ano em que se jubilou. Não obstante o ter atingido o limite de idade, continuou a participar em congressos e visitas de estudo e a integrar júris de exame e da Ordem dos Médicos.
Ao longo da carreira publicou as obras Proceedings of the European Course of Neurosurgery (1986) e Neurotraumatology. Progress and Perspectives (1992), escreveu numerosas publicações e proferiu comunicações em Portugal e no estrangeiro.
Foi membro das sociedades portuguesas de Neurocirurgia, Neurologia e Psiquiatria, Cuidados Intensivos, Ortopedia e Traumatologia, e Transplantação. Foi membro, também, da Sociedade de Ciências Médicas de Lisboa, da Society of British Neurological Surgeons, da International Medical Society of Paraplegie, da Nordish Neurokirurgish Forening, da Società Neurochirurgica Italiana, da Societé de Neurocirurgie de Langue Française, da American Association of Neurosurgical Societies e da European Association of Neurosurgical Societies.
Integrou o comité europeu para o ensino de Neurocirurgia da E.A.N.S. (1987), foi responsável pela organização do curso anual dessa associação (Porto, 1986) e organizou o encontro da International Conference on Recent Advances in Neurotraumatology (Espinho, 1990).
Foi delegado de Portugal na European Association of Neurosurgical Societies e membro da Comissão de Ética e Deontologia Médica da Ordem dos Médicos (1992). Em 1993 foi distinguido com o grau de Grande-Oficial da Ordem Militar de Sant’Iago da Espada.
Cientista de formação humanística e amante das artes, António Rocha Melo presidiu à Liga dos Amigos do Hospital Geral de Santo António entre 1988 e 1992, tornando-se, depois, seu sócio honorário. Fez parte da Comissão Médica Nacional de Fátima. Presidiu à Associação de Amigos do Museu de Penafiel e foi membro da sua administração entre 1989 e 1997. Foi vice-presidente da Fundação de Serralves (1991-1997) e membro da SEDES, da Cooperativa Árvore, do Fórum Justiça e Liberdade, da Associação de Amigos de Moledo e da Associação de Amigos do Museu do Douro. Em 1974 integrou a Assembleia Municipal de Penafiel e, em 1981, foi designado para integrar o Conselho Técnico Superior do Instituto Nacional de Emergência Médica.
Rocha Melo participou no MUD Juvenil e na campanha eleitoral do General Norton de Matos. Passava férias em Moledo e vivia no Porto, na Rua de Júlio Dinis. Gostava de automóveis, vestia casacos de tweed e usava um boné inglês. Era apreciador de chá.
Morreu em abril de 2007. O seu falecimento levou à aprovação de votos de pesar, propostos pelo presidente da Câmara de Penafiel e por Manuel Alegre (Assembleia da República).
Em 2008, e em sua homenagem, foi publicada a obra António Rocha Melo – O Médico, o Homem, o Amigo, da iniciativa dos seus antigos colaboradores e amigos e apoiada pela Sociedade Portuguesa de Neurologia.
Sobre António Rocha Melo (up.pt)
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