O OVO E A GALINHA
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Em La Voie pour l’avenir de l’humanité (A Via para o futuro da humanidade, 2011), o eminente sociólogo francês Edgar Morin reflete sobre o grande paradoxo com que nos confrontamos hoje quando discutimos a reforma das instituições e das mentalidades: não podemos reformar as mentalidades sem antes reformarmos as instituições; e não podemos reformar as instituições sem antes reformarmos as mentalidades. Em relação a este dilema, que corresponde, basicamente, ao que conhecemos como o problema da origem do “ovo e da galinha”, Morin avança com uma solução: temos de investir em micro-projetos; estes, ganhando dimensão em número e consistência, determinarão a macro-mudança de que tanto necessitamos. E o espaço da educação, advoga Morin, é, naturalmente, o espaço onde tudo deve começar. Temos de garantir que as escolas e as universidades se transformem em “colaboratórios”, espaços onde possamos definir trabalho e objetivos comuns, e onde o planeamento, a liderança e a responsabilidade sejam partilhados.
Diz Morin que os analfabetos do século XXI não são os que não sabem ler e escrever, mas os que não desenvolveram a capacidade para aprender, desaprender e reaprender. A Universidade é, por excelência, o lugar onde (re)aprendemos a ler o mundo, oferecendo-nos novas perspetivas. É que mesmo o enigma do “ovo e da galinha”, que tantas vezes nos foi colocado na infância, e que preocupou pensadores como Aristóteles, Platão e Tomás de Aquino, tem uma explicação científica. É só ler a explicação abaixo, 'Cultura Científica'. (Re)aprendemos todos os dias.
Fátima Vieira, Vice-Reitora para a Cultura, Museus e Editora
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U.Porto presta homenagem às mulheres do rock portuguêsA exposição Mulheres que Fazem Barulho! celebra os percursos de 15 nomes da cena musical nacional. Para ver e "ouvir" até final de setembro, na Casa Comum. O que têm em comum Lena D’Água, Ana Deus, Anabela Duarte, Manuela Azevedo ou Xana? Todas elas têm lugar reservado na história do rock nacional e fazem parte do grupo de 15 mulheres cujas carreiras musicais vão ser celebradas na Casa Comum (à Reitoria) da Universidade do Porto, no âmbito da exposição Mulheres que Fazem Barulho!, a partir do dia 9 de março, para assinalar o Dia Internacional da Mulher, celebrado a 8 de março. Organizada pela Casa Comum e pelo Instituto de Sociologia da U.Porto, esta exposição inédita nasce com o propósito de homenagear “mulheres relevantes do rock português” desde o pós-25 de abril até à atualidade. Para isso, propõe-se contar as suas histórias através discos, cassetes, roupas, adereços, rabiscos de letras, pautas, baquetas, instrumentos musicais, entre outros objetos marcantes nas respetivas carreiras.
Para ajudar os visitantes, a exposição encontra-se dividida em quatro “quadros temáticos”, a partir dos quais é possível percorrer os percursos de cada uma das homenageadas.
Recuando aos primórdios do rock “made in Portugal”, “Viver Depressa, Morrer Tarde” dá o mote para o “quadro” que celebra os trajetos “longos e bem sucedidos” de Ana da Silva (The Raincoats), Anabela Duarte (Mler Ife Dada) e Ondina Pires (Pop Dell’Arte, Ezra Pound & A Loucura e The Great Lesbian Show).
Ex-vocalista dos Mler Ife Dada, Anabela Duarte aventurou-se por sonoridades tão distintas como o pop-rock, o fado, a encenação artística de poesia e o canto lírico. (Foto: Patrícia Guimarães) Mais à frente, o convite é para “Berrar mais Alto” pela voz de quatro “mulheres carismáticas – músicas, cantoras, performers ou intérpretes, instrumentistas, compositoras – que deixaram marcas da sua voz nas cenas do rock português”. São elas Ana Deus (Ban, Três Tristes Tigres), Xana (Rádio Macau), Manuela Azevedo (Clã) e Beatriz Rodrigues (The Dirty Coal Train). Vocalista dos Rádio Macau, Xana é uma das vozes mais icónicas do rock português. (Foto: Álvaro Rosendo) Nesta viagem no tempo pela história da música portuguesa, o visitante irá também cruzar-se com “mulheres que recusaram a imagem estereotipada e objetificada que as cenas do rock lhes queriam impor”. “Cansei de Ser Sexy” é o grito de revolta que conduz à descoberta de Cláudia Guerreiro (Linda Martini), Sandra Baptista (Sitiados e A Naifa), Lena D’Água e Marta Abreu (Voodoo Dolls e Mão Morta). Por fim, há ainda espaço para celebrar “promessas da música e do que está por vir”. As “Sementes de Futuro” são lançadas por Carolina Brandão (Sunflowers), Elsa Pires (Bee Keeper), Mariana Santos, Dulce Moreira e Ana Clément (CRudE).
Carolina Brandão é a baterista dos Sunflowers. (Foto: Yann Cabello) Com curadoria artística de Alexandre Lourenço e curadoria cientifica de Paula Guerra, professora do departamento de Sociologia da Faculdade de Letras da U.Porto (FLUP), a exposição Mulheres que Fazem Barulho! ficará patente ao público de 9 de março até final de setembro, no auditório da Casa Comum (Sala Casa Comum), e será acompanhada por um programa de eventos paralelos, a anunciar brevemente.
A exposição está aberta de segunda a sexta-feira entre as 10h00 e as 13h00 e das 14h30 às 17h30. Aos sábados poderá vistá-la entre 15h00 às 18h00. A entrada é livre.
Fonte: Notícias U.Porto
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Casa Comum oferece concerto de piano a quatro mãosNa primeira sessão do ciclo "Música na Cidade" de 2022, o Kla-Vier Duo vai interpretar obras de Debussy, Arvo Pärt e António Victorino d’Almeida. Sónia Amaral e Patrícia Ventura são as quatro mãos que dão corpo ao Kla-Vier Duo. Foto: DR
Vamos ouvir música ao final da tarde? No próximo dia 9 de março, pelas 18h30, basta entrar no auditório da Casa Comum, ao Edifício Histórico da Reitoria da Universidade do Porto, escolher uma cadeira, e sentar. A rubrica Música na Cidade traz um concerto de piano a quatro mãos, pelo grupo Kla-Vier Duo, constituído pelas pianistas Sónia Amaral e Patrícia Ventura. Não sendo das ofertas mais frequentes, a música para teclado a quatro mãos nunca desapareceu das salas de concerto. Continua a ser alvo de interesse de compositores e concertistas, entre os quais se inclui o Kla-vier Duo.
Abrindo com Pari intervallo, de Arvo Pärt, o programa que estas pianistas nos propõem inclui uma das mais conhecidas obras para piano a quatro mãos do período impressionista – a Petite Suite de Debussy –, mas concentra-se, fundamentalmente, em obras de compositores contemporâneos portugueses como Paulo Bastos, António Vitorino de Almeida e Tomás Alvarenga.
O concerto tem entrada é livre.
O Kla-vier Duo não só tem dado a conhecer obras contemporâneas, como tem encorajado a criação de obras originais para piano a quatro mãos. (Foto: DR) Sobre o Kla-Vier DuoFundado em 2013 pelas pianistas Sónia Amaral e Patrícia Ventura, o Kla Vier Duo explora, essencialmente, repertório do século XX e XXI, abrangendo um leque vasto de correntes, estéticas e compositores como Ligeti, Kurtág, A. Pärt, Berio ou Hindemith e procurando também obras de referência como as de Ravel, Poulenc ou Debussy. No sentido de dar ênfase à música portuguesa e incentivar os compositores à criação, o Kla-Vier Duo dispõe já de algumas obras a si dedicadas, tendo realizado várias estreias absolutas, entre elas, Por um dia igual, de Sofia Sousa Rocha (2014), Quatro Inquietações de Ana Moura (2015) e absit omen de Tomás Alvarenga (2019).
Desde a sua formação, o duo tem vindo a apresentar-se em diversas salas de concerto nacionais e internacionais.
Fonte: Notícias U.Porto
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Março na U.Porto
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Para conhecer o programa da Casa Comum e outras iniciativas, consulte a Agenda Casa Comum ou clique nas imagens abaixo.
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Mulheres que Fazem Barulho – Cenas do Rock Português IEntrada livre. Mais informações aqui
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Música na Cidade | Concerto Kla-Vier DuoEntrada livre. Mais informações aqui
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Despojos. Prolongamento da MemóriaEntrada livre. Mais informações aqui
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Fala-m'a Cantar Apresentação do CD | Casa Comum Entrada livre. Mais informações aqui
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CAPRICHOS de Manuel Casimiro, com textos de Michel ButorEntrada live. Mais informações aqui
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Residência Artística de Poesia com António PoppeResidência Artística | ICBAS, FCUP, FEP Mais informações e inscrições aqui
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UMA HOMENAGEM A MARIA ARCHER NO 40.º ANIVERSÁRIO DA SUA MORTEExposição | Galeria da Biodiversidade
Entrada livre. Mais informações aqui
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FROM DATA TO WISDOM Exposição | Galeria da Biodiversidade
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Depositorium 2 Exposição | Museu Nacional de Soares do Reis
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Bartolomeu Costa Cabral / um arquivo em construçãoExposição | Fundação Marques da Silva
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Anatemnõ Exposição | Casa-Museu Abel Salazar
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CORREDOR CULTURAL DO PORTO Condições especiais de acesso a museus, monumentos, teatros e salas de espetáculos, mediante a apresentação do Cartão U.Porto. Consulte a lista completa aqui
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CULTURA CIENTÍFICA
O Paradoxo do Ovo e da Galinha
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O que surgiu antes? O primeiro ovo ou a primeira galinha? Este é um célebre dilema centrado na origem de cadeias de causas e efeitos. A Biologia Evolutiva oferece-nos uma chave para a sua desconstrução, dependendo da definição de ovo que assumirmos.
Um ovo pode ser definido como a célula – zigoto – resultante de um evento de fertilização entre duas células sexuais, uma característica partilhada por todas as espécies que se reproduzem sexualmente, incluindo a galinha. Pode também ser definido como uma estrutura mais elaborada que protege do meio exterior o zigoto e o aglomerado de células resultante da sua multiplicação – o embrião. Esta estrutura evoluiu em vários grupos de invertebrados e também na maioria dos vertebrados, incluindo a galinha. Somente mais tarde evoluíram outros mecanismos de proteção do zigoto e do embrião, como acontece na maioria dos mamíferos, incluindo o ser humano. Em ambas as definições o primeiro ovo é claramente mais antigo que a primeira galinha. Há, no entanto, uma “nuance” neste dilema: se pensarmos especificamente no primeiro ovo de galinha, então a resposta é diferente. A primeira galinha – a espécie denominada Gallus domesticus – resultou da combinação do material genético dos seus pais (que, embora próximos, não eram ainda galinhas), bem como de uma ou mais alterações desse material genético, que podem ter ocorrido nas células sexuais dos seus pais ou na formação do zigoto. Assim, a primeira galinha ter-se-á desenvolvido num ovo que ainda não poderia ser considerado como sendo de galinha, por ter sido formado a partir das instruções genéticas da sua mãe. Neste caso em particular, a galinha surgiu primeiro do que (o seu) ovo!
Venha descobrir esta e muitas outras histórias sobre a vida e a sua evolução na Galeria da Biodiversidade – Centro Ciência Viva!
Fonte: Museu de História Natural e da Ciência da U.Porto
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Há novos podcasts no espaço virtual da Casa Comum
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A convidada do primeiro episódio desta série, “Memórias U.Porto: Finalistas Online”, é Beatriz Costa, alumna da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto, onde se licenciou em Bioquímica em 2020. Beatriz nasceu em Mirandela e sempre foi uma entusiasta das ciências da saúde, o que a levou a frequentar o mestrado em Oncologia no ICBAS (Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar) depois de terminar a licenciatura. Considera-se uma amante da vida em geral, e encontra a felicidade nos pequenos prazeres, como ouvir música, fazer desporto ou ver o pôr do sol. Hoje fala-nos da sua experiência enquanto aluna em tempo de pandemia e confessa que, mesmo em tempos difíceis, conseguiu continuar a viver os melhores anos da sua vida ao lado daqueles que considera a sua segunda família, neste Porto que já considera a sua casa.
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Emmeline Pankhurst was born in Manchester in 1858. She was a political activist and leader of the British women’s rights movement, “Women’s Social and Political Union”, which fought for women’s social and political rights, especially the right to vote. Giorgos Papanikolaou was born in May 1883 in Kymi, Greece. He was a famous Greek doctor, biologist and researcher. He was a pioneer in cytopathology and developed a method for the early detection of cervical cancer.
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Doutores Honoris Causa da U.Porto
João Havelange, José Manuel Pereira de Oliveira, Suzanne Daveau, Jesus Prieto e Michel Cremer
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Em 2001 a Universidade do Porto inscreveu mais cinco nomes na sua lista de Doutores Honoris Causa: um embaixador do desporto, dois geógrafos e dois médicos. João Havelange (1916-2016), a 1 de fevereiro, por proposta da Faculdade de Ciências do Desporto e de Educação Física (atual Faculdade de Desporto); José Manuel Pereira de Oliveira (1928-2006) e Suzanne Daveau (1925-), a 25 de maio, por proposta da Faculdade de Letras; Jesus Prieto (1944-) e Michel Cremer (1933-), a 29 de outubro, por proposta da Faculdade de Medicina. Jean Marie Faustin Godefroid Havelange nasceu em 1916 no Rio de Janeiro, Brasil. A sua formação académica decorreu no país de origem, onde fez estudos em Ciências Jurídicas e Sociais. A sua atividade esteve sempre muito ligada ao Desporto. Praticou Natação e Pólo Aquático, tendo sido campeão brasileiro e sul-americano, em ambas as modalidades, e vice-campeão pan-americano em Pólo Aquático. Participou nos Jogos Olímpicos de Berlim (1936) e de Helsínquia (1952), como atleta, e nos de Melbourne, como Chefe de Delegação. Foi membro do Comité Olímpico Brasileiro e do Comité Olímpico Internacional. Mas foi sobretudo como Presidente da FIFA (Fédération Internationale de Football Association), eleito no Congresso de Frankfurt (1974) e reeleito, por aclamação, nos Congressos de Buenos Aires (1978), Madrid (1982), México (1986), Roma (1990) e New York (1994), que ganhou notoriedade internacional.
Viu reconhecida a sua ação com a atribuição de muitas insígnias como as de Grande Oficial da Ordem de Rio Branco, atribuída pelo Presidente da República Federativa do Brasil, e 40 outras condecorações, a nível de estado, em 21 países de 4 continentes. O nosso país distinguiu-o, entre outras, com a Comenda da Ordem do Infante D. Henrique.
Recebeu 5 títulos de Doutor Honoris Causa: 3 por universidades brasileiras e os 2 restantes por Universidades do México e da Hungria.
O Dr. João Havelange foi um embaixador do desporto e um cidadão do mundo, tendo contribuído, pelas funções que exerceu ao longo de uma vida, para dar uma visibilidade maior aos anseios, inquietações e realizações daqueles que se expressam na língua portuguesa.
José Manuel Pereira de Oliveira José Manuel Pereira de Oliveira nasceu em Torres Novas, em 1928. Licenciou-se em Ciências Geográficas (1955) na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra e doutorou-se em Geografia (Geografia Humana) em 1973, após defesa da tese O Espaço Urbano do Porto. Condições Naturais e Desenvolvimento. Foi bolseiro do Instituto de Alta Cultura (1959-1969).
Lecionou no Curso Livre de Geografia Humana do Centro de Estudos Humanísticos da Universidade do Porto (1957-58 e 1961-62) e no Curso de Estudos Ultramarinos do Colégio de S. Teotónio (Coimbra, 1967).
Ministrou um curso no Instituto Universitário dos Açores (1980-1981). Foi 2.º assistente além do quadro de Geografia (1961-1973), professor extraordinário (1978-1983), professor catedrático (1983-1998) e coordenador dos mestrados em Geografia da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra. Lecionou também no Instituto Politécnico de Coimbra (1974-1976) e foi professor convidado da Faculdade de Letras da Universidade do Porto (1978-1986).
Integrou e coordenou projetos de investigação, participou em certames científicos, orientou teses de doutoramento e participou em júris de provas académicas, em Portugal e no estrangeiro.
Foi assessor científico de Geografia de Duarte Castel-Branco (1987-1988) no âmbito dos trabalhos conducentes ao novo Plano de Urbanização da Cidade do Porto. Fez parte do Grupo de Trabalho e Meios Cartográficos e de Referenciação nos Sistemas de Coordenadas que preparou o XII Recenseamento Geral da População e o II Recenseamento Geral da Habitação (1981). Foi delegado regional da Zona Centro, do Ministério da Cultura (1980-1989), representante de Portugal no grupo de peritos do Projeto n.º 10 - Cultura e Região – Dinâmica Cultural e Desenvolvimento Regional, do Conselho da Europa, membro do corpo de diretores de Geografia e História da Enciclopédia Verbo, colaborador da POLIS – Enciclopédia Verbo da Sociedade e do Estado e do Dicionário de História dos Descobrimentos, membro do conselho científico para a instalação do Curso de Geografia da Universidade do Minho (1996-1997) e presidente da Comissão Permanente de Avaliação Externa das Universidades Portuguesas para a área da Geografia.
Foi sócio fundador da Associação Portuguesa de Geógrafos, cofundador do Centro de Estudos do Norte de Portugal – Aquitânia (CENPA), membro da National Geographic Society (desde 1999), da Fundação Tóquio na Universidade de Coimbra e da Comissão Nacional de Geografia (vice-presidente em 1999 e presidente em 2000).
Suzanne Blanche Daveau Ribeiro Suzanne Blanche Daveau Ribeiro nasceu em Paris em 1925. Foi bolseira da Cidade de Paris (1937-1941) e da École Normale d’Institutrices de la Seine (1941-1945). Licenciou-se em Geografia na Universidade de Paris (1947) e obteve o Diplôme d’Etudes Supérieures em 1948, com a apresentação da monografia Un pays de côte: la bordure sud-est du Pays d’Othe. Fez a agregação em Geografia (1949) e doutorou-se em Letras pela Universidade de Paris com Mention Très Honorable (1957).
No Centre National de La Recherche Scientifique (CNRS) foi attachée de recherches (1953-1957), directeur de recherches (1962-1963) e responsável pelo projeto de investigação Estudo Quaternário no Sudoeste do Sahara (1964-1966). Entre 1966 e 1970 investigou como bolseira da Fundação Calouste Gulbenkian. No Centro de Estudos Geográficos de Lisboa foi diretora-adjunta (1973-1974), diretora de Geografia Física (1976-1981) e diretora-adjunta de Geografia Regional e História (1981-1992).
Nos anos 40 e 50 foi professora do ensino primário e secundário em França. Na Faculdade de Letras da Universidade de Besançon, foi assistente de Geografia (1950-1952) e professora (1964-1965). Na Faculdade de Letras e Ciências Humanas da Universidade de Dakar, Senegal, foi maître de Conférences (1957-1960) e professora (1960-1964). Lecionou também na Faculdade de Letras e Ciências Humanas da Universidade de Reims (França, 1967-1968), foi professora catedrática convidada da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa (1970-1993) e professora de Geografia Regional da Faculdade de Letras da Universidade do Porto (1977-1978).
Proferiu conferências, palestras e lições, em Portugal e no estrangeiro, participou em reuniões científicas, organizou estágios de campo e viagens de estudo. Orientou teses de doutoramento, publicou mais de uma centena e meia de publicações.
É membro da Associação Portuguesa de Geógrafos, da Associação de Professores de Geografia, da Associação Portuguesa de Estudo do Quaternário, da Société de Géographes Français, da Association Française de Géographie Physique, da Association Française por l’Étude du Quaternaire, da Association Sénégalaise d’Étude du Quaternaire, do Comité Technique l’ORSTOM e do Centro de Estudos Geográficos da Universidade de Lisboa.
Foi distinguida com os títulos de Chevalier de l’Ordre du Mérite Sénégalais (Senegal,1964), Chevalier de l’Ordre National du Mérite (França, 1981) e de doutor honoris causa pelas universidades de Coimbra, Lisboa e Porto.
Foi casada com o geógrafo português Orlando Ribeiro (1911-1997).
Jesus Prieto Valtueña nasceu em Oviedo, em Espanha, em 1944. Licenciou-se e doutorou-se em Medicina na Universidade de Valladolid, em 1967 e 1970, respetivamente. Especializou-se em Medicina Interna e Gastroenterologia.
Trabalhou em Hepatologia no Royal Free Hospital de Londres. Foi professor adjunto de Patologia Médica (1974), professor agregado (1976), em Valladolid, e professor de Medicina na Universidade de Oviedo (1976-1977). Em 1977 foi nomeado professor catedrático de Medicina da Universidade de Santiago de Compostela, tendo passado a dirigir o Departamento de Medicina Interna e Aparelho Digestivo do Hospital Geral da Galiza. Em 1979, transferiu-se para a Universidade de Navarra, onde passou a trabalhar como professor catedrático na Clínica Universitária e como vice-diretor do Departamento de Medicina.
Foi diretor do Departamento de Medicina Interna e da Divisão de Hepatologia e Terapia Genética do Centro de Investigação Médica Aplicada (CIMA), coordenador do "Centro de Investigación Biomédica en Red de Enfermedades Hepáticas y Digestivas" (CIBER-EHD), catedrático de Patologia Geral e professor ordinário da Faculdade de Medicina da Universidade de Navarra.
Foi presidente da Associação Espanhola para o Estudo do Fígado, presidente da Sociedade de Medicina Interna de Navarra, membro do Comité Científico da Associação Europeia para o Estudo do Fígado, fundador da Sociedade Espanhola de Terapêutica Genética, membro do corpo científico da Agência Nacional Francesa para a Investigação sobre a SIDA e Hepatite B, perito do Instituto Nacional Francês para a Saúde e do Ministério de Saúde Espanhol para a avaliação de novos fármacos e membro do comité de peritos do Ministério da Saúde espanhol.
Recebeu numerosos prémios, entre os quais o prémio "Cándida Medrano de Merlo", que ficou a dever-se às suas contribuições sobre terapêuticas génicas no cancro do fígado, e o Grande Prémio da Fundação BIAL, que distingue a excelência na investigação médica.
Publicou mais de 250 trabalhos em revistas espanholas e internacionais. É autor de diversos livros e dirigiu várias dezenas de teses de doutoramento. É membro do comité editorial das revistas "Gastroenterology", "Journal of Hepatology", "Liver Transplantation" e presidente do Comité Internacional de la Sociedade Americana de Terapia Génica.
Detentor de uma vasta cultura nos domínios da Clínica Médica e das Ciências Básicas, Jesus Prieto colaborou com o IPATIMUP e com a Faculdade de Medicina da Universidade do Porto. Por proposta sua foi criada a Associação Universitária Porto Navarra de Estudos Hepatológicos.
Michel Cremer nasceu em Bruxelas, em 1933. Licenciou-se em Medicina na Universidade de Bruxelas, em 1958. Em 1960, iniciou a sua formação em Gastrenterologia no Hospital Bichat, em Paris. Em paralelo, desenvolveu investigação sobre a secreção pancreática. Depois da obtenção do título de Especialista em Medicina Interna, conferido pelo Ministério da Saúde da Bélgica, integrou a comissão hospitalar para projetar a edificação do Hospital Universitário Erasmus, em Bruxelas, em 1968.
Em 1969 começou a dirigir o Departamento de Gastrenterologia do Hospital Brugmann, na Bélgica, e, em 1977, assumiu a direção do Serviço de Gastrenterologia do Departamento Médico-Cirúrgico do Hospital Universitário Erasmus, funções que desempenhou até à sua jubilação.
A partir dos anos 60 dedicou-se ao estudo da Gastrenterologia e, de forma pioneira, ao estudo da Endoscopia Digestiva.
Publicou numerosos artigos científicos em revistas internacionais e livros de Gastrenterologia e Endoscopia Digestiva. Proferiu centenas de conferências em todo o mundo, devendo-se-lhe a criação de uma reputada escola na área da sua especialidade.
Foi presidente da Sociedade Real Belga de Gastrenterologia (eleito em 1988), presidente da Sociedade Belga de Endoscopia Digestiva (1991), presidente da Sociedade Europeia de Endoscopia Gastrointestinal (1992) e presidente da VIII Semana Europeia de Gastrenterologia, decorrida em Bruxelas (eleito em 1997).
É membro de numerosas sociedades médicas internacionais como a American Society of G1 Endoscopy e a Deutsch Gesellschaft für Endoskopie e membro honorário das sociedades de Endoscopia Digestiva de Portugal e do Brasil e da Sociedade Polaca de Gastrenterologia.
Michel Cremer colaborou com o Serviço de Gastroenterologia da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto e com o Hospital de S. João.
Reformou-se em 1998 e dá nome à Fontation Michel Cremer.
Sobre João Havelange Sobre José Manuel Pereira de Oliveira
Sobre Suzanne Daveau Sobre Jesus Prieto Sobre Michel Cremer
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