MULHERES QUE FAZEM BARULHO
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Inaugurámos a exposição Mulheres que fazem barulho no Dia Internacional da Mulher. Foi uma forma de dizermos que não era por acaso que estávamos a contar a história do rock no feminino, mas porque era necessário – porque é mesmo necessário. É que as mulheres não costumam ser as protagonistas das principais narrativas. E se a situação não muda, a razão prende-se, em grande parte, com o facto de o passado interferir no presente, legitimando-o. A solução passará, assim, por contarmos novas histórias sobre o passado que fundamentem novas possibilidades para as vidas das mulheres. O Rock Português ajudou a moldar o país no pós-25 de Abril. Concedeu aos músicos um espaço de libertação e experimentação. Para quem ouvia as bandas de então, os sons que tocavam, as letras que cantavam, narravam histórias de crítica social e de enunciação de novas possibilidades. Falamos de Rock Português porque ele é o resultado de uma adaptação e de uma resposta genuína aos problemas do nosso país. E as mulheres que agora homenageamos na exposição patente na Casa Comum trouxeram com elas ventos de mudança – de uma experimentação e provocação sem limites, de uma extravagância que tinha como objetivo mostrar que há sempre formas diferentes de ver e fazer as coisas.
A Universidade projeta a sociedade, serve-lhe de guia. Tem, nesse sentido, a responsabilidade de definir horizontes ambiciosos para a igualdade de género. A exposição é resultado de uma parceria com o Instituto de Sociologia, que tem vindo a fazer um trabalho notável neste sentido. Lembro-me do entusiasmo com que o seu Diretor, João Teixeira Lopes, acolheu este projeto; e nunca será demais lembrar a qualidade do trabalho de coordenação científica de Paula Guerra, visível, aliás, no momento em que entrevistou as onze mulheres que estiveram connosco no dia 8 na Casa Comum: Ana Deus (Ban, Três Tristes Tigres), Anabela Duarte (Mler Ife Dada), Beatriz Rodrigues (Dirty Coal Train), Carolina Brandão (Sunflowers), Dulce, Mariana e Ana (CRudE), Lena D’Água (Salada de Frutas), Marta Abreu (Voodoo Dolls e Mão Morta), Sandra Baptista (Sitiados e A Naifa) e Xana (Rádio Macau).
Teremos ainda, na Casa Comum, workshops e mesas-redondas com Ondina Pires (Pop Dell’Arte, Ezra Pound & a Loucura, The Great Lesbian Show), Manuela Azevedo (Clã) Ana da Silva (The Raincoats) e Cláudia Guerreiro (Linda Martini). E vamos aproveitar a imagem das MULHERES QUE FAZEM BARULHO para contarmos histórias de outras mulheres – nas artes, nas humanidades, nas ciências. Vamos fazer o que a escritora polaca Olga Tokarczuk, Prémio Nobel da Literatura em 2018, nos incentivou a fazer: contar uma história do mundo que seja universal, integral e inclusiva. Vamos continuar a investir em atos de memória – em recordar, no passado, o papel da mulher para escrever um futuro que as inclua.
Fátima Vieira Vice-Reitora para a Cultura, Museus e Editora
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Esta é para as "rainhas" do rock português...Inaugurada no Dia Internacional da Mulher, a exposição Mulheres que Fazem Barulho vai ficar patente até final de setembro, na Casa Comum da U.Porto. Entrada livre. À primeira vista, são os vestidos de Manuela Azevedo (Clã), Lena D’Água e de Anabela Duarte que mais se destacam do colorido “mural do Rock” que pinta as paredes da “Casa”. Mas, ali, há também espaço para as luvas de boxe de Ana Deus, a guitarra acústica de Xana (Rádio Macau), as bonecas de Ondina Pires, o acordeão celebrizado por Sandra Baptista (Sitiados e A Naifa) ou os collants que Beatriz Rodrigues (The Dirty Coal Train) rasgou no seu primeiro concerto… Ou não fosse através de objetos que se conta a história das Mulheres que Fazem Barulho, título da exposição que pode ser visitada até final de setembro, no auditório da Casa Comum (à Reitoria) da Universidade do Porto. Inaugurada no Dia Internacional da Mulher (8 de março), Mulheres que Fazem Barulho nasce da vontade de homenagear 16 “mulheres relevantes do rock português” desde o pós-25 de abril até à atualidade. Para isso, a Casa Comum juntou-se ao Instituto de Sociologia da U.Porto na missão de contar as suas histórias através de fotografias, discos, cassetes, roupas, adereços, rabiscos de letras, pautas, baquetas, instrumentos musicais, entre outros objetos marcantes nas respetivas carreiras.
Com entrada livre, a exposição, que será acompanhada por um programa de eventos paralelos, pode ser visitada de segunda a sexta-feira, das 10h00 às 13h00 e das 14h30 às 17h30, e ao sábado, das 15h00 às 18h00.
Fonte: Notícias U.Porto
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Março na U.Porto
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Para conhecer o programa da Casa Comum e outras iniciativas, consulte a Agenda Casa Comum ou clique nas imagens abaixo.
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Mulheres que Fazem Barulho – Cenas do Rock Português IEntrada livre. Mais informações aqui
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CAPRICHOS de Manuel Casimiro, com textos de Michel ButorEntrada livre. Mais informações aqui
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Despojos. Prolongamento da MemóriaEntrada livre. Mais informações aqui
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O Princípio do Fim das Armas NuclearesFilme, Documentário | Casa Comum Entrada livre. Mais informações aqui
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Fala-m'a Cantar Apresentação do CD | Casa Comum Entrada livre. Mais informações aqui
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Obras de Mozart e Villa Lobos | Quarteto Portus Cale Concerto | Biblioteca do Fundo Antigo Entrada livre. Mais informações aqui
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Residência Artística de Poesia com António PoppeResidência Artística | ICBAS, FCUP, FEP Mais informações e inscrições aqui
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Anatemnõ Exposição | Casa-Museu Abel Salazar
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UMA HOMENAGEM A MARIA ARCHER NO 40.º ANIVERSÁRIO DA SUA MORTEExposição | Galeria da Biodiversidade
Entrada livre. Mais informações aqui
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Bartolomeu Costa Cabral / um arquivo em construçãoExposição | Fundação Marques da Silva
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Depositorium 2 Exposição | Museu Nacional de Soares do Reis
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CORREDOR CULTURAL DO PORTO Condições especiais de acesso a museus, monumentos, teatros e salas de espetáculos, mediante a apresentação do Cartão U.Porto. Consulte a lista completa aqui
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U.Porto organiza "maratona" de Comunicação de Ciência e media digitais
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A 3.ª edição da EMERGENCE@UPorto – Digital Media Science Communication Hackathon vai decorrer de 26 a 30 de março, na Reitoria. Inscrições abertas. Os participantes vão desenvolver – em grupo – um projeto de comunicação de ciência, com recurso a media digitais. Foto: DR A Reitoria da Universidade do Porto vai receber, entre os dias 26 e 30 de março, a terceira edição da EMERGENCE@UPorto – Digital Media Science Communication Hackathon, uma iniciativa que tem por objetivo aprofundar as competências em Comunicação de Ciência da comunidade académica. De participação gratuita para todos os membros da U.Porto, mas com vagas limitadas, a Emergence Hackathon pretende reunir cientistas, programadores, comunicadores, artistas e outros interessados, para, juntos, comunicarem conceitos complexos em investigação científica, tirando partido das tecnologias de media digitais.
Depois de duas edições no Instituto de Investigação e Inovação em Saúde (i3S), a hackathon muda-se este ano para a “casa-mãe” da Universidade (Galerias da Casa Comum), levando consigo um programa recheado de atividades, a decorrer, em modo intensivo, ao longo dos cinco dias do evento.
As duas primeiras edições da EMERGENCE@UPorto decorreram no i3S. (Foto: DR) Os dois primeiros dias vão ser preenchidos com palestras, workshops e exercícios (com um foco em kits e ferramentas de desenvolvimento de projeto) na área da produção de comunicação de ciência com tecnologias de media digitais. Os restantes dias serão dedicados exclusivamente ao desenvolvimento– em grupo – de um projeto que comunique efetivamente o conceito científico / tecnológico escolhido pela equipa.
As candidaturas decorrem até 15 de março de 2022 e devem ser submetidas aqui.
Mais informações aqui.
Fonte: Notícias U.Porto
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Há novos podcasts no espaço virtual da Casa Comum
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Emmeline Pankhurst was born in Manchester in 1858. She was a political activist and leader of the British women’s rights movement, “Women’s Social and Political Union”, which fought for women’s social and political rights, especially the right to vote. Giorgos Papanikolaou was born in May 1883 in Kymi, Greece. He was a famous Greek doctor, biologist and researcher. He was a pioneer in cytopathology and developed a method for the early detection of cervical cancer.
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Doutores Honoris Causa da U.Porto
António Lima de Faria, Fernando Henrique Lopes da Silva e João Pedro Pulido Valente Monjardino
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A 15 de outubro de 2002, por proposta do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS), a Universidade do Porto atribuiu o título de Doutor Honoris Causa ao geneticista António Lima de Faria (1921-), ao neurocientista Fernando Henrique Lopes da Silva (1935-2029) e ao virologista João Pedro Pulido Valente Monjardino (1936-2019). António José Cortesão Pais Lima de Faria António José Cortesão Pais Lima de Faria é natural de Cantanhede, onde nasceu a 4 de julho de 1921. É cidadão sueco desde 1954. Depois de licenciado em Biologia pela Universidade de Lisboa, iniciou a sua carreira académica como assistente de Botânica (1945-1947).
Nos anos 50 fixou-se na Suécia. Foi lecionar na Universidade de Lund (1950), onde se licenciou (1952) e doutorou em Genética (1956). Nesta Universidade foi assistente de Genética, Associate Professor de Citologia, Research Docent de Citogenética Molecular, Professor de Citogenética Molecular, e professor emérito. Dirigiu o Laboratório de Citogenética Molecular do Instituto de Genética e do Instituto de Citogenética Molecular.
Foi fellow da Fundação Rockefeller, da International Atomic Energy Agency e do Institute for Cancer Research, em Filadélfia, e professor visitante das universidades de Duke e Cornell (E.U.A.), do Max-Planck-Institute für marine Mikrobiologie (Alemanha), do Centre de Recherches sur les Macromolécules (França), do National Institute of Genetics (Japão) e do Institute of Animal Genetics (Universidade de Edimburgo).
Desempenhou as funções de secretário da Nordic Society Cell Biology e foi membro do comité executivo da European Space Research Organization e do ICBAS. Foi consultor de Citogenética Molecular na UNESCO e no Biological Research Center da Hungarian Academy of Sciences e consultor de Biotecnologia no World Bank (Washington D.C.) e no Governo do Brasil.
É autor de mais de uma centena de publicações nas áreas da citogenética e da biologia e membro da Royal Physiographic Society (Suécia), da New York Academy of Sciences, das Academias de Ciências de Portugal e do Brasil e da Accademia Nazionale dei Lincei.
Recebeu o prémio “Oscar II: s Stipendium” (1959), as medalhas das universidades de Helsínquia (1971), de Coimbra (1980 e 1986) e de Tartu (Estónia, 1992), a medalha de ouro pelos serviços prestados ao estado Sueco (1981) e as medalhas de prata (1985) e de ouro (1996) da cidade de Cantanhede. Foi condecorado knight of the order of the North Star, na Suécia, e grande-oficial da Ordem de Santiago, em Portugal.
Em 1990, em sua homenagem, a Câmara de Cantanhede instituiu o “Prémio Professor Doutor Lima de Faria” para distinguir o melhor aluno do concelho.
Fernando Henrique Lopes da Silva Fernando Henrique Lopes da Silva nasceu em Lisboa a 24 de janeiro de 1935. Em 1959 concluiu a licenciatura em Medicina na Universidade de Lisboa, e, em 1970, doutorou-se na Universidade de Utrecht, na Holanda.
Foi responsável pelo grupo de estudos do cérebro do Instituto de Investigação Médica (TNO) da Universidade de Utrecht (nomeado em 1973) e professor visitante de Neurofisiologia da Universidade de Twente (1975-1985), no âmbito do programa de Engenharia Biomédica. Fez parte da direção da Divisão Médica da Organização Holandesa de Investigação Científica – NWO (1977-1981) e, em 1980, foi nomeado professor catedrático de Fisiologia Animal da Faculdade de Ciências da Universidade de Amsterdão.
Integrou o conselho científico do Instituto Holandês de Investigação do Cérebro (1980-1993), a que presidiu (1989), e dirigiu a Faculdade de Biologia da Universidade de Amesterdão (1986-1989). Foi membro e presidente do Painel de Avaliação da NOW, na área de investigação das neurociências (1991-2000), diretor científico do Instituto de Neurobiologia da Universidade de Amesterdão (1993), membro do diretório científico da Escola de Neurociências de Amesterdão (1993), diretor do Instituto de Epilepsia Meer en Bosch em Heemstede (1995-2002) e presidente do comité do Programa Científico do Congresso da Federação das Associações Europeias de Neurociências (Paris, 2002).
Em 2000 foi nomeado professor da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, e, em 2005, do Instituto Superior Técnico da Universidade Técnica de Lisboa. Publicou centenas de trabalhos em revistas científicas internacionais e foi autor e coautor de numerosas obras.
Foi galardoado com a "Winkler Medal" da Netherlands Association for Neurology (1975), com o "Prémio Herbert H. Jasper", da Clinical Neurophysiology Society (1999), com o "Storm van Leeuwen/Magnus Prize", da Dutch Society of Clinical Neurophysiology (2000), com o "Ragnar Granit Prize" (Montreal, 2000) e com o Prémio da Universidade de Coimbra (2004).
Foi eleito membro da Royal Netherlands Academy of Arts and Sciences (1985) e membro de honra da British Society for Clinical Neurophysiology (1992). Foi presidente de honra do "I European Congress of Epileptology" (Porto, 1994) e do "VII European Congress of Clinical Neurophysiology" (Budapest,1994). Era membro de honra da Dutch Society of Clinical Neurophysiology (1994), da Portuguese Society of Electroencephalography and Clinical Neurophysiolog (2000) e da British Society for Clinical Neurophysiology (Londres, 1995).
Recebeu o título de doutor honoris causa também pela Universidade de Lisboa (1997) e pela Universidade de Helsínquia (2007). Foi condecorado com a Comenda de Grande Oficial da Ordem de Santiago da Espada (Portugal, 2000) e com o título de Cavaleiro da Ordem do Nederlandse Leeuw, atribuído pela rainha da Holanda (2001).
João Pedro Pulido Valente Monjardino João Pedro Pulido Valente Monjardino nasceu em Lisboa em 1936. Era Licenciado em Medicina pela Universidade de Lisboa (1961), tinha Mestrado em Bioquímica (1964) e era doutorado em Virologia pela Universidade de Londres (1973). Investigador de referência na área da Virologia, destacou-se pelos trabalhos científicos sobre a biologia molecular dos vírus causadores das hepatites humanas, tendo publicado mais de 120 artigos em revistas internacionais e sido orador convidado em reuniões internacionais.
Ao longo do seu percurso foi: bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian (1961-1965); Imperial Cancer Research Fellow (1965-1968); Research Scientist, Imperial Cancer Research Fund (1968-1973), Lecturer in Cell Studies, Royal Free Hospital School of Medicine (RFHSM) (1973-1978); Senior Lecturer, RFHSM (1978-1983); Reader, RFHSM (1983-1988) e St. Mary’s Hospital Medical School (1988-1997); Professor of Molecular Hepatology, Imperial College (1997-2002).
A nível académico, foi supervisor de várias teses de doutoramento e Professor do Mestrado em Biologia e Patologia Molecular dos Vírus (Imperial College). Em Portugal, foi membro da Comissão Instaladora do ICBAS - onde foi Professor Agregado – e consultor científico da Junta Nacional de Investigação Científica e Tecnológica (JNICT), entidade que deu origem à (Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT).
Sobre António Lima de Faria (up.pt) Sobre Fernando Henrique Lopes da Silva (up.pt)
Sobre João Pedro Pulido Valente Monjardino (up.pt)
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