UM CADÁVER ESQUISITO
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A primeira vez que participei na criação de um “cadáver” foi em 1983. Até sei o mês: tinha de ser outubro, pois foi mesmo no início das aulas de Literatura Francesa do Professor Ferreira de Brito. Para ilustrar a revolução poética surrealista, apostada em práticas de criação em grupo e na exploração do irracional, espontâneo e contraditório, o Professor ditou-nos as regras do jogo: uma folha de papel em branco circula pela turma; ele escreve o primeiro verso no cimo da folha e passa-a ao primeiro participante. Este lê o primeiro verso, escreve um segundo, dobra o cimo da folha, ocultando o primeiro verso, e passa o papel para a pessoa ao lado; esta, tendo acesso apenas ao último verso escrito, escreve mais um verso, dobra de novo o cimo do papel ocultando o verso anterior e passa o papel ao participante seguinte – e sempre assim, até se chegar ao último verso. No final, desdobra-se o papel e lê-se o poema coletivo. A leitura, em voz alta, de um cadáver esquisito é sempre um momento de diversão e maravilhamento. Os poemas de associação livre, sem preocupação estética ou moral, são assim: alucinadamente imaginativos, apanham-nos despreparados, mostram-nos o poder da língua, produzem imagens refrescantes que abrem novas portas ao entendimento do mundo. É comum encontrarmos, nestes poemas que escapam à censura da razão, associações absurdas que, inesperadamente, ganham significado.
O jogo poético do Cadáver Esquisito nasceu em Paris, na Rue du Château, n.º 24, onde se reuniam os mais importantes representantes do surrealismo do século XX. André Breton explicou que tudo começou por brincadeira, em 1925, mas segundo Pierre Reverdy a data terá sido 1918. Na casa que era frequentada, entre outros, por Marcel Duchamp, Jacques Prévert e Benjamim Peret desafiava-se a poesia convencional, experimentava-se a escrita automática e a criação coletiva. Literalmente, “Cadavre Exquis” significa “Cadáver Requintado”, mas a má tradução prevaleceu e, em português, ficou convencionada a expressão “Cadáver Esquisito”. Aparentemente, a designação francesa deve-se às linhas iniciais do primeiro poema coletivo, “O cadáver – requintado – beberá – o vinho – novo”, na altura criado segundo a regra de que cada participante escreveria uma palavra sem saber o que teria escrito o participante anterior, e segundo a regra “sujeito – verbo – complemento”, admitindo adjetivos e advérbios pelo meio.
Depois da primeira experiência, na aula do Professor Ferreira de Brito, aderi entusiasticamente aos jogos poéticos. Em grupo, escrevíamos poemas a partir de palavras tiradas à sorte do dicionário. Ou então – hábito que ainda hoje conservo – dizíamos, em voz alta, palavras de cujo som ou sentido gostávamos em particular, como “vento”, “alto”, “pudor”, e deleitávamo-nos com a imaginação da cor da própria palavra.
A poesia é a criação de uma língua estrangeira estranhamente próxima da nossa, mas com a capacidade surpreendente de desafiar as nossas expectativas e de, desta forma, nos transformar. Ela própria é novidade e o pressuposto básico para o desenvolvimento do nosso pensamento. Veja-a como imprescindível na Universidade: deve ter lugar cativo nas atividades culturais, nas unidades de competências transversais, nos convívios sociais, nos momentos vitais, nas sessões fundamentais, nas situações mais formais, nos canais experimentais, em eventos presenciais, em iniciativas digitais, em recitais durante o ano – mas também nos Natais –, nas ilhas e em terras continentais, nos rituais ocidentais e orientais – e em coisas que tais.
E tudo vai de começar! No Dia Mundial da Poesia, venha às sessões na Casa Comum, mas não deixe de, com os seus colegas e amigos, se surpreender (e rir, até) com a multivalência da língua – e faça um Cadáver Esquisito. E há sempre um bom argumento para levar o “cadáver” para o trabalho: o que o Cadáver Esquisito evidencia é que a poesia liga os indivíduos, transformando-os em colaboradores – reais.
Fátima Vieira, Vice-Reitora para a Cultura, Museus e Editora
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Entre poetas e poemas. Assim se celebra o Dia Mundial da Poesia na U.PortoApresentação do livro 110 anos, 110 poemas e recital com António Poppe são as propostas da U.Porto para assinalar o Dia Mundial da Poesia, a 21 de março. Entrada livre. O livro 110 anos. 110 poemas reúne poemas de várias gerações de poetas com ligações à Universidade do Porto. Foto: U.Porto Press
Um cruzamento de poemas dos nomes maiores da poesia portuguesa e de autores emergentes. Onde? Na mais recente obra editada pela U.Porto Press, intitulada 110 anos, 110 poemas, uma antologia que representa as vozes poéticas atuantes e decisivas na poesia portuguesa dos séculos XX e XXI na esfera da Universidade do Porto. O livro será lançado no Dia Mundial da Poesia, a 21 de março, às 18h00, na Casa Comum da U.Porto (Reitoria). Organizado por Isabel Morujão, Professora da Faculdade de Letras da U.Porto (FLUP), o livro junta várias gerações de poetas, desde a dos estudantes do primeiro curso da Universidade à dos atuais estudantes.
“A cada poeta da U.Porto (…) foi pedido que escolhesse um poema seu, já publicado ou inédito.”, explica a docente, no prefácio que antecede a antologia. “É a primeira vez que uma Universidade portuguesa publica um livro de poesia para assinalar o aniversário da sua fundação”, acrescenta.
A apresentação da obra 110 anos, 110 poemas
será feita por Maria Luísa Malato, Professora da FLUP. A entrada é livre, mas sujeita a marcação, através do e-mail editup@reit.up.pt.
A poesia, pelo poeta e artista António PoppeA partir das 21h30, nesse dia 21 de março, a Casa Comum volta a abrir portas, desta vez para receber Contraluz, um recital único do poeta e artista plástico António Poppe. Reconhecido pelo trabalho na área da poesia, artes visuais e performance, António Poppe vai recitar, entre outros poemas, parte da obra Bhagavad Gita, na transcriação de António Barahona.
Note-se que António Poppe é o artista convidado de uma residência artística de poesia, que tem passado por vários espaços da Universidade do Porto, ao longo deste mês.
Nas últimas três semanas, o artista e poeta tem trabalhado com os participantes na Brigada de Intervenção Cultural, que será apresentada ao público no Dia da Universidade, assinalado a 22 de março de 2022.
A entrada no recital de poesia é livre e gratuita.
Fonte: Notícias U.Porto
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"Casa Comum do Rock" abre portas às Mulheres que Fazem BarulhoExposição que revisita a história do rock português no feminino vai ficar patente até final de setembro, na Casa Comum da U.Porto. Entrada livre. Desde o passado dia 8 de março, Dia Internacional da Mulher, que a Casa Comum (à Reitoria) da Universidade do Porto é também a “Casa Comum do Rock”. A culpa é das Mulheres que fazem Barulho, o título / mote da exposição que se propõe homenagear os percursos de 16 “mulheres relevantes do rock português”. “É curioso que seja a universidade a lembrar-se de carreiras tão pouco académicas. Acho que o resultado ficou muito carinhoso”, destaca Ana Deus, uma das “rainhas” representadas no “Mural do Rock” multicolorido que pinta uma das paredes da Casa Comum. Ali é possível encontrar os vestidos de Manuela Azevedo (Clã), Lena D’Água e de Anabela Duarte, a guitarra acústica de Xana (Rádio Macau), ou o acordeão celebrizado por Sandra Baptista (Sitiados e A Naifa), mas também livros, fotografias, brinquedos ou até… um pote de mel.
Com entrada livre, Mulheres que fazem Barulho vai estar patente até 30 de setembro, no auditório da Casa Comum. A exposição, que será acompanhada por um programa de eventos paralelos, pode ser visitada de segunda a sexta-feira, das 10h00 às 13h00 e das 14h30 às 17h30, e ao sábado, das 15h00 às 18h00.
Fonte: Notícias U.Porto
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Março na U.Porto
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Para conhecer o programa da Casa Comum e outras iniciativas, consulte a Agenda Casa Comum ou clique nas imagens abaixo.
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Mulheres que Fazem Barulho – Cenas do Rock Português IEntrada livre. Mais informações aqui
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CAPRICHOS de Manuel Casimiro, com textos de Michel ButorEntrada livre. Mais informações aqui
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Obras de Mozart e Villa Lobos | Quarteto Portus Cale Concerto | Biblioteca do Fundo Antigo (Reitoria da U.Porto) Entrada livre. Mais informações aqui
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Contraluz | Recital de Poesia com António PoppeEntrada Livre. Mais informações aqui
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Seminário memorativo Dia da ÁrvoreSeminário | Galeria da Biodiversidade Entrada livre. Mais informações aqui
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Residência Artística de Poesia com António PoppeResidência Artística | ICBAS, FCUP, FEP Mais informações e inscrições aqui
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Prelúdio e Fuga em Português SuaveApresentação de livro | Casa Comum
Entrada Livre. Mais informações aqui
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50 Anos de Poesia / Antologia Pessoal (1972-2022) de Nuno JúdiceApresentação de livro | Casa Comum Entrada Livre. Mais informações aqui
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Percursos com SentidoApresentação de livro | Casa Comum
Entrada Livre. Mais informações aqui
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Bernardo Ferrão e as Artes Decorativas no Oriente e no MundoCongresso Internacional | Casa Comum, Museu Nacional Soares do Reis, Fundação Marques da Silva Mais informações e inscrição aqui
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O que vem depois da Esperança? | TUP - Teatro Universitário do Porto
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UMA HOMENAGEM A MARIA ARCHER NO 40.º ANIVERSÁRIO DA SUA MORTEExposição | Galeria da Biodiversidade Entrada livre. Mais informações aqui
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Anatemnõ Exposição | Casa-Museu Abel Salazar
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Bartolomeu Costa Cabral / um arquivo em construçãoExposição | Fundação Marques da Silva
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Depositorium 2 Exposição | Museu Nacional de Soares do Reis
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CORREDOR CULTURAL DO PORTO Condições especiais de acesso a museus, monumentos, teatros e salas de espetáculos, mediante a apresentação do Cartão U.Porto. Consulte a lista completa aqui
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Galeria da Biodiversidade acolhe debate transdisciplinar no Dia Mundial da Árvore
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No próximo domingo, dia 20 de março, das 16h00 às 19h00, o Museu de História Natural e da Ciência da Universidade do Porto (MHNC-UP) acolhe, na Galeria da Biodiversidade – Centro Ciência Viva, um debate transdisciplinar sobre a proliferação do eucalipto em Portugal, inspirado pelo Dia da Árvore e organizado pelo Centro de Investigação Transdisciplinar «Cultura, Espaço e Memória» (CITCEM) da Faculdade de Letras da Universidade do Porto (FLUP). Através deste evento, pretende-se contribuir para a criação de autoconsciência social e de uma visão crítica-construtiva sobre as políticas e práticas de plantação e conservação das florestas portuguesas. Será criado um espaço de diálogo que permita refletir sobre a necessidade de proteger, cuidar e fortalecer o solo, a biodiversidade e a cultura de Portugal. A participação no seminário é livre e gratuita, limitada à lotação do espaço. Consulte o PROGRAMA COMPLETO
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Há novos podcasts no espaço virtual da Casa Comum
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A passagem do centenário do nascimento de Mário Bonito, a 18 de março de 2021, foi então recordada pela Fundação Marques da Silva. Passado praticamente um ano sobre a efeméride, Escritos Escolhidos propõe um regresso às palavras deste arquiteto através da leitura de um texto de sua autoria, “Da arquitetura abstrata à arquitetura realista”, publicado na Lusíada, Revista Ilustrada de Cultura, em maio de 1956.
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28. Como o Poeta Lentz Em inúmeros pequenos textos de Agustina, vemo-la regressar à praia de Esposende. Este é mais um desses textos de memórias. In Ensaios e Artigos, Vol. I.
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A convidada do primeiro episódio desta série “Memórias U.Porto: Finalistas Online” é Beatriz Costa, alumna da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto, onde se licenciou em Bioquímica em 2020. Beatriz nasceu em Mirandela e sempre foi uma entusiasta das ciências da saúde, o que a levou a frequentar o mestrado em Oncologia no ICBAS (Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar) depois de terminar a licenciatura. Considera-se uma amante da vida em geral, e encontra a felicidade nos pequenos prazeres, como ouvir música, fazer desporto ou ver o pôr do sol. Hoje fala-nos da sua experiência enquanto aluna em tempo de pandemia e confessa que, mesmo em tempos difíceis, conseguiu continuar a viver os melhores anos da sua vida ao lado daqueles que considera a sua segunda família, neste Porto que já considera a sua casa. A convidada do episódio de hoje do “Memórias U.Porto: Finalistas Online” é Leonor Lemos, natural de Monção e alumna do ICBAS (Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar), onde estudou Medicina Veterinária. Uma visita a Timor-Leste despertou-lhe interesse pela Segurança Alimentar e Saúde Pública, dedicando-se atualmente à investigação científica nessa área. Hoje é bolseira de investigação pelo CIIMAR, continuando o seu trabalho no Laboratório de Microbiologia e Tecnologia Alimentar do ICBAS. Em contexto pandémico desenvolveu a sua tese de mestrado acerca da prevalência da bactéria Campylobacter em cães e possíveis implicações dessa presença em termos de saúde pública, além de se ter aventurado na produção de equipamentos de proteção individual para ajudar instituições na sua terra natal. Enquanto estudante, pertenceu ao Coral de Biomédicas (CICBAS) e estudou um ano na Università degli Studi di Padova, em Itália, no âmbito do projeto Erasmus. Do desporto às artes, entre voluntariados e escutismo, poucos foram os hobbies e atividades por que não passou. Melómana por natureza, é a música que vai mantendo uma maior presença na sua vida e continua, na medida em que a disponibilidade o permite, a integrar a Banda Musical de Monção como violoncelista.
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Doutores Honoris Causa da U.Porto
Nuno Teotónio Pereira, Vittorio Gregotti e Sydney Brenner
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Em 2003 dois arquitetos, o português Nuno Teotónio Pereira (1922-2016) e o italiano Vittorio Gregotti (1927-2020), por proposta da Faculdade de Arquitetura, e o biólogo sul-africano Sydney Brenner (1927-2019), por proposta da Universidade do Porto, foram distinguidos com o título de Doutor Honoris Causa.
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Nuno Teotónio Pereira nasceu em Lisboa em 1922. Licenciou-se em Arquitetura na Escola de Belas Artes de Lisboa, em 1949, com a classificação final de 18 valores. Ainda estudante, colaborou no gabinete do arquiteto Carlos Ramos (1897-1969), vindo mais tarde a constituir o seu primeiro ateliê com Raúl Chorão Ramalho (1914-2002), Manuel Alzina de Menezes (1920-2001) e Manuel Tainha (1922-2012).
Enquanto arquiteto estagiário, participou no I Congresso Nacional de Arquitetura (1948), apresentando a comunicação Habitação Económica e Reajustamento Social, em colaboração com Manuel Costa Martins (1922-1996).
Entre 1948 e 1972 trabalhou como arquiteto consultor da Federação de Caixa de Previdência - Habitações Económicas. Em 1949 foi admitido como sócio no Sindicato Nacional dos Arquitetos. Em 1954 instalou o seu ateliê na rua da Alegria, em Lisboa, no qual colaborou com grandes nomes da arquitetura nacional como Bartolomeu da Costa Cabral (1929-), Nuno Portas (1934-) ou Gonçalo Byrne (1941-).
Foi organizador do 1.º Inquérito realizado em Portugal sobre as condições de utilização dos edifícios plurifamiliares (1950) e cofundador e dirigente do “Movimento para a Renovação da Arte Religiosa” (1952/1965). Dirigiu a equipa composta por António Pinto Freitas e Francisco da Silva Dias, que realizou o levantamento da Zona 4 – Estremadura, Ribatejo e Beira Litoral, promovido pelo Sindicato dos Arquitetos. Participou na organização da exposição “O Cooperativismo habitacional” (1957), promovida pela Associação de Inquilinos Lisbonenses, e foi relator do capítulo sobre Habitação e Urbanismo, áreas pela primeira vez incluídas no Plano de Fomento 1965/1967 (1964).
Presidiu ao Conselho Diretivo Nacional da Associação dos Arquitetos Portugueses, à Conferência das Organizações Nacionais de Arquitetos da CEE e à Secção Portuguesa da U.I.A. - S.P.U.I.A. Foi o primeiro delegado português ao Comité do Habitat da União Internacional dos Arquitetos (Bucareste, 1966). Representou Portugal no Comité de Ligação dos Arquitetos da Europa Unida (1986) e integrou os corpos gerentes do Sindicato Nacional dos Arquitetos, nos anos 60 e 70.
Foi autor dos livros Prédios e Vilas de Lisboa (1995), Tempos, lugares, pessoas (1996) e Escritos (1996) e de múltiplos artigos e comunicações.
Foi agraciado com vários prémios de arquitetura. Em 2004 a sua obra foi tema da exposição “Arquitetura e Cidadania, Atelier Nuno Teotónio Pereira”, no Centro Nacional de Cultura. Em 2009 passou a sócio efetivo da Academia Nacional de Belas Artes.
Em 2010 foi distinguido como a Medalha de Mérito Municipal, Grau de Ouro, da Câmara Municipal de Lisboa, e foi homenageado pelo Conselho Diretivo da Ordem Nacional de Arquitetura. Em 2012 recebeu o Prémio Árvore da Vida – padre Manuel Antunes, do Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura, e em 2015 recebeu o Prémio Universidade de Lisboa.
Vittorio Gregotti nasceu em Novara, Itália, em 1927. Em 1952 concluiu a licenciatura em Arquitetura no Politecnico di Milano.
Entre 1953 e 1968 trabalhou com L. Meneghetti e G. Stoppino. Em 1974, fundou a empresa “Gregotti Associati”. Foi professor do Instituto Universitário de Arquitetura de Veneza, lecionou nas faculdades de Arquitetura de Milão e de Palermo e foi professor visitante das universidades de Tóquio, Buenos Aires, S. Paulo, Lausanne, Harvard, Filadélfia, Princeton, Cambridge (Reino Unido) e do MIT (Cambridge, Massachusetts).
Dirigiu a secção de artes visuais e arquitetura da Bienal de Veneza (de 1974 a 1976). Participou em inúmeras exposições internacionais e recebeu distinções como o Grande Prémio Internacional da XIII Trienal de Milão (1964).
Foi membro da Academia de S. Luca, da Academia de Brera, da Association of German Architects (BDA) e membro honorário do American Institute of Architects.
Foi também agraciado com o grau de Doutor honoris causa pelo Instituto Politécnico de Praga (1996) e pela Faculdade de Arquitetura da Universidade Politécnica de Bucareste (1999).
Vittorio Gregotti era um dos mais reputados teóricos da Arquitetura e da Cidade.
Em Portugal ficou conhecido por ter sido o principal autor do Centro Cultural de Belém, em Lisboa, e por ser umas das primeiras personalidades a reconhecer e publicitar a arquitetura portuguesa e, sobretudo, a obra do arquiteto Álvaro Siza Vieira.
Sydney Brenner, filho de emigrantes judeus da Europa de Leste, nasceu na cidade de Germiston, na África do Sul, em 1927. Em 1947 licenciou-se em Medicina e Ciências pela Universidade de Witwatersrand, em Joanesburgo, e em 1952 viajou para Reino Unido, onde se doutorou no Laboratório de Física Química da Universidade de Oxford.
Em 1956 ingressou na Unidade do Medical Research Council do Cavendish Laboratory (Cambridge, Reino Unido), onde veio a dirigir os laboratórios de Biologia Molecular e de Genética Molecular. Em 1992, apesar de atingir a idade de reforma, continuou a trabalhar, designadamente como diretor do Instituto de Ciências Moleculares, em Berkeley, na Califórnia, que ele próprio instituiu em 1995, e do qual se retirou em 2000.
No início da carreira trabalhou sobre genética molecular de bactérias e bacteriófagos. Com François Jacob (1920-2013) e Matthew Meselson (1930-) descobriu o RNA mensageiro, que lhe valeu o Lasker Award, em 1971.
Em parceira com Francis Crick (1916-2004), demonstrou que o código genético é composto por tripletos. Na década de 60 começou a trabalhar no C. elegans (Caenorhabditis elegans), determinando este animal vermiforme como uma ferramenta indispensável à análise de processos biológicos complexos. Ao estudar os vertebrados, identificou o peixe Fugu como um modelo relevante para a análise genómica. Com este trabalho foi novamente premiado (Lasker Award).
Em 2001 foi nomeado Distinguished Professor pelo Salk Institute for Biological Studies, em La Jolla, Califórnia, e em 2002, juntamente com H. Robert Horvitz (1947-) e John E. Sulston (1942-2018), obteve o Prémio Nobel em Fisiologia ou Medicina, pelas descobertas relacionadas com “a regulação genética do desenvolvimento dos órgãos e pela morte celular programada”.
Pioneiro da genética e da biologia molecular, foi autor de centenas de publicações, presidente-fundador do Okinawa Institute of Science and Technology Promotion Corporation (OIST P.C.), no Japão, e senior distinguished fellow do Crick-Jacobs Center for Theoretical and Computational Biology do Salk Institute, nos E.U.A.
Sobre Nuno Teotónio Pereira (up.pt)
Sobre Vittorio Gregotti (up.pt)
Sobre Sydney Brenner (up.pt)
Sobre Raúl Chorão Ramalho (up.pt) SI Bartolomeu Costa Cabral | Fundação Instituto Marques da Silva (up.pt)
Sobre Nuno Portas (up.pt) Sobre Álvaro Siza Vieira (up.pt)
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