INSUDAR
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Passei esta semana em Macau (em trabalho!). Mais do que ir ao encontro da Região, foi ela que veio ao meu encontro. Macau aconteceu-me aos poucos. Primeiro a Universidade de Macau, depois o centro histórico, por fim os prédios gigantescos exibindo-se em formas extravagantes, competindo entre si em altura e dourados. Confesso que me surpreendeu este kitsch arquitectónico por contrastar com a personalidade dos macaenses – discreta, distinta e afável. Gostei de imediato da universidade, da cidade e dos seus habitantes. Mas tive a vantagem de a minha visita ter sido mediada por um bom amigo e um apaixonado por Macau. Conheço o João Veloso há quase 40 anos (fizemos as contas à hora do almoço). Fomos Colegas na FLUP e depois na Reitoria (fez parte da equipa reitoral do primeiro mandato do Reitor António de Sousa Pereira, que também integrei). Sempre nutri por ele uma grande admiração intelectual e uma enorme simpatia. E por isso fiquei muito feliz quando percebi a forma como, na Universidade de Macau, onde ele coordena o Departamento de Português desde há três anos, é um linguista respeitado e estimado por estudantes, colegas e dirigentes (disse-me o Diretor da Faculdade de Artes e Humanidades que o João foi a melhor coisa que havia acontecido à instituição nos últimos tempos).
Um dos traços que sempre apreciei no João é a sua cordialidade, a forma amável e graciosa como nos faz sentir que sabe que estamos ali. Apresentou-me Macau como se estivesse a dar-me um presente, comprazendo-se com a minha descoberta do verde exuberante que envolve a ilha, da livraria portuguesa no centro histórico – e da minha escapadela, sozinha, durante uma tarde, para o encanto nervoso de Hong Kong.
Nas nossas conversas, o João falou-me de Macau com o orgulho de anfitrião local. Revelou-me que a empatia com a região havia sido imediata, contou-me como (apesar das saudades da família) gostava de tudo: da terra, dos cheiros, das pessoas. Ouvindo-o, observando a elegância natural como se curva para cumprimentar, agradecer, e interagir com os locais, pensei no que Carlos Morais José disse de Camilo Pessanha, que passou mais de três décadas em Macau: que partilham os mesmos atributos, que são de certo modo duplos um do outro.
Falámos também do clima, de que os europeus tantas vezes se queixam, e que apraz ao João. “Também a mim!”, exclamei. E expliquei: tenho a pele sequíssima, quando vou para climas com grande humidade, todo o meu corpo agradece – a pele do rosto, em especial. Enquanto a maioria das pessoas exsuda, eu insudo (acabei de inventar uma palavra!). E por isso, agora que estou em Pequim (em trabalho!), sinto que tenho ainda um pouco de Macau dentro de mim.
Fátima Vieira Vice-Reitora para a Cultura e Museus
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Cerca de 12 mil pessoas já foram à Aula do Visível
Exposição que reúne mais de 120 obras da Coleção da Fundação Ilídio Pinho prolonga-se até 31 de maio. E há um programa alargado de visitas orientadas para usufruir. Exposição inédita propõe uma "viagem" pela história da arte portuguesa dos últimos 145 anos. Foto: U.Porto
É com um programa alargado de visitas orientadas que entramos no último mês da Aula do Visível – Obras da Coleção da Fundação Ilídio Pinho, a exposição que, menos de três meses após a inauguração, já levou cerca de 12 mil pessoas ao renovado Edifício Abel Salazar da Universidade do Porto (Largo do Prof. Abel Salazar). Sabia que pode agendar uma visita guiada? Há novas propostas para apontar na agenda até ao próximo dia 31 de maio… Aberta ao público – com entrada gratuita – desde o passado dia 11 de fevereiro, esta inédita exposição convida a explorar dois andares de peças de arte moderna e contemporânea portuguesa dos últimos 145 anos. Ali, disponível para a elasticidade tanto de sinapses como dos afetos, é um território para lavrar a nossa história também visual. De peito aberto a reinterpretações. E porque não fazê-lo com a ajuda de especialistas? Mais de 500 pessoas já fizeram visitas guiadas. A sentir-se desafiado?…
Visitas de autor
No próximo dia 30 de abril às 18h00, o curador Miguel Von Hafe Pérez, irá conduzir uma vista guiada pelas várias salas da exposição. A entrada é livre, mas requer inscrição obrigatória AQUI.
No dia 10 de maio (calha a um sábado), às 11h00, iremos embarcar numa viagem identitária pela Arte, Academia & Colecionismo. Ao “leme deste navio” estará Fátima Lambert, Professora Coordenadora — Estética e Educação — na Escola Superior Educação/Politécnico do Porto, onde coordena a licenciatura em Gestão do Património e o Mestrado em Património, Artes e Turismo Cultural. No sábado seguinte (dia 17 de maio), também às 11h00, abriremos caminho à identificação de Corpos, paisagens e a ilusão de tempo capturado, um percurso não cronológico pela Aula do Visível. Aceitando este convite, terá à sua espera Gabriela Vaz Pinheiro, docente da Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto (FBAUP), onde dirige o Mestrado em Arte e Design para o Espaço Público. Lecionou na Central St. Martins College of Art & Design, em Londres, entre 1998 e 2006, e tem realizado trabalho curatorial com várias coleções institucionais e também em contextos expositivos alternativos. É membro Integrado do i2ads, Instituto de Investigação em Arte Design e Sociedade.
Com entrada livre, a exposição Aula do Visível também pode ser explorada através de laboratórios artísticos e visitas guiadas por especialistas. (Foto: U.Porto)
Mesmo a encerrar a exposição, no dia 31 de maio, às 11h00, vamos fixar uma Tábua das matérias. Dos lugares de vida e morte, do visível e do invisível e de coisas avulsas que a arte inventa. Para este exercício seguiremos o olhar de Laura Castro, licenciada e mestre em História de Arte pela Faculdade de Letras (FLUP), e doutorada em Arte e Design pela FBAUP. Integra o Centro de Investigação em Ciência e Tecnologia das Artes da Universidade Católica do Porto e tem extenso currículo no setor cultural bem como em museus e galerias de arte. Foi diretora regional de Cultura do Norte. Outras visitas guiadas
Não consegue conciliar a agenda para vir cá num sábado? Não há problema… A historiadora de arte e mediadora cultural Susana Pacheco Barros também está à sua espera! Quando? Todas as segundas-feiras às 15h00 e todas as sextas-feiras às 17h00. Se não tiver disponibilidade a estas horas, basta enviar um e-mail e poderemos agendar outras visitas por marcação. Há também um programa conjunto de atividades educativas direcionadas para escolas, nomeadamente para o Pré-escolar (dos 3 aos 5 anos de idade), para o 1.º Ciclo (dos 6 aos 9 anos de idade), para o 2.º e 3.º Ciclos (dos 10 aos 15 anos de idade), para o Secundário (dos 16 aos 18 anos de idade) e ainda para as Universidades Seniores.
Partindo das obras que se encontram expostas, o objetivo é trabalhar transversalmente a criatividade e o pensamento crítico, recorrendo a atividades exploratórias e interpretativas. E é, precisamente, para que possa ter uma outra experiência de lugar, de exploração criativa, que organizámos, em simultâneo, um programa de Laboratórios Artísticos.
Todas as iniciativas / visitas guiadas requerem inscrição prévia, enviando e-mail para: cultura@reit.up.pt
A exposição Aula do Visível – Obras da Coleção da Fundação Ilídio Pinho encontra-se patente no renovado edifício Abel Salazar (ao Largo do Prof. Abel Salazar) e pode ser visitada de segunda-feira a sábado, das 10h00 às 17h30. A entrada é livre.
Fonte: Notícias U.Porto
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Uma viagem pelo asfalto. O rock no Porto nos anos oitenta. Entrevista com Sérgio Castro (Trabalhadores do Comércio)
Nesta entrevista, o músico partilha memórias, histórias de bastidores e reflexões sobre o espírito criativo de uma época que desafiou convenções e ampliou horizontes.
Esta "revolução cultural" pode ser revivida na exposição Uma viagem pelo asfalto. O rock no Porto nos anos oitenta, patente na Casa Comum. A entrada é livre!
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Abril na U.Porto
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Para conhecer o programa da Casa Comum e outras iniciativas, consulte a Agenda Casa Comum ou clique nas imagens abaixo.
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Uma viagem pelo asfalto. O rock no Porto nos anos oitenta
Entrada livre. Mais informações aqui
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Histórias para Salvar – 10 Anos do Banco Português de Cérebros
Entrada Livre. Mais informações aqui
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Aula do Visível | Exposição de Obras da Coleção da Fundação Ilídio Pinho
Exposição | Edifício Abel Salazar Entrada livre. Mais informações aqui
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CIDAAD – II Ciclo de Cinema Alemão
Entrada Livre. Mais informações aqui
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Aula do Visível – Obras da Coleção da Fundação Ilídio Pinho | Programa de Laboratórios Artísticos
Laboratórios artísticos | Edifício Abel Salazar Entrada Livre. Mais informações e inscrições aqui
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Aula do Visível – Obras da Coleção da Fundação Ilídio Pinho | Programa de Visitas Orientadas
Visitas orientadas | Edifício Abel Salazar Entrada Livre. Mais informações e inscrições aqui
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KULTURfest Festival de Culturas de Expressão Alemã
Entrada Livre. Mais informações aqui
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Aula do Visível | Visita guiada pelo curador Miguel von Hafe Pérez
Visita guiada | Edifício Abel Salazar Entrada Livre. Mais informações e inscrições aqui
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Poesia, Substantivo Feminino | Apresentação da antologia poética
Apresentação de livro | Casa Comum Entrada Livre. Mais informações aqui
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A cooperação internacional na visão de Joon-Kon Chung | Conferência
Entrada Livre. Mais informações aqui
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Club di Lettura Italiano 2025 | Clube de Leitura Italiano 2025
12 JUN, 17 SET, 29 OUT e 11 DEZ'25 | 19h00 Literatura | Casa Comum e ASCIPDA Entrada Livre. Mais informações e inscrição aqui
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SEIOS, 300 DESENHOS
Exposição | Galeria da Biodiversidade – Centro Ciência Viva, Museu de História Natural Entrada Livre. Mais informações aqui
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Gemas, Cristais e Minerais
Exposição | Museu de História Natural e da Ciência U.Porto Entrada Livre. Mais informações aqui
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Corredor Cultural
Condições especiais de acesso a museus, monumentos, teatros e salas de espetáculos, mediante a apresentação do Cartão U.Porto.
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Artistas representados na exposição Aula do Visível – Obras da Coleção da Fundação Ilídio Pinho
Maria Helena Vieira da Silva
Vieira da Silva (Lisboa, 1908 - Paris, 1992)
Maria Helena Vieira da Silva, filha única de Marcos Vieira da Silva e Maria da Silva Graça, nasceu em Lisboa em 1908. Teve aulas privadas de música, desenho e pintura e cursou Anatomia, por interessa na escultura, na Escola Médica de Lisboa. No final dos anos 20 fixou-se em Paris para estudar escultura com Antoine Bourdelle (1861-1929) e Charles Despiau (1874-1946), mas acabaria por preterir essa disciplina artística pela pintura, arte que desenvolveu com consagrados artistas como Fernand Léger (1881-19559 ou Roger Bissière (1886-1964). Também estudou gravura no reputado ateliê de S.W. Hayter (1901-1988).
Nesse período de formação fez várias viagens e deixou-se influenciar pela obra do artista uruguaio Joaquín Torres-García (1874-1949), sem deixar de considerar Paul Cézanne (1839-1906) Henri Matisse (1869-1954) e os grandes mestres do modernismo.
A sua obra foi-se então afastando do real até chegar à abstração, em composições complexas e quadriculadas. Nos anos 30 Vieira da Silva estreou-se a expor de forma individual (1933) na Galerie Jeanne-Bucher. Viu a sua obra ser apresentada em Portugal (1935) por António Pedro (1909-1966) e participou no coletivo de artistas parisienses “Amis du Monde” (1936).
Na sua pintura desses tempos adensou-se a estrutura compositiva arquitetónica, e os temas tratados passaram a ser cada vez mais politizados, com a aproximação da guerra. Em 1939, apátrida e com um marido judeu, foi obrigada a voltar ao país de origem. Ao ser-lhe recusada a cidadania portuguesa, Helena e o marido exiliaram-se no Brasil, no Rio de Janeiro (1940-1947), onde se dedicam à pintura e ao ensino e contactam com artistas brasileiros, como os poetas Murilo Mendes (1901-1975) e Cecília Meireles (1901-1964) e o pintor Carlos Scliar (1920-2001).
Em 1948 o seu trabalho foi publicamente reconhecido pelo Estado Francês, através da compra de uma obra sua, que desencadeou uma auspiciosa fase da sua produção artística, durante a qual teve a oportunidade de colaborar com escritores e artistas.
Nos anos 50 naturalizou-se francesa (1956) e tornou-se uma artista internacional, conhecida pelas composições líricas, onde, de forma muito pessoal, funde a figuração e a abstração.
A consagração chegou nas décadas seguintes. A sua arte foi exibida pelo mundo, nomeadamente em exposições retrospetivas na Europa e a França conferiu-lhe múltiplas condecorações (Chevalier e Commandeur de l’Ordre des Arts et des Lettres em 1960 e 1962 e o Grand Prix National des Arts em 1966). No Brasil alcançou ainda o Prémio Internacional de Pintura na Bienal de São Paulo (1961).
Foi então convidada a fazer importantes obras como: a primeira tapeçaria na Manufacture de Beauvais (1965); a decoração dos vitrais da igreja de Saint-Jacques em Reims (1966); o desenho de cartazes da Revolução de 25 de Abril de 1974 (editados pela Fundação Calouste Gulbenkian em 1975) e do Ano da Paz da UNESCO (1986) e ainda a decoração da estação da Cidade Universitária do Metropolitano de Lisboa (1988), com a ajuda de Manuel Cargaleiro.
Em 1977 Portugal condecorou-a com a Grã-Cruz da Ordem de Sant’Iago de Espada.
Viúva, passou o final de vida a trabalhar em Paris. Foi eleita Membro da Royal Academy of Arts de Londres (1988) e ordenada Officier de la Legion d’Honneur (França, 1991) e assistiu ainda à criação, em Lisboa, da Fundação Arpad Szenes-Vieira da Silva (1990).
Maria Helena Vieira da Silva está representada em grande coleções nacionais e em alguns dos principais museus internacionais em países como a França (Centre Georges Pompidou, Paris), os E.U.A (MoMA e o Guggenheim Museum, Nova Iorque; Walker Art Center, Minneapolis e Art Institute of Chicago), a Inglaterra (Tate Collection, Londres e Ashmolean Museum de Oxford), a Espanha (Museo Thyssen-Bornemisza, Madrid) e o Brasil (Pinacoteca do Estado de São Paulo).
Scenic railway, 1957, óleo sobre tela.
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Meio século do ICBAS revisitado em novo livro da AEICBAS e da U.Porto Press
ICBAS – 50 Anos, 50 Personalidades tem lançamento marcado para 29 de abril, na Biblioteca de Química do Edifício Abel Salazar. Entrada livre. Esta é uma publicação conjunta da AEICBAS e da U.Porto Press, no contexto das comemorações do cinquentenário do ICBAS / FOTO: U.Porto Press
São histórias de 50 pessoas que, ao longo de meio século, passaram pelo Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS), da Universidade do Porto (U.Porto), vendo “as suas vidas marcadas” por esta instituição. Estas histórias derivam de salas de aula e laboratórios, mas também de feitos científicos e outros aspetos da vida desta comunidade. ICBAS – 50 Anos, 50 Personalidades, que surge no âmbito das comemorações do cinquentenário do ICBAS, é uma publicação conjunta da Associação de Estudantes do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (AEICBAS) e da U.Porto Press.
O lançamento do livro está marcado para 29 de abril, às 18h30, na Biblioteca de Química do Edifício Abel Salazar (Largo do Prof. Abel Salazar, 4050-366 Porto).
Na sessão intervirão Nuno Grande (filho do Professor Nuno Grande), Ana Povo, Secretária de Estado da Saúde, António de Sousa Pereira, Reitor da U.Porto, Henrique Cyrne Carvalho, Diretor do ICBAS, Alexandre Quintanilha, professor catedrático jubilado do ICBAS, e Pedro Moreira, presidente da AEICBAS.
A entrada é livre e gratuita.
ICBAS: meio século de história por 50 personalidades
50 anos de um legado de irreverência. É este o mote das celebrações em curso no ICBAS, para assinalar as cinco décadas de existência da instituição que, desde 1975, assume como pilares fundadores a ligação do ensino à investigação, o cruzamento de saberes de diferentes áreas do conhecimento e uma particular atenção à sociedade envolvente. Pedro Moreira destaca, no Prólogo desta obra, o “espírito inquieto” que carateriza o ICBAS desde a sua fundação. Um espírito “de quem se recusa a aceitar fronteiras entre o conhecimento, de quem acredita que a ciência e a humanidade devem andar de mãos dadas”. Segundo o também finalista do Mestrado Integrado em Medicina da mesma instituição, mais do que formar “médicos, biólogos, veterinários, cientistas (…)”, o ICBAS forma pessoas.
Como resumiria a sua trajetória pessoal e profissional? Pode partilhar uma história marcante da sua experiência no ICBAS? Qual considera ser a maior conquista no/do ICBAS? O que sugeriria para o futuro do ICBAS nos próximos 50 anos?
ICBAS – 50 ANOS, 50 PERSONALIDADES revisita o passado e projeta o futuro do ICBAS, celebrando a sua história e espírito pioneiro. (Foto: U.Porto Press)
As perguntas mantêm-se, mas os interlocutores variam. Foram 50 os escolhidos para contar a sua história na nova publicação ICBAS – 50 Anos, 50 Personalidades; para dar testemunho da sua experiência de trabalho, e de vida, no ICBAS, entre os quais os próprios intervenientes na sessão de lançamento do livro. Contudo, como salienta Pedro Moreira, esta é “apenas uma pequena amostra de uma comunidade muito maior”.
As histórias que compõem a obra “foram organizadas numa tentativa cronológica, considerando o primeiro contacto de cada um com o ICBAS, numa linha que atravessa o tempo sem impor importâncias ou prioridades”.
Este “tributo coletivo” homenageia, ainda, o professor, investigador e médico Nuno Grande, pelo seu papel central e ativo na criação e consolidação do ICBAS, bem como “na afirmação da Medicina e das políticas de Saúde Pública em Portugal”, defendem os seus filhos.
O livro não se limita, ainda assim, a revisitar o passado. Pretende, também, projetar o futuro de uma instituição inovadora, com um espírito pioneiro.
ICBAS – 50 Anos, 50 Personalidades está disponível na loja online da U.Porto Press, com um desconto de 10%.
Fonte: U.Porto Press
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Há novos podcasts no espaço virtual da Casa Comum |
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150. Raiana, Teresa Almeida Subtil
“Raiana”, de Teresa Almeida Subtil, in Rio de infinitos / Riu d’anfenitos, março de 2017.
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2. Os ciganos/as não se querem integrar?
O segundo episódio explora, juntamente com Sónia Matos, mediadora intercultural e fundadora da AMUCIP (Associação de Mulheres Ciganas Portuguesas), a questão da inclusão das comunidades ciganas em Portugal. Faz-se uma viagem pelo tempo até às primeiras leis repressivas oficialmente definidas em 1562, ano em que se incentivava o impedimento da entrada de pessoas ciganas nas fronteiras. Seguidamente, reflete-se sobre as flutuações desse texto legislativo que embora permitam, numa fase posterior, a entrada e permanência de pessoas ciganas em território português, as despem dos seus costumes, identidades e práticas culturais. Finalmente, analisa-se o impacto prolongado destas políticas de assimilação forçada e os seus efeitos persistentes nos processos de integração e reconhecimento pleno das pessoas ciganas na sociedade portuguesa contemporânea.
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Alunos Ilustres da U.Porto
Augusto Gomes
Auto-retrato • 30 x 20 • Desenho • sem data • Coleção particular
Augusto de Oliveira Gomes nasceu em Matosinhos a 12 de julho de 1910. Era filho de António Gomes de Oliveira e de Ana Gomes da Silva. Em 1927 terminou o Curso Geral dos Liceus no Liceu Rodrigues de Freitas, no Porto, e, de seguida, matriculou-se no Curso Preparatório da Escola Superior de Belas Artes do Porto (ESBAP, atuais Faculdades de Belas Artes e de Arquitectura da Universidade do Porto), com o intuito de cursar pintura.
Ainda estudante, na transição dos anos 20 para os 30, expôs com o grupo + Além.
Em 1931 concluiu o Curso Preparatório na Escola de Belas Artes de Lisboa, para onde se havia deslocado. No ano seguinte, de novo no Porto, deu continuidade aos seus estudos na ESBAP, primeiro no Curso Especial, depois no Curso Superior de Pintura.
Nesta Escola foi aluno dos pintores José de Brito (1855-1946), Acácio Lino (1878-1956) e Joaquim Lopes (1886-1956), experimentou o Curso Especial de Escultura (1936/1937) e terminou o curso de Pintura em 1941 com a classificação de 19 valores. Seguir-se-ia uma fase da sua vida dedicada ao ensino.
Festa popular, óleo sobre tela (264x238cm) da coleção da Câmara Municipal de Matosinhos.
Entre os anos 30 e 40 lecionou em várias escolas do país (escolas industriais de Bragança, Viana do Castelo e Viseu; na Escola Faria Guimarães, no Porto, e na Marquês de Pombal, em Lisboa), vindo a pôr fim a esta atividade em 1944 para se dedicar inteiramente à arte. Nos anos 50 fez duas viagens de estudo (uma a Espanha e França, em 1954, e outra à Bélgica, em 1958) e regressou ao ensino, desta vez ao universitário, na ESBAP. Em 24 de maio de 1958 foi nomeado professor assistente do 5.º Grupo. Em 1962 defendeu Provas de Agregação. E em 22 de julho de 1964 passou definitivamente a Professor. Durante este ano foi, também, designado membro da Junta Nacional da Educação.
Como professor participou nas exposições Magnas da ESBAP, nas Missões Estéticas de Férias e em viagens de estudo: a Paris, a Bruxelas e a algumas cidades de Itália e de Inglaterra.
Na ESBAP exerceu funções de Bibliotecário, entre 1968 e 1972, as de Secretário, entre 1972 e 1974, e manteve o cargo de professor até à Revolução de 25 de Abril de 1974, altura em que se reformou.
No ano da sua aposentação participou numa exposição coletiva dos artistas do concelho de Matosinhos, que teve lugar no Orfeão de Matosinhos.
Em 1975 esteve representado na Exposição/Levantamento da Arte do Século XX no Museu Nacional Soares dos Reis, no Porto. A sua arte distribuiu-se pela pintura, cerâmica, vitral, tapeçaria, mosaico, ilustração, litografia, xilogravura, figurinos e cenografia.
Exemplos da sua versátil e premiada obra são os frescos da capela-mor da Igreja de Nossa Senhora da Conceição, no Porto; o mural de cimentos coloridos e pedra, colocado no exterior do edifício Vouga e os mosaicos da fábrica da Companhia União Fabril Portuense, no Porto; o fresco no átrio do Hotel Ofir; o mural no Posto de Turismo de Matosinhos; os painéis do Hotel da Batalha e da Livraria Portugália, no Porto, e do Hotel Porto-Mar, em Matosinhos, e ainda os figurinos e maquetas executados para cenários do Teatro Experimental do Porto, entre 1953 e 1958.
Além dos certames já referidos também expôs no Ultramar e no estrangeiro, nomeadamente no Brasil, onde fez parte da delegação portuguesa à II Bienal de S. Paulo.
Os seus trabalhos integram coleções nacionais, do Brasil e dos E.U.A., e figuram nos museus de Bragança e de Luanda e no Museu Nacional de Soares dos Reis, no Porto.
Faleceu em Matosinhos em 28 de outubro de 1976.
Sobre Augusto Gomes (up.pt)
Museu da Quinta de Santiago acolhe novo quadro de Augusto Gomes
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