QUEIMA DAS FITAS

​​EU University & Culture Summit / Day 1, Afternoon

Lembro-me sobretudo da alegria que explodia dos nossos sonhos e transbordava para a cidade. Das filas de familiares, amigos e vizinhos que bordejavam as ruas chegavam-nos beijos e flores. Lembro-me nitidamente de descermos os Clérigos (o cortejo começava então no Palácio). Lembro-me de, depois da curva da Torre, ter visto um mar de bengalas e cartolas e de ter olhado para trás e ter visto como mais bengalas e cartolas formigavam desde a Cordoaria. Lembro-me de ter pensado que o futuro era um ponto de interrogação para todos nós. Lembro-me de ter sentido excitação e medo. Lembro-me de termos cantado Amores de Estudante e arriscado algumas coreografias ao som de palavras de ordem que entretanto esqueci. Lembro-me de ter encontrado o Alexandre Magalhães (atualmente professor na Faculdade de Ciências), que não via desde o 8.º ano no António Nobre, e de ter ficado contente por o ver. Não me lembro de ter passado pela Tribuna, pelo que creio ter abandonado o cortejo antes de este por lá ter passado. Lembro-me de ter ido depois jantar com os Colegas de Curso (quase só mulheres, era assim então em Letras) e de termos combinado que, todos os anos, nos encontraríamos para jantar no dia do Cortejo. E tem sido assim.


Na passada terça-feira, encontrámo-nos no João Ratão, em Matosinhos. Foi o nosso 39.º jantar. E foi novamente sobretudo alegria, embora agora mais serena. No regozijo da festa estrondaram, contudo, ainda desejos e expectativas e compromissos. E fiquei feliz por ter sido assim.


Admito que, na terça-feira, ao final da tarde, ao ir da Reitoria para casa, me senti frustrada por causa do trânsito cortado, das ruas apinhadas e do lixo que a turba ia deixando. Admito que não gosto da praxe, ou do que a maior parte das práticas praxistas faz aos estudantes (no “meu tempo” não havia praxe, pelo menos na Faculdade de Letras). Mas ao regressar do jantar com os meus Colegas da Faculdade, senti-me apaziguada com o bulício extremo por que a cidade é tomada durante a semana. Afinal, a Queima é isso mesmo: um ritual por que todos passámos, num misto de entusiasmo e medo, na entrada na vida verdadeiramente adulta. É isso que celebramos. Isso e os sonhos dos estudantes que, felizmente, continuam a explodir para desenharem o nosso futuro. E senti alegria por pensar que é assim.



Fátima Vieira

Vice-Reitora para a Cultura e Museus

U.Porto exibe primeiros filmes de Alfred Hitchcock

O ciclo de cinema Alfred Hitchcock: In the  Beginning decorre entre 16 de maio e 6 de junho, sempre às  sextas-feiras, às 18h30. Entrada livre.

 The Pleasure Garden (1925) vai inaugurar o ciclo dedicado ao mestre do suspense. Foto: DR

São quatro filmes que marcaram a evolução e fixaram o caráter identitário do mestre do suspense e vão “passar”, de 16 de maio a 6 de junho, sempre às 18h30, na Casa Comum (à Reitoria) da Universidade do Porto, no âmbito do ciclo Alfred Hitchcock: In the Beginning.


Existe aquele momento primordial. Reconhecido depois como portador de um cunho identitário absolutamente inconfundível. É nesse vinco da história que vamos fixar o olhar.


Considerado um dos mais influentes realizadores da história do  cinema, Alfred Hitchcock (1899–1980) construiu uma obra marcada por uma abordagem psicológica de suspense, com um rigoroso domínio técnico e um  estilo visual inconfundível. De Psycho a Rear Window, Vertigo ou North by Northwest, Hitchcock realizou mais de 50 filmes ao longo de cinco décadas, sendo que muitos deles se tornaram clássicos do cinema.


Apesar de nunca ter vencido um Óscar de Melhor Realizador, foi nomeado cinco vezes e recebeu, em 1968, o Irving G. Thalberg Memorial Award, um prémio honorário da Academia. Com um impacto incontornável, a  sua forma de fazer cinema influenciou, e continua a influenciar,  gerações de cineastas.


A sua primeira longa-metragem, The Pleasure Garden (1925), foi filmada parcialmente na Alemanha com o apoio dos estúdios UFA, num contexto de coprodução internacional e num momento em que o jovem realizador ainda ganhava experiência como argumentista e assistente de realização. O filme revelou desde logo o interesse de Hitchcock por temas como o voyeurismo, o desejo e a dualidade moral — marcas que vão atravessar toda a sua carreira.

Quatro filmes em cartaz

É, precisamente, com este filme sobre ambição, ciúme e as armadilhas da ambição social que, a 16 de maio, se dá início ao ciclo Alfred Hitchcock: In the Beginning.


A programação segue a 23 de maio com The Lodger (1927), inspirado na figura de Jack, o Estripador. O inquilino de uma pensão (Ivor Novello) torna-se suspeito de uma série de assassinatos, criando uma sensação de paranóia e suspense no ambiente nebuloso da  cidade de Londres. É considerado ser o primeiro filme onde Hitchcock estabelece a sua assinatura temática e estética, com o motivo recorrente do “inocente perseguido”.

The 39 Steps (1935), de Alfred Hitchcock, vai passar dia 6 de junho, na Casa Comum. (Foto: DR)

A 30 de maio, será exibido Blackmail (1929), o primeiro filme sonoro do realizador. Neste trabalho, a  introdução da palavra falada — ainda em transição do cinema mudo —  surge-nos de forma criativa, com o objetivo de potenciar o suspense e  explorar o trauma da protagonista. Este thriller (sobre uma  mulher que esfaqueia um artista e depois é chantageada) inaugura a  “tradição” de Hitchcock de usar marcos famosos como pano de fundo para  sequências de suspense. É o caso de uma cabine telefónica utilizada para  atividades criminosas, assim como uma cena de ação que decorre na  cúpula do Museu Britânico. O filme já explora a utilização do som para  criar a sensação de suspense.


O ciclo termina a 6 de junho com The 39 Steps (1935), obra que solidificou a fama de Hitchcock junto do público britânico e internacional. O filme articula mistério, humor e romance, e  introduz dois elementos icónicos da sua filmografia: a figura da “loira  hitchcockiana” (aqui representada por Madeleine Carroll) e o  “MacGuffin”, um elemento narrativo de motivação, ou um objeto de desejo  que impulsiona a narrativa e que raramente é o que parece.


O ciclo Alfred Hitchcock: In the Beginning é promovido pela Casa Comum e pela Associação Luso-Britânica do Porto, com curadoria do Departamento de Estudos Anglo-Americanos da Faculdade  de Letras da U.Porto (FLUP).


Todas as sessões têm início às 18h30 e são antecedidas por uma breve contextualização a cargo de Mark Poole, professor da FLUP e especialista em estudos cinematográficos e  literatura britânica.


A entrada é gratuita, ainda que sujeita à lotação da sala.


Mais informações AQUI.


Fonte: Notícias U.Porto

Os Hospital Psiquiátrico vão estar ao vivo na Casa Comum

25 anos depois, a pioneira banda portuense de  música industrial volta a subir ao palco no próximo dia 17 de maio, às  22h00. Entrada livre.

Os Hospital Psiquiátrico vão atuar na Casa Comum após uma pausa de 25 anos. (Foto: DR)

É o primeiro evento paralelo à exposição Uma viagem pelo asfalto. O rock no Porto nos anos oitenta e, como faria todo o sentido, o desafio é feito através da música. Os icónicos Hospital Psiquiátrico vão estar ao vivo na Casa Comum (à Reitoria) da Universidade do Porto. Vai ser no próximo dia 17 de maio, sábado, às 22h00.


É provável que consiga reconhecer alguns dos instrumentos que vai  encontrar em palco, sendo que há também novas aquisições. Introduziram a  sarronca (um membranofone), uma noise box (caixa de música,  feita em madeira, e que dá à manivela) com molas, uma escova de arame,  dois xilofones improvisados e uma campainha de bicicleta aberta ao meio.  Mantiveram a guitarra, o baixo, os objetos metálicos, a bateria, samplers, pedais, computadores e algumas máquinas industriais.


É este o contexto em que a música assume um papel de estímulo à  reflexão e ao pensamento crítico. À crueza metálica das performances faz-se corresponder uma intensidade cutânea e emocional. Com os mesmo ideais de liberdade criativa e após uma pausa de 25 anos, eis que os Hospital Psiquiátrico estão de volta aos palcos!


Dos anos 1980 chegam-nos fotografias de cenários com cabos de  eletricidade, molas de arame, máquinas de lavar (talvez roupa) esventradas, tambores esféricos e ferramentas elétricas, tudo passível  de conversão sonora. “Moldado por máquinas”, “agonia industrial”,  “acorda neste inferno obsceno” e “o meu ego está em chamas a cidade  levou-me” são alguns dos temas de 2.º Electrochoque, álbum de 1989, lançado dois anos após o surgimento desta banda pioneira da música industrial portuguesa.

Os Hospital Psiquiátrico  apostam numa fusão das artes plásticas e das artes performativas com a música experimental, música avant-garde e a música industrial. Foto: DR

Poderia ter ser sido para cortar mármore ou cerâmica, mas neste caso  serviu para operar um bidão metálico, semelhante a tantos que nos habituámos a ver abandonados em terrenos em fase de construção. Foi de rebarbadora elétrica em riste que subiram ao palco do Teatro Sá da  Bandeira, em 2000, para o último concerto desta primeira fase de vida da  banda, no âmbito do Festival Hall of Dreams.


As fotografias e os vídeos dos concertos ao vivo podem ser vistos, sem pressas, no website d’ O Rock no Porto nos Anos 80. Uma viagem pelo asfalto, lançado aquando da inauguração da exposição homónima, na Casa Comum.


Das fábricas, das ruas, das obras e da cidade em permanente  edificação, obedecendo a lógicas puramente comerciais, diretamente para o  som do palco, a música dos Hospital Psiquiátrico a escancarar-nos o quotidiano em que se tornou a vida urbana.

25 anos depois…

Questões que se foram agravando, ao longo dos anos, fazendo  agora levantar outros problemas como o da “gentrificação”, que “afasta  os habitantes das cidades”, ou o da “urgência da preservação ambiental”.  É tempo de “acordar e pensar no que queremos como sociedade. Qual o  nosso objetivo como civilização: a preservação ou a destruição?” lança Paulo Afonso, vocalista da banda.


Um quarto de século depois, em tempos “perturbadores”, em que as notícias falsas circulam como se de verdade se tratasse, “de manipulação  da informação”, há outras mensagens que importa sublinhar, como a necessidade de “viver sem regimes opressores. Sermos (efetivamente) democratas!” Daí que, remata o artista, manter o nome da banda faça  “todo o sentido!”


Em busca de novas perspetivas e mantendo o compromisso com a  criatividade, a inovação e a expressão artística a banda tem dado  continuidade à exploração de novas fronteiras. Assumindo um caminho de interseção de diferentes formas de arte, os Hospital Psiquiátrico prometem uma fusão das artes plásticas e das artes performativas com a música experimental, música avant-garde e a música industrial, em nome de uma experiência mais imersiva. No contexto das apresentações ao vivo, a banda integra ainda elementos  visuais que complementam a experiência sonora, criando um ambiente  multissensorial.


Uma exploração dos limites da música e da arte, procurando visões  alternativas e desafiando convenções que, no fundo, sempre esteve  presente desde os primórdios da banda, agora constituída por Paulo "Noia" (voz, guitarra e programação), Billy (samplers, guitarra baixo e  percussão metálica), Guilhas (objetos metálicos, sarronca, galinha xoca,  noise box e voz), Jorge Belas (objetos metálicos e máquinas industriais), Olly (bateria) e Chiocca (guitarra baixo).


A galinha xoca… O que será? É vir cá para ver e ouvir. Dia 17 de maio, às 22h00, na Casa Comum.


A entrada é livre, ainda que limitada à lotação da sala.

Uma viagem no tempo

Inaugurada no passado dia 8 de abril, a exposição Uma viagem pelo asfalto. O rock no Porto nos anos oitenta propõe-se traçar um itinerário do rock português dos anos oitenta através da reunião objetos, fotografias, cartazes, recortes de jornais e capas de vinis de bandas como os GNR, os Taxi e os Trabalhadores do Comércio.


Com entrada gratuita, a exposição pode ser visitada até 20 de setembro de 2025,  de segunda a sexta-feira, entre as 10h00 e as 13h00, e das 14h00 às  17h30. Aos sábados, as portas da Casa Comum abrem das 15h00 às 18h00.


No website d’O Rock no Porto nos Anos 80 é também possível encontrar álbuns de bandas como Os Entes Queridos,  Repórter Estrábico ou Bramassaji, assim como telediscos, testemunhos,  vídeos e mais fotografias. 


Fonte: Notícias U.Porto

As visões do oriente no imaginário europeu em debate na Casa Comum

Conferência agendada para 12 de maio vai analisar as imagens do quotidiano chinês de Macau produzidas no contexto das trocas culturais sino-britânicas do século XIX.

No próximo dia 12 de maio, pelas 18h00, a Casa Comum – à Reitoria – da Universidade do Porto acolhe a conferência Representações do Quotidiano Chinês de Macau na Cultura Visual Vitoriana: a China Trade Art, integrada no ciclo Ásia e Europa – um futuro partilhado.


Entre os séculos XVIII e XIX, Macau ocupava um lugar singular como espaço de intersecção entre culturas, comércio e imaginários. No quadro das trocas entre a China e o Reino Unido — que incluiu não apenas mercadorias, mas também ideias, imagens e representações visuais — o China Trade Art.


Este tipo de produção artística, orientada para um público europeu, procurava fixar cenas do quotidiano chinês com uma estética acessível e exótica aos olhos ocidentais. São imagens que retratam o dia-a-dia das cidades chinesas portuárias, com destaque para figuras locais, embarcações, mercados, trajes tradicionais e cerimónias sociais e religiosas. São imagens que constituem hoje fontes relevantes para a compreensão dos modos de perceção (e apropriação) do Oriente pela cultura vitoriana.


Na conferência Representações do Quotidiano Chinês de Macau na Cultura Visual Vitoriana: a China Trade Art,  será feita uma “anatomia” da visão europeia — muitas vezes idealizada e  ajustada a conveniências políticas e económicas — e como essa herança  visual continua a influenciar o imaginário contemporâneo sobre a Ásia.


A comunicação estará a cargo de Rogério Miguel Puga, professor associado com agregação na Universidade Nova de Lisboa e investigador do  Centro de Estudos Ingleses, de Tradução e Anglo-Portugueses (CETAPS).


Com uma vasta produção académica nas áreas da história cultural do império britânico, relações anglo-portuguesas, literatura vitoriana e história de Macau, Rogério Miguel Puga tem publicado obras de referência  como The British Presence in Macau, 1635–1793 e Imagologia e Mito  Nacional. O seu percurso académico é marcado por uma abordagem  interdisciplinar, cruzando literatura, história, estudos pós-coloniais e  cultura visual.


Esta sessão insere-se no ciclo Ásia e Europa – um futuro partilhado, promovido pela Casa Comum da U.Porto, e convida o público a pensar criticamente os legados históricos (nem sempre visíveis, mas presentes) que ligam os dois continentes.


A entrada é livre, ainda que sujeita à lotação da sala. 


Fonte: Notícias U.Porto

Uma viagem pelo asfalto. O rock no Porto nos anos oitenta. Entrevista com Orlando Mesquita (King Fisher's Band)

Orlando Mesquita, dos King Fisher's Band, recorda o percurso da banda e destaca a importância dos circuitos  alternativos, das influências internacionais e da liberdade criativa que  marcou o espírito da época. 


Na Casa Comum, a exposição Uma viagem pelo asfalto. O rock no Porto nos anos oitenta reúne fotografias, capas de vinil, cartazes e recortes de imprensa que  revisitam esta revolução cultural. A entrada é livre. 

Maio na U.Porto

Para conhecer o programa da Casa Comum e outras iniciativas, consulte a Agenda Casa Comum ou clique nas imagens abaixo.

Uma viagem pelo asfalto. O rock no Porto nos anos oitenta

Até 20 SET'25 
Exposição | Casa Comum
Entrada livre. Mais informações aqui 

Aula do Visível | Exposição de Obras da Coleção da Fundação Ilídio Pinho

Até 31 MAI'25
Exposição | Edifício Abel Salazar
 Entrada livre. Mais informações aqui 

Aula do Visível – Obras da Coleção da Fundação Ilídio Pinho | Programa de Laboratórios Artísticos

Até 31 MAI'25
Laboratórios artísticos | Edifício Abel Salazar
Entrada Livre. Mais informações e inscrições aqui

Aula do Visível – Obras da Coleção da Fundação Ilídio Pinho | Programa de Visitas Orientadas

Até 31 MAI'25
Visitas orientadas | Edifício Abel Salazar
Entrada Livre. Mais informações e inscrições aqui

As tintas que revelam o Oriente – a China Trade Art 

12 MAI'25 | 18h00
Palestra | Casa Comum 
Entrada Livre. Mais informações aqui 

Quintas Brasileiras 2

15, 22, 29 MAI e 5, 12 JUN'25 | 18h30
Entrada Livre. Mais informações aqui 

Alfred Hitchcock: In the beginning | II Ciclo de cinema britânico

16, 23, 30 MAI e 6 JUN'25 | 18h30
Cinema | Casa Comum 
Entrada Livre. Mais informações aqui 

Hospital Psiquiátrico ao vivo na Casa Comum

17 MAI' 25 | 22h00
Concerto | Casa Comum 
Entrada Livre. Mais informações aqui 

[CON]TEXTUALIDADES | Encontros de Poetas

17 MAI' 25 | 16h00
Poesia | Casa Comum 
Entrada Livre. Mais informações aqui 

A História da Ásia Vista do Ocidente, com João Paulo Oliveira e Costa

19 MAI' 25 | 18h00
Palestra | Casa Comum 
Entrada Livre. Mais informações aqui 

Colectivo de Poesia - Poetas a várias vozes na Casa Comum | Ana Hatherly

20 MAI' 25 | 21h30
Poesia | Casa Comum 
Entrada Livre. Mais informações aqui 

Do arroz à globalização gastronómica

26 MAI' 25 | 18h00
Palestra | Casa Comum 
Entrada Livre. Mais informações aqui 

Club di Lettura Italiano 2025 | Clube de Leitura Italiano 2025

12 JUN, 17 SET, 29 OUT e 11 DEZ'25 | 19h00
Literatura | Casa Comum e ASCIPDA
Entrada Livre. Mais informações e inscrição aqui 

Gemas, Cristais e Minerais

01 MAR a 30 ABR'25
Exposição | Museu de História Natural e da Ciência U.Porto
Entrada Livre. Mais informações aqui 

Corredor Cultural

Condições especiais de acesso a museus, monumentos, teatros e salas de espetáculos, mediante a apresentação do Cartão U.Porto.
Mais informações aqui

Artistas representados na exposição Aula do Visível – Obras da Coleção da Fundação Ilídio Pinho

António Soares

António Soares (Lisboa, 1894 / 1978)

Artista modernista, autodidata e polimórfico - pintor, desenhador, ilustrador, designer, decorador, artista gráfico e publicitário, muito ativo a partir dos anos 10 do século XX.


De uma forma geral a sua obra (pintura, desenho, design e artes gráficas e publicitárias) foi marcada pelo gosto Art Déco, depois de ter visitado a Exposição das Artes Decorativas e Industriais Modernas de Paris, de 1925. O seu desenho, por seu turno, incorporou influências do artista francês de origem suíça Théophile Steinlen (1859-1923) e do Humorismo alemão.   


Na década seguinte a sua produção oscilou entre o moderno e o académico, em retratos elegantes e grandiosas composições decorativas. Dos anos 50 até ao fim da vida, pintou paisagens, retratos, cenas de género e composições históricas, e foi figura influente entre os primeiros designers nacionais.


Foi distinguido com o Prémio Columbano (1935 e 1949), o Grande Prémio na Exposição de Artes e Técnicas de Paris (1937) e a Medalha de Honra na Feira Internacional de Nova Iorque (1939), entre outros.

Les parisiènnes, óleo sobre tela de António Soares, de 1916, em exibição na 3.ª sala da exposição Aula do Visível.  


António Soares - Centro de Arte Moderna


MNAC: António Soares


Fundação Ilídio Pinho


FEUP Jazz Fest: o jazz sai à rua em Engenharia

Três dias de concertos ao ar livre é a proposta  do FEUP Jazz Fest, numa iniciativa do Comissariado Cultural da Faculdade de Engenharia e da Associação Porta-Jazz.

Os concertos do FEUP Jazz Fest vão decorrer no Empedrado Central da FEUP. Foto: DR

De 13 a 15 de maio, o jazz vai ecoar pelo campus da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP), numa iniciativa promovida pelo Comissariado Cultural da FEUP, em conjunto com a Associação Porta-Jazz.


O FEUP Jazz Fest propõe três dias de concertos ao ar livre, integrando músicos profissionais, estudantes e ainda o Grupo de Jazz da FEUP, um large ensemble constituído por docentes, técnicos e estudantes da U.Porto.


“O FEUP Jazz Fest, pensado pelo Comissariado Cultural e pela  Porta-Jazz, surge de uma colaboração contínua iniciada há mais de uma  década. Esta parceria tem proporcionado, ao longo dos anos, concertos de  jazz e música improvisada na FEUP, frequentemente associados ao  lançamento de novos álbuns do selo editorial Carimbo, da Porta-Jazz”, avança Mariana Vergueiro, responsável pelo Comissariado Cultural.


O programa da iniciativa,  que pretende levar o jazz ao quotidiano da FEUP, “surpreendendo e  envolvendo o público num espaço de circulação diária”, decorre no  Empedrado Central da FEUP em dois horários – 12h30 e 17h30 – para  facilitar a participação da comunidade académica durante a pausa de  almoço e no final do dia.

Sobre o Comissariado Cultural

O Comissariado Cultural da FEUP é um organismo da direção da Faculdade que tem como missão promover a aproximação entre a cultura e o  meio académico. Ao longo do ano, oferece sessões semanais abertas à comunidade da Universidade do Porto, abrangendo áreas como a pintura, música clássica, jazz, teatro e expressão vocal.


A colaboração com a Porta-Jazz, iniciada em 2012, tem sido essencial para promover o contacto com manifestações culturais diversas, fomentando a inclusão, a partilha e a fruição artística no maior polo da U.Porto em número de estudantes e colaboradores. 


Fonte: Notícias U.Porto

"Delonga Dia" antecipa chegada do verão no Jardim Botânico da U.Porto

Performance da Malvada Associação Artística vai  realizar-se no próximo dia 17 de maio, na Estufa Aberta do Jardim Botânico. Entrada livre.

Delonga Dia é o título da performance que será apresentada no próximo dia 17 de maio, às 16h00, na Estufa Aberta do Jardim Botânico da Universidade do Porto. Da performance resultará Rasto, uma instalação que poderá ser visitada no mesmo espaço até 31 de maio.


Numa altura em que se aproxima o Solstício de Verão, que se realiza  no próximo dia 21 de junho e marcará, oficialmente, o início do verão, é precisamente sobre ciclos, que iremos refletir. Como o próprio nome – Delonga Dia –  indica, vamos abordar o tema e o ato da espera.


O tempo e todo o ritual de gestação, comum aos ritmos sazonais, é o  “fio de prumo” que norteia a criação da Malvada Associação Artística.  Introduzir a ideia de ciclo, comum também à criação artística. Recorrendo à figura ficcionada de um fotógrafo-jardineiro, serão  convocadas as quatro estações do ano.


Todo o processo criativo, que decorreu desde finais de janeiro até  meados de abril, permitiu construir um diário – textual, imagético e  sonoro – que, por sua vez, irá alimentar outras criações (híbridas) site-specific. Criar performances-instalações em lugares onde a arquitetura se contamina com elementos naturais.

Delonga Dia vai deixar um “Rasto” para ver até ao dia 31 de maio.

A performance dará corpo, em tempo real, à instalação, ou Rasto, que  irá permanecer, reforçando a memória da performance e combatendo o  esquecimento. O primeiro ato da performance culminará com a apresentação de Delonga Dia, antecipando assim a aproximação do Solstício de Verão, altura em que a luz se sobrepõe ao tempo da escuridão.


Todo o processo teve inicio com uma residência que decorreu no Centro  de Arte e Cultura da Fundação Eugénio de Almeida, e que juntou Ana  Luena & José Miguel Soares, Filipa Leal, Sofia Berberan e Tomás de  Almeida, para a conceptualização do diário. As partilhas dos artistas  aconteceram durante o tempo da ação deste diário que decorreu de 29  Janeiro (1.ª Lua Nova do ano; início do novo ano Chinês) a 13 de Abril de  2025 (1.ª Lua Cheia da Primavera).


Os materiais que foram, entretanto, recolhidos irão consubstanciar a performance / instalação Delonga Dia, a apresentar no dia 17 de maio, na Estufa Aberta do Jardim Botânico da U.Porto.


A instalação poderá ser visitada todos os dias, das 09h00 às 19h00, no Jardim Botânico da U.Porto.


Fonte: Notícias U.Porto

Há novos podcasts no espaço virtual da Casa Comum

152. Talvez un dia!, Teresa Almeida Subtil

“Talvez un dia!”, de Teresa Almeida Subtil, in Rio de infinitos / Riu d’anfenitos, março de 2017.

98. La manhana fui abaixando pula lharga nuite

Amadeu Ferreira fui un amante de la lhiberdade. Biu i bibiu la reboluçon de ls crabos por andrento.
De l blog Cumo quien bai de camino, este testo de Amadeu Ferreira fui scrito an 25 d’abril de 2011.


94. “Don’t Look Back”, de D.A. Pennebaker (1967)

Comentário de Rodrigo Pessoa (Curso Avançado de Documentário KINO-DOC).

Mais podcasts AQUI


Alunos Ilustres da U.Porto

Augusto Queirós

Retrato de Augusto Queirós, da autoria de A. Mendes, da Galeria de Retrato da Reitoria da Universidade do Porto.  

Augusto Hermenegildo Ribeiro Peixoto de Queirós, filho de Joaquim Eleutério Ribeiro, da Casa de Vilar, freguesia de Santa Marinha de Lodares, Lousada, nasceu a 17 ou 27 de agosto de 1892.


Com 16 anos concluiu o curso dos liceus e, em 1924, licenciou-se em Matemática na Faculdade de Ciências da Universidade do Porto, com a classificação final de 17 valores. Entretanto, em 1920 fora nomeado 2.º assistente de Matemática (1.º grupo – Análise e Geometria).


Em 1929 passou a reger a cadeira de Geometria Descritiva e, pouco depois, após concurso com provas públicas e apresentação da dissertação Princípios de Axonometria (Porto, 1931), foi nomeado professor auxiliar de Análise e Geometria.


Em janeiro de 1933 concluiu as provas no concurso para professor catedrático de Matemática na FCUP, tendo sido opositor de Arnaldo Madureira e Sousa e de Fernão Couceiro. Na votação sobre o mérito absoluto foi aprovado por unanimidade. No mérito relativo, ficou classificado em 1.º lugar.


Em 1943, o Conselho Escolar da Faculdade de Ciências, na sua sessão de 1 de julho, concedeu-lhe o grau de doutor em Ciências Matemáticas.


Entre 1945 e 1957 ocupou o cargo de diretor da FCUP, nomeado por portaria de 18 de abril de 1945. A seu pedido, foi exonerado do cargo por portaria de 20 de março de 1957, tendo deixado de exercer funções a 3 de abril desse ano.


Augusto Queirós desempenhou outros cargos na FCUP - foi secretário e diretor do Centro de Estudos Matemáticos.


Entre outras obras publicou Círculos que se perspectivam em círculos: a propósito de um ponto para interrogatório em acto de doutoramento, com Jaime Rios de Sousa (Porto, 1944) e Configurações planas (Porto, 1971).


Durante as comemorações do centenário da Academia Politécnica do Porto, em 1937, realizou uma conferência subordinada ao tema O Infinito em Matemática.


No ano letivo de 1961-1962 foi regente da cadeira de "Geometria Descritiva".


Atingiu o limite de idade em 27 de Agosto de 1962. Já jubilado (desde novembro de 1962), participou no III Curso de Férias no Ultramar. Faleceu em 1971.


U.Porto - Antigos Estudantes Ilustres da Universidade do Porto: Augusto Queirós


U.Porto - Galeria de Retratos do Salão Nobre da Universidade do Porto - Índice

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