CASA COMUM FEST

Durante todo o mês de abril, vamos festejar o 3.º aniversário do projeto CASA COMUM. Não se trata apenas do 3.º aniversário dos espaços CASA COMUM (auditório e galerias expositivas) que foram inaugurados no edifício da Reitoria a 3 de abril de 2019, mas do próprio projeto, o conceito de que a identidade da Universidade do Porto se define por uma cultura comum, uma forma de ver o mundo e de nele participar com conhecimento, com solidariedade, com sensibilidade estética. No nosso caso, a nossa Casa é mesmo a nossa Causa.


Para caracterizar o tempo da festa, criámos o Casa Comum Fest. A espessura da festividade será marcada pela amplitude da nossa programação que, diariamente, convocará a comunidade académica para uma multiplicidade de eventos artísticos e científicos. Utilizaremos a festa como meio de incremento do sentido que nos une e os meios de expressão festiva serão os meios da cultura – poesia, teatro, música, discussão humanística e científica, artes visuais.


Não queremos, contudo, que o tempo de festa seja apenas circular – um mero retorno às origens. Apostamos na efervescência coletiva acreditando que a celebração de um aniversário é, simultaneamente, um tempo de recriação e de regeneração.


Ao celebrarmos a nossa Causa, respondemos não apenas à pergunta “de onde vimos”, mas também “para onde vamos”. A nossa festa cumpre, pois, um papel simbólico, mediador e expressivo da identidade da Casa Comum. A nossa Casa pretende causar cultura, causar conhecimento, causar emoção, causar espanto, causar solidariedade. A vivência participativa daquilo que nos é comum tem como desígnio celebrar um passado e um presente que, como dizia Eduardo Galeano, estão “grávidos de futuro”. Esperamos que possa vir celebrar connosco a nossa Casa/Causa Comum!


Fátima Vieira
Vice-Reitora para a Cultura, Museus e Editora

Abril, Cultura a mil na Universidade do Porto!

Durante um mês, a U.Porto vai celebrar a  Cultura com um programa recheado de concertos, exposições, conferências, workshops, debates, cinema, teatro, poesia e muito mais.

São cerca de 100 eventos, distribuídos por diferentes palcos e plataformas de partilha de experiência e conhecimento. É com um intenso programa cultural que a Universidade do Porto assinala o primeiro abril em que todos gozamos mais tempo de democracia do que de ditadura.


A democracia, precisamente, a inclusão, a tolerância e a luta pela igualdade são algumas das causas pelas quais nos debatemos, sendo que a palavra “causa” vai para além disto. A cultura tem consequências. Causa curiosidade, causa conhecimento, causa ciência e causa ação. Causa surpresa. Causa partilha. Causa emoção. Da música à poesia, do teatro ao cinema, da ciência às artes visuais, durante um mês, vamos, juntos, descobrir o que pode, afinal, causar a Cultura.


O que vem depois da esperança é uma excelente forma de acabar, ou de começar um programa. Para a  U.Porto, será sempre uma forma de vincar uma causa da qual não abdica: a  inclusão. Trata-se de uma palestra-performance do Teatro Universitário do Porto (TUP).


As histórias que inspiraram esta criação pertencem ao Arquivo Gis, organizado por Hilda de Paulo, que reuniu artigos jornalísticos, entrevistas de televisão, documentos históricos, livros biográficos e autobiográficos que prestam homenagem a todos aqueles que se sentiram estigmatizados. O nome, como se percebe, vem de Gisberta Salce Júnior, a  mulher transexual emigrante brasileira que foi assassinada na cidade do Porto em 2006.


O espetáculo do TUP vai levar o público a refletir sobre a forma como  o corpo das pessoas “fora da norma” foi sendo construído e representado no imaginário do país. Acontece nas instalações da Mala Voadora a 31 de março e 1 de abril, às 21h00. Repete a 3 de abril, às 19h00.


Seguimos com teatro, desta vez para questionar o papel que todos desempenhamos como espetadores. Passa por aí a proposta de Insulto ao Público, a peça de teatro que acontece dias 3 e 23 de abril, na Casa Comum (Reitoria), pelas mãos de estudantes da Licenciatura em Artes Dramáticas – Formação de Atores da Universidade Lusófona do Porto.


Escrita em 1966 por Peter Handke (Prémio Nobel da  Literatura em 2019), esta é uma reflexão sobre o teatro, mas também  sobre a convenção e sobre o artifício. Nela, Handke propõe um jogo que  coloca em permanente tensão os limites do real e a sua representação.

Jardim Botânico do Porto

O Insulto ao Público sobe ao palco da Casa Comum na noite de 23 de abril. (Foto: DR)

E continuamos na senda da partilha. A Casa Comum juntou-se à Poetria para a celebração dos 50 anos de escrita e de vida literária de Nuno Júdice. Os poemas compilados numa nova antologia, agora lançada, são os  ingredientes para esta conversa que está agendada para o próximo dia 2 de abril, às 16h00, na Casa Comum. No dia 12, voltaremos a falar de poesia com André Tecedeiro, mas lá iremos…


Ainda na palavra dita, este ano, assinala-se o centenário do  nascimento de Agustina Bessa-Luís, a quem a U.Porto atribuiu o título de  Doutor Honoris Causa. Pode apontar desde já na agenda: dia 7 de abril, às 18h00, na Casa Comum, temos Histórias em Contraluz, com a leitura, por parte dos estudantes da licenciatura em Artes  Dramáticas – Formação de Atores da Universidade Lusófona, de alguns  contos da escritora.


Há energias más e energias boas? A pergunta dará o mote ao primeiro Sarau Científico que acontece no dia 5 de abril, às 21h30, no Laboratório Ferreira da Silva. A braços com uma crise climática, será realista acreditarmos que  conseguiremos tornar-nos independentes de fontes poluentes de energia,  abraçando unicamente as energias renováveis?


Luís Belchior (FCUP), Joana Espain Oliveira (FEUP), Adélio Mendes (FEUP) vão ter pela frente uma noite de intensa conversa em torno de um dos mais prementes temas da ciência e tecnologia da atualidade com uma forte expressão social. Venha daí!


E ao cinema, não vamos? Claro que sim! Nos dias 8 (21h30), 9 (17h00 e 21h30) e 10 de abril (17h00 e 21h30) há sessões garantidas na Casa Comum. O que vamos ver? O ciclo chama-se Corpo Transformado e inclui 40 filmes, na sua maioria exploratórios e de cariz documental,  que dão a ver transformações do próprio corpo – humano ou de outros animais – e corpos transformados pelo cinema, vídeo e por imagens  científicas utilizadas no domínio artístico. A curadoria deste ciclo é do núcleo de cinema documental KINO-DOC. Pela brutalidade gráfica, alguns dos trabalhos apresentados são, efetivamente, para maiores de 18 anos e impróprios para olhares mais sensíveis.

Fazer barulho à procura do Museu…

O Dia Internacional da Mulher, que se assinalou em março, fez-se com muito barulho na Casa Comum e com uma exposição que homenageou 16 mulheres com percursos de destaque na história do rock português. Em abril, vamos continuar a fazer barulho!


Começamos já no dia 2 de abril. À conversa com a investigadora Paula Guerra estará Ondina Pires, artista, performer, escritora, tradutora e uma das pioneiras do punk rock português. De um longo e diversificado percurso  vamos salientar, apenas, o envolvimento de Ondina em projetos como Ezra  Pound e a Loucura, Pop dell’Arte e The Great Lesbian Show.

Jardim Botânico do Porto

Ondina Pires é uma das Mulheres que Fazem Barulho! (Foto: DR)

O Museu à Minha Procura é o título da exposição que vai inaugurar no próximo dia 6 de abril, no polo central do Museu de História Natural e da Ciência da Universidade do Porto (MHNC-UP).


Com mais de 100 peças, é uma exposição organizada com base nas  diversas coleções do MHNC-UP, mas não só. Estão também aqui peças da  Casa-Museu Abel Salazar, das faculdades de Desporto (FADEUP), Belas  Artes (FBAUP), Direito (FDUP), Engenharia (FEUP), Farmácia (FFUP),  Medicina Dentária (FMDUP), Medicina (FMUP) e do Instituto de Ciências  Biomédicas Abel Salazar (ICBAS).


Esta exposição acontece quase cinco anos após a inauguração da  Galeria da Biodiversidade (polo do Campo Alegre do Museu), na antiga  Casa Andresen, local onde nasceu o escritor Ruben A., autor da  autobiografia O mundo à minha procura.

Jardim Botânico do Porto

As diversas coleções do MHNC-UP vão voltar a abrir-se ao público na exposição O Museu à Minha Procura.

Terminamos pelo princípio. A “abrilada” arranca já esta sexta-feira, 1 de abril, com uma exposição que é também um espaço de experimentação e comunhão de saberes entre a  ciência e as artes: a Emergence Hackaton que não deixa de ser um símbolo  desta comunhão de saberes. Ou, se quisermos, uma espécie de Jam Session que recorre a instrumentos científicos e artísticos.


O EMERGENCE@UPorto hackathon correspondeu a uma maratona intensiva de trabalho que juntou  cientistas, comunicadores e criativos no desenvolvimento de projetos de  comunicação de ciência tirando partido das tecnologias digitais.


A exposição representa precisamente o culminar das três edições  (2019, 2021, e 2022) do evento, num momento de partilha de resultados  que se pretende que seja memorável. Os resultados são para conferir na  inauguração marcada para as 18h00, na Casa Comum.


A entrada em todos os eventos é gratuita. A programação é para ir conferindo no website da Casa Comum.  


Fonte: Notícias U.Porto

 Ondina Pires estreia conversas com Mulheres que Fazem (muito) Barulho!

Entre abril e setembro, a Casa Comum continua a  celebrar as mulheres no rock português com mais de uma dezena de eventos. A entrada é livre.

wokshops, concertos, cinema e muita conversa… No fundo, há todo programa paralelo que acompanha a exposição Mulheres que Fazem Barulho e que começa já este sábado, dia 2 de abril, com um workshop e uma conversa com um nome bem conhecido da musica moderna alternativa portuguesa: Ondina Pires.


Tudo começou no passado dia 8 de março, Dia Internacional da Mulher, com a inauguração da exposição Mulheres Que Fazem barulho – Cenas do Rock Português I. Patente até setembro, na Casa Comum (Reitoria) da Universidade do Porto, esta mostra inédita presta homenagem a 16 mulheres com percursos  relevantes no rock português, que fizeram, fazem e vão continuar a fazer  barulho em todos os quadrantes da sociedade, desde o pós-25 de abril  até à atualidade.


Este programa de atividades paralelas arranca então este sábado, na  companhia de uma das pioneiras da música alternativa em Portugal..  Falamos de Ondina Pires, escritora, tradutora e artista, que estará à conversa com Paula Guerra, investigadora do Instituto de Sociologia da U.Porto e curadora científica da exposição.


Com um vasto percurso ligado a diversas áreas, nomeadamente à música  moderna alternativa portuguesa, Ordina Pires Integrou a primeira  formação dos Pop dell’Arte e foi vocalista dos The Great Lesbian Show. Lançou o projeto musical Cellarius Noisy Machinae, juntamente com o guitarrista Jorge Ferraz, no âmbito do qual apresentou o espetáculo Frankenstein Revisited onde juntou música, vídeo, poesia e sombras. Colaborou ainda com outros projetos como os Ezra Pound e a Loucura.


Antes da conversa, Ondina Pires vai conduzir um workshop para público dos “7 aos 77”. Chama-se Trabalhar pr’ó Boneco. Com música como pano de fundo, lápis e tesouras vão-se agitar num  bailarico de bonecos rockeiros, punks, góticos ou hip-hoppers. Para  participar, basta inscrever-se aqui.

Jardim Botânico do Porto

Ondina Pires (Foto: DR)

Fazer barulho até setembro

A viagem pelo universo feminino do rock português continua a 4 de abril pelas 21h00, momento em que Ana Deus (Ban, Três Tristes Tigres), Manuela Azevedo (Clã), Carolina Brandão (The Sunflowers) e Mariana Santos (CrUdE) se reunirão na tertúlia intitulada O Som e Fúria do Rock Português,  para conversar sobre os desafios e as dificuldades sentidas pelas  mulheres no meio musical no nosso país. Esta conversa será conduzida por Minês Castanheira (Bairro dos Livros) no auditório Casa Comum.


Ela é Uma Música, filme de Francisca Marvão, vai ser exibido a 7 de maio pelas 21h00.  Este filme é uma viagem de descoberta pelo mundo do rock em Portugal,  na voz de mulheres que se destacaram nesta área desde os anos 50 até à  atualidade.


Também em maio, a Casa Comum vai abrir as portas para uma atuação conjunta inédita: Ana Deus e Marta Abreu (Mão Morta, Voodoo Dolls). A colaboração entre a poesia de Ana Deus e a música minimal de Marta Abreu, vai ecoar na Reitoria da U.Porto no dia 29 de maio , às 21h00. Depois da atuação, Paula Guerra, a anfitriã habitual em matéria do  rock, vai conduzir uma pequena e informal conversa com as duas artistas  convidadas.

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Inaugurada no Dia Internacional da Mulher, a exposição Mulheres que Fazem Barulho! conta as histórias de 16 “mulheres relevantes do rock português”  através de objetos marcantes nas respetivas carreiras. (Foto: Egidio  Santos/U.Porto)

No Punk tu simplificas, reciclas e fazes tu mesmo! É nome do workshop que Beatriz Rodrigues vai trazer na tarde de 18 de junho. A proposta é criar carimbos, patches, t-shirts e outros elementos para a banda ou bandas preferidas e entrar no espírito punk do Do It Your Self.


Aproveitando a presença de Beatriz Rodrigues na cidade, também a 18 de junho, mas ao final da tarde, The Dirty Coal Train vão atuar num pequeno show case apresentado mais uma vez por Paula Guerra.


Durante os meses de julho, agosto e setembro, e com a chegada do tempo quente, as iniciativas vão continuar, com concertos, conversas e  recitais, mas já no Pátio do Museu, com entrada pelo Jardim da Cordoaria. Todas as atividades serão de entrada livre e o programa  ficará disponível na página da Casa Comum.


Com entrada livre, Mulheres que fazem Barulho! vai estar patente até 30 de setembro, no auditório da Casa Comum.  A exposição pode ser visitada de segunda a sexta-feira, das 10h00 às  13h00 e das 14h30 às 17h30, e ao sábado, das 15h00 às 18h00.

Casa Comum do Rock

A exposição Mulheres que fazem Barulho! é a primeira mostra de um projeto mais amplo, denominado Casa Comum do Rock, que nasceu do trabalho conjunto da Reitoria e do Instituto de Sociologia da Universidade do Porto.


Para além da elaboração de uma base de dados, este projeto pretende  escrever novas narrativas, mais inclusivas e com conhecimento mais  aprofundado da história da música rock em Portugal. 


Fonte: Notícias U.Porto

ABRIL NA U.PORTO

O Casa Comum Fest é um novo festival cultural que promove o diálogo entre várias instituições da Universidade do Porto, diversos artistas e toda a cidade. Em abril, assista a exposições e concertos, participe nas conversas e oficinas e emocione-se com peças de teatro e documentários. O Casa Comum Fest causa cultura em toda a cidade. Descubra tudo o que lhe vai causar a si.

 

Consulte o programa do Casa Comum Fest na agenda do site da Casa Comum.


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"Casa dos Livros": a nova casa da cultura portuguesa fica na U.Porto

A nova "casa" do Centro de Estudos da Cultura  em Portugal da Universidade do Porto vai ser inaugurada esta  sexta-feira, no Palacete Burmester.

Vasco Graça Moura, Herberto Helder, Manuel António Pina, Óscar Lopes, António Cortesão, Humberto Baquero Moreno e, em breve, Albano Martins e Eugénio de Andrade. A partir desta sexta-feira, todos eles serão “moradores” da nova “Casa dos Livros” – Centro de Estudos da Cultura em Portugal da Universidade do Porto. Instalado no Palacete Burmester, no Campo Alegre, este novo espaço gerido pela Faculdade de Letras da U.Porto (FLUP) visa conservar, promover e divulgar os acervos documentais de algumas das principais figuras da cultura e literatura em Portugal.


Pensada especialmente para a comunidade académica e científica,  podemos dizer que a “Casa dos Livros” nasceu graças a Vasco Graça Moura.  Desde logo, no nome. Recupera e homenageia a designação que Vasco Graça  Moura dera ao seu espaço de trabalho e criação, na propriedade rural Eira do Catavento (concelho de Almeirim). É isso mesmo que os visitantes vão poder ver.


Numa das salas, está exatamente “recriado” o espaço de trabalho  do escritor português, com a sua secretária e outros objetos pessoais.  Mas não só. A “Casa dos Livros” acolhe o acervo integral de livros,  revistas, manuscritos e obras em várias línguas daquela que é uma das  principais figuras da cultura Portuguesa. O acervo foi entregue, em  2016, à FLUP pelos filhos, em regime de comodato. 

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A “recriação” do escritório de Vasco Graça Moura é um dos ex-libris da nova “Casa dos Livros” da U.Porto. (Foto: DR)

Enquanto Centro de Estudos da Cultura em Portugal (CECUP),  a “Casa dos Livros” terá como principal missão promover atividades que  impulsionem o estudo multifacetado e interdisciplinar, com novas  leituras de obras, correntes de pensamento e ideias literárias e  artísticas. Terá, para isso, prevista a organização de exposições,  cursos livres, visitas guiadas e outras atividades de interesse para a Universidade e cidade.


Cabe à Faculdade de Letras garantir a conservação, acondicionamento, segurança e tratamento dos acervos, bem como a gestão das consultas e requisições. Todos os documentos e obras estarão disponíveis para consulta (no local),  pelo público nacional e internacional. Os acervos de Herberto Helder e  Manuel António Pina, por serem em formato digital, estarão disponíveis para requisição, mediante autorização prévia.


A inauguração aconteceu na sexta-feira, 1 de abril, e  contou com a presença do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.

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O Centro de Estudos da Cultura em Portugal da U.Porto ficará instalado no Palacete Burmester, no Campo Alegre. (Foto: U.Porto)

Eugénio de Andrade “muda-se”, em breve, para a “Casa dos Livros”

A Câmara Municipal do Porto aprovou, recentemente, a cedência do espólio de Eugénio de Andrade à Faculdade de Letras da U.Porto.  A partir da “Casa dos Livros”, a FLUP terá como missão promover o ensino, estudo e divulgação da obra de um dos mais relevantes poetas portugueses do século XX. 


O município e a FLUP vão também estabelecer um protocolo para a doação, por parte da Câmara Municipal do Porto, nos próximos três anos, de 60 mil euros,  20 mil anualmente, para apoiar o “tratamento e disponibilização ao  público de todos os fundos documentais em formato físico e digital à sua  guarda”.


A “Casa dos Livros” estará aberta ao público de segunda a sexta-feira, das 14h30 às 17h30. 


Fonte: Notícias U.Porto

Há novos podcasts no espaço virtual da Casa Comum

24. Agostinho Ricca 

Em 2001, Agostinho Ricca publicou uma edição monográfica dos projetos e  obras por si realizados entre 1948 e 1995. Prefaciado por Jacinto  Rodrigues, tratava-se de um livro destinado a integrar a coleção  Monografias da Arquitetura Portuguesa, promovida pela Secção Regional  Norte da Ordem dos Arquitectos. O texto deste Escritos Escolhidos,  intitulado “Somente Duas Palavras”, foi preparado por Agostinho Ricca  para a sessão de lançamento desta monografia e será publicado por  ocasião do centenário do seu nascimento em Agostinho Ricca: Arquitetura.Obra.Desenho (2015).

29. O Tempo dos Cedros

Agustina passeia-se pela rua de Guerra Junqueiro, no Porto, toda ela  bordejada de castanheiros-da-índia, uma zona fora do centro, de vivendas  com jardins e uma atmosfera de um falso rural, snob.
In Ensaios e Artigos, Vol. I

3. Diogo Ferreira

No episódio de hoje do “Memórias U.Porto: Finalistas Online”, vamos conhecer Diogo Ferreira,  alumnus da Faculdade de Arquitetura da Universidade do Porto, onde terminou o  Mestrado Integrado em Arquitetura em 2021 com a dissertação “Atlas de  uma navegação própria: O enigma do pensar em arquitetura”. Natural de  Viana do Castelo, foi estudante de intercâmbio na Technische Universität  München entre final de 2019 e início de 2020, uma experiência que lhe  valeu um episódio de vida digno de filme. Integrou recentemente um  gabinete de arquitetura na cidade de Lisboa e a sua prática centra-se na  correlação entre a arquitetura, a escrita e a fotografia, na procura de  cartografar uma interseção entre os territórios da matéria e do espaço.  Diogo contribui regularmente para diversas publicações e plataformas,  tendo também participado em várias exposições. É coautor do projeto Mnemonic Studio.

35. Capa d’Honras 

Falar an Capa d’Honras, essa guarda, proteçon i agarimo de pastores i  buieiros ne ls lhargos eimbiernos de l Praino, sien honrar tamien la  mulhier mirandesa, ye, a nuosso ber, deixar maniega la eizaltaçon de la  Capa d’Honras.

Mais podcasts AQUI


Doutores Honoris Causa da U.Porto

Hermanfrid Schubart, Agustina Bessa-Luís e Eugénio de Andrade

Em 2005 a Universidade do Porto conferiu a sua mais alta distinção a cinco personalidades nacionais e uma internacional. A Faculdade de Letras propôs para Doutor Honoris Causa o arqueólogo alemão Hermanfrid Schubart (1930-), a escritora Agustina Bessa-Luís (1922-2019) e o poeta Eugénio de Andrade (1923-2005); a Faculdade de Direito o constitucionalista e professor universitário Jorge Manuel Moura Loureiro de Miranda (1941-), o então professor universitário, político e jornalista Marcelo Rebelo de Sousa (1948-) e o professor universitário, jurisconsulto e político Mário Júlio de Almeida Costa (1927-); e a Faculdade de Belas Artes o arquiteto-pintor, astrónomo e arqueólogo Fernando Lanhas (1923-2012). 


Nesta edição apresentaremos os três primeiros Doutores Honoris Causa da Universidade do Porto de 2005: Hermanfrid Schubart, Agustina Bessa-Luís e Eugénio de Andrade.

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Hermanfrid Schubart

Hermanfrid Schubart nasceu em Kassel, na Alemanha, em 1930.


Em 1953 licenciou-se em Arqueologia Pré-histórica, na Universidade de Leipzig, e, em 1955, doutorou-se na Faculdade de Filosofia e Letras da Universidade de Greifswald. Nesse período trabalhou como professor adjunto no Instituto de Pré-história e Proto-história desta Faculdade. Nos anos seguintes integrou o Serviço de Escavações Arqueológicas da Pomerânia Ocidental e colaborou no Instituto de Pré-história e Proto-história da DeutscheAkademie der Wissenschaften, em Berlim.


Em 1959, transferiu-se para o Instituto Arqueológico Alemão, em Berlim Ocidental, vindo, mais tarde, a trabalhar na delegação madrilena desse instituto, da qual foi subdiretor (1967-1981) e diretor (entre 1981 e sua jubilação, em 1994). 


O arqueólogo e professor também lecionou na Faculdade de Filosofia e Letras da Universidade de Munique, na categoria de professor agregado, onde foi responsável pelos cursos de Pré-história e Proto-história da Europa Ocidental e Mediterrânica.


É membro honorário da Associação dos Arqueólogos Portugueses e doutor honoris causa pela Universidade Autónoma de Madrid (1989) e pela Universidade do Porto (2005). Na nossa Universidade teve como padrinho o professor Jorge de Alarcão, da Universidade de Coimbra; o elogio ficou a cargo da Professora Susana Oliveira Jorge, e o Professor Jorge Meirinhos foi o Mestre-de-cerimónias. Em 2010 foi homenageado pelo Museu Arqueológico de Alicante.

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Agustina Bessa-Luís

Maria Agustina Bessa-Luís nasceu em Vila Meã, Amarante, a 15 de outubro de 1922.

Após a estreia literária em 1948, os seus livros despertaram a atenção de vários autores portugueses.
 
A sua produção literária impressiona pela qualidade, pela quantidade e também pela variedade de géneros – escreveu romances, obras de teatro, biografias, contos, diálogos, memórias, crónicas, notas, comentários, ensaios, artigos, aforismos e a sua autobiografia.


Reveladora de uma grande inteligência e de extrema sensibilidade, bem como do domínio da língua portuguesa e do conhecimento das paixões e comportamentos humanos, a sua obra tem por cenário o Norte, onde escolheu viver.


Várias das suas obras foram traduzidas para castelhano, francês, italiano, grego, alemão, dinamarquês e romeno e adaptadas ao cinema, por Manoel de Oliveira e teatralizadas.


Dirigiu o diário portuense O Primeiro de Janeiro (1986-1987) e o Teatro Nacional D. Maria II (1990-1993).


Foi sócia da Academia das Ciências de Lisboa e da Academia Brasileira de Letras e membro titular da Académie Européenne des Sciences, des Arts et des Lettres de Paris. Era grande-oficial da Ordem Militar de Santiago da Espada e Officier de l’Ordre des Arts et des Lettres de France. A Universidade Lusíada conferiu-lhe o grau de Doutor honoris causa (1999) e a Universidade do Porto, em 2005, em simultâneo com Eugénio de Andrade.


Faleceu no Porto a 3 de junho de 2019, aos 96 anos de idade.  


Agustina, autora consagrada e premiada, será homenageada este ano, no centenário do seu nascimento. 

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Eugénio de Andrade 

Eugénio de Andrade (pseudónimo de José Fontinhas) nasceu no Fundão em 1923. Passou parte da infância na Beira Baixa e em Castelo Branco e em 1932 transferiu-se para Lisboa.


Em 1938 enviou poemas a António Botto (1897-1957) e manifestou interesse em conhecê-lo. Nesse encontro, um amigo do poeta e dramaturgo deu-lhe a conhecer a poesia de Fernando Pessoa (1888-1935), que muito o veio a influenciar.


Em 1939 publicou uma plaqueta intitulada Narciso, assinada com o seu nome civil. Também, recebeu influência do poeta Camilo Pessanha (1867-1926).


No início dos anos 40 publicou os primeiros livros de poemas, já sob o pseudónimo de Eugénio de Andrade - Adolescente (1942) e Pureza (1944), obras que viria a renegar. O terceiro livro de poemas - As Mãos e os Frutos (1948) - mereceu os elogios da crítica. A partir desta altura, começou a granjear fama de grande poeta.


Não concluiu o curso secundário e depois do serviço militar ingressou no funcionalismo público. Em 1950 fixou-se no Porto e começou a trabalhar como inspetor dos serviços médico-sociais, reformando-se em 1983.


Escreveu dezenas livros de poesia, três livros de prosa e dois livros infantis. Organizou diversas antologias (poéticas, de textos literários sobre cidades e regiões e de textos seus) e fez tradução de poemas e textos dramáticos.


Depois de Pessoa, Eugénio de Andrade é o poeta português mais traduzido - em quase todas as línguas românicas, mas também em inglês, alemão, checo, sueco, servo, croata, búlgaro, letão, japonês, chinês, entre outras línguas.. É, também, o poeta mais celebrado pela crítica e o mais editado.


Foi fonte de inspiração para muitos artistas, sobretudo poetas, tendo recebido inúmeros galardões e distinções como o prémio da “Associação Internacional dos Críticos Literários” (1986), o “prémio Camões” (2001), a Medalha de Mérito (1985) e a Medalha de Honra da Cidade do Porto (1989), a Medalha de Mérito Cultural do Ministério da Cultura (2004); foi ainda agraciado com a Grã-Cruz da Ordem de Mérito (1988) e com o título de Grande Oficial da Ordem Militar de Santiago da Espada (1982).


Foi membro fundador da Academia Internacional Mihai Eminescu da Roménia e membro correspondente da Académie Mallarmé de Paris. O seu nome foi atribuído a equipamentos educativos e culturais e está gravado na toponímia portuguesa, não só no Fundão, mas também em outros municípios portugueses.


Morreu a 13 de junho de 2005, na Casa Serrúbia, sede da Fundação Eugénio de Andrade, sita no n.º 584 da rua do Passeio Alegre, na Foz do Douro, onde vivia desde 1994.
 
Sobre Hermanfrid Schubart (up.pt)

Sobre Agustina Bessa-Luís (up.pt)

Sobre Eugénio de Andrade (up.pt)

Para mais informações consulte o site da a Casa Comum - Cultura U.Porto

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