ACORDAR AS PALAVRAS
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 Graça Castanheira esteve na Faculdade de Engenharia na passada terça-feira, numa sessão organizada pelos Professores Lucas Filipe Silva e Beatriz Simões, no âmbito das atividades da Associação Beatriz Ângelo. Confesso que fiquei feliz com o convite para apresentar a realizadora, cujo trabalho muito admiro. Quem não se lembra da série de entrevistas O Tempo e o Modo, em que, entre outros, participou Eduardo Galeano? Vi esse episódio repetidas vezes: foi com ele que aprendi que “o presente está grávido de futuro”. Sou leitora fiel das crónicas da cineasta no jornal Público, pelo que sentia que já a conhecia antes da sessão na FEUP. Ouvi-la confirmou a suspeita que tinha: Graça Castanheira é uma intelectual pública, cujo pensamento merece a nossa atenção. A sua palestra intitulava-se “Sobre a Esperança.” A sinopse que anunciava o evento deixava antever a tese que a realizadora defenderia in praesentia: “Vivemos dias em que se torna difícil ser-se esperançoso ou otimista sem se parecer um pouco tolo. E, no entanto, não só a esperança é eterna, como uma inevitabilidade.” A oradora começou a palestra referindo-se à questão que os seus amigos reiteradamente lhe colocam perante o estado em que anda o mundo: “Continuas otimista?”. A sua resposta – explicou – é sempre positiva. E não se encontra sozinha nessa atitude. A seu lado encontram-se pelo menos dois milénios e meio de esperança. Castanheira desceu bem no fundo do tempo para evocar Sócrates, que discorreu sobre os prazeres da antecipação; Platão, que escreveu sobre a imaginação afetiva de um estado por vir, que orienta as nossas ações; e Aristóteles, para quem a confiança é a marca de uma disposição corajosa. Lembrando os nomes que constituem os elos da tradição filosófica do Ocidente, sublinhou a importância, para a manutenção do seu otimismo, da ideia kantiana de que a esperança de um mundo melhor fundamenta e reforça o desejo de se agir para o bem comum, mesmo quando os resultados não são visíveis a curto prazo. “A minha esperança é inteira” – defendeu a cineasta – “porque se rege por aquilo que acho correto e não pelos seus possíveis resultados.” Nesta linha de pensamento, não nos deverá surpreender que, entre muitos outros nomes, tenha referido o de John Dewey e o da corrente meliorista que este ajudou a teorizar. “Os melioristas” – esclareceu Graça Castanheira – “acreditavam que é possível melhorar as coisas, sempre e em qualquer momento”. Fiquei contente por a ter ouvido falar de Dewey: sempre admirei a sua visão ativa e prática de uma transformação gradual da sociedade, com base na razão. Subscrevo incondicionalmente a ideia do pragmatista americano de que a educação é o caminho para melhorar a sociedade, devendo a escola assumir-se como um laboratório social, onde os alunos aprendem a pensar criticamente e a cooperar. “Quando temos medo, andamos mais devagar. A pessoa que deseja move-se no espaço” – rematou Graça Castanheira a sua digressão filosófica. “A esperança induz à ação. Assim é comigo, também: ter esperança tornou-se uma forma de militância”.
O efeito das palavras de Graça Castanheira na audiência era visível. Depois do período de discussão, as pessoas saíram da sala com um sorriso. A esperança é contagiosa, constatei enquanto tirava uma fotografia à oradora. Ao publicá-la no meu feed do Facebook, escrevi: “Que lugar seria a universidade se não houvesse esperança?”. Para minha surpresa, uma “amiga facebookiana” comentou de imediato, a propósito do mote da conferência: “Uma palavra adormecida”. É isso mesmo, pensei, e não é apenas a esperança. E enquanto passava em revista várias palavras adormecidas, concluí que a verdadeira missão da universidade é acordar as palavras.
Fátima Vieira Vice-Reitora para a Cultura e Museus
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Vamos rir à italiana?
Dias 13 e 14 de junho, às 18h00, a Casa Comum apresenta uma mostra de cinema dedicada à comédia italiana. A entrada é livre. A mostra vai abrir com a exibição do clássico Gangsters falhados (1958), de Mario Monicelli. Foto: DR
Se rir é o melhor remédio… Então, o programa que se segue vai fazer-lhe bem à saúde! O que se propõe é uma viagem pela comédia italiana. Durante os dias 13 e 14 de junho, às 18h00, a Casa Comum (à Reitoria) da Universidade do Porto, em parceria com a Associazione Socio-Culturale Italiana. del Portogallo (ASCIP) Dante Alighieri, propõe uma pequena viagem pela
Commedia all’italiana. Dia 13 de junho, sexta-feira, vamos terminar a semana a dar umas boas gargalhadas? O primeiro dia desta pequena mostra de cinema italiano será dedicado a um dos ex-libris do género da comédia: Gangsters falhados, de Mario Monicelli.
Considerado um clássico do cinema de todos os tempos, este filme de 1958 apresenta-nos um elenco de atores que prometem eternizar-se na memória coletiva: Totò, Vittorio Gasmann, Marcello Mastroianni e Claudia Cardinale. Todos membros de um grupo de gangsters decididos a assaltar uma casa de penhores. Claro que nem tudo irá correr conforme previsto, ou não fosse o imprevisto um dos principais motores do riso!
No dia seguinte, 14 de junho, sábado, também às 18h00, será exibido Obrigado, rapazes, uma comédia de Riccardo Milani, um realizador italiano contemporâneo que deu os primeiros passos no cinema como assistente de Mario Monicelli, tendo continuado a trabalhar dentro do género da comédia.
Trata-se de um filme de 2023 sobre um ator apaixonado pela arte de representar, mas sem grande sucesso na carreira. O espectador é convidado a entrar na vida de António até ao dia em que este aceita um trabalho como professor de uma oficina de teatro num instituto penitenciário.
Sendo um remake de Um triomphe, de Emmanuel Courcol, com base numa história verídica do ator sueco Jan Jonson, a comédia de Riccardo Milani integra uma história de renascimento pessoal e coletivo, revelando o poder transformador da arte e das relações.
Ambas as sessões têm entrada livre, ainda que limitada aos lugares existentes.
Mais informações através dos endereços de e-mail segreteria.ascipda@gmail.com e/ou cultura@reit.up.pt.
Fonte: Notícias U.Porto
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Casa Comum oferece concerto ao piano de Paulo Amaral
Do barroco português à contemporaneidade nórdica, Paulo Amaral estará, ao piano, na Casa Comum, na noite de 13 de junho. Entrada livre. Paulo Amaral vai interpretar obras de compositores como Beethoven, Carlos Seixas ou Prokofiev. Foto: DR
É um programa que se poderá apresentar como eclético, aquele que Paulo Amaral irá apresentar na Casa Comum (à Reitoria) da Universidade do Porto, no próximo dia 13 de junho, sexta-feira, às 21h30. Será com as Sonatas para piano n.º 50 e 78, de Carlos Seixas, que o jovem pianista dará início a esta viagem sonora, até atingir a expressão dos movimentos centrais dos Piano Jubilees, do finlandês Magnus Lindberg, uma obra em seis partes composta no ano de 2000 para o aniversário de Pierre Boulez.
Pelo caminho, Paulo Amaral vai interpretar a Sonata para piano n.º 12, op. 26, de Ludwig van Beethoven, cujo terceiro movimento corresponde à marcha fúnebre tocada no funeral do compositor.
A encerrar a noite, ouvir-se-á a Sonata para piano n.º 7, op. 83, uma das “sonatas de guerra” de Sergei Sergeyevich Prokofiev.
A entrada é livre, ainda que sujeita à lotação da sala.
Sobre Paulo Amaral
Tendo iniciado os estudos de piano na Fundação Conservatório Regional de Gaia, Paulo Amaral encontra-se a frequentar o último ano de licenciatura na Escola Superior de Música e Artes do Espetáculo (ESMAE), na classe do professor e pianista Constantin Sandu. É também professor de piano no Colégio Luso-Internacional do Porto e pianista acompanhador na Fundação Conservatório Regional de Gaia. Venceu o primeiro prémio do Concurso Interno na Fundação Conservatório Regional de Gaia em 2017, uma menção honrosa no Concurso Ilda Moura em 2023 e obteve o 2.º lugar no Concurso Nacional Cidade de Gaia. Também participou em masterclasses com pianistas internacionais como Daniela Andonova, Henrik von Wienhardt e Jesus Maria Gómez.
Participou em cinco edições de “102 teclistas para Dona Helena”, na abertura do Festival Internacional de Gaia em 2021; no ano seguinte, no encerramento desse mesmo festival com um grupo de música de câmara; e, em 2023, num concerto no Ateneu Comercial do Porto. Em abril de 2025, apresentou-se, na Escola Profissional Artística do Alto Minho, em Viana do Castelo, com um grupo de música de câmara.
Fonte: Notícias U.Porto
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Theodore Mihai Mezei dá concerto ao piano na Casa Comum
O jovem pianista romeno sobe ao palco da Casa Comum no dia 16 de junho para liderar uma "viagem" do romantismo ao impressionismo. Entrada livre. Estudante de licenciatura na ESMAE, Theodore Mihai Mezei já conquistou vários prémios internacionais. Foto: DR
De Beethoven a Rachmaninoff, passando por Ravel, esta poderá ser a sua opção perfeita para uma segunda-feira diferente. Dia 16 de junho, às 19h00, a música vai estar em festa na Casa Comum (à Reitoria) da Universidade do Porto pela mãos do pianista romeno Theodore Mihai Mezei. O jovem pianista dará início à performance musical com um dos mais célebres e venerados compositores alemães: Ludwig van Beethoven e a Sonata para piano n.º 16 em Sol Maior, op. 31, n.º 1.
Da Alemanha para a produção nacional, segue-se Fantasiestück, do compositor e maestro Viana da Mota que, após a conclusão dos estudos no Conservatório Nacional, em 1882, partiu para Berlim para frequentar o Conservatório Scharwenka. Fantasiestück foi composta durante este período em que viveu e estudou na Alemanha, nomeadamente, de forma breve, com Franz Liszt.
O compositor que se segue será o francês Maurice Ravel, com Alborada del Gracioso, da suite para piano Mirroirs, um dos diversos temas em que manifesta a sua inclinação pela música espanhola. A fechar, haverá tempo para dar “um saltinho à Rússia” com um dos seus grandes compositores, o pianista e maestro Sergei Rachmaninoff e um dos seus últimos trabalhos: Variations on a Theme of Corelli (Op. 42, 1931).
O concerto terá entrada livre, ainda que sujeita à lotação da sala.
Sobre Theodore Mihai Mezei
Nascido na Roménia, Theodore Mihai Mezei é um jovem pianista reconhecido pela sua excecional maturidade artística e conquistas internacionais. Venceu o Grande Prémio do Concurso “Rezonanțe Sonore Online”, o Grande Prémio do concurso CrMVR em Vila Real, e primeiros prémios em prestigiados concursos internacionais por toda a Europa. É finalista das Bolsas Yamaha Europe (2024) e bolseiro “SoNoRo Interferences”. Iniciou a sua educação musical no Colegiul de Muzică “Sigismund Toduță” (CMST), na Roménia, e encontra-se a realizar os seus estudos de licenciatura na Escola Superior de Música e Artes do Espetáculo (ESMAE), no Porto.
Já se apresentou como solista com as orquestras do CMST e participou em vários ensembles, incluindo a Orquestra Sinfónica da ESMAE e o Ensemble I&D. Também integrou o Programa Erasmus+ Charms Budapest e um Blended Intensive Programme na Kunstuniversit Graz e na Hochschule für Musik Franz Liszt, em Weimar.
Em 2024, Theodore Mihai Mezei apresentou o Concerto para Piano em Dó menor de Chopin com um sexteto de cordas no Festival “Arta Sonoră”.
Fonte: Notícias U.Porto
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Junho na U.Porto
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Para conhecer o programa da Casa Comum e outras iniciativas, consulte a Agenda Casa Comum ou clique nas imagens abaixo.
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Uma viagem pelo asfalto. O rock no Porto nos anos oitenta
Entrada livre. Mais informações aqui
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Laços que Unem [Ties that Bind] | Bienal’25 Fotografia do Porto
Entrada livre. Mais informações aqui
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Quintas Brasileiras 2
Entrada Livre. Mais informações aqui
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RIR À ITALIANA: ida e volta pela “Commedia all’italiana" | Mostra de cinema italiano
Entrada Livre. Mais informações aqui
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Paulo Amaral, piano | Do barroco português à contemporaneidade nórdica
Entrada Livre. Mais informações aqui
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Theodore Mezei, piano | Romantismo, impressionismo e eternas variações
Entrada Livre. Mais informações aqui
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Club di Lettura Italiano 2025 | Clube de Leitura Italiano 2025
12 JUN, 17 SET, 29 OUT e 11 DEZ'25 | 19h00 Literatura | Casa Comum e ASCIPDA Entrada Livre. Mais informações e inscrição aqui
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Exposição de Pintura: Do silêncio à cor
Entrada Livre. Mais informações aqui
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ARQUITECTAS DA LIBERDADE
Entrada Livre. Mais informações aqui
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FUGA PARA O TEMPO PRESENTE - O LEVE PODER DA LUA APENAS QUEIMA OS OLHOS
Entrada Livre. Mais informações aqui
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Gemas, Cristais e Minerais
Exposição | Museu de História Natural e da Ciência U.Porto Entrada Livre. Mais informações aqui
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Corredor Cultural
Condições especiais de acesso a museus, monumentos, teatros e salas de espetáculos, mediante a apresentação do Cartão U.Porto.
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XI Congresso Internacional sobre Culturas | Submissão de propostas
O XI Congresso Internacional sobre Culturas vai decorrer no Edifício Abel Salazar. (Foto: DR)
Encontra-se aberto, até 7 de julho de 2025, o período de submissão de propostas para o XI Congresso Internacional sobre Culturas que se irá realizar entre os dias 24 e 27 de novembro de 2025, no Edifício Abel Salazar da Universidade do Porto (ao Largo do Prof. Abel Salazar, junto ao edifício do Hospital de Santo António). Tendo os “Lugares de Culturas” como tema principal, desafia-se a comunidade académica e profissional a submeter propostas de comunicação que promovam uma reflexão crítica e interdisciplinar sobre os múltiplos espaços (formais e informais) e dimensões da cultura na sociedade contemporânea.
Das Políticas para a Cultura e a Democracia até à Educação para a interculturalidade, passando pelas Culturas urbanas e expressões artísticas, os investigadores e as investigadoras (provenientes das áreas das artes, culturas, património, filosofia, ciências sociais, entre outras) poderão explorar um amplo conjunto de práticas, políticas e saberes culturais nas suas mais diversas expressões.
Serão aceites comunicações em português, espanhol e galego. A duração máxima deverá ser de 10 minutos. A programação final será conhecida no final do mês de julho e as inscrições só abrirão a 30 de setembro.
Para conhecer os painéis, ter acesso a toda a informações e submeter a proposta de comunicação, basta consultar o website. Se ainda ficar com dúvidas, poderá enviar um e-mail para congresso2025@culturas.cc.
Entrada gratuita para estudantes da U.Porto
A conferência será de acesso gratuito para os estudantes da U.Porto. A entrada para estudantes de outras instituições de ensino que queiram apresentar comunicação será de 25 euros (licenciatura) e de 45 euros (mestrado e doutoramento). Para professores, investigadores e público em geral o acesso ao Congresso terá um custo de 90 euros. Quem pretender apenas assistir aos trabalhos, a participação será também gratuita para estudantes, docentes, investigadores e técnicos da Universidade do Porto. Os restantes terão entrada por 30 euros, sendo que os alumni da U.Porto têm um desconto de 10 euros sobre aquele preço.
O XI Congresso Internacional sobre Culturas é organizado pela Associação Internacional de Pesquisadores das Culturas (InterCult) e pela Universidade do Porto e pretende reforçar a cultura enquanto motor de cidadania, diálogo e transformação social.
A InterCult reúne 24 universidades de língua portuguesa, incluindo a U.Porto que acolhe agora o evento, e tem por principal objetivo partilhar saberes, informações e experiências, ampliando o debate sobre culturas em países lusófonos.
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U.Porto Press está na 95.ª Feira do Livro de Lisboa
As publicações da Editora da U.Porto estão novamente disponíveis no Espaço dos Pequenos Editores. A Feira decorre até 22 de junho, no Parque Eduardo VII. Mais de metade dos livros da U.Porto Press, de áreas temáticas diversas, estão à venda por menos de 10 euros. (Foto: DR)
Estão abertas as portas da 95.ª edição da Feira do Livro de Lisboa e, à semelhança dos anos anteriores, a Editora da Universidade do Porto (U.Porto Press) volta a juntar-se a outros editores e livreiros neste importante certame literário nacional, que decorre até 22 de junho, no Parque Eduardo VII. As publicações da U.Porto Press estão à disposição do visitante no Espaço dos Pequenos Editores – pavilhão E01, situado
junto à entrada sul (próxima da rotunda do Marquês de Pombal).
Entre clássicos e novidades, a Editora da U.Porto levou até à Feira publicações para todos os gostos, desde a Filosofia à Poesia, da Biologia à Geometria, da Literatura à Saúde, não esquecendo a Física, a Matemática, a Química, o Teatro e outras Artes.
Os livros da Editora da U.Porto podem ser encontrados no Espaço dos Pequenos Editores – pavilhão E01, situado junto à entrada sul/rotunda do Marquês de Pombal. (Foto: DR)s
A U.Porto Press preparou preços especiais para os visitantes da 95.ª Feira do Livro de Lisboa, que poderão adquirir mais de metade das suas publicações, disponíveis no Pavilhão E01, por menos de 10 euros. Há, ainda, várias ofertas a rondar os 5 euros. Uma aposta na qualidade e sustentabilidade
Composta por 350 pavilhões e perto de 1000 marcas editoriais, a edição de 2025 da Feira do Livro de Lisboa aposta na qualidade e sustentabilidade. “Mais do que crescer em dimensão, quisemos crescer em qualidade, oferecendo uma experiência cultural enriquecedora, confortável, acessível e inspiradora”, revelou Miguel Pauseiro, Presidente da Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL), na sessão de apresentação da Feira, na Biblioteca Palácio de Galveias.
Esta visão foi partilhada por Carlos Moedas, Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, que destacou o evento como “um dos momentos culturais mais marcantes da cidade e um exemplo de como Lisboa sabe acolher a cultura de forma viva e próxima”.
Em 2025 a Feira ganhou um novo espaço, a Praça Verde, que se junta às seis praças habituais.
Por seu turno, a iniciativa “Plantar Livros”, como explicou o presidente da APEL, vai proporcionar “uma consequência concreta na perspetiva da regeneração ambiental”, já que, por cada cem livros vendidos, será plantada uma árvore.
Em 2025 mantêm-se os horários de abertura ao público da edição anterior: de segunda a quinta-feira, entre as 12h00 e as 22h00; à sexta-feira e vésperas de feriado, entre as 12h00 e as 23h00; ao sábado, entre as 10h00 e as 23h00, e ao domingo e feriados entre as 10h00 e as 22h00.
Há, contudo, horários especiais a considerar nos dias 9, 12 e 18 de junho (12h00-23h00), 10 e 19 de junho (10h00-22h00) e 13 de junho (10h00-23h00).
A entrada é livre.
Fonte: U.Porto Press
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Junho traz Fidelidade ao Clube de Leitura Italiano
Livro de Marco Missiroli vai estar "em cima da mesa" do próximo encontro promovido pela ASCIPDA e pela Casa Comum, marcado para 12 de junho. Fidelidade venceu o Prémio Strega Giovani 2019, a maior distinção literária italiana. Foto: DR
Durante este ano de 2025, a Associazione Socio-Culturale Italiana del Portogallo Dante Alighieri (ASCIPDA), em parceria com a Casa Comum (à Reitoria) da Universidade do Porto, tem vindo a organizar o Club di Lettura Italiano 2025 | Clube de Leitura Italiano 2025. O próximo encontro está marcado para dia 12 de junho, às 19h00, na sede da ASCIPDA. O livro escolhido é Fidelidade, obra que, em 2019, valeu ao escritor Marco Missiroli a conquista do Prémio Strega Giovani, a maior distinção da literária italiana. Antecipando, um pouco, o que deste universo irá encontrar, poderemos adiantar que à palavra “amor” se atribui a designação de “palavra infeliz” e que “traição” é uma palavra que se considera “errada”. O que poderá ser considerado correto? Ou mais justo? Avançamos um pouco mais na trama: “Quando o marido se juntou a ela, perguntou-lhe se ele era feliz. Já tinham apagado as luzes e acostumado os olhos à escuridão; ela viu a silhueta de Carlo apoiar a nuca na cabeceira e responder: Acho que sim. E o acho estava certo.”
Sem verdades absolutas, Fidelidade impele à anatomia do existencialismo mais profundo. À analise dos desejos mais obscuros, fazendo-os emergir à tona do espelho matinal. Resistir a uma tentação significa ser-se fiel? E se, mesmo sendo uma âncora que nos segura, a fidelidade significar uma traição para connosco próprios?
E se conversássemos sobre como vemos estas personagens a fazerem a gestão destes pensamentos e emoções?
Marco Missiroli nasceu em Rimini e vive em Milão. Escreve para o Corriere della Sera e do seu currículo consta já a publicação de seis romances. Senza coda (Fanucci, 2005) recebeu o Prémio Campiello Opera Prima; Bianco (Guanda, 2009) foi galardoado com o Prémio Comisso e o Prémio Tondelli; Il senso dell’elefante (Guanda, 2012) ganhou o Prémio Selezione Campiello, o Prémio Vigevano e o Prémio Bergamo. Atti osceni in luogo privato (Feltrinelli, 2015) foi um êxito de vendas e recebeu o Prémio Super Mondello. Fidelidade obteve o Prémio Strega Giovani. Os seus livros estão traduzidos em mais de 30 países.
Sobre o Clube de Leitura Italiano
Este Club di Lettura Italiano 2025 | Clube de Leitura Italiano 2025 nasceu do desejo de aumentar a comunidade de leitores e de fazer da literatura uma plataforma de troca de ideias e reflexões. As sessões decorrem numa espécie de “língua híbrida” entre italiano e português, indo ao encontro das possibilidades e preferências de cada um dos participantes, procurando a compreensão e usufruto de todos. O programa de 2025 apresenta uma seleção de seis títulos editados em português, de escritores e escritoras de renome no panorama contemporâneo italiano. O convite a participar é aberto a todos, a quem vai ler os livros e quem os quer descobrir antes de os ler.
O Clube de Leitura da ASCIP Dante Alighieri existe desde 2019 e visa promover a literatura italiana, com particular atenção à produção contemporânea, sem esquecer os clássicos mais recentes.
A Associazione Socio-Culturale Italiana del Portogallo Dante Alighieri fica na Rua da Restauração, 409. A entrada para este Clube de Leitura Italiano é livre, com inscrição obrigatória.
Fonte: Notícias U.Porto
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Exposição de Pintura na FPCEUP assinala o mês da Afasia
Do Silêncio à Cor está patente durante todo o mâs de junho na Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da U.Porto Durante todo o mês de junho a Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da U.Porto acolhe a exposição Do Silêncio à Cor para assinalar o Mês da Consciencialização da Afasia. Esta mostra reúne obras criadas por pessoas com afasia — uma condição que afeta a capacidade de comunicação verbal, muitas vezes após um AVC ou outra lesão cerebral. No entanto, como demonstra esta exposição, a vontade de comunicar permanece viva e encontra novas formas de se manifestar: no gesto, na imagem, na cor.
A exposição integra-se no projeto “Prescrição Cultural” da Universidade do Porto, no âmbito do eixo Arte, Cultura e Bem-Estar, promovendo o encontro entre arte, saúde e comunidade. É uma iniciativa conjunta do IPA e da Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da U.Porto, com o apoio da Reitoria da U.Porto. Expressar o que sentimos, mesmo quando as palavras nos faltam
A arte sempre foi uma forma profunda de expressão humana. Desde as primeiras pinturas rupestres até às grandes obras contemporâneas, o ser humano recorre à arte para dizer o indizível, dar forma ao que sente, ao que vive, ao que sonha. A arte é um reflexo da alma — uma linguagem universal que transcende palavras.
Desde 2018 que o Instituto Português da Afasia (IPA) promove o Clube de Pintura, um espaço onde pessoas com afasia exploram a pintura como forma de expressão, de libertação e de participação. Esta exposição mostra o resultado desse processo: telas que não são apenas obras de arte, mas também mensagens, emoções, ideias, memórias e desejos — comunicados com tinta e pincel.
Mais do que quadros, a exposição revela mundos interiores. É uma afirmação de que comunicar é um direito humano, e de que há muitas formas de o fazermos. É neste pressuposto que o IPA tem vindo a promover diversas formas artísticas (como a música, o teatro ou a pintura) como caminhos possíveis e potentes para dar voz às pessoas com afasia.
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Há novos podcasts no espaço virtual da Casa Comum |
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156. Deixa-me também entrar devagar tacteando, João Rasteiro
“Deixa-me também entrar devagar tacteando”, de João Rasteiro, in As pedras que choram o Douro, 2023.
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101. “Delphine et Carole, insoumuses”, de Callisto McNulty (2019)
Comentário de Natacha Sampaio (Curso Avançado de Documentário KINO-DOC)
102. “Mais um Dia”, de Vlatko Gilic (1972)
Comentário de Ana Carolina Ferrão (Curso Avançado de Documentário KINO-DOC)
103. “As Estações”, de Artavazd Pelechian (1975)
Comentário de Augusto Salgueiro (Curso Avançado de Documentário KINO-DOC)
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Alunos Ilustres da U.Porto
Baltazar Castro
Baltazar Castro nas obras a Igreja do Mosteiro de Paço de Sousa
Baltazar da Silva Castro era natural de Painzela, Cabeceiras de Basto, onde nasceu a 1 de maio de 1891 no seio de uma família de pequenos proprietários. Seus pais, José Joaquim da Silva Castro e Ana da Silva Ramalho de Castro, apesar da modesta condição social, investiram no futuro do filho que, com 25 anos, concluiu no Porto os cursos de Engenharia Industrial, de Arquitetura, de Construções Civis, de Desenho Histórico e o 4.º ano de Escultura Monumental, no Instituto Superior Industrial e na Escola de Belas Artes do Porto, atual Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto (1906-1919). Em 1919, Baltazar iniciou a carreira de funcionário público ao ser nomeado para o lugar de condutor de Obras Públicas, na Direção de Obras Públicas do Distrito do Porto. Daí transitou, em maio de 1921, para a Administração dos Edifícios e Monumentos Nacionais do Norte. Anos mais tarde, em 1927, foi nomeado Arquiteto e colocado na Direção-Geral de Belas Artes (3.ª Repartição-Monumentos e Palácios Nacionais, Secção Norte).
Em 1929, Baltazar foi transferido para a Direção dos Monumentos do Norte, organismo da recém-criada Direção Geral de Edifícios e Monumentos Nacionais (DGEMN) e, no ano seguinte, na qualidade de arquiteto de 3.ª classe, foi indigitado diretor interino dos Monumentos do Norte. Quatro anos depois, o seu superior hierárquico Gomes da Silva propôs a sua passagem simultânea a arquiteto de 2.ª e 1.ª classe.
Em 1936 fixou-se em Lisboa para assumir o cargo efetivo de Diretor dos Monumentos e, em 1947, com a reestruturação da DGEMN, foi nomeado Diretor do Serviço de Monumentos. Desempenharia este cargo por pouco tempo, uma vez que, em dezembro do mesmo ano, abandonou em definitivo a DGEMN para se tornar Inspetor Superior de Obras Públicas.
Durante o longo período de tempo em que trabalhou na DGEMN, Baltazar fez várias viagens ao estrangeiro, em missões oficiais e de estudo. Em 1931 visitou cinco países europeus. Em 1934 deslocou-se a Espanha, onde já estivera, para conhecer de perto a arquitetura visigótica, quando restaurava as igrejas pré-românicas de S. Pedro de Lourosa, de S. Frutuoso de Montélios e de S. Pedro de Balsemão.
Em 1938, enquanto bolseiro do Instituto de Alta Cultura, realizou novo périplo pela Europa para aprofundar conhecimentos sobre arquitetura militar e aplicá-los no restauro de carismáticos castelos nacionais, um dos pontos mais significativos do programa das comemorações dos centenários (1940). Dez anos depois participou no Congresso Internacional de Lausanne.
Este arquiteto, embora vocacionado sobretudo para o restauro, também riscou desenhos de arquitetura em parceria com o colega Rogério de Azevedo (1898-1983), com quem projetou a Garagem do Jornal “O Comércio do Porto” e a ampliação e reforma da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, duas obras localizadas no centro histórico da cidade.
Depois do seu afastamento da DGEMN, Baltazar recolheu-se numa quinta em Oliveira, Póvoa de Lanhoso, onde faleceu em 1967.
Baltazar Castro foi condecorado com o oficialato das ordens de Santiago e de Cristo e ficou na história portuguesa como uma das maiores figuras do restauro de monumentos do século XX e como um dos protagonistas da linha de ação da DGEMN, responsável, entre muitas outras obras, por numerosos restauros dos monumentos românicos do Entre-Douro-e-Minho, desde 1927.
Era casado com Mariana Amélia de Abreu, com quem teve 4 filhos, um dos quais – Celestino Joaquim de Abreu, veio a ser arquiteto.
U.Porto - Antigos Estudantes Ilustres da Universidade do Porto: Baltazar Castro www.monumentos.gov.pt
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