O MUSEU EM CONSTRUÇÃO
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Os museus são instituições públicas de conhecimento, plataformas de inovação social – e, no caso dos museus universitários, são instituições que se inscrevem num ecossistema de educação e de investigação. A partir do nosso Museu de História Natural e da Ciência, que tem mais de 900.000 espécimes, poderíamos contar mil histórias, mas a primeira que quisemos contar foi a própria história do Museu – o mesmo será dizer, a história da Universidade. Uma visita à exposição que esta semana inaugurámos – O Museu à Minha Procura – equivale a uma revisitação não só dos 111 anos da Universidade do Porto, mas também dos tempos que precederam a sua criação (desde a Aula de Náutica, criada por alvará régio, em 1762). Em cada objeto exposto reconhecemos o conhecimento produzido a partir da investigação que a Universidade liderou e a forma como o passou aos estudantes e o comunicou à sociedade.
Todo o processo de musealização pressupõe a criação de uma narrativa, e a história do nosso Museu/da nossa Universidade é contada em cinco capítulos: Explorar, Descrever, Medir, Conservar e Divulgar. Estes não são, contudo, capítulos de um livro fechado. O Museu de História Natural e da Ciência da Universidade do Porto está em construção, prevendo-se a conclusão das obras de requalificação para 2027. Entretanto, apostámos num soft opening (soa melhor em inglês), abrindo ao público exposições nos espaços já intervencionados. Esta exposição cujo vernissage (soa melhor em francês) decorreu no passado dia 5 de abril, evoca, através dos próprios suportes expositivos, os Kunstkabinett (gabinetes de curiosidades, soa melhor em alemão), onde objetos de diferentes origens entram inesperadamente em diálogo.
Espero que a exposição provoque nos seus visitantes o mesmo espanto que em mim causou – não é por acaso que os Kunstkabinetts eram também conhecidos como Wunderkammers, isto é, salas onde eram expostas “maravilhas”. A entrada é gratuita. Fica aqui o convite a toda a comunidade académica para uma visita – em qualquer língua.
Fátima Vieira Vice-Reitora para a Cultura, Museus e Editora
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À procura dos "tesouros" dos museus da UniversidadeExposição composta por mais de 110 peças das várias coleções museológicas da U.Porto que abriu ao público na pasasada quarta-feira, 6 de abril, no Polo Central do Museu (Reitoria). Entrada livre. O Museu à Minha Procura (Foto: João Soares/U.Porto) São mais de 100 objetos, entre máscaras egípcias, fósseis com mais de 1000 anos, objetos científicos, xilotecas do Brasil, pontas de seta do neolitíco e da idade do Bronze, crânios de palanca negra gigante, uma coleção de borboletas apreendida durante a 1.ª Guerra Mundial, entre tantos outros vestígios da história a que todos pertencemos… E são as suas histórias que contamos em O Museu à Minha Procura, título da exposição que vai abrir as portas ao público já a partir desta quarta-feira, 6 de abril, no Polo Central (Reitoria) do Museu de História Natural e da Ciência da Universidade do Porto (MHNC-UP)
Aquela que é a primeira exposição composta por peças das coleções do MHNC-UP e dos restantes acervos museológicos dispersos pela U.Porto acontece quase cinco anos após a inauguração da Galeria da Biodiversidade, na antiga Casa Andresen, local onde nasceu o escritor Ruben A., autor da autobiografia O mundo à minha procura. A propósito deste livro, Ruben A. afirmou que resultava de “uma necessidade urgente de arrumar a minha vida sentimental, de ver a novela que dentro do meu ser transporto”. A forma autobiográfica surgia, assim, como “a mais pura do romance, a criação permanente de um estado de espírito que traz presentes os fantasmas que se acolheram no sótão da sensibilidade”.
O Museu à Minha Procura é também uma exposição autobiográfica uma vez que recorre às vastas coleções de objetos do Museu, permitindo aceder não só à beleza como também à história que cada objeto transporta. Vão estar presentes cerca de 111 peças que contam uma narrativa, autobiográfica, através de diferentes núcleos que correspondem às missões do Museu: explorar, descrever, medir, conservar e divulgar.
Para além das peças das coleções do MHNC-UP, serão também apresentadas nesta exposição algumas peças cedidas por outras unidades da U.Porto. Desta lista fazem parte a Casa-Museu Abel Salazar, as faculdades de Desporto (FADEUP), Belas Artes (FBAUP), Direito (FDUP), Engenharia (FEUP), Farmácia (FFUP), Medicina Dentária (FMDUP), Medicina (FMUP) e do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS).
Objetos que contam históriasEntre os muitos objetos que povoam a exposição, não faltam histórias que prometem prender a atenção dos visitantes. É o caso da das borboletas da coleção de Emílio Biel, apreendida pelo Estado Português durante a 1.ª Guerra Mundial, e atualmente integrada no MHNC-UP. Karl Emil Biel (1838-1915), cidadão alemão, foi um homem de múltiplos interesses. Negociante, editor e pioneiro da fotografia em Portugal, foi durante anos fotógrafo da Casa Real Portuguesa. Apaixonado por todas as inovações tecnológicas, esteve ligado à instalação da luz elétrica em Vila Real e no Porto. Dedicou-se também à horticultura, floricultura e entomologia, tendo constituído uma importante coleção de borboletas composta por milhares de exemplares de origens geográficas muito diversas. A beleza destas borboletas vai estar agora ao alcance de todos.
Borboletas da coleção Biel, atualmente integrada no MHNC-UP. (Foto: João Soares/U.Porto) Aos visitantes não passará igualmente despercebido o esqueleto de um espadarte com cerca de 4,20 m que “sobrevoa” O Museu à Minha Procura. É o elemento mais cenográfico da exposição, cabendo-lhe fazer a interligação entre os dois pisos onde esta vai decorrer. Presença marcante é também a de Desmond Morris, o zoólogo, etólogo e pintor surrealista inglês, que ficou conhecido pelo livro que lançou em 1967, The Naked Ape, o Macaco Nu, e pelos programas de televisão que apresentou, como Zoo Time.
O objeto que vai “fechar” a exposição conta precisamente a história de como o arquivo cientifico de Desmond Morris veio para Portugal e, em particular, para a Universidade do Porto, em 2014. Para além do dactiloscrito de O Macaco Nu, vai ser possível apreciar as provas comentadas da primeira edição, a primeira edição (de sempre), a primeira edição em Portugal (de que todas as pessoas com mais de 50 anos se vão lembrar bem!) e a edição portuguesa publicada pelo Museu, sob a marca Arte e Ciência (que estará disponível para venda). O dactiloscrito de O Macaco Nu é uma das obras mais valiosas da exposição. (Foto: João Soares/U.Porto) Olhar para o futuroO Museu à Minha Procura serve também de “aperitivo” para o futuro Museu da Universidade do Porto, atualmente em construção e que virá a tornar-se uma instituição de referência global. A exposição vai estar patente ao público até 30 de dezembro e pode ser visitada de terça-feira a domingo, das 10h00 às 13h00 e das 14h00 às 18h00 (último acesso às 17h30), no Polo Central do MHNC-UP (entrada pela Cordoaria).
A entrada é gratuita.
Visitas guiadas podem ser agendadas através do e-mail visitas@mhnc.up.pt.
Fonte: Notícias U.Porto
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U.Porto comemora centenário da morte de Aurélia de SouzaPrograma organizado em parceria com o Museu Soares dos Reis e os municípios do Porto e Matosinhos vai decorrer até junho de 2023. Aurélia de Souza, Autorretrato, 1900. (Foto: DR) Assinala-se no próximo dia 26 de maio o centenário da morte de Aurélia de Souza, antiga estudante da Academia Portuense de Belas-Artes e um dos nomes mais marcantes da pintura portuguesa da segunda metade do século XIX. Para assinalar a data, a Universidade do Porto aliou-se ao Museu Nacional Soares dos Reis (MNSR), ao Município do Porto e ao Município de Matosinhos num programa de comemorações que vai abrir-se a toda a cidade já a partir de 9 de abril. Através desta iniciativa, pretende-se “prestar não só um tributo a Aurélia de Souza, como também dar a conhecer a sua obra a um público não especializado e obras não tão conhecidas”, conforme referiu o Reitor da U.Porto durante a sessão de apresentação da programação, realizada no passado dia 1 de abril, no MNSR.
A “importância artística da pintora justifica a ampla parceria interinstitucional”, destacou ainda António de Sousa Pereira.
As quatro propostas da U.PortoDas 15 iniciativas dedicadas a Aurélia de Souza que vão decorrer até junho de 2023, quatro serão organizadas pela Casa Comum (Reitoria) e pelo Museu de História Natural e da Ciência da U.Porto (MHNC-UP). A primeira proposta da Universidade é a exposição “Aurélia de Souza. Ilustrações Inéditas”, que estará patente ao público de 12 julho a 29 de outubro.
Ainda em julho, tem lugar a primeira de duas “Conversas à volta de Aurélia”, intitulada “D. Aurélia de Souza – Mulheres Artistas”. A segunda sessão está agendada para setembro (em dia a definir) e terá como tema “Aurélia de Souza, a Ilustradora”.
O programa encerra em outubro, com a realização de um “Workshop de Ilustração”.
Para além das propostas da U.Porto, o programa evocativo do centenário da morte de Aurélia de Souza inclui ainda conversas, exposições, atividades educativas, um congresso internacional, a edição de um catálogo, entre outros eventos a decorrer até 23 de junho de 2023, em locais como o Museu Quinta de Santiago, a Casa Marta Ortigão Sampaio, o Museu da Cidade – Extensão do Romantismo, os Jardins do Palácio de Cristal ou o Museu Nacional Soares dos Reis.
Aurélia de Souza: Na vanguarda do seu tempoAntiga estudante da Academia Portuense de Belas Artes, antecessora das atuais faculdades de Arquitetura (FAUP) e de Belas Artes (FBAUP) da U.Porto, Maria Aurélia Martins de Souza (1866-1922) é reconhecida, essencialmente, pela sua pintura inconvencional e vanguardista, mas também pelos seus trabalhos nos campos do desenho, ilustração e fotografia. Natural da cidade de Valparaíso (Chile), onde nasceu a 13 de junho de 1866, fixou-se no Porto, aos três anos de idade, juntamente com os pais, emigrantes portugueses na América Latina. Foi na Invicta que iniciou a sua aprendizagem artística com lições particulares de desenho e pintura de Caetano Moreira da Costa Lima. Aos 27 anos, entrou na Academia Portuense de Belas-Artes, que frequentou entre 1893 e 1898.
Em 1899, Aurélia de Souza partiu para Paris para, durante três anos, completar os cursos ministrados por Jean-Paul Laurens e Benjamin Constant, na Academia Julien. Foi nesse período que pintou o famoso “Autorretrato” (1900), hoje integrado na coleção do Museu Nacional Soares dos Reis.
De regresso ao Porto, e já depois de ter viajado por vários países da Europa, continuou a expor os seus trabalhos nas exposições anuais da Sociedade de Belas-Artes do Porto (de 1909 a 1911), bem como nas Galerias da Misericórdia (1908-1909 e 1911-1912) e do Palácio de Cristal (1917 e 1933), no Porto, e na Sociedade Nacional de Belas-Artes de Lisboa (de 1916 a 1921). Morreu no Porto, a 26 de maio de 1922, a poucos dias de completar 56 anos.
Com uma obra que assenta, acima de tudo, em retratos, em paisagens e em cenas intimistas da vida quotidiana, Aurélia de Souza continua, praticamente um século após a sua morte, a ser reconhecida pelo seu estilo naturalista e pela sua inovação e relevância no panorama cultural português.
Fonte: Notícias U.Porto
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ABRIL NA U.PORTOO Casa Comum Fest é um novo festival cultural que promove o diálogo entre várias instituições da Universidade do Porto, diversos artistas e toda a cidade. Em abril, assista a exposições e concertos, participe nas conversas e oficinas e emocione-se com peças de teatro e documentários. O Casa Comum Fest causa cultura em toda a cidade. Descubra tudo o que lhe vai causar a si. Consulte o programa do Casa Comum Fest na agenda do site da Casa Comum.
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Há novos podcasts no espaço virtual da Casa Comum |
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Manuel Aires Mateus escolhe para este “Passa-a-Palavra” a Igreja de San Carlo alle Quattro Fontane, de Francesco Borromini, começada a construir em 1641, e também conhecida por Igreja de San Carlino devido à exiguidade do ângulo onde se encontra implantada, no Bairro Quirinale, em Roma, num cruzamento entre duas ruas conhecido pelas quatro fontes que decoram cada um dos seus cantos e do qual herda igualmente o nome.
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Guerra e Paz de Tolstói inspira concerto ao piano na Casa ComumGuerra e Paz serve de mote ao recital que a premiada pianista Diana Botelho Vieira vai protagoniza no dia 13 de abril, na Reitoria. Entrada livre. Diana Botelho Vieira em concerto. (Foto: DR) Quer fechar o olhar e reviver o Guerra e Paz? Foi o grande romance de Liev Tolstói que serviu de inspiração para o recital ao piano que Diana Botelho Vieira, premiada concertista internacional de origem açoriana, vai protagonizar no final de tarde do próximo dia 13 de abril, quarta-feira, na Casa Comum (Reitoria) da Universidade do Porto. O concerto vai dividir-se em duas grandes obras: Por um caminho frondoso, do compositor checo Leoš Janáček, escrita em tempos de paz, mas terminada pouco tempo antes da 1.ª Guerra Mundial; e a 6.ª Sonata do compositor russo Serguei Prokofiev, um dos mais celebrados do século XX, escrita durante a 2.ª Guerra Mundial e acabada em 1940. Foi a primeira da trilogia conhecida como “Sonatas de Guerra”. De alguma forma, parece anunciar a invasão da Rússia no ano seguinte.
Pelo meio, uma raridade: a única música escrita por Tolstói – compositor nas horas vagas – que chegou até nós. Trata-se de uma valsa que espelha o grande período de paz europeia vivida entre a morte de Napoleão e as convulsões do século XX, dança que domina os bailes cortesãos da primeira parte de Guerra e Paz.
Tolstói foi uma enorme inspiração para Janáček, admirador da cultura russa, que, sobre o curto romance A Sonata a Kreutzer, modelou o seu primeiro quarteto de cordas. Já Prokofiev baseou a sua maior ópera no romance Guerra e Paz, esse grande fresco épico que retrata a brutal invasão da Rússia pelas tropas napoleónicas em 1812.
O concerto tem início às 18h00, no auditório da Sala Comum. A entrada é livre, limitada à lotação do espaço.
Sobre Diana Botelho VieiraNatural da ilha de São Miguel, Açores, Diana Botelho Vieira (1984) estudou piano com Irina Semënova no Conservatório Regional de Ponta Delgada, com Alexei Erëmine na Academia Nacional Superior de Orquestra – Metropolitana (Licenciatura), e com Ludmila Lazar no Chicago College of Performing Arts – Roosevelt University (Mestrado em Piano Performance). Possui também o Mestrado em Ensino de Música, realizado sob a orientação de Miguel Henriques e Jorge Moyano, na Escola Superior de Música de Lisboa. Ao longo da sua carreira, tem-se apresentado em recitais de piano e de música de câmara em Portugal, Espanha, França, Estados Unidos da América e América do Sul. Tocou em festivais como o Summer Institute for Contemporary Performance Practice (Boston), PianoFest (Chicago), Embassy Series – Uniting People Through Musical Diplomacy (Washington/DC), Meadowmount School of Music (Nova Iorque), Festival Ibérico de Badajoz, Dias da Música em Belém, no CCB, Temporada Artística dos Açores, Porto PianoFest (edição online), Festival Internacional de Música da Primavera, em Viseu, e Festival Internacional de Música da Póvoa de Varzim.
Laureada no Prémio Jovens Músicos – RDP Antena 2 na categoria Piano, Diana Botelho Vieira é também detentora do Búzio Revelação (Expresso das 9) e Prémio Cultura (Correio dos Açores).
Lançou dois CD: A toque de caixa e Viagens Imaginárias, editados pelo mpmp e ambos com música de Sérgio Azevedo; o primeiro para piano solo para crianças e o segundo para piano a quatro mãos com o pianista Saul Picado. Gravou recentemente mais um CD, a lançar até final deste ano. Em paralelo com a atividade de concertista, Diana Botelho Vieira leciona piano na Academia de Música de Lisboa.
Fonte: Notícias U.Porto
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Doutores Honoris Causa da U.Porto
Jorge Manuel Moura Loureiro Miranda, Marcelo Rebelo de Sousa e Mário Júlio de Almeida Costa e Fernando Lanhas
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Em 2005, depois de no início do ano, a Universidade do Porto ter concedido o título de Doutor Honoris Causa a Hermanfrid Schubart (a 28 de janeiro) e a Agustina-Bessa Luís e Eugénio de Andrade (a 22 de março), entre outubro e novembro atribuiu essa honraria a mais quatro personalidades nacionais: Jorge Manuel Moura Loureiro Miranda,
Marcelo Rebelo de Sousa e Mário Júlio de Almeida Costa (a 6 de outubro) e Fernando Lanhas (a 29 de novembro).
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Jorge Miranda é natural de Braga, onde nasceu em 1941. Fez a sua formação académica na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa (licenciatura em 1963, curso complementar de Ciências Político-Económicas em 1964, doutoramento em 1979, e agregação em Ciências Jurídico-Política, em 1984).
Nessa faculdade, onde é professor catedrático jubilado do Grupo de Ciências Jurídico-Políticas, presidiu ao Conselho Científico e ao Conselho Diretivo e foi cofundador do Instituto de Ciências Jurídico-Políticas. Também colaborou com a Universidade Católica Portuguesa. Integrou a comissão preparatória de lançamento da Faculdade de Ciências Humanas. Lecionou no Instituto de Altos Estudos Militares. Fez parte do Conselho Científico da Escola de Direito da Universidade do Minho, integrou a Comissão Instaladora e foi membro do Conselho Científico da Faculdade de Direito da Universidade do Porto.
Autor de numerosos livros e artigos científicos editados em publicações portuguesas e internacionais, é um dos membros fundadores da Associação Portuguesa de Direito Constitucional, membro do Comité de Honra da Associação Internacional para a Defesa da Liberdade Religiosa, da Academia Europae e um dos presidentes de honra estrangeiros do Instituto Pimenta Bueno (Associação Brasileira de Constitucionalistas). Em 2004 foi eleito membro do Comité Executivo da Associação Internacional de Direito Constitucional, e, entre 1990 e 1992, presidiu à Associação Portuguesa de Direito do Ambiente.
Foi membro da comissão de elaboração da Lei Eleitoral para a Assembleia Constituinte em 1974; Deputado à Assembleia Constituinte (1975-1976); interveio na elaboração da Constituição de 1976; foi Deputado à Assembleia da República (1976, 1980-1982); coautor da Revisão Constitucional de 1982 e membro da Comissão Constitucional (1976-1980). Presidiu à Comissão de Elaboração do Código Eleitoral (1986-1987); coordenou o grupo de trabalho sobre igualdade de acesso de ambos os sexos aos cargos políticos (1998); foi vogal do Conselho das Ordens Militares (2001-2006) e presidiu à comissão de elaboração do novo estatuto de gestor público. Foi ainda autor do anteprojeto de Constituição de S. Tomé e Príncipe (1990), consultor nas revisões constitucionais de Moçambique (1990) e da Guiné – Bissau (1991) e produtor de um anteprojeto de Constituição para Timor.
É doutor honoris causa em Direito pelas universidades de Pau (França, 1996), do Vale do Rio dos Sinos (Brasil, 2002) e da Universidade Católica de Lovaina (Bélgica, 2003); professor honorário da Universidade Federal do Ceará, foi agraciado com a comenda da Ordem de Santiago e Espada (1994), com a Grã-cruz da Ordem da Liberdade (2001) e com a Grã-cruz da Ordem do Infante D. Henrique (2005).
Marcelo Rebelo de Sousa nasceu em Lisboa em 1948. Em 1984 licenciou-se em Ciências Jurídico-Políticas. Foi Professor Catedrático na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, tendo igualmente lecionado em outras instituições de ensino superior, no país e no estrangeiro.
Na atividade de jornalista, dirigiu o Jornal Expresso (1980-1983), colaborou com o Jornal Semanário (1983-1987) e participou na comunicação social como comentador político, na rádio TSF e nas televisões RTP e TVI.
Coopera com diversas associações e instituições cívicas e sociais, nas qualidades de fundador, patrono, dirigente ou voluntário.
Foi Deputado à Assembleia Constituinte em 1976 e integrou o VIII Governo Constitucional, como Secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros e Ministro dos Assuntos Parlamentares.
Presidiu ao PSD entre 1996 e 1999 e promoveu a sua adesão ao Partido Popular Europeu, no qual chegou a ocupar o cargo de Vice-Presidente. No âmbito do poder local, foi Deputado Municipal, Deputado Metropolitano, Vereador e Presidente da Assembleia Municipal dos Concelhos de Cascais, Lisboa e Celorico de Basto.
Foi eleito Presidente da República Portuguesa em 2016 e reeleito em 2021.
Mário Júlio Brito de Almeida Costa Mário Júlio Brito de Almeida Costa nasceu em Boco, Vagos, em 1927.
Depois de concluída a licenciatura e o curso complementar de Ciências Jurídicas na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, foi convidado para assistente. Em 1957 defendeu provas de doutoramento nessa Faculdade. Em 1961 era professor extraordinário e em 1962 professor catedrático.
Tem lecionado em universidades internacionais, sobretudo no Brasil, e na Faculdade de Direito da Universidade Católica (Lisboa) desde que se jubilou. Pertenceu ao Conselho Superior desta Universidade. Colaborou com outras escolas jurídicas, integrou o Conselho Superior do Instituto Universitário Europeu (Florença) e a Comissão Instaladora da Faculdade de Direito da Universidade do Porto.
Foi Ministro da Justiça (1967-1973), Presidente da Câmara Corporativa, membro do Conselho de Estado e Vice-governador do Banco de Portugal e da Comissão Nacional para a Comemoração dos Descobrimentos Portugueses. Foi vogal da Comissão do Domínio Público Marítimo e da Comissão de Direito Marítimo Internacional.
É membro de diversas academias, sociedades e institutos científicos, portugueses e estrangeiros. É professor honorário da Faculdade de Direito da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
Foi distinguido com a Grã-Cruz da Ordem Militar de Cristo e da Ordem do Cruzeiro do Sul, do Brasil.
É autor de obras relacionadas com o exercício de funções governativas, de estudos doutrinais e anotações de jurisprudência e de estudos publicados em revistas, portuguesas e estrangeiras, bem como de artigos de síntese incluídos no Dicionário da Administração Pública, no Dicionário da História de Portugal, na Verbo - Enciclopédia Luso-Brasileira de Cultura e na Polis - Enciclopédia Verbo da Sociedade e do Estado.
Fernando Resende da Silva Magalhães Lanhas nasceu no Porto em 1923. Frequentou o Curso Especial e Curso Superior de Arquitetura da Escola de Belas Artes do Porto. Terminou estes estudos em 1947 com a apresentação de um projeto sobre a construção de um museu, que lhe valeu a classificação de dezanove valores.
Pintou quadros figurativos, que rapidamente se transformaram em obras abstratas, envolveu-se na organização das exposições independentes dos alunos da ESBAP, em 1944, e colaborou na página Arte do jornal diário do Porto, A Tarde, em 1945.
Nos anos 70, na atual Escola Secundária Garcia de Orta, criou a Sala de Cosmografia, a primeira sala deste género no país, reconhecida pela NASA devido à sua importância didática.
Como arqueólogo amador também deixou a sua marca, realizando o Inventário dos lugares com interesse arqueológico, que começou a ser publicado em 1965, em colaboração com D. Domingos de Pinho Brandão (1920-1988). Também se interessou pela Paleontologia, Biologia e Geologia. Elaborou estudos arqueológicos, publicou artigos a propósito das investigações por si realizadas, participou em congressos e jornadas arqueológicas. Das suas descobertas arqueológicas podem destacar-se, entre outras, o Castro de S. Paio, em Labruge (1967), e a gravura rupestre no Monte da Luz, na Foz do Douro (1972).
Na área da Museologia, projetou e executou montagens de coleções no Museu Municipal da Figueira da Foz, no Museu Monográfico de Conímbriga, no Museu Militar do Porto e na Biblioteca-Museu Municipal de Paredes. Planeou, também, o antigo Museu de Mineralogia Montenegro de Andrade, da U.Porto, e o Centro de Arte e Cultura Popular, em Via Nova de Famalicão.
Enquanto arquiteto, também apreciava projetar moradias urbanas, modernas e respeitadoras da tradição.
Lanhas é tido como um dos pioneiros da abstração geométrica em Portugal. A sua obra pictórica fez-se de aguarelas, serigrafias, pinturas sobre seixos rolados, colagens e xilogravuras. Na área do desenho, insere-se na família dos grandes desenhadores modernos, tendo aliando a capacidade de expressão ao virtuosismo da forma.
Enquanto poeta, foi autor de composições caracterizadas por um grande rigor formal e pela contenção da ideia. Desde muito cedo que se preocupou em registar os sonhos do próprio sonhador.
O interesse pela arqueologia e pela astronomia decorria da sua busca incessante pelas origens, que estendeu ao colecionismo. Foi um colecionador de fósseis, seixos, areias de diversas partes do mundo, rochas, brinquedos, rótulos, anúncios, etc. Reunia e criava coleções devidamente rotuladas e também se interessou por fotografia, sobretudo antiga.
Este homem de múltiplos interesses – Arquitetura, Pintura, Desenho, Poesia, Arqueologia, Astronomia, Museologia e Colecionismo - faleceu em 2012. Sobre Jorge Manuel Moura Loureiro de Miranda (up.pt)
Sobre Marcelo Rebelo de Sousa (up.pt)
Sobre Mário Júlio de Almeida Costa (up.pt) Sobre Fernando Lanhas (up.pt)
U.Porto já tem um espaço para honrar os seus doutores Honoris Causa (up.pt)
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