E ENCHÊSSEMOS NO DOMINGO O COLISEU?
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O projeto chegou-nos pelas mãos da Administradora da Lello, Aurora Pinto, e em pouco tempo éramos já cinco: para além da Lello e da U.Porto, a Irmandade dos Clérigos, o Turismo do Porto e Norte e a CCDR-N. Receber na Universidade o Maestro Victorino d’Almeida foi uma honra; mas o privilégio, mesmo, foi perceber como aquela mente imaginativa acredita – e nos faz acreditar – no poder que a música tem para unir os povos. Na origem do concerto GAUDEAMUS – ALEGRIA PARA A EUROPA esteve um outro concerto, no início do milénio, com apenas 12 canções. Entretanto, o Maestro escreveu mais 18. Agora são 30: recusa-se a retirar o Reino Unido do rol de canções já preparadas, e compôs ainda uma canção em gaélico e outra em flamengo. Na última reunião que tivemos, a guerra na Ucrânia havia deflagrado dias antes e o Maestro estava com pressa: tinha de voltar para casa para compor mais uma canção. Pedi-lhe que regressasse em breve: gostava muito que os grupos corais da Universidade cantassem o refrão dessa música. O ensaio foi no passado sábado e os nossos grupos vão mesmo subir ao palco do Coliseu.
Cada canção parte de um poema nacional, que é cantado na própria língua (a minha admiração pela soprano Ana Maria Pinto é infindável). No caso da canção portuguesa, o poema é de Sophia; para a canção ucraniana, o poema selecionado é de Lina Kotensko, uma das poetas que mais se afirmou na década de 60.
O concerto oficial será na segunda-feira, dia 9 – O DIA DA EUROPA – pelas 21:30, mas no domingo, dia 8, pelas 15:00, haverá um Ensaio Geral Solidário. O público poderá decidir quanto quer dar pelo bilhete: 5€, 10€ ou 15€, que irão diretamente para a Cruz Vermelha, que, por sua vez, canalizará o valor para os seus projetos de apoio à Ucrânia. A Universidade é, hoje, um espaço de celebração da ideia de Europa. Ao longo dos últimos 35 anos, o programa ERASMUS promoveu a mobilidade docente e discente, evidenciando tudo o que nos une. Enquanto co-promotora do concerto GAUDEAMUS – ALEGRIA PARA A EUROPA, a Universidade do Porto afirma a sua responsabilidade cultural de fazer da Academia um espaço de convívio internacional e de paz. Por isso é tão importante para nós o ensaio-aberto do dia 8, em que toda a comunidade académica terá a oportunidade de manifestar a sua solidariedade para com a Ucrânia – e por isso fica aqui o repto: e se enchêssemos no domingo o Coliseu?
Fátima Vieira,
Vice-Reitora para a Cultura, Museus e Editora
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Povos e nações da Europa cantam a uma só voz no Coliseu do PortoO espetáculo Gaudeamus – Alegria para a Europa sobe ao palco do Coliseu na noite de 9 de maio (Dia da Europa), sob a direção do maestro António Victorino d’ Almeida. O espetáculo foi concebido e será dirigido pelo maestro António Victorino d’Almeida. Foto: DR
São 30 músicas originais, representativas de cada nação da União Europeia, mas não só, e vão fazer ouvir-se na noite do Dia da Europa (9 de maio), no Coliseu do Porto Ageas, durante o concerto Gaudeamus – Alegria para a Europa, em resultado de uma parceria que envolve também a Universidade do Porto, a Livraria Lello, a Irmandade dos Clérigos, a CCDR-Norte, e o Turismo do Porto e Norte de Portugal.
Da autoria do maestro António Victorino d’Almeida, Gaudeamus – Alegria para a Europa é uma obra ambiciosa que se propõe celebrar a união no espaço europeu através de um ciclo de 30 canções originais, cantadas pela soprano portuense Ana Maria Pinto e interpretadas por uma orquestra de câmara de 14 elementos. Entre as canções que fazem parte do programa do concerto inclui-se um poema dedicado a cada um dos 27 países da União Europeia, a que se juntam ainda a Inglaterra, a língua gaélica (Irlanda), o dialeto flamengo (Bélgica) e uma composição especial para a Ucrânia. Para a canção em português foi escolhido um poema de Sophia de Mello Breyner Andresen.
Numa altura em que a guerra na Ucrânia marca a ordem do dia, este espetáculo “representa um muito necessário abraço fraterno e de amor a todos os povos e culturas que constituem a União Europeia”; como se pode ler na apresentação do concerto. “Este é um concerto que transcende o conceito de obra musical, já que congrega a poesia e a música, mas também um conceito filosófico-ideológico acerca de uma Europa irmanada em valores e em ideais, reafirmando, realçando, exaltando e valorizando as diferenças culturais, sociais e sociológicas dos povos e das nações que a constituem”, lê-se ainda na página do Coliseu do Porto.
Com duração aproximada de uma hora e meia, Gaudeamus – Alegria para a Europa tem início marcado para as 21h00, na Sala Principal do Coliseu do Porto Ageas.
Os bilhetes variam entre os 15 euros (plateia e tribuna) e os 90 euros (camarotes), estando previstos descontos especiais para estudantes (50%), séniores e famílias (25%) e portadores do Cartão Porto (20%).
Mais informações através do telefone 223 394 940 ou do e-mail bilheteira@coliseu.pt
Ensaio geral dedicado à UcrâniaNa véspera do Concerto, às 15h00 do dia 8 de maio, terá lugar um Ensaio Geral Solidário, com as receitas de bilheteira a reverterem a favor dos refugiados da Ucrânia, através da Cruz Vermelha. Os bilhetes têm um custo de 5, 10 e 15 euros e podem ser adquiridos na bilheteira do Coliseu, Ticketline e locais habituais.
Quem não puder estar presente também pode contribuir, adquirindo um ou mais lugares.
Fonte: Notícias U.Porto
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Cantora italiana Tosca apresenta novo álbum na U.PortoMorabeza é o nome do disco a ser apresentado no próximo dia 11 de maio, na Casa Comum. É mais um concerto inserido no ciclo Música na Cidade. Tiziana ‘Tosca’ Donati é uma das mais conceituadas cantoras e atrizes italianas. Foto: DR
No âmbito da sua digressão europeia, a cantora italiana Tosca vai estar na cidade do Porto no próximo dia 11 de maio, para um concerto/conversa na Casa Comum, ao edifício da Reitoria da Universidade Porto, onde apresentará o seu mais recente álbum, Morabeza. Tiziana ‘Tosca’ Donati, vencedora do Festival de Sanremo em 1996, é uma das mais conceituadas cantoras e atrizes italianas. Ao longo de uma carreira com mais de 30 anos, lançou 15 discos, venceu inúmeros prémios, entre os quais o prestigiado prémio Tenco, e colaborou com alguns dos maiores artistas italianos e internacionais.
Morabeza, o seu último álbum, representa uma nova etapa criativa de uma viagem que tem levado Tosca a grandes palcos, numa extensa digressão mundial com paragens no Dubai, Argélia, Tunísia, Brasil, França, Itália, Espanha e Portugal.
Por todos estes países tem andado a apresentar canções originais e interpretações de clássicos, muitas vezes em dueto com nomes como Ivan Lins, Arnaldo Antunes, Lenine e Luísa Sobral. Com a cantora portuguesa partilhou Un Giorno in Piú que foi, de resto, composto por Luísa Sobral, especialmente para este disco.
Morabeza já foi galardoado com dois Targa Tenco, um prestigiado galardão cultural em Itália, nas categorias Melhor Canção e Melhor Álbum de Interpretação. Do concerto farão parte músicas cantadas em vários idiomas, incluindo francês, italiano, grego e português.
Neste concerto/conversa na Casa Comum, Tosca cantará músicas em vários idiomas, incluindo francês, italiano, grego e português.
O concerto é organizado pela ASCIP Dante Alighieri em colaboração com o Instituto Italiano de Cultura de Lisboa e a Casa Comum da Reitoria da U.Porto. A entrada é livre, mas com reserva obrigatória através do e-mail segreteria.ascipda@gmail.com ou do telefone 961 954 244.
O ciclo Música na CidadeO ciclo Música na Cidade nasceu para acolher propostas diversificadas, permitindo o contacto com música feita por ensembles ou solistas. A programação é realizada com base em propostas apresentadas pelos próprios músicos ou através do convite a projetos específicos. Sem fronteiras estilísticas, o palco está particularmente adaptado a recitais acústicos, e tem recebido fundamentalmente músicos da tradição clássica ocidental, sejam já concertistas de carreira ou jovens promissores que necessitam de exposição pública. Também tem capacidade para receber grupos amplificados da área do jazz e da música experimental. O ciclo permite, num espaço central da cidade, a comunicação entre músicos e público que se espera continuar a ser progressivamente mais alargado.
Peça central para a criação e continuidade do ciclo, tem sido a cooperação ente a Universidade do Porto e a Escola Superior de Música e Artes do Espetáculo do Instituto Politécnico do Porto, a principal escola de formação superior musical da região, embora as propostas possam surgir de outras instituições (como o Curso de Música Silva Monteiro ou a Academia de Música de Costa Cabral) ou músicos, considerados individualmente, ou ainda de festivais de música como o PianoFest. Podem acolher-se também grupos musicais de caráter mais amador, nomeadamente estudantes da Universidade do Porto, envolvidos em projetos que se enquadrem no espaço físico e no âmbito deste ciclo de divulgação musical.
O ciclo Música na Cidade realiza-se habitualmente às quartas-feiras, ao fim da tarde ou à noite, mas também poderá abranger, por conveniência de programação ou de disponibilidade dos músicos, outros dias da semana.
Fonte: Notícias U.Porto
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Maio na U.Porto
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Para conhecer o programa da Casa Comum e outras iniciativas, consulte a Agenda Casa Comum ou clique nas imagens abaixo.
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Mulheres que Fazem Barulho – Cenas do Rock Português IEntrada livre. Mais informações aqui
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Ver Cegueira Adentro - 100 Anos de José SaramagoEntrada livre. Mais informações aqui
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Ela é Uma Música, filme de Francisca MarvãoEntrada Livre. Mais informações aqui
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Memória Cidadania e Liberdade| Ciclo de Cinema Português30 ABR e 06, 13, 20, 27 MAI'22 | 21h00 Cinema, Debate | Casa Comum Entrada Livre. Mais informações aqui
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TOSCA | Concerto + ConversaConversa, Concerto | Casa Comum Entrada livre. Mais informações aqui
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Poesias, de Pedro LastraApresentação de Livro | Casa Comum Entrada Livre. Mais informações aqui
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GAUDEAMUS Porto - Alegria para a EuropaConcerto | Coliseu do Porto Mais informações e bilhetes aqui
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Isto não é só um quadro: António Cardoso para além da evidênciaExposição | Fundação Marques da Silva
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O Museu à Minha ProcuraExposição | Pólo central do Museu de História Natural e da Ciência da U.Porto Entrada Livre. Mais informações aqui
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Roteiros do Conhecimento: Os Laboratórios de Ferreira da SilvaCiência | Câmara Municipal do Porto Entrada Livre. Mais informações aqui
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Depositorium 2 Exposição | Museu Nacional de Soares do Reis
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CORREDOR CULTURAL DO PORTO Condições especiais de acesso a museus, monumentos, teatros e salas de espetáculos, mediante a apresentação do Cartão U.Porto. Consulte a lista completa aqui
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Isto não é só um quadro: António Cardoso para além da evidência
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Exposição de homenagem ao artista, professor, investigador e museólogo inaugura no dia 7 de maio, na Casa-Atelier José Marques da Silva.
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Ao olharmos para o legado que deixou, é caso para perguntar, quantas vidas cabem numa só? Neste caso a resposta é: muitas e todas com muito para contar. Isto não é só um quadro: António Cardoso para além da evidência é uma exposição que percorre as paixões e interesses que moldaram a vida e obra do artista, professor, investigador e museólogo. Inaugura às 16h00 do dia 7 de maio, na Casa-Atelier José Marques da Silva. No dia da inauguração, a entrada é livre. António Cardoso (1932-2021) desempenhou um papel determinante no processo que viria a dar lugar à criação da Fundação Marques da Silva (FIMS). De resto, diz-nos a Presidente do Conselho Diretivo da FIMS, Fátima Vieira, “a Fundação, provavelmente, não existiria se não fosse a sua ação continuada, e sempre de uma forma muito próxima, desde a fundação e ao longo de toda a sua existência”.
Tendo optado por um doutoramento em História da Arte, desenvolveu uma tese sobre Marques da Silva que é, acrescenta Fátima Vieira, “até hoje, o estudo mais abrangente e sistematizado sobre a vida e obra deste arquiteto portuense”. António Cardoso orientou muitas teses de doutoramento na Faculdade de Letras da U.Porto, recorda Fátima Vieira, era um “contador de histórias” e a abrangência desta exposição serve também para demonstrar a sua “faceta de artista”.
As suas obras de pintura, desenho e gravura foram amplamente expostas e encontram-se representadas em coleções particulares, na Fundação Calouste Gulbenkian e no Museu Municipal Amadeo de Souza-Cardoso, em Amarante, onde teve, de resto, uma intervenção crucial. Viajou, conviveu, ensinou. Lutou pela defesa do património, em particular o amarantino. Homem culto, colecionador atento e comunicador de excelência, influenciou várias gerações de alunos que ajudou a formar, da Telescola à FLUP, de onde viria a jubilar-se em 2002.
“Isto não é só um quadro” é uma frase inspirada no universo do pintor surrealista belga René Magritte (1898-1967) que o próprio António Cardoso gostava de citar. Não sendo exaustiva, dada a amplitude de tudo quanto fez, a mostra dá uma ideia da variada teia de interesses e paixões que moldaram a vida do homenageado, na expectativa de despertar o interesse para futuras investigações sobre o autor. Como António Cardoso dizia, “a memória permite compreender as pessoas e os acontecimentos. A memória é o recurso do ser humano contra a morte, a rasura”.
Esta exposição, curatorialmente desenvolvida por um coletivo formado por Susana Cardoso (filha), Laura Castro (DRCN), Domingas Vasconcelos (CMP), Celso Santos e Leonor Soares (FLUP) e Paula Abrunhosa (FIMS), é uma iniciativa da Fundação Marques da Silva e contou com o apoio da família de António Cardoso, da Direção-Geral da Cultura do Norte, do Museu Municipal Amadeo de Souza-Cardoso, da Câmara Municipal do Porto, e das faculdades de Letras (FLUP) e de Belas Artes (FBAUP) da Universidade do Porto.
A U.Porto Press já publicou uma coleção de 20 desenhos de António Cardoso que sugerem um percurso ao encontro da paisagem.
Desenho de António Cardoso. (Imagem: DR) Isto não é só um quadro: António Cardoso para além da evidência
Nasceu em Salvador do Monte (Amarante), em julho de 1932 e faleceu no Porto, aos 88 anos, em junho de 2021. O seu percurso de vida passa pelos domínios do ensino (foi professor, orientador, conferencista, autor), da investigação em história da arte (com particular destaque para a obra de José Marques da Silva e de Amadeo de Souza-Cardoso), da pintura (enquanto artista, curador e crítico de arte moderna e contemporânea), da museologia e da defesa patrimonial. Durante os anos 50, António Cardoso estudou pintura na Academia Alvarez e frequentou a Escola Superior de Belas-Artes do Porto, precursora da Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto. Licenciou-se em História, na FLUP, em 1974, onde se doutorou em História da Arte com uma tese sobre o Arquiteto José Marques da Silva.
A partir de 1981 lecionou na FLUP, que representou na Comissão do Património da Câmara Municipal do Porto, entre 1996 e 2001. Desde os anos 90 até ao seu desaparecimento, foi diretor do Museu Municipal Amadeo de Souza-Cardoso, cabendo-lhe a edição do primeiro catálogo da coleção do museu que ajudou a construir em as suas dimensões. Enquanto pintor, António Cardoso teve diversas exposições individuais e participou em inúmeras exposições coletivas.
O seu trabalho “Paisagem III” integrou a seleção enviada à I Bienal de Paris, em 1959. Com ele, mas também com as obras de Ângelo de Sousa, Artur Bual, René Bertholo, Lourdes de Castro, Luís Demée, Mário Eloy, António Quadros, Nuno Siqueira, Maria Teles e João Barata Feyo, Portugal recebeu o 1.º Prémio da crítica. Foi ainda membro da Associação Portuguesa de Museologia, da Associação Regional do Património Cultural e Natural e da secção portuguesa da Associação Internacional dos Críticos de Arte.
Isto não é só um quadro: António Cardoso para além da evidência inaugura às 16h00 do dia 7 de maio, na Fundação Marques da Silva. Ficará patente ao público até 17 de setembro de 2022.
A exposição pode ser visitada de segunda a sábado, das 14h00 às 18h00. O bilhete de entrada varia entre os 3 euros (geral) e o 1,50€ para jovens, estudantes e seniores. No dia da inauguração, 7 de maio, a entrada é livre.
Fonte: Notícias U.Porto
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Há novos podcasts no espaço virtual da Casa Comum
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4. Vários poemas de Albano Martins Vários poemas de Albano Martins, Por ti eu daria – Toda a poesia
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42. “Tudo Pode Acontecer”, de Marcel Lozinski (1995) Comentário de Eneida Godinho (Curso Avançado de Documentário KINO-DOC)
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No debate online Germen Ouvir com outros olhos: viver com ELA, escutámos quem sofre de Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA), quem cuida destes doentes enquanto profissional de saúde, e quem coordena organismos de intervenção sobre esta doença. O desafio que colocámos aos nossos oradores e aos nossos ouvintes foi VER a experiência da doença na sua espessura, ou seja, na sua humanidade, sempre única e singular, sem possibilidade de ser replicada (ao contrário da evidência científica, que procura encontrar padrões, repetições, conjugando terapêuticas e pessoas que se cruzam na sua homogeneidade e não na sua diversidade). Para promovermos a reflexão e ampliarmos olhares e conhecimentos, tivemos a presença de: Elga Freire, Teresa Moreira, Fátima Silva , Maria dos Anjos Viana e Paulo Talhadas Santos Este debate foi gravado no dia 12/04/2022, sendo moderado por Susana Magalhães e Manuela Vidigal Bertão (Germen – Grupo de Estudos e Reflexão em Medicina Narrativa).
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Doutores Honoris Causa da U.Porto
Belmiro de Azevedo, José Carreras e Jacques Rogge
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Demos conta, na newsletter da semana passada, dos três doutoramentos honoris causa propostos pela Faculdade de Direito em 2009. Esta semana, oferecemos informação sobre mais três títulos honoríficos propostos por três outras faculdades da Universidade do Porto - Engenharia, Medicina e Desporto - que avançaram nesta ordem, os nomes de Belmiro de Azevedo, empresário e industrial português (1938-2017); de José Carreras, tenor lírico espanhol (1946-); e de Jacques Rogge (1942-2021), médico e presidente do Comité Olímpico Internacional.
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Belmiro de Azevedo nasceu no Marco de Canaveses em 1938. Durante a adolescência estudou no Liceu Alexandre Herculano. Em 1963 concluiu a licenciatura em Engenharia Química na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto. Mais tarde enriqueceu a sua formação com um PMD (Programme for Management Development/IHarvard Business School [EUA]); frequentou um Financial Management Programme na Universidade de Stanford (EUA) e pós-graduou-se em Strategic Management, na Universidade de Wharton (EUA).
Entretanto, tinha iniciado a sua atividade profissional em 1963, como técnico na têxtil Efanor. Cerca de dois anos depois assumiu o cargo de diretor-geral da SONAE, sociedade criada em 1959, e, em 1967, tornou-se presidente das empresas do grupo.
Sob a sua liderança, o grupo SONAE tornou-se um dos mais poderosos conglomerados empresariais do país. Belmiro de Azevedo foi presidente da Comissão Executiva da SONAE Indústria e Investimentos, SA (1985-1988); presidente do Conselho de Administração e da Comissão Executiva da SONAE Investimentos, SGPS, SA (1989-1999); presidente do Conselho de Administração e Comissão Executiva da Sonae SGPS, SA (1999-2007); chairman da SONAE SGPS, SA e chairman e CEO da SONAE Capital SGPS, SA (desde 2007).
Em janeiro de 2006, foi condecorado com a grã-cruz da Ordem do Infante D. Henrique pelo então Presidente da República, Jorge Sampaio.
O catalão José Carreras é um dos melhores tenores do mundo. A sua voz tornou-se conhecida quando era criança, ao cantar uma ária de Rigolleto, transmitida na Rádio Nacional Espanhola. Em 1970 iniciou a carreira no Gran Teatre del Liceu de Barcelona, com interpretações nas óperas Nabucco e Lucrezia Borgia. Em 1971 venceu o Concurso de Vozes Verdianas em Parma, Itália, que o lançou para os palcos internacionais.
Aos 28 anos de idade já tinha desempenhado o papel de tenor principal em 24 óperas na Europa e na América do Norte e pisado os palcos das mais importantes casas de ópera.
Em 1987, foi-lhe diagnosticada leucemia. Ultrapassada a doença, criou, em 1988, a Fundação Internacional José Carreras, através da qual promove e apoia a investigação científica, presta apoio social aos doentes e suas famílias e disponibiliza uma base de dados internacional de dadores de medula óssea e de sangue do cordão umbilical.
Permaneceu nos palcos mundiais. O seu reportório é composto por mais de 600 títulos, sendo de destacar Andrea Chérie,
La Bohème, Tosca, Werther, Don Carlo, Carmen, La Forza del Destino, L’ Élisir d’Amore, entre muitos outros. Ganhou inúmeros galardões e arrecadou altas distinções de entidades de reputado valor: o Grand Prix du Disque da Academia de Paris, o Prémio Luigi Illica e o Prémio Grammy 1991.
No âmbito das suas atividades filantrópicas, recebeu a Coroa de Ouro da Ordem Civil da Solidariedade Social atribuída pela Rainha Dona Sofia e foi designado Membro de Honra da Sociedade Europeia de Medicina e da Associação de Hematologia Europeia.
É Embaixador da Boa-Vontade da UNESCO.
Jacques Rogge nasceu em Gent, na Bélgica, em 1942 e foi nesta cidade que obteve a sua formação académica. Em 1967 licenciou-se em Medicina, Cirurgia e Obstetrícia pela Universidade de Gent e em 1972 concluiu na mesma instituição o mestrado em Medicina Desportiva. Apesar da sua atividade profissional como cirurgião ortopédico, Jacques Rogge manteve-se ligado ao meio académico e científico. Foi docente de Medicina Desportiva na Universidade Livre de Bruxelas e na Universidade de Gent, publicou vários artigos científicos, integrou diferentes organizações científicas e recebeu, por mais de dez vezes, o título de doutor honoris causa, atribuído por instituições académicas de diferentes partes do mundo.
Paralelamente, distinguiu-se como desportista emérito. Foi por 16 vezes campeão belga de vela, venceu o Yachting World Cadet Trophy e, na mesma modalidade, representou o seu país nos Jogos Olímpicos do México (1968), de Munique (1972) e de Montreal (1976). Integrou igualmente a seleção belga de rugby, modalidade onde também se sagrou campeão nacional.
Terminada a carreira de atleta, desempenhou diferentes funções em organismos desportivos belgas e internacionais. Foi chefe da missão belga aos Jogos Olímpicos de Inverno em Innsbrück (1976) e Calgary (1988), tendo exercido as mesmas funções nos Jogos Olímpicos de Moscovo (1980), Los Angeles (1984) e Seul (1988). Mais tarde, assumiu a presidência do Comité Olímpico Europeu (1989-2001) e do Comité Olímpico Belga (1989-1992).
Em 1991 tornou-se membro do Comité Olímpico Internacional, organismo cujo conselho executivo passou a integrar a partir de 1998. Teve uma participação bastante ativa e relevante na organização dos Jogos Olímpicos de Sydney (2000) e de Atenas (2004). Entre 1999 e 2001, Jacques Rogge contribuiu para a fundação da Agência Mundial Antidopagem, da qual foi membro executivo e um dos principais dinamizadores.
Em 2001 Jacques Rogge foi eleito presidente do Comité Olímpico Internacional (COI).
Entre os vários títulos honoríficos que recebeu contam-se o de Cavaleiro e, mais tarde, o de Conde, ambos concedidos pelo rei Alberto II da Bélgica. Diversos países distinguiram-no com títulos honoríficos.
Sobre Belmiro de Azevedo (up.pt)
Doutoramento Honoris Causa de Belmiro de Azevedo (TVU)
Sobre Universidade do Porto - José Carreras (up.pt) Doutoramento Honoris Causa de José Carreras (TVU) Sobre Jacques Rogge (up.pt)
Doutoramento Honoris Causa de Jaques Rogge (TVU)
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