E SE APANHÁSSEMOS O ELÉTRICO?

Faço o convite embalada pela nostalgia que em mim despertou a exposição Isto não é um quadro, organizada como homenagem da Fundação Marques da Silva a António Cardoso, antigo professor da Faculdade de Letras, responsável pela formação de gerações de historiadores de arte. António Cardoso teve projetos para mil vidas, e uma delas foi votada ao estudo e valorização da obra arquitetónica de José Marques da Silva. Não podemos compreender a cidade do Porto – defendia António Cardoso – sem termos em consideração a obra do arquiteto portuense, que marca um dos capítulos fundamentais da abertura da cidade ao país e à Europa. E provou-o levando-nos múltiplas vezes em visitas guiadas pela cidade. No site da Fundação Marques da Silva encontra-se publicado um vídeo de uma dessas visitas feita... de elétrico! Refiro-me à “Linha 22, a linha de Marques da Silva”, criada pela Fundação Marques da Silva em 2011 através de uma parceria com o Museu do Carro Eléctrico, e que passa por 8 edifícios projetados pelo arquiteto portuense. A Linha foi suspensa durante o período pandémico, esperando a Fundação Marques da Silva retomar em breve o programa de visitas guiadas; mas, entretanto, temos o vídeo de 35 minutos disponibilizado pela Fundação, onde o Professor António Cardoso nos dá uma aula de história da arquitetura do Porto desafiando-nos: e se apanhássemos o elétrico?


A paragem da Linha 22 na Avenida dos Aliados serve de pretexto para o Professor nos falar do nexo compositivo da “Nacional” e do “Banco Inglês”, da forma como se articulam com o edifício da Câmara Municipal e como se relacionam com muito do que Marques da Silva terá visto no Norte de França. A Estação de São Bento, para além da divertida história da convivência da gare com o convento quinhentista que não podia ser demolido enquanto lá vivesse ainda a última freira, dá palco ao Professor para nos chamar a atenção para as cornucópias, as lucarnas, os elementos caraterizadores do beaux-artismo e da renascença francesa, testemunhos da transposição de novas linguagens para o Porto. Frente ao Teatro Nacional de São João, percebemos a forma como os mezaninos são valorizados e como o ferro fundido se articula com o ferro forjado no gradeamento das varandas; no interior do edifício, sentimos o carácter propedêutico do hall, subimos as escadas “à la Française” e apreciamos a grande qualidade de decoração do Salão Nobre – “guirlandas mais ou menos flamejantes, cornucópias, instrumentos musicais – todo um receituário que fazia parte da decoração dos teatros”. No gaveto da Rua de Santa Catarina com Passos Manuel, testemunhamos o edifício que os Irmãos Nascimento mandaram construir (atualmente ocupado pela FNAC e pela C&A), e para o qual Marques da Silva terá procurado inspiração visitando múltiplos armazéns na Alemanha e em França. Por fim, na zona das Ruas Galerias de Paris, Cândido Reis, Conde de Vizela e Carmelitas, apreciamos o conjunto monumental idealizado por Marques da Silva e a forma como os edifícios “As 4 Estações” e “Palácio do Conde de Vizela” se autonomizam face às ruas, afirmando-se quase como peças de escultura.


Esta é, contudo, apenas uma das muitas histórias que António Cardoso tinha para contar. Poderá conhecer muitas mais visitando-nos na Fundação Marques da Silva, à Praça Marquês de Pombal – e, caso não nos tenha visitado antes, ficará certamente surpreendido com o valioso património arquitetónico da Universidade do Porto.


Fátima Vieira, 

Vice-Reitora para a Cultura, Museus e Editora

Ana Deus e Marta Abreu juntas em conversa/concerto na Casa Comum

No dia 21 de maio, às 21h00, todos os caminhos vão dar à Reitoria da U.Porto para ouvir duas das Mulheres que Fazem Barulho!.

Jardim Botânico do Porto

Ana Deus tem um percurso de  mais de 30 anos na música portuguesa, entre projetos a solo e bandas  como os BAN ou os Três Tristes Tigres. Foto: Egidio Santos

É mais um evento integrado no ciclo Mulheres que fazem barulho e vai encher de palavras – e de música – os espaços da Casa Comum da Universidade do Porto (à Reitoria). É já no próximo dia 21 de maio, a partir das 21h00, que a socióloga Paula Guerra vai estar à conversa com Marta Abreu e Ana Deus. No final, haverá espaço para um concerto aberto à cidade, protagonizado por duas das 16 mulheres homenageadas na exposição que revisita a história do rock português no feminino na Casa Comum do Rock.

Quem é quem?

Há caminhos profissionais que se cruzam, descruzam e voltam a cruzar. Este é um desses casos. Marta Abreu integrou os Mão Morta no tempo do Primavera de Destroços (2001). Antes disso tinha sido baixista nas Voodoo Dolls (1994-1998) e chegou ainda a tocar com os Cadeira Eléctrica (2013-2016). Mais recentemente, o período da pandemia trouxe-lhe uma  nova aventura com uma voz que já conhece de longa data: a de Adolfo  Luxúria Canibal.


Luxúria Canibal lia poemas seus ou de outros, escolhidos por si, e  Marta Abreu criava ambientes sonoros para essas leituras. Em direto ou  de forma pré-gravada, durante os meses de confinamento, apresentaram eventos on-line e, apesar do minimalismo dos meios, a receção foi-se revelando muito positiva.


Após o confinamento, os convites para apresentações ao vivo foram acontecendo, naturalmente, até que entraram em estúdio para gravar o Goela Hiante.  Um disco de poesia dita por Adolfo Luxúria Canibal com músicas de Marta  Abreu. Será que vai passar por aqui a conversa com Paula Guerra? É só  uma pista.

Jardim Botânico do Porto

Da colaboração de Marta Abreu com Adolfo Luxúria Canibal resultou o disco Goela Hiante, editado em 2021. (Foto: DR)

Foram um grande sucesso (quem, no final dos anos 1980, não pedia “um irreal, um imaginário”? “Dá-me um irreal!” Não queríamos que nos dessem  moral, antes um “irreal ideal social popular avançado”). Era um Irreal Social que nos levava a “surrealizar por aí”, muito pop para quem os percursos mais experimentais revelaram ser bem mais estimulantes. Falamos dos Ban, claro está, e de Ana Deus, mais concretamente.


Depois andámos todos a tentar dizer Três Tristes Tigres a ver se não nos enganávamos. Uma experiência que combina a voz de Ana  Deus com textos da poeta Regina Guimarães, com quem a cantora portuense,  de resto, já tinha vindo a colaborar na autoria de canções para teatro e  vídeo.


Foi, no entanto, mais tarde, no Osso Vaidoso, com  Alexandre Soares, que Ana Deus puxou realmente o lustro a toda a sua  expressão artística. Sentia que era todo um trabalho realmente seu. Mas  estes são só alguns, muito poucos, exemplos. Entre colaborações com  bandas (como os Dead Combo) e projetos a solo há um percurso e uma experiência de mais de 30 anos de música por explorar.

Sob a batuta de Paula Guerra

A socióloga Paula Guerra é a “exploradora de  serviço” nesta conversa que vai juntar mulheres de duas gerações  diferentes, provenientes de cidades com universos musicais diferentes:  Marta Abreu de Coimbra e Ana Deus do Porto.


Doutora em Sociologia e Professora no Departamento de Sociologia Faculdade de Letras da U.Porto (FLUP), Paula Guerra defendeu a tese de doutoramento sobre a A instável leveza do rock – Géneros, dinâmica e consolidação do rock alternativo em Portugal de 1980 a 2010.


No final vai haver um concerto. Será com voz de Ana Deus e música de Marta Abreu? Quem vai tocar e cantar o quê? É vir à Casa Comum para conferir. Sábado, 21 de maio. A entrada é livre.


Livre é também a entrada na exposição Mulheres que Fazem Barulho!, que ficará patente ao público até 30 de setembro, no auditório da Casa Comum (Sala Casa Comum).


Com curadoria artística de Alexandre Lourenço e curadoria científica de Paula Guerra, a exposição, que é acompanhada por um programa de eventos paralelos, pode ser visitada de segunda a sexta-feira, das 10h00 às 13h00 e das 14h30 às 17h30, e ao sábado, das 15h00 às 18h00. 


Fonte: Notícias U.Porto

Reinata Sadimba veio à Casa Comum "Ver Cegueira Adentro"

A artista plástica moçambicana esteve na Reitoria para visitar a exposição comemorativa dos 100 Anos de José Saramago”, de Agostinho Santos.

Jardim Botânico do Porto

A artista plástica Reinata Sadimba visitou, no passado dia 4 de maio, a exposição de Agostinho Santos, Ver Cegueira Adentro – 100 Anos de José Saramago, que está patente na Casa Comum da Universidade do Porto (à Reitoria).


A artista moçambicana, recentemente agraciada  pelo Presidente da República Marcelo Rebelo de Sousa, encontra-se em  Portugal no âmbito de um projeto que pretende difundir a arte africana.  Sediado em Matosinhos, o “Manoeuvre” quer dar a conhecer a história,  percurso e as obras de artistas de vários países africanos. No fundo,  divulgar um pouco da cultura contemporânea do continente africano.


Com quase 80 anos, Reinata Sadimba tem exposto o  seu trabalho em instituições culturais e artísticas de vários pontos do  mundo. Recebeu de Marcelo Rebelo de Sousa o grau de Comendador da Ordem  do Infante D. Henrique.


No ano em que se celebra o centenário do  nascimento de José Saramago (1922 – 2010), Agostinho Santos cumpre, em  Ver Cegueira Adentro – 100 Anos de José Saramago,  uma promessa feita  ao Prémio Nobel da Literatura. Patente ao público nas Galerias I e II da  Casa Comum, esta exposição reúne, pela primeira vez, mais de cem obras –  entre pintura, escultura, desenho e livros de artista, quase todas  –  com a exceção de oito esculturas – realizadas entre 2019 e 2021.


A exposição Ver Cegueira Adentro – 100 Anos de  José Saramago vai permanecer na Casa Comum até 2 de julho de 2022. Pode ser visitada de segunda a sexta-feira, das 10h00 às 13h00 e das 14h30  às 17h30, e ao sábado, das 15h00 às 18h00. A entrada é livre. 


Fonte: Notícias U.Porto

Nuno Grande é a Figura Eminente da U.Porto 2022

Exposição e ciclo de conversas são algumas das  iniciativas que integram a homenagem ao médico e histórico professor e  fundador do ICBAS.

Jardim Botânico do Porto

Nuno Grande durante uma aula no ICBAS, em 1978. (Foto: ICBAS)

Humanista, pensador, médico, professor e um “homem de corpo inteiro”. É assim que o consideram gerações de médicos e estudantes que com ele privaram. Nuno Grande é a Figura Eminente da Universidade do Porto 2022,  iniciativa que, ao longo do ano, se propõe celebrar a memória e o  legado do histórico professor e fundador do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar.


Nuno Grande notabilizou-se pela excelência na medicina e pela irreverência no ensino, destacando-se pelo seu papel único na cidade e no país, sempre envolvido em várias causas, das políticas às sociais.  Uma das mentes por detrás da criação do ICBAS, trouxe para o ensino das biomédicas uma visão verdadeiramente transdisciplinar.


É esse legado que a Universidade do Porto, juntamente com o ICBAS, vai revisitar através de várias atividades que pretendem engrandecer,  dar a conhecer e homenagear este homem da ciência, que não pode ser dissociado de Portugal.


O programa das comemorações da Figura Eminente 2022 foi anunciado oficialmente no passado dia 5 de maio, durante a sessão solene dos 47 anos do ICBAS, que serviu de pretexto para juntar estudantes, colegas, alumni e família de Nuno Grande.


No dia 19 de setembro, inaugura a exposição documental Cidadão de Corpo Inteiro,  no ICBAS, e uma escultura, de grande escala, que pretendem dar a  conhecer a faceta de médico de Nuno Grande e destacar a sua investigação  na área pulmonar. Esta exposição estará patente até 15 de outubro,  incluirá visitas guiadas, e é aberta ao público.


Já a 7 de novembro, a Reitoria da U.Porto recebe uma conversa sobre o Homem de muitas Causas, que contará com um painel diversificado de pessoas que privaram e se cruzaram com o fundador do ICBAS.


O programa completo pode ser consultado em breve em figuraeminente2022.up.pt.

Sobre Nuno Grande

Jardim Botânico do Porto

(Foto: ICBAS)

Nuno Grande nasceu em Vila Real, em 1932. Extrovertido e curioso por natureza, era um contador de histórias irrepreensível, sendo por isso conhecido pela capacidade de juntar várias pessoas em torno das suas histórias. Veio estudar medicina para o Porto em 1950, e em 1957 licenciou-se em Medicina pela Faculdade de Medicina do Porto, sendo convidado pelo Mestre Hernâni Monteiro para seu assistente.


Em 1965, defendeu a sua tese de doutoramento intitulada Hipertensão Arterial Pulmonar - contribuição experimental, tendo obtido a classificação de 19 valores.


Entre 1965 e 1974 vive em Angola, onde assume o cargo de Diretor do Laboratório de Anatomia Humana do Curso de Cirurgia Humana da Universidade de Luanda e é eleito Presidente da Direção do Centro de Estudos Médicos Experimentais do Instituto de Investigação Científica de Angola.


Regressa depois do 25 de abril para, juntamente com Ruy Luís Gomes e Corino de Andrade, criar o ICBAS, uma escola inspirada em Abel Salazar e  na sua visão para o ensino assente no espirito de observação e de  investigação. 


Figura central no desenvolvimento e implementação do ICBAS e pedagogo  de referência para várias gerações de médicos portugueses, foi diretor  do Departamento de Anatomia e regente da cadeira de Anatomia Sistemática. Paralelamente, desenvolveu uma obra científica de grande repercussão internacional.


Para além do papel importante que teve como médico, docente e investigador, Nuno Grande destacou-se pelo seu envolvimento em várias causas cívicas: desde a cooperação internacional à participação política e à intervenção cultural. 


Dos vários cargos de relevo que assumiu ao longo da sua vida,  destacam-se, entre outros, os de Pró-Reitor da Universidade do Porto  para os assuntos Sociais (1988), membro do Painel de Conselheiros do Comité Científico da NATO (1989), Presidente da Direção da casa Museu  Abel Salazar e a passagem pela direção da Comissão de Gestão do  Instituto Nacional de Engenharia.


No plano político, destacou-se como mandatário nacional da  candidatura de Maria de Lurdes Pintasilgo à Presidência da República,  em 1985. Foi condecorado pelo Governo Português com o grande oficialato  da Ordem da Instrução.


Nuno Grande faleceu em 2012, aos 80 anos de idade. 


Fonte: Notícias U.Porto

Maio na U.Porto

Para conhecer o programa da Casa Comum e outras iniciativas, consulte a Agenda Casa Comum ou clique nas imagens abaixo.

Mulheres que Fazem Barulho – Cenas do Rock Português I

Até 30 SET'22
Exposição | Casa Comum
Entrada livre. Mais informações aqui

Ver Cegueira Adentro - 100 Anos de José Saramago

Até 02 JUL'22
Exposição | Casa Comum
Entrada livre. Mais informações aqui

Memória Cidadania e Liberdade| Ciclo de Cinema Português

30 ABR e 06, 13, 20, 27 MAI'22  | 21h00
Cinema, Debate | Casa Comum
Entrada Livre. Mais informações aqui

TOSCA | Concerto + Conversa

25 MAI'22 | 21h30
Concerto, Conversa | Casa Comum
Entrada Livre. Mais informações aqui

Nuno Grande | Figura Eminente 2022

05 MAI a 31 DEZ'22
Vários eventos | ICBAS, Reitoria da U.Porto
 Mais informações aqui

Isto não é só um quadro: António Cardoso para além da evidência

De 07 MAI a 17 SET' 22
Exposição | Fundação Marques da Silva
Mais informações aqui

O Museu à Minha Procura

Até 31 Dez' 22 
Exposição | Pólo central do Museu de História Natural e da Ciência da U.Porto
Entrada Livre. Mais informações aqui

Roteiros do Conhecimento: Os Laboratórios de Ferreira da Silva

21 MAI'22 | 15h00
Ciência | Câmara Municipal do Porto
Entrada Livre. Mais informações aqui

Depositorium 2 

De DEZ'21 a JUN'22
Exposição | Museu Nacional de Soares do Reis
Mais informações aqui 

CORREDOR CULTURAL DO PORTO 

Condições especiais de acesso a museus, monumentos, teatros e salas de espetáculos, mediante a apresentação do Cartão U.Porto.
Consulte a lista completa aqui

Estação Central da Beira inspira exposição na Fundação Marques da Silva

A exposição Estação Central da Beira. Keeping  It Modern vai ficar patente ao público de 14 de maio a 18 de junho.  Entrada livre no dia da inauguração.

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A Estação Central da Beira acolhe a atual sede dos serviços ferroviários da empresa Portos e Caminhos de Ferro de Moçambique. Foto: DR

Depois de ter sido exibida na Escola de Arquitetura, Arte e Design da Universidade do Minho, a exposição Estação Central da Beira. Keeping It Modern inaugura no Palacete Lopes Martins, da Fundação Marques da Silva (FIMS), no próximo dia 14 de maio, às 16h00. Ficará patente até 18 de junho próximo. A entrada é livre no dia da inauguração.


Nesta sua passagem pela FIMS, a exposição vai integrar um conjunto de  desenhos originais de José Porto, arquiteto com várias obras projetadas  para a cidade da Beira, em Moçambique, em meados do século XX, entre as  quais se destaca o Grande Hotel da Beira.


Esta exposição resulta dos trabalhos em curso no âmbito do programa Keeping It Modern, iniciativa da Getty Foundation,  de Los Angeles, que, em 2019, contemplou com uma bolsa o projeto de  conservação e manutenção da Estação Central da Beira (1957-1966), em  Moçambique.


O projeto de investigação foi proposto por uma equipa de docentes,  investigadores e técnicos, liderada por Paulo Lourenço, do Instituto de  Sustentabilidade e Inovação em Engenharia de Estruturas (ISISE), e por  Elisiário Miranda, do Laboratório de Paisagens, Património e Território  (Lab2PT), respetivamente da Escola de Engenharia e da Escola de  Arquitetura, Arte e Design da Universidade do Minho. A estes juntou-se  ainda a parceria de arquitetos e engenheiros da Portos e  Caminhos-de-ferro de Moçambique e da Faculdade de Arquitetura e  Planeamento Físico da Universidade Eduardo Mondlane.


De arquitetura modernista, a Estação Ferroviária da Beira foi  inaugurada a 1 de outubro de 1966. Os autores da obra foram os  arquitetos João Afonso Garizo do Carmo (1917-1974) (gare em abóbada,  zona do átrio), Francisco de Castro (n. 1923) (área dos terminais) e  Paulo de Melo Sampaio (1926-1968) (edifício de escritórios e a  coordenação da obra).


A composição articula três volumes autónomos: um bloco de  escritórios, um prisma com os acessos verticais e um volume coberto por  uma abóbada parabólica que constitui o átrio da estação. Atualmente é a sede dos serviços ferroviários da empresa Portos e Caminhos de Ferro de Moçambique.

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A Estação Ferroviária da Beira foi inaugurada a 1 de outubro de 1966. (Foto: DR)

A inauguração da exposição será acompanhada de um debate de apresentação do projeto da Estação Central da Beira, com intervenções de  Paulo Lourenço (Escola de Engenharia da Universidade do Minho) e Elisiário Miranda, (Escola de Arquitetura, Arte e Design da Universidade  do Minho), moderado por Luís Martinho Urbano da FIMS.


Estação Central da Beira. Keeping It Modern poderá  ser visitada até 18 de junho, no Palacete Lopes Martins (Fundação  Marques da Silva), de segunda a sábado, entre as 14h00 e as 18h00.


O bilhete de entrada varia entre os 3 euros (geral) e  1,50 euros (para jovens, estudantes e seniores). Na tarde da inauguração, a entrada é livre.  


Fonte: Notícias U.Porto

Há novos podcasts no espaço virtual da Casa Comum

5. Décadas, Inês Lourenço 

Dois Cimbalinos Escaldados – Vivências Portuenses – Antologia Poética

43. “Il Solengo”, de Alessio Rigo de Righi e Matteo Zoppis (2015) 

Comentário de Diogo Tomás (Curso Avançado de Documentário KINO-DOC)

44. “The House of Science: a Museum of False Facts”, de Lynne Sachs (1991) 

Comentário de Ana Gonçalves (Curso Avançado de Documentário KINO-DOC)


17. Ricardo Bak Gordon 

Ricardo Bak Gordon defende para a arquitetura a indispensabilidade de uma dimensão poética, enquanto gesto redentor da sua natureza técnica e racional. É nas margens do Tejo que vai encontrar a eleita para este Passa-a-Palavra, Falemos de Arquitetura,  uma obra que, não sendo projeto de um arquiteto, se constitui objeto de  valor e sentido arquitetónico: a Ponte sobre o Tejo ou Ponte 25 de  Abril.

25. António Cardoso 

Seja no universo académico, seja no mundo das artes plásticas, António Cardoso distingue-se pela sua personalidade dialogante, generosa e comunicativa, como alguém que aprecia construir pontes e que muito deu a  conhecer. Para este Escritos Escolhidos, selecionámos um breve texto sobre a pintura de Francisco Laranjo, “Laranjo: uma poética de  libertação e de rigor”, escrito em 1985, e recolhido do livro Sínteses: Arte + António Cardoso, uma edição de 2004.


31. Regresso 

Esta é uma belíssima crónica em que Agustina nos conta um regresso ao  seu país, numa linguagem poética, melancólica, e ao mesmo tempo firme,  definitiva, desapaixonada nos seus julgamentos. In Ensaios e Artigos, Vol. I

6. Sara Leites 

No “Memórias U.Porto: Finalistas Online” de hoje estivemos à conversa com Sara Leites,  alumna da Licenciatura em Ciências da Nutrição da Faculdade de Ciências da  Nutrição e da Alimentação da Universidade do Porto. Ainda que a sua  paixão pela nutrição só se tenha definido quando conheceu a sua  interação com a genética no 12.º ano, esta esteve sempre presente, ilustrada pela escolha da culinária como atividade extracurricular na  primária. No ano de se preparar para os festejos do final do curso, viu  tudo ser adiado, incluindo a última oportunidade de poder participar no  cortejo, algo por que tanto ansiava. A defesa da tese decorreu online e, apesar da falta dos tradicionais festejos académicos, não deixou de a  celebrar com as amigas que a acompanharam de perto nesse percurso.


Mais podcasts AQUI


Orfeão Universitário do Porto celebra 110 anos no Teatro Sá da Bandeira

O 79.º Sarau Anual do Orfeão Universitário do  Porto vai decorrer na tarde de 15 de maio, com a participação de todos  os grupos do OUP. Bilhetes à venda.

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As celebrações do 11.º  aniversário do OUP "abriram" no passado dia 1 de abril, com um  espetáculo completo na Reitoria da U.Porto. Foto: OUP

É o espetáculo musical mais antigo  (em continuidade) de Portugal e apresenta-se, este ano, com um  “condimento” especial. É já no próximo dia 15 de maio que o Teatro Sá da Bandeira recebe, a partir das 16h00, o 79.º Sarau Anual do Orfeão Universitário do Porto, integrado no calendário comemorações do 110.º aniversário do OUP.


O Sarau Anual é um  espetáculo onde o OUP apresenta à cidade e à Academia toda a variedade  artística cultivada no seio dos seus  grupos artísticos, que corporizam  em palco a enorme riqueza musical e etnográfica portuguesas.


Ao palco do Sá da Bandeira subirão então os onze grupos artísticos do OUP (Coro Clássico e Popular, Danças e Cantares Etnográficos, Cante Alentejano, Cantares de Maçadeiras, Fado Académico, Fados de Lisboa, Jograis, Pauliteiras de Miranda, Pauliteiros de Miranda, a Tuna Feminina do OUP e a Tuna Universitária do Porto), assim como alguns Antigos Orfeonistas.


Este espetáculo é uma homenagem “à história do Orfeão”, assim como à “cultura portuguesa, permitindo a difusão de valores e tradições do  nosso país. Todos os grupos artísticos irão mostrar o que de melhor se  faz no OUP, que se distingue pela sua diversidade, num espetáculo de  riqueza única que cruza música coral clássica e popular, fados, tunas e  danças e cantares etnográficos”, perspetiva Inês Costa, Presidente do OUP.


“O Sarau Anual do OUP apresenta uma oportunidade de expor os jovens  estudantes e toda a cidade do Porto a uma rica e variada divulgação da  cultura portuguesa”, acrescenta a responsável.


Os bilhetes para o espetáculo podem ser adquiridos na sede do Orfeão (Rua dos Bragas) ou através do site da BOL. A reserva de bilhetes pode também ser realizada na sede do Orfeão (Rua dos Bragas) ou, por e-mail, para orfeao@orfeao.up.pt.

Um ano de festa

O Sarau de 15 de maio é um dois pontos altos do programa de comemorações dos 110 anos do OUP, que irão prolongar-se até final e para além de 2022.


Dois meses após o espetáculo que assinalou a “abertura oficial” das celebrações, no Salão Nobre da Reitoria da U.Porto, a festa regressa à “casa mãe” da Universidade no dia 2 de junho, para a realização de um Encontro Etnográfico.


Para além do espetáculo etnográfico, das atuações dos grupos do OUP (Danças e Cantares Etnográficos, Cante Alentejano e Cantares de Maçadeiras e Pauliteiros de Miranda) e dos grupos etnográficos universitários convidados, serão desenvolvidos workshops e outras atividades paralelas. Inês Costa afirma que este encontro irá  “demonstrar diferentes áreas culturais”, fortalecendo, em simultâneo, as  “ligações entre grupos etnográficos universitários nacionais e  internacionais”.


A 17 de setembro, vai realizar-se uma Seranata Intergeracional,  também no edifício da Reitoria, à qual se irão juntar “várias gerações  de orfeonistas num momento tradicionalmente académico e orfeónico. Este momento terá como objetivo a partilha e celebração do fado e espírito académico”.


Já para o ano de 2023, estão já programados dois eventos de encerramento das celebrações: a Exposição dos 110 anos e o Sarau de  Encerramento. 


Fonte: Noticias U.Porto

Doutores Honoris Causa da U.Porto

 Luís Portela, Guilherme de Oliveira Estrella e Susan Hockfield

Em 2009, para além das individualidades apresentadas nas duas rubricas anteriores, a Universidade do Porto distinguiu ainda com o título de Doutor Honoris Causa: Luís Portela (1951-), a 24 de setembro; Guilherme de Oliveira Estrella (1942-), a 16 de outubro, e Susan Hockfield (1951-) a 25 de novembro.  

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Luís Portela

O portuense Luís Portela é licenciado em Medicina pela Universidade do Porto e frequentou ações de formação em Gestão. Exerceu atividade clínica no Hospital de S. João e foi docente da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto. Contudo, cedo trocou a carreira médica e universitária pela gestão empresarial.  


Aos 27 anos de idade assumiu a presidência dos Laboratórios Bial. Sob a sua liderança esta tornou-se a primeira empresa farmacêutica internacional de inovação, de origem portuguesa. No Grupo Bial desenvolveu centros de investigação na Trofa e em Bilbau.


Também presidiu ao Health Cluster Portugal, foi administrador da COTEC Portugal e Presidente do Conselho Geral da Universidade do Porto, do Conselho Superior de Ciência, Tecnologia e Inovação e do Conselho Consultivo do Plano Tecnológico e ainda vice-presidente da Fundação de Serralves.


Em 1994, com os Laboratórios Bial e o Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas (CRUP), criou a Fundação Bial, tendo como objetivo incentivar a investigação centrada no Homem, tanto do ponto de vista físico, como espiritual.


Está afastado da vida profissional desde 2021, dedicando-se à Fundação Bial, à família e à escrita.


Luís Portela é autor de vários livros tais como: Para Além da Evolução Tecnológica, À Janela da Vida, Esvoaçando, Serenamente, Encarar a Realidade, Os Poemas da Minha Vida, O Prazer de Ser e Spirit of Life.


Foi condecorado pelo Presidente da República Portuguesa como Comendador da Ordem do Mérito (1992), com a Grã-Cruz da Ordem do Mérito (2002) e com a Grã-Cruz da Ordem da Instrução Pública (2020).


É Doutor Honoris Causa também pelas Universidade de Coimbra e de Lisboa e pela Universidade de Cádis (Espanha). 


Arrecadou o Prémio de Neurociências da Louisiana State University (E.U.A., 1998); o Prémio Personalidade do Ano da Associação Portuguesa de Gestores e Técnicos de Recursos Humanos (2008) e o Prémio Carreira da Associação Nacional de Jovens Empresários (2017).


Em 2008 foi considerado Empresário do Ano pelo Rotary International e recebeu a Medalha Municipal de Mérito - Grau Ouro - da Câmara Municipal do Porto e a Medalha de Honra da Associação Empresarial de Portugal (2007); a Medalha de Ouro de Serviços Distintos do Ministério da Saúde (2016); a Medalha de Mérito da Ordem dos Médicos (2019); a Medalha de Mérito Científico do Ministério da Ciência de Portugal e a Medalha de Mérito em Gestão dos Serviços de Saúde da Ordem dos Médicos (2021).


É Académico Correspondente da Academia Portuguesa de Medicina e Professor honorário da Faculdade de Medicina de Cádis, Espanha.

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Guilherme de Oliveira Estrella

Guilherme de Oliveira Estrella nasceu no Brasil em 1942


É licenciado em Geologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Fez o Curso de Sistemas Deposicionais Clásticos – Bureau de Geologia Económica da Universidade do Texas, em Austin (1974), e especializou-se em Gestão Empresarial pela Qualidade Total – União Japonesa de Engenheiros e Cientistas – Japão (1993).


Em 1965 ingressou na petrolífera brasileira Petrobras, iniciando a sua atividade como geólogo de Poço. Em pouco tempo tornou-se gerente de Exploração da Braspetro no Iraque (1976-1978). Foi chefe dos setores de Interpretação de Bacias da Costa Leste do Brasil, de Geoquímica Orgânica e da Divisão de Exploração. Ocupou os cargos de superintendente de Pesquisa e Desenvolvimento em Exploração, Perfuração e Produção e de superintendente geral do Centro de Pesquisas da Empresa (Cenpes), entre 1985 e 1993.


Em 1994 aposentou-se como geólogo e em 2003 assumiu o lugar de diretor de Exploração e Produção da Petrobras.


Paralelamente ocupou cargos em várias associações profissionais, sempre ligadas à Geologia. Foi vice-presidente nacional da Sociedade Brasileira de Geologia (1986-1988) e membro, até 1991, da American Association of Petroleum Geologists. Em 1993 dirigiu o Instituto Brasileiro de Petróleo. Durante seis anos foi membro do Conselho Diretivo da Fundação Universitária José Bonifácio (FUJB) e vice-presidente da mesma instituição (1993). Durante quatro anos, Guilherme de Oliveira Estrella fez parte do Conselho Diretivo do Comité de Dirigentes de Centros de Pesquisa e Desenvolvimento da ARPEL – Associação de Empresas Petrolíferas Estatais da América Latina.


Foi também promotor do consórcio que conduziu as pesquisas para exploração de petróleo em águas profundas da Bacia Lusitaniana, ao largo de Peniche.


Tem recebido inúmeras homenagens ao longo da sua carreira, entre as quais se destacam a Medalha de Mérito Santos Dumont (pela Força Aérea Brasileira), a Medalha do Pacificador (pelo Exército Brasileiro), a Medalha Escola de Minas (pela Escola de Minas da Universidade Federal de Ouro Preto), o Diploma de Mérito Profissional – Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura do Rio de Janeiro, o Prémio Rodi Ávila Medeiros – Associação Brasileira de Geólogos de Petróleo, o Prémio Profissional do Ano – Personalidade de Petróleo e Gás no Brasil (pela Sociedade de Engenheiros de Petróleo) e, por último, o Título de Cidadão Benemérito do Estado do Rio de Janeiro.

EU University & Culture Summit / Day 1, Afternoon

Susan Hockfield

Susan Hockfield nasceu em Chicago, Illinois, em 1951.


Licenciou-se em Biologia pela Universidade de Rochester (1972), doutorou-se em Anatomia e Neurociência pela Georgetown University School of Medicine (1979) e fez o pós-doutoramento no National Institute of Health na Universidade da Califórnia, em San Francisco (1979-1980).


Foi Junior Staff Investigator (1908-1982) e Senior Staff Investigator (1982-1985) no Cold Spring Harbor Laboratory; Assistant Professor, da Secção de Neurobiologia da Yale University School of Medicine (1985-1989); director of Graduate Studies (1986-1994), Assistant Professor (1989-1991) e Associate Professor (1991-1994), da secção de Neurobiologia da Yale University School; Professor do departamento de Neurobiologia da Yale University School of Medicine (1994-2004); reitora da Yale University Graduate School of Arts and Sciences (1998-2002); William Edward Gilbert Professor of Neurobiology (2001-2004) e Provost (2003-2004) da Universidade de Yale.


Foi membro do Conselho do World Economic Forum (2008-2012) e Marie Curie Visiting Professor da Harvard University (John F. Kennedy School of Government, 2012-2013).


É desde 2004 Professor of Neuroscience do Massachusetts Institute of Technology, instituição a que presidiu (2004-2012) e que a nomeou Presidente Emérita em 2012.


É membro da American Association for the Advancement of Science e da Society for Neuroscience.


Foi distinguida com o título de Doutor Honoris Causa pelo Cold Spring Harbor Laboratory, Watson School of Biological Sciences (2006); pela Brown University (2006); pela Mount Sinai School of Medicine, da Universidade de Nova Iorque (2009); pela Universidade de Edimburgo (Escócia, 2009); conjuntamente pela Universidade Nova de Lisboa, pela Universidade Técnica de Lisboa (2009); pela Universidade Pierre e Marie Curie (Paris, França, 2010); pela Universidade de Rochester (2013); pela University of Massachusetts Medical School (2013) e foi-lhe atribuído o doutoramento honorário pela Universidade de Tsinghua (China, 2006).


É autora de vários livros científicos e de 6 patentes.


Integra o conselho de administração da American Academy of Arts and Sciences, do Belfer Center for Science and International Affairs, da General Electric Company e da Qualcomm Incorporated. É membro do conselho de supervisão da Boston Symphony Orchestra e do Conselho de Curadores da Carnegie Corporation of New York e membro vitalício do Massachusetts Institute of Technology.


Sobre Luís Portela (up.pt)


Sobre o Doutoramento Honoris Causa de Luís Portela (TVU)


Sobre Guilherme de Oliveira Estrella (up.pt)


Sobre o Doutoramento Honoris Causa de Guilherme Estrella (TVU)


Sobre Susan Hockfield (up.pt)

Para mais informações consulte o site da a Casa Comum - Cultura U.Porto

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