UMA PISCINA TAMBÉM PODE SER UM POEMA
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Adolescente, costumava ir com os meus amigos para a piscina da Quinta da Conceição: perdia-me na mata, disciplinava-me entre as sebes, sentia a pedra antiga e depois mergulhava na piscina. Confesso que sempre me incomodou a artificialidade do cloro de qualquer piscina, mas na Quinta da Conceição sentia que a simplicidade elegante da piscina consentia que o peso da mata fosse maior: ainda trago nos pulmões o aroma a eucalipto. Depois alguém falou de uma outra piscina, também em Leça da Palmeira, a que teríamos de ir. E fomos. O tempo não estava especialmente famoso, nesse dia, e por isso não estava muita gente. Lembro-me de termos descido a rampa e comprado o bilhete. E foi então que a vimos: foi nesse dia que percebi que uma piscina também pode ser um poema. São precisas mil figuras de estilo para descrever a Piscina de Marés: o mar no horizonte, os labirintos que se desenham até lá chegarmos, e depois a construção humana a não teimar em ser mais forte do que a natureza, o betão a pedir para ser desgastado pelas marés, as madeiras a deixarem-se escurecer pelo tempo, as chapas de cobre a oferecerem-se à corrosão pelo ar salgado. Na altura, não sabia que os projetos das duas piscinas a que costumava ir eram de Álvaro Siza: mergulhava nos poemas do Arquiteto sem lhes conhecer o autor.
A visita à exposição patente na Faculdade de Arquitetura, Nenhum Sítio é Deserto, com curadoria de Teresa Cunha Ferreira e Luís Urbano, é surpreendente pela multiplicidade de ferramentas que nos proporciona para a análise morfossintática dos poemas de Álvaro Siza – e falo no plural porque a Piscina de Marés não foi um projeto único, mas resultado de sucessivas encomendas, desde os primeiros tanques e balneários à extensão mais recente, para norte. Construída como metáfora da vida biológica da obra desde a primeira edificação, inaugurada em 1966, a exposição evidencia a metodologia de trabalho do Arquiteto, que tem em conta as pré-referências que existem nos lugares, as características topográficas, os elementos naturais (as piscinas naturais onde o próprio Siza, na infância, se banhou). Entre muitos outros aspetos, a exposição evidencia ainda a preocupação de Siza no sentido de respeitar a paisagem horizontal da marginal, fazendo construir uma obra quase invisível, e, nas intervenções recentes, em assumir as mazelas do tempo, deixando à vista as cicatrizes no betão.
“Ancorada como um barco no muro da marginal”, assim descreve Álvaro Siza a Piscina de Marés no catálogo que acompanha a exposição – e não paro de pensar em como é belo, o título que escolheu para o seu poema.
Fátima Vieira,
Vice-Reitora para a Cultura, Museus e Editora
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Tosca apresenta novo álbum na U.PortoMorabeza é o nome do disco a ser apresentado no próximo dia 25 de maio, às 21h30, na Casa Comum. É mais um concerto inserido no ciclo Música na Cidade. Tiziana ‘Tosca’ Donati é uma das mais conceituadas cantoras e atrizes italianas. Foto: DR
(notícia atualizada às 10h00 do dia 09/05/2022) No âmbito de uma digressão mundial, a cantora italiana Tosca vai estar na cidade do Porto. Inicialmente agendado para dia 11, vai realizar-se próximo dia 25 de maio, às 21h30, um concerto/conversa na Casa Comum, ao edifício da Reitoria da Universidade Porto, onde será apresentado o mais recente álbum da cantora, Morabeza. Tiziana ‘Tosca’ Donati, vencedora do Festival de Sanremo em 1996, é uma das mais conceituadas cantoras e atrizes italianas. Ao longo de uma carreira com mais de 30 anos, lançou 15 discos, venceu inúmeros prémios, entre os quais o prestigiado prémio Tenco, e colaborou com alguns dos maiores artistas italianos e internacionais.
Morabeza, o seu último álbum, representa uma nova etapa criativa de uma viagem que tem levado Tosca a grandes palcos, numa extensa digressão mundial com paragens no Dubai, Argélia, Tunísia, Brasil, França, Itália, Espanha e Portugal.
Por todos estes países tem andado a apresentar canções originais e interpretações de clássicos, muitas vezes em dueto com nomes como Ivan Lins, Arnaldo Antunes, Lenine e Luísa Sobral. Com a cantora portuguesa partilhou Un Giorno in Piú que foi, de resto, composto por Luísa Sobral, especialmente para este disco.
Morabeza já foi galardoado com dois Targa Tenco, o prestigiado galardão cultural italiano, nas categorias Melhor Canção e Melhor Álbum de Interpretação. Neste concerto/conversa na Casa Comum, Tosca cantará músicas em vários idiomas, incluindo francês, italiano, grego e português.
O concerto é organizado pela ASCIP Dante Alighieri em colaboração com o Instituto Italiano de Cultura de Lisboa e a Casa Comum da Reitoria da U.Porto.
A entrada é livre, mas com reserva obrigatória através do e-mail segreteria.ascipda@gmail.com ou do telefone 961 954 244. O ciclo Música na CidadeO ciclo Música na Cidade nasceu para acolher propostas diversificadas, permitindo o contacto com música feita por ensembles ou solistas. A programação é realizada com base em propostas apresentadas pelos próprios músicos ou através do convite a projetos específicos. Sem fronteiras estilísticas, o palco está particularmente adaptado a recitais acústicos, e tem recebido fundamentalmente músicos da tradição clássica ocidental, sejam já concertistas de carreira ou jovens promissores que necessitam de exposição pública. Também tem capacidade de receber grupos amplificados da área do jazz e da música experimental. O ciclo permite, num espaço central da cidade, a comunicação entre músicos e público, numa relação que se espera continuar a ser progressivamente alargada.
Peça central para a criação e continuidade do ciclo tem sido a cooperação ente a Universidade do Porto e a Escola Superior de Música e Artes do Espetáculo do Instituto Politécnico do Porto, a principal escola de formação superior musical da região, embora as propostas possam surgir de outras instituições ou músicos, considerados individualmente. Podem acolher-se também grupos musicais de caráter mais amador, nomeadamente estudantes da Universidade do Porto, envolvidos em projetos que se enquadrem no espaço físico e no âmbito deste ciclo de divulgação musical.
O ciclo Música na Cidade realiza-se habitualmente às quartas-feiras, ao fim da tarde ou à noite, mas também poderá abranger, por conveniência de programação ou de disponibilidade dos músicos, outros dias da semana.
Mais informações
Fonte: Notícias U.Porto
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FAUP apresenta exposição dedicada à Piscina de Marés de Álvaro SizaA exposição NENHUM SÍTIO É DESERTO. Álvaro Siza: Piscina de Marés (1960-2021), inaugurou a 18 de maio e ficará aberta ao público até 1 de julho. A Faculdade de Arquitetura da Universidade do Porto inaugurou, no passado dia 18 de maio, a exposição NENHUM SÍTIO É DESERTO. Álvaro Siza: Piscina de Marés (1960-2021), em mais uma iniciativa integrada no programa de celebração dos 40 anos da FAUP (1979-2019). Com curadoria de Teresa Cunha Ferreira e Luís Urbano, esta exposição ilustra as múltiplas vidas de uma das mais emblemáticas obras da arquitetura do século XX, integrando um conjunto de elementos desenhados, fotográficos, audiovisuais, maquetas e objetos – muitos deles inéditos – que nos permitem reconstituir uma narrativa crítica do processo de projeto, construção e reabilitação do edifício ao longo das últimas seis décadas.
O título da exposição parte do célebre aforismo formulado pelo autor a propósito da multiplicidade de referências – naturais, topográficas, construídas, imateriais – que o arquiteto encontra no lugar e que servem de catalisador criativo do projeto.
Com efeito, ao contrário do que se possa pensar, o complexo da Piscina de Leça da Palmeira, desenhado e construído entre 1960 e 2021, não foi concebido como um projeto único, mas sim resultado de consecutivas encomendas e revisões que foram ditando o crescimento paulatino do conjunto balnear, desde a edificação de um tanque de marés até à sua recente renovação e extensão para norte.
Dividida em três secções, a exposição apresenta, no primeiro núcleo, uma leitura temporal do processo de projeto e construção (1960-1995), através de uma cronologia fotográfica, peças desenhadas e escritas, publicações, maquetas e filmes, sendo, por exemplo, reveladas as várias preexistências do local anteriores à construção da Piscina de Marés: a ‘piscina natural’ ou a ‘poça’, onde Siza ia a banhos na infância; o ‘tanque de lagostas’; ou a ‘meia laranja’, um alargamento do passeio da marginal sobre a praia.
A segunda secção é dedicada à recente intervenção (2018-2021), testemunhada através de fotografias de Inês d’Orey, exibidas em paralelo com fotografias de obra, objetos resgatados do estaleiro, um documentário e maquetas que documentam a evolução do edifício.
A terceira secção reúne imagens captadas entre 1979 e 2022, por fotógrafos como Brigitte Fleck, Giovanni Chiaramonte, Roberto Collovà, Mimmo Jodice, Luís Ferreira Alves, Fernando Guerra, João Morgado, Niccolò Galeazzi, Marta Ferreira e Inês d’Orey.
Um olhar renovado sobre a Piscina de MarésA Piscina de Marés, classificada como Monumento Nacional em 2011 e incluída no “Conjunto de Obras Arquitectónicas de Álvaro Siza” inscritas na Lista Indicativa do Património Mundial (2017), destaca-se neste âmbito pelos seus excepcionais valores culturais e paisagísticos, e por ser uma referência internacional da arquitetura moderna ainda em pleno uso pelas comunidades locais. Nenhum sítio é deserto. Álvaro Siza: Piscina de Marés (1960-2021) propõe, assim, um olhar renovado sobre esta obra de referência no contexto da arquitetura mundial, abrindo novas perspetivas interpretativas e, simultaneamente, inspirando o ensino e a prática da arquitetura para as gerações futuras.
A exposição é acompanhada pela edição de um catálogo que propõe uma viagem temporal sobre a obra, sem prejuízo de alguns desvios para maior clarificação das fases projetuais. Porém, os diferentes suportes documentais (desenhos, fotografias, peças escritas) aparecem aqui combinados em sequência cronológica, permitindo um olhar mais filológico sobre as diferentes estratigrafias do conjunto edificado. Apresentam-se, então, diferentes possibilidades de leitura da obra, abertas a múltiplas perspetivas de análise e interpretação.
A exposição enquadra-se no projeto da FAUP financiado através da iniciativa Keeping It Modern da Fundação Getty, integrado na Cátedra UNESCO Património, Cidades e Paisagens. Gestão Sustentável, Conservação, Planeamento e Projeto, atribuída à Universidade do Porto através da FAUP.
A sessão de inauguração de NENHUM SÍTIO É DESERTO. Álvaro Siza: Piscina de Marés (1960-2021) aconteceu no passado dia 18 de maio, na FAUP, e contou com as intervenções do arquiteto Álvaro Siza, do Diretor da FAUP, João Pedro Xavier, e dos curadores Teresa Cunha Ferreira e Luís Urbano.
A exposição vai ficar patente ao público até 1 de julho. As visitas podem ser efetuadas de segunda a sexta (encerra aos feriados), das 9h00 às 20h00. A entrada é livre. Mais informações
Fonte: Notícias U.Porto
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U.Porto comemora centenário do nascimento do pintor Isolino VazÉ ao som de Beethoven e com uma pequena mostra de quadros do artista que a U.Porto vai homenagear, a 28 de maio, o antigo estudante da Escola Superior de Belas Artes do Porto. Isolino Vaz no seu atelier e os estudos que precederam a obra Emigrantes (Foto: DR) No âmbito das comemorações do centenário do nascimento de Isolino Vaz, a Universidade do Porto apresenta um “evento duplo” e aberto a toda a comunidade. A homenagem acontece às 16h00 do próximo dia 28 de maio, na Casa Comum (à Reitoria), e inclui uma pequena mostra de quadros do pintor portuense e um concerto protagonizado pela violoncelista Isabel Vaz e pelo pianista Vasco Dantas. A entrada é livre. O pintor da insatisfaçãoNascido em Vila Nova de Gaia, em 1922, Isolino Vaz (ver biografia) foi pintor, mas também se destacou nas áreas da escultura, cerâmica e desenho. Em 1943 matriculou-se na Escola Superior de Belas Artes do Porto (ESBAP), precursora da Faculdade de Belas Artes da U.Porto (FBAUP), tendo obtido o seu primeiro galardão – o 2.º Prémio José da Costa Meireles Rodrigues Júnior. Dez anos depois, em 1956, apresentou a sua Tese do Curso complementar de Pintura na ESBAP, denominada Emigrantes, com a qual terminou o curso de Pintura com a classificação de 19 valores. Esta será uma das obras que vai poder observar de perto. O escritor Ferreira de Castro considera “admirável a interpretação que Isolino Vaz fez de Emigrantes, não só no seu quadro definitivo, mas também nos estudos que o precederam. É um pintor de grande talento. E, entre as suas muitas qualidades, possui aquela que indica o verdadeiro artista: a insatisfação”, referia o autor em 1956, a propósito de uma das obras que vai estar agora patente ao público.
As outras duas obras que vão estar expostas são Academia nu masculino (Prémio Rodrigo Soares, 1952), Óleo sobre tela, e Enterro, 1953, também óleo sobre tela. Todos os quadros pertencem ao acervo da FBAUP.
Autor de uma extensa – e premiada – obra pública, que inclui frescos, painéis, escultura e vitrais, Isolino Vaz “assinou” dez vitrais da Igreja de Santo Ildefonso, no Porto, e os vitrais da Capela do Monte da Virgem, em Vila Nova de Gaia, assim como o restauro artístico da Igreja dos Congregados, no Porto. Expôs no estrangeiro, nomeadamente em Moçambique e na Suíça, e em Portugal, naturalmente, em diversos locais como a Sociedade Nacional de Belas Artes, em Lisboa, a Academia Dominguez Alvarez, na Casa do Infante, na Cooperativa Árvore, no Mercado Ferreira Borges e no Museu Nacional de Soares dos Reis.
A vida de Isolino Vaz foi acompanhada de perto pelo escritor Manuel António Pina, que resumiu desta forma a sua relação com a obra do pintor: “Uma parte importante do coração da minha juventude pertence a Isolino Vaz e à sua obra; através dos volumes, dos ângulos, da luz sombria e da luminosa sombra do seu transfigurado realismo, os meus olhos descobriam perturbadamente o lado obscuro das coisas que só a inocência da arte revela. (…) O modo como, sob uma luz obstinadamente racional, os fragmentos do mundo exterior se tornam na pintura de Isolino harmonia e sentido do lado de dentro do mundo, fizeram naturalmente dela o caminho mais curto para as inseguras interrogações que irreprimidamente pulsavam no grande coração coletivo”.
Ludwig van Beethoven para Isolino VazIsolino Vaz também ilustrou obras discográficas, mas de que tipo de música gostaria de ouvir? “Beethoven era um dos compositores que o Isolino Vaz mais admirava não só pela sua Arte, mas também pela sua Humanidade”, garante Isabel Vaz que, ao violoncelo, juntamente com Vasco Dantas ao piano, vai “dar música” aos “moradores” da Casa Comum, na tarde de 28 de maio. Isabel Vaz acrescenta que decidiram também incluir no programa Quadros de uma Exposição, do compositor russo Modest Mussorgsky “por ser uma das obras musicais que mais se aproxima das Artes Plásticas”. Confessa que se inspiraram também no trabalho de Viktor Hartmann, pintor e arquiteto amigo de Mussorgsky.
Isabel Vaz e Vasco Dantas sobem ao palco da Casa Comum às 16h00 do dia 28 de maio. (Foto: DR) Então, para dia 28, o repertório vai trazer-nos Ludwig van Beethoven – Sonata para violoncelo e piano Opus 5 nr. 2 em sol menor (Adagio sostenuto e espressivo – Allegro molto più tosto presto; Rondo. Allegro) e Modest Mussorgsky – Quadros de Uma Exposição [“O Gnomo”; “O Velho Castelo”; “Tulherias (Crianças brincando no jardim parisiense)”; “Bydlo” (Gado bovino); “Ballet dos Pintainhos”; “Samuel Goldenberg e Schmuÿle” (O Judeu e o Pobre); “O Mercado de Limoges”; “Catacumbas (Sepulturas Romana)” e “Con mortuis in lingua mortua”; “A Cabana com Pernas de Galinha (Baba Yaga)” e “O Grande Portão de Kiev”]. No palco com…Isabel Vaz, natural de Lisboa, completou a licenciatura na Escola Superior de Música de Lisboa e o mestrado no Conservatório de Amsterdão. Foi distinguida em vários concursos nacionais e internacionais: 3.º prémio e prémio do público no Concurso de Interpretação do Estoril 2012; 1.º prémio no Prémio Jovens Músicos 2009 (música de câmara); 1.º prémio no Concurso Internacional de Música de Câmara Guido Papini 2013; 3.º prémio no Concurso Internacional de Música de Câmara de Val Tidone 2014; Prémio especial discográfico no Concurso de música de câmara Salieri Zinetti 2015 e o 1.º prémio no Concurso de Interpretação do Estoril 2016. Sediada em Amesterdão, é um dos elementos mais recentes da Noord Nederlands Orkest. Integra vários agrupamentos de câmara, sendo que o duo com Vasco Dantas se dedica à promoção da música portuguesa para violoncelo e piano, em Portugal e no estrangeiro. Durante as últimas temporadas, tem-se apresentado como solista com orquestras em várias capitais europeias – Orquestra de Câmara de Cascais e Oeiras, Orquestra Metropolitana de Lisboa, Kremlin Chamber Orchestra, SONOR Ensemble e Zagreb Soloists.
Vasco Dantas, nascido no Porto, obteve a Licenciatura em Música com 1st Class Distinction no London Royal College of Music. Concluiu o Mestrado em Performance, com nota máxima, na Universidade de Münster, onde foi aceite para o Doutoramento “Konzertexamen”. Tem já mais de 50 prémios em competições internacionais na Alemanha, Grécia, Itália, Malta, Marrocos, Portugal, Espanha e Reino Unido. Os mais recentes incluem: Prémio Internacional GianClaudio (Roma), Grand Prix no Concurso Internacional de Piano de Valletta (Malta), Prix Spécial no Concours International de Piano SAR La Princesse Lalla Meryem (Morroco), 1.º prémio no Concurso Internacional do Porto Santa Cecília, 1.º Prémio no Concurso de Música Estoril Lisboa, 3.º Prémio no Concurso Münster Steinway & Sons e o Prémio “Fundação Eng.º António de Almeida”.
Em 2019, fez um recital de piano do Carnegie Hall, em Nova Iorque. Em 2017, fez a sua estreia na Rússia tocando com a Kremling Chamber Orchestra no Grand Hall do Conservatório Tchaikovsky de Moscou, o Concerto para Piano nº. 4 de Beethoven. Em 2015, estreou-se na Ásia, tocando com a Hong Kong Symphonia na Hong Kong City Hall Concert Hall, e em 2013 estreou-se numa orquestra portuguesa com a Orquestra Sinfónica do Porto (Casa da Música), interpretando o Concerto para 4 Teclados e Orquestra de JS Bach;
Sobre o músico, o Jornal Düren, na Alemanha, escreveu: “Pianista raro pela sua grande generosidade e força emotiva, o Sr. Dantas caracteriza-se pela intensidade e doçura simultaneamente consignadas nas suas interpretações”.
Fonte: Notícias U.Porto
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Maio na U.Porto
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Para conhecer o programa da Casa Comum e outras iniciativas, consulte a Agenda Casa Comum ou clique nas imagens abaixo.
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Mulheres que Fazem Barulho – Cenas do Rock Português IEntrada livre. Mais informações aqui
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Ver Cegueira Adentro - 100 Anos de José SaramagoEntrada livre. Mais informações aqui
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Memória Cidadania e Liberdade | Ciclo de Cinema Português30 ABR e 06, 13, 20, 27 MAI'22 | 21h00 Cinema, Debate | Casa Comum Entrada Livre. Mais informações aqui
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Eu fui silêncio | Performance poética e musicalPerformance, Conversa | Casa Comum Entrada Livre. Mais informações aqui
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TOSCA | Concerto + ConversaConcerto, Conversa | Casa Comum Entrada Livre. Mais informações aqui
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Obras de Beethoven e Mussorgky | Recital de piano e violonceloEntrada Livre. Mais informações aqui
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Nuno Grande | Figura Eminente 2022Vários eventos | ICBAS, Reitoria da U.Porto
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Isto não é só um quadro: António Cardoso para além da evidênciaExposição | Fundação Marques da Silva
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O Museu à Minha ProcuraExposição | Pólo central do Museu de História Natural e da Ciência da U.Porto Entrada Livre. Mais informações aqui
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Roteiros do Conhecimento: Os Laboratórios de Ferreira da SilvaCiência | Câmara Municipal do Porto Entrada Livre. Mais informações aqui
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Depositorium 2 Exposição | Museu Nacional de Soares do Reis
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CORREDOR CULTURAL DO PORTO Condições especiais de acesso a museus, monumentos, teatros e salas de espetáculos, mediante a apresentação do Cartão U.Porto. Consulte a lista completa aqui
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Casa-Museu Abel Salazar celebrou o Dia Internacional dos Museus com vista para Amesterdão
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Dia 18 de maio, a CMAS teve orientadas, ateliers para crianças e uma viagem no tempo - em vídeo - à capital dos Países Baixos.
Abel Salazar viajante, em 1926. (Foto: DR)
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Quarta-feira, 18 de maio, Dia Internacional dos Museus, foi dia de portas abertas em São Mamede Infesta. A partir das 10h00, a Casa-Museu Abel Salazar (CMAS) acolheu visitas orientadas, desenvolveu ateliers de gravuras para crianças e disponibilizou mais uma edição de O Museu Num Minuto. No dia em que se celebram os museus, a Casa-Museu Abel Salazar oferece imagens de outro museu, num outro tempo. E coloca o seu personagem principal no centro da ação. É Abel Salazar noutro país, noutra cidade, na correria de outros tempos.
O vídeo – que pode ser consultado no canal de YouTube da Casa-Museu Abel Salazar – explora as impressões do médico, investigador e histórico professor da Universidade do Porto sobre a sua visita ao Rijksmuseum (Museu Nacional de História e Arte) de Amesterdão, em 1926. O espetador é assim convidado a conhecer os pensamentos e emoções de Abel Salazar, após a visita ao mais famoso museu dos Países Baixos.
Uma fita cinematográfica frenética e veloz
Quais foram, então, as impressões de Abel Salazar sobre o museu e sobre a própria cidade de Amesterdão? “…isto não é uma visita, mas uma correria através da cidade”, desabafa o investigador num texto publicado no livro Um Estio na Alemanha (Coimbra, Editorial Nobel, 1944). “As coisas surgem, com fantasmas, e logo se somem edifícios, perspetivas, largos, praças e canais, numa fita cinematográfica frenética e veloz”. Quando aquela “grande massa do Rijksmuseum surgiu na frente como por milagre”, a comitiva, “guiada por amáveis cicerones holandeses”, sumiu-se “no grande átrio do Museu”, prossegue Abel Salazar.
Já dentro do museu, “a farândola continua, num perpassar rápido de salas e de telas, que se sobrepõem na retina”. E o cenário cinematográfico continua: “fogem, escapam, quase nenhuma chegando a definir-se, num repouso”.
O vídeo “Museu num Minuto” explora a viagem de Abel Salazar ao Rijksmuseum, em Amesterdão, em 1926. (Foto: DR)
As 8000 peças – entre pinturas, gravuras, desenhos, fotografias, peças de prata e porcelana, mobiliário e outros objetos de artistas como Rembrandt, Jan Sten ou Johannes Vermeer – espalhadas pelos quatro pisos e dezenas de galerias do Rijksmuseum impõem a dignidade de uma história que requer tempo para ser contada. “O Museu é em demasia grande para o tempo de que se dispõe”, confessa Abel Salazar. E é assim, acrescenta o médico, que se perpetua a correria de sala em sala “numa desorientação perplexa, aos ziguezagues, cada qual procurando o que mais lhe interessa e quase nunca encontrando o que procura… O resultado é previsível e já terá ocorrido a todos que se submeteram a esta empreitada: “Nesta correria, as figuras, mudas nas telas, suspensas nas paredes, têm o ar espantado de quem vê loucos em doida agitação.”
Para além de O Museu Num Minuto, o dia ficou marcado por visitas orientadas e ateliers de gravura para crianças da Edukar, um Jardim de Infância e Sala de Estudo de São Mamede de Infesta, e visitas orientadas a alunos da Universidade Sénior Mutualista, do Porto.
Fonte: Notícias U.Porto
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Há novos podcasts no espaço virtual da Casa Comum
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6. Rua de Camões, Inês Lourenço Rua de Camões”, de Inês Lourenço, in Dois Cimbalinos Escaldados – Vivências Portuenses – Antologia Poética
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45. “Festa, Trabalho e Pão em Grijó de Parada”, de Manuel Costa e Silva (1973) Comentário de Miguel Guimarães (Curso Avançado de Documentário KINO-DOC)
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32. O Modo como Eu Fui a Soure Agustina está a escrever a biografia do marquês de Pombal, e nesta crónica conta a sua imprevista ida a Soure, terra onde nasceu o marquês.
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39. Morriste-me, de José Luís Peixoto (Capítelo 1) “Bolbi hoije a esta tierra agora cruel. La nuossa tierra, pai. I todo cumo se cuntinuasse.”
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“Ruas e Estradas”, o texto que, seguindo uma sugestão de Egas José Vieira, foi escolhido para este Escritos Escolhidos, pertence ao livro Manual das Cidades (Relógio d’ Água, 2006), obra que reúne algumas das crónicas escritas por Manuel Graça Dias para o jornal Expresso. Em todas estes textos, um objeto comum – “Todos eles nos falam da cidade, do orgulho de viver na cidade, da alegria e do prazer de viver na cidade” (da sinopse).
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Doutores Honoris Causa da U.Porto
Artur Santos Silva
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Em novembro de 2010, por proposta da Faculdade de Belas Artes, Artur Santos Silva foi distinguido com o título de Doutor Honoris Causa pela Universidade do Porto, devido à sua notável atividade cívica, especialmente no apoio às artes e à cultura.
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Artur Eduardo Brochado dos Santos Silva nasceu no Porto oriental, a 22 de maio de 1941. É licenciado em Direito pela Universidade de Coimbra (1958) e frequentou o Programa de Gestão para Executivos da Universidade de Stanford (E.U.A.).
Em 1968 iniciou a sua carreira na banca como diretor do Banco Português do Atlântico (1968-1975), e, em 1981, fundou o Banco BPI, presidindo ao seu Conselho de Administração entre 2004 e 2017.
Entre os inúmeros cargos que desempenhou, destacam-se os de Presidente da Comissão Nacional para as Comemorações do Centenário da República (2008-2011); de Vice-Governador do Banco de Portugal (1977-1978); de Secretário de Estado do Tesouro (1975-1976); de Docente convidado (1979-1985) e de membro do Conselho Superior (2004 – 2009) da Universidade Católica Portuguesa; de Assistente (1963-1967) e de Docente convidado (1980-1982) da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra e de Presidente do Conselho Geral da Universidade de Coimbra (2009-2012). Na Universidade do Porto presidiu ao Conselho Geral (eleito em 2017). Foi membro do Conselho Geral da Fundação Gomes Teixeira (instituição já extinta), do Conselho Consultivo da Faculdade de Economia e do Conselho Geral da Porto Business School.
Integrou o Conselho de Administração da Fundação de Serralves (1996-1997) e presidiu ao Conselho Administrativo da Porto – Capital Europeia da Cultura 2001 (1998-1999).
Na Fundação Calouste Gulbenkian participou no Conselho Consultivo Geral (1995-2002), foi Administrador não executivo (202-2012) e presidente Conselho de Administração (2012-2017).
Foi ainda Presidente do Conselho de Fundadores da Casa da Música (2006 – 2012) e Presidente do Conselho Fiscal do Lugar do Desenho – Fundação Júlio Resende (2003-2004, 2005-2008, 2009-2011).
É Fundador Honorário de Serralves e Presidente Honorário do BPI. Membro do Conselho de Curadores da Fundação “La Caixa” (desde 2017), Presidente do Conselho Consultivo das Fundações (desde 2018), membro da Associação Divulgadora da Casa-Museu Abel Salazar e do Conselho Geral da Fundação Mário Soares e Maria Barroso.
Foi agraciado por diversos governos de diferentes países, destacando-se a Ordem de Mérito Nacional da República Francesa; a Ordem de Mérito Civil da República Portuguesa; a Ordem de Mérito Civil pelo Reino de Espanha; a Grande Cruz da Ordem do Infante D. Henrique pela República Portuguesa e a Ordem de Cavaleiro da Legião de Honra pela República Francesa e ainda com a Medalha de Honra da Cidade do Porto, Grau de Ouro.
Também tem o doutoramento Honoris Causa pela Universidade Nova de Lisboa (2017).
Sobre Artur Santos Silva (up.pt)
Currículo do Presidente do Conselho Geral da Universidade do Porto (up.pt)
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