O QUE É A CASA COMUM?

Publicamos hoje a 100.ª Newsletter da Casa Comum. Estando a equipa reitoral próxima do final do primeiro mandato, julgo ser este um momento propício a balanços, confirmação de identidade e de missão, e renovação do compromisso para com um projeto que começou a ser construído de raiz, na Unidade de Cultura da Reitoria da U.Porto, em julho de 2018.


Em Casa Comum: Ano Um, relatório de atividades publicado em junho de 2019, expusemos os pressupostos com que estávamos a criar o projeto:


A Casa Comum é essencialmente um conceito, apresentando-se simultaneamente como o reflexo e o motor de uma nova forma de se entender o papel da Universidade. Através da Casa Comum, a U.Porto opõe à grande narrativa que predominou em boa parte do século XX de uma cultura universitária homogeneizadora, supranacional e elitista, dirigida a um público educado, a ideia da Universidade como espaço mobilizador de diferentes agentes e saberes – de constante atividade e cocriação. É assim que a Casa Comum é, ao mesmo tempo, portuguesa e de muitas partes do mundo, atenta que está à especificidade cultural dos seus estudantes (nacionais e internacionais) e das instituições com que entra em diálogo (desde os parceiros locais aos consulados e embaixadas de diferentes países), contribuindo para a vitalidade cultural da cidade e para o desenvolvimento da região – não apenas para a sua economia, mas sobretudo para a sua mentalidade, injetada com novas perspetivas e atitudes inovadoras, no quadro de uma relação de envolvimento entre universidade e comunidade sem precedentes e na lógica de uma política de implementação de uma verdadeira democracia cultural.
                                                                       
Ao “conceito Casa Comum” passou a corresponder, a partir de 3 de abril de 2019, um espaço físico na Reitoria da U.Porto, constituído por um auditório polivalente e duas galerias de arte. No contexto da pandemia de COVID-19, a Casa Comum ocupou, durante o período de confinamento, o espaço virtual da Internet; e quando já não estávamos confinados, mas mantínhamos cautela em relação à ocupação de espaços fechados, criámos, em colaboração com o Museu de História Natural e da Ciência, um novo espaço cultural no pátio do edifício histórico (programação Noites no Pátio do Museu). Nos meses mais recentes, de volta aos espaços interiores, a Casa Comum foi alargando o seu campo de atuação a outros espaços da U.Porto, firmando parcerias com o ICBAS, a Faculdade de Economia, o I3S e a Faculdade de Ciências para a produção de exposições e realização de residências artísticas de poesia.


Adotámos os espaços da Casa Comum, na Reitoria, como locais de encontro, de facilitação dos processos de integração dos estudantes, mas também lugares de abertura para novos mundos e discursos estéticos. Em todos os momentos, tivemos a preocupação de construir a programação com critério, com a consciência de que nos fomos tornando um importante agente cultural da cidade e de que, ao beneficiarem da chancela da Universidade, os temas abordados adquiriram um impacto que vai para além da comunidade académica. Discutimos tudo, sem tabus, na mesma sala: debatemos os problemas, contextualizámos os fenómenos; criámos-lhes uma história e abrimos portas para futuros possíveis – e fizemo-lo de forma colaborativa e multidisciplinar, pois a Universidade tem esta potencialidade de, congregando diferentes saberes, conseguir dar resposta aos problemas complexos da atualidade, que têm de ser atacados, em simultâneo, em muitas frentes.


Evidenciámos a necessidade de criação de novas narrativas para promover a igualdade de género, a inclusão, a hospitalidade e a responsabilidade social e ecológica. Com uma programação intensa, integrando exposições, performances, concertos de diferentes géneros, sessões de poesia e ciclos de cinema, mostrámos como a arte consegue dar forma, conceder um tempo e criar um lugar para o que, de outro modo, não poderia ser nomeado ou representado – como a arte nos pode ensinar a dizer o que, de outro modo, não saberíamos sequer pensar.


Liderámos, a nível nacional, este processo de reflexão e de experimentação do que poderá vir a ser a Universidade. Coordenámos a Comissão Especializada de Arte e Cultura do CRUP / Conselho de Reitores e Universidades Portuguesas e organizámos o I Encontro Universidade & Cultura. No âmbito da Presidência Portuguesa do Conselho da União Europeia, organizámos, em parceria com o Plano Nacional das Artes, uma Cimeira Europeia sobre a forma como a Cultura se deverá afirmar na Universidade – não como a sua 4.ª missão, mas trabalhando transversalmente às três principais missões de Ensino, Investigação e Extensão.


Envolvemos a comunidade académica na nossa programação – foram demasiados os centros de investigação do ecossistema da U.Porto que nela participaram para que os possa aqui mencionar. Na Casa Comum realizaram-se múltiplos debates científicos, com destaque para sessões de comunicação de ciência. Mas foi durante o período do confinamento, quando ficámos sem o palco da Casa Comum, que os contributos da comunidade académica se tornaram mais visíveis.


De julho de 2018 a dezembro de 2022 a Casa Comum produziu 725 eventos presenciais (estamos ainda a contabilizar os que foram produzidos este ano). Quando foi declarado o primeiro confinamento, a Casa Comum reinventou-se em menos de um mês, criando um site para comunicação com a comunidade, que serviu também de plataforma para a publicação de um novo projeto de podcasts. O projeto foi crescendo com o contributo de múltiplos podcasters – sobretudo da comunidade académica, mas também fora dela –, e não parou, afirmando-se hoje como um dos mais pujantes projetos culturais da Universidade. Entre o dia 3 de abril de 2020 e o dia de hoje, foram publicados, na plataforma da Casa Comum, 524 episódios de podcasts. 


Firmámos outras parcerias fundamentais para a concretização dos nossos ciclos de atividades recorrentes: com 7 centros de investigação da Faculdade de Letras para o ciclo O Direito à Cidade; com a Porto Editora e o Mestrado em Multimédia da Faculdade de Engenharia para as sessões de Ouvir. 59 Minutos de Imersão Poética; com a ESMAE / Escola Superior de Música e Artes do Espetáculo do Politécnico do Porto, o Curso de Música Silva Monteiro, o PianoFest, e a Orquestra Clássica, o Grupo de Jazz e o Grupo Vocal da Faculdade de Engenharia para os eventos de música clássica e Jazz; com a ASCIPDA / Associazione Socio-Culturale Italiana del Portogallo Dante Alighieri para múltiplas iniciativas culturais; com o Seiva Trupe para as Encenações Imaginárias; com Germen para as tertúlias Ouvir com outros olhos; com a socióloga Paula Guerra para as conversas com bandas musicais emergentes; e com múltiplos parceiros para os ciclos de cinema: Kinodoc, Cinanima, IndieLisboa, Porto/Post/Doc, Queer Porto... E, claro está, contámos também com a energia, criatividade e qualidade dos grupos de extensão da Reitoria: OUP/Orfeão Universitário do Porto; TUP/Teatro Universitário do Porto; Coral de Letras; Antigos Orfeonistas; NEFUP/Núcleo de Etnografia e Folclore da Universidade do Porto; e Sociedade de Debates. Beneficiámos, ainda, do importante apoio das Tintas Barbot para a pintura das paredes dos nossos espaços expositivos.


O projeto da Casa Comum só pôde ser concretizado, contudo, porque contámos com uma Equipa verdadeiramente excecional: competente, motivada, utópica na sua ambição transformadora da Universidade. Todos participaram na discussão do nosso plano estratégico; todos acrescentaram, ao projeto-base, ideias, que concretizaram com ações. A Casa Comum é, hoje, aquilo que a Equipa sonhou que poderia ser – e transporta consigo o sonho maior do que poderá ainda vir a ser.


Fátima Vieira, 

Vice-Reitora para a Cultura, Museus e Editora

Casa Comum oferece recital de fusão entre Portugal e o Japão

Os irmãos Hibiki Mukai e Wataru Mukai vão estar  no próximo dia 15 de junho, na Casa Comum, para um concerto de piano e  eletrónica. A entrada é livre.

Jardim Botânico do Porto

Os pianistas e compositores (e irmãos gémeos) japoneses Hibiki Mukai e Wataru Mukai vêm à Casa Comum (à Reitoria) da Universidade do Porto no próximo dia 15 de junho, às 21h30, para o seu primeiro concerto no Porto. Trazem obras a solo e duo, sendo que uma das peças explora a ligação entre o piano acústico e a eletrónica computadorizada.


Apesar da jovem idade, ambos têm uma ativa carreira internacional  como pianistas e compositores. Vão executar algumas peças clássicas para  piano a quatro mãos, mas fundamentalmente apresentam as suas próprias  composições, onde confluem elementos de música clássica, de jazz e da  “nova música”. Para este concerto em específico produziram peças  baseadas em música tradicional portuguesa e japonesa.


Em duo, irão interpretar Gabriel Fauré: Dolly Suite, Op. 56. A solo, Wataru Mukai vai ainda apresentar as obras Dear my love, Atlantic Moon e I swear, ao passo que Hibiki Mukai trará Venom (para piano e computador) e Paraphrase on Japanese folk songs (estreia mundial).


O recital irá terminar em duo com: Improvisation on Portuguese folk songs e Camille Saint-Saëns: Finale, de Le carnaval des animaux.


A entrada é livre.

Sobre Hibiki Mukai e Wataru Mukai

Natural de Shizuoka, no Japão, Hibiki Mukai (1993) é  um compositor, pianista e artista de novos media. Trabalha com frequência em colaboração com outros artistas e criadores e compõe para  um naipe variado de artes performativas que vão desde a dança contemporânea ao cinema e ao teatro.


Hibiki obteve o bacharelato na Toho Gakuen School of Music, em  Tóquio, em 2016, e concluiu o mestrado em Sonologia no Conservatório  Real de Haia em 2019. Em 2020, foi-lhe atribuída a Mais Alta Distinção  pela conclusão da sua Pós-Graduação em composição no Real Conservatório  de Antuérpia.


Com vários prémios internacionais de prestígio no currículo, Hibaki  Mukai vive atualmente entre Haia (Holanda) e Porto, onde frequenta o  Programa Doutoral em Media Digitais da Faculdade de Engenharia da  U.Porto (FEUP), na qualidade de bolseiro da Agência para os Assuntos Culturais, Governo do Japão.

Jardim Botânico do Porto

Hibiki Mukai está a frequentar o Programa Doutoral em Media Digitais da FEUP. (Foto: DR)

Wataru Mukai foi introduzido à composição musical  com três anos e teve as suas primeiras aulas em composição um ano mais  tarde, num dos Programas Musicais Yamaha. Compôs música para uma grande variedade de expressões artísticas, tais como o cinema e o teatro.


Foi bolseiro da Rohm Music Foundation (2019-2020), da Kuma Foundation (2018-2019), do 4th Japan Public-Private Partnership Student Study  Abroad Program (2016-17) e da Munetsugu-Tokuji Music Foundation (2016).  Frequentou a Tokyo University of the Arts/Geidai com uma bolsa nacional e  licenciou-se em 2016 com a melhor nota do curso.


Vencedor de diversos prémios internacionais, Wataru Mukai estudou ainda composição na Mannheim University of Music and Performing Arts e  na Bern University of the Arts, estando atualmente a concluir o  doutoramento na Anton Bruckner Private University, na Áustria.


Os seus trabalhos foram encomendados e executados por diversos ensembles/orquestras, nomeadamente a New Japan Philharmonic, Geidai Philharmonic Orchestra, International Ensemble Modern Academy, TonArt Orchestra, Ensemble REAM, Tokyo Sinfonietta e Senzoku New Philharmonic Orchestra. 


Fonte: Notícias U.Porto

Jardim Botânico do Porto

Wataru Mukai. (Foto: DR)

IndieLisboa vem à Casa Comum celebrar as mulheres na música

Extensão do festival decorre a 17 e 18 de junho e inclui a exibição de três filmes estreados na secção IndieMusic do IndieLisboa deste ano. Entrada livre.

Jardim Botânico do Porto

O documentário Patti Smith,  Electric Poet, dedicado à "poetisa do punk", é um dos três filmes que  estarão em exibição na Casa Comum. Foto: DR

Depois de, há cerca de um mês, ter juntado mais de 27.000 pessoas em vários espaços culturais da capital, o festival IndieLisboa está de regresso para uma edição especial na Universidade do Porto, desta vez dedicada às mulheres na música. 


Será nos dias 17 e 18 de junho que o auditório da Casa Comum (ao edifício da Reitoria) vai acolher a exibição de três filmes cuja estreia mundial coincidiu com a secção IndieMusic do IndieLisboa deste ano, e que apontam a três géneros musicais diferentes. 


Esta extensão do festival arranca a 17 de junho com a exibição de Love, Deutschmarks and Death, (96′), documentário realizado pelo alemão Cem Kaya e grande vencedor da secção IndieMusic do IndieLisboa 2022.


Com a emigração turca para a Alemanha, esta nova comunidade acabou por desenvolver a sua própria cena cultural e musical, um fenómeno que  acontece longe do olhar da cultura popular e mediática. Este  documentário traz luz às histórias e aos ícones que foram dando voz aos expatriados. Também desvenda algumas das complexidades financeiras,  políticas e sociais que afetaram esta subcultura.

Jardim Botânico do Porto

Love, Deutschmarks and Death, (96′) de Cem Kaya

No dia 18 de junho, sábado, a Casa abre um pouco mas cedo, pelas 17h00, para a exibição do documentário australiano Anonymous Club, de Danny Cohen (83′). Trata-se de um trabalho sobre Courtney Barnett, uma compositora  australiana, nascida em Sydney, em 1987. Em 2017, lançou Lotta Sea Lice, um álbum colaborativo com Kurt Vile. Igualmente aclamado pelo público, o seu segundo álbum, Tell Me How You Really Feel, chegou um ano depois e o terceiro álbum de estúdio de Barnett, Things Take Time, Take Time, foi libertado em novembro de 2021.


Esta figura do rock contemporâneo australiano defende com veemência a  sua esfera privada, sendo este o foco do documentário que resulta num  retrato intimista da artista que revela toda a sua vulnerabilidade e  ansiedade. Danny Cohen, munido da sua câmara de 16mm, segue Barnett ao  longo de três anos — em tour e no estúdio – , a gravar o mais recente álbum. É a própria artista quem narra o documentário, com pequenas notas  áudio que pontuam o filme.

Jardim Botânico do Porto

Anonymous Club, de Danny Cohen (83′).

Para a última sessão, marcada para as 21h30 do dia 18 de junho, está guardado o documentário Patti Smith, Electric Poet (53′), de Sophie Peyrard e Anne Cutaia.


Poetisa, cantora, fotógrafa, escritora e compositora, Patricia (“Patti”) Lee Smith também é conhecida como a “poetisa do punk”, por ter  trazido um lado feminista e intelectual à música punk. Aos 76 anos, é uma mulheres mais importantes da história do rock e uma personalidade  influente em diversas áreas da sociedade contemporânea.
Embora Patti Smith já tenha “encarnado várias vidas”, como artista  continua a testar os limites da sua arte. Da escrita à poesia, da voz à  música, as facetas são inúmeras. Mesmo que o faça sem grande alarido, o  seu cunho é identitário. De coração punk, com apenas um êxito comercial  no bolso e muito rock’n’roll na bagagem, Smith é já uma lenda viva,  cheia de histórias para contar.


Todas as sessões têm entrada livre.

Mulheres que fazem Barulho!

Esta opção pela secção IndieMusic surge, naturalmente, na sequência da exposição Mulheres que Fazem Barulho!, patente  na Casa Comum. Inaugurada no Dia Internacional da Mulher (8 de março),  esta exposição nasceu da vontade de homenagear 16 “mulheres relevantes  do rock português” desde o pós-25 de abril até à atualidade.


Para isso, a Casa Comum juntou-se ao Instituto de Sociologia da  U.Porto na missão de contar as suas histórias através de fotografias,  discos, cassetes, roupas, adereços, rabiscos de letras, pautas, baquetas, instrumentos musicais, entre outros objetos marcantes nas  respetivas carreiras.


Com entrada livre, a exposição pode ser visitada de segunda a  sexta-feira, das 10h00 às 13h00 e das 14h30 às 17h30, e ao sábado, das  15h00 às 18h00.


Fonte: Notícias U.Porto

Junho na U.Porto

Para conhecer o programa da Casa Comum e outras iniciativas, consulte a Agenda Casa Comum ou clique nas imagens abaixo.

Mulheres que Fazem Barulho – Cenas do Rock Português I

Até 30 SET'22
Exposição | Casa Comum
Entrada livre. Mais informações aqui

Ver Cegueira Adentro - 100 Anos de José Saramago

Até 02 JUL'22
Exposição | Casa Comum
Entrada livre. Mais informações aqui

Ver Cegueira Adento | Atelier ao Vivo de Agostinho Santos

 26 MAI a 02 JUL'22
Atelier, Exposição | Reitoria da U.Porto
Entrada Livre. Mais informações aqui

Ver Cegueira Adentro | Visitas Guiadas

18 JUN e 02 JUL'22 | 16h00
Visita Guiada | Casa Comum
 Participação Gratuita. Mais informações aqui

Hibiki Mukai e Wataru Mukai em concerto na Casa Comum

15 JUN'22 | 21h30
Concerto | Casa Comum
Entrada Livre. Mais informações aqui

 IndieMusic na U.Porto

17 e 18 JUN'22
Cinema, Documentário, Música | Casa Comum
Entrada Livre. Mais informações aqui

O Museu à Minha Procura

05 MAI a 31 DEZ'22
Exposição | Pólo central do Museu de História Natural e da Ciência da U.Porto
Entrada Livre. Mais informações aqui

Nuno Grande | Figura Eminente 2022

05 MAI a 31 DEZ'22
Vários eventos | ICBAS, Reitoria da U.Porto
 Mais informações aqui

Estação Central da Beira. Keeping it Modern

Até 18 JUN'22
Exposição | Fundação Marques da Silva
Mais informações aqui

Isto não é só um quadro: António Cardoso para além da evidência

De 07 MAI a 17 SET' 22
Exposição | Fundação Marques da Silva
Mais informações aqui

Depositorium 2 

De DEZ'21 a JUN'22
Exposição | Museu Nacional de Soares do Reis
Mais informações aqui 

Do que vejo. Aurélia de Souza | Exposição de Evocação do 1.º centenário da morte da artista

De 09 JUN a 04 SET'22
Exposição | Museu Quinta de Santiago
Mais informações aqui 

CORREDOR CULTURAL DO PORTO 

Condições especiais de acesso a museus, monumentos, teatros e salas de espetáculos, mediante a apresentação do Cartão U.Porto.
Mais informações aqui 
Consulte a lista completa aqui

Paulo Magalhães é o vencedor mais inspirador dos Prémios Verdes Visão

Investigador do CIJE/FDUP e fundador da Casa  Comum da Humanidade, foi distinguido pelo trabalho que culminou no reconhecimento pela ONU do Clima Estável como Património Comum da Humanidade.

EU University & Culture Summit / Day 1, Afternoon

Investigador do Centro de Investigação Jurídico-Económica (CIJE) da FDUP, Paulo Magalhães é o fundador e atual  presidente da Casa Comum da Humanidade Foto: DR

São prémios que pretendem distinguir pessoas individuais, empresas e organizações que mais se destacam em Portugal na área do ambiente. Paulo Magalhães,  investigador do Centro de Investigação Jurídico-Económica (CIJE) da Faculdade de Direito da Universidade do Porto, onde completou o  pós-doutoramento, e mentor de vários projetos ambientalistas, arrecadou o  primeiro prémio dos Prémios Verdes Visão, na categoria Inspiração.


Paulo Magalhães é jurista, fotógrafo, membro do conselho geral da  organização ambientalista ZERO – Associação Sistema Terrestre  Sustentável e fundador e presidente da Casa Comum da Humanidade. Doutorado em Ecologia-Humana, tem ainda um pós-doutoramento sobre o estatuto jurídico do clima.


O júri dos Prémios Verdes Visão decidiu premiar  Paulo Magalhães “graças à sua investigação, a Lei de Bases do Clima de 2021”, que define como objetivo da diplomacia portuguesa o  “reconhecimento pela ONU do Clima Estável como Património Comum da  Humanidade”. A Casa Comum da Humanidade é a única ONG portuguesa acreditada pelo Programa das Nações Unidas  para o Meio Ambiente e foi uma das seis convidadas para o Fórum de  Governação Global da ONU75.


O investigador do CIJE/FDUP considera “muito relevante” a atribuição deste prémio, principalmente  para o projeto que está sediado na U.Porto. “É sinal de que começa a ser  reconhecido”. Foi uma novidade, “já começou a ser aceite  internacionalmente” e esta “primeira distinção a nível nacional surge  como algo que nos inspira para o futuro, para o alcance de nova visão de  como abordar estas questões ambientais”.


A cerimónia de entrega dos prémios Verdes Visão decorreu no passado  dia 5 de junho, na Fábrica da Água de Alcântara, e contou com presença  do Ministro do Ambiente, Duarte Cordeiro, e com uma intervenção de Carlos Moedas, Presidente da Câmara de Lisboa.


A iniciativa recebeu centena e meia de candidaturas para as 10  categorias a concurso. Da avaliação liderada pelo júri composto por  Filipe Duarte Santos, Viriato Soromenho Marques, Catarina Albuquerque,  Sofia Santos, Pedro Matos Soares, José Furtado e Mafalda Anjos, resultou  a entrega de 11 prémios e 14 menções honrosas.

Sobre a Casa Comum da Humanidade

O projeto da Casa Comum da Humanidade assenta na  premissa e que a preservação do ambiente deve ser uma preocupação de todos, já que as alterações climáticas constituem uma tragédia à escala global. Não é possível nenhum estado decretar que não adere às  alterações climáticas, uma vez que a poluição está dispersa por todo o  planeta.


Este projeto internacional pretende garantir a preservação das  condições de habitabilidade do planeta através de um novo modelo de  governação global dos recursos naturais, onde é utilizado um inovador  sistema de contabilidade ambiental e económica que compensa quem  conserva e valoriza a Natureza e penaliza quem a destrói.


Foi, precisamente, para dar corpo ao projeto, que foi criada a associação Casa Comum da Humanidade, com sede na Universidade do Porto. 


Fonte: Notícias U.Porto

Há novos podcasts no espaço virtual da Casa Comum

9. Terra Quente I e II, A. M. Pires Cabral 

Terra Quente I e II, de A. M. Pires Cabral, in Gaveta do Fundo

48. “Ballet Adagio”, de Norman McLaren (1972) 

Comentário de Anna Unterholzner (Curso Avançado de Documentário KINO-DOC)


8. Miguel Nuno Cunha 

Hoje, temos connosco no Memórias U.Porto: Finalistas Online Miguel  Nuno Cunha, mestre em Engenharia Mecânica pela Faculdade de Engenharia  da Universidade do Porto. Atualmente, é engenheiro mecânico de produto  na Bosch Car Multimedia, em Braga, a sua cidade natal. O sonho de ser engenheiro mecânico nasceu ao acompanhar o pai desde tenra idade enquanto diretor de produção na indústria metalomecânica. Ao longo do seu percurso académico, foi colaborador e presidente do  NEEM-FEUP, o Núcleo de Estudantes de Engenharia Mecânica da FEUP, e, posteriormente, vice-presidente da AEFEUP, a Associação de Estudantes da FEUP. Estas foram, segundo o próprio, “as melhores escolas de problem-solving que poderia ter tido” e que capacitam os estudantes com ferramentas  únicas para o mercado de trabalho. No âmbito da dissertação de mestrado,  fez uma incursão na investigação científica na área da biomecânica. É um fã incondicional de desporto automóvel e tem como cidade de eleição, orgulhosamente, Braga.

41. Morriste-me, de José Luís Peixoto (Capítelo 3) 

“Andei a saber de ti para alhá de la mimória, nas squinas que solo nós  conhecemos, i nun te bi. Bi solo, ne l negro de las squinas dantes  alumiadas, l negro de la tue falta, la delor sien fin que solo se puode  sentir. Andei a saber de ti nas squinas de la nuite.”


27. Manuel Botelho 

“Da Poética na Arquitetura” é o título da conferência apresentada pelo  arquiteto Manuel Botelho a 15 de fevereiro de 2005, no âmbito do ciclo Olhares à Descoberta,  um projeto coordenado por Rui Morais Castro e Juan Cabello Arribas. A  reflexão feita por Manuel Botelho deixou entrever a mundividência de um  arquiteto-filósofo habitado por uma premente dimensão poética.

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Doutores Honoris Causa da U.Porto

Carl Djerassi

O último Doutor Honoris Causa da Universidade do Porto do ano de 2011, proposto pela Faculdade de Ciências, foi o cientista químico Carl Djerassi (1923-2015), figura notabilizada internacionalmente pelo contributo dado para o desenvolvimento da pílula anticoncepcional. 


O evento realizou-se no dia 28 de outubro desse ano, no Salão Nobre da Reitoria da Universidade do Porto. Djerrassi teve como padrinho Manuel João dos Santos Monte, professor associado da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto. O elogio do doutorando foi proferido por Alexandre Quintanilha, então professor catedrático do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar.

EU University & Culture Summit / Day 1, Afternoon

Carl Djerassi

Carl Djerasssi nasceu em Viena de Áustria em 1923.


Nos Estados Unidos da América, onde foi educado, licenciou-se no Kenyon College (Ohio, 1942) e doutorou-se na Universidade de Wisconsin (1945).


Foi autor de mais de 1200 publicações científicas, de várias monografias e de obra literária dispersa pelos géneros do teatro, do conto, da poesia, da novela, da autobiografia e das memórias.


Foi distinguido com a National Medal of Science (1973) e a National Medal of Technology (1991); o primeiro Wolf Prize em Química (1978), o primeiro National Academy of Sciences Award for Industrial Application of Science (1990); a Medalha Priestley da American Chemical Society (1992); a Medalha Erasmus da Academia Europeia (2003); a Grã-Cruz de Mérito da Alemanha (2003); a Medalha de Ouro do American Institute of Chemists (2004); o Prémio Serono de Literatura (Roma, 2005); e a Grande Condecoração em Prata por Serviços Prestados à República da Áustria (2008).


Em 2005, os correios do seu país de origem editaram um selo em sua honra.      


Foi Professor Emérito de Química da Universidade de Stanford, membro da Academia Nacional das Ciências dos Estados Unidos e da Academia Americana das Artes e Ciências.


Era um importante colecionador de obras de Paul Klee (1879-1940), pintor modernista e professor da Bauhaus, e fundador do Djerassi Resident Artists Program na Califórnia.  


Sobre Carl Djerassi (up.pt)


Carl Djerassi - Doutoramento Honoris Causa | Discurso de agradecimento (up.pt)


Elogio do Doutorando Carl Djerassi, por Alexandre Quintanilha (up.pt)

Para mais informações consulte o site da a Casa Comum - Cultura U.Porto

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