TEMPESTADE DE IDEIAS

Quando designamos o processo em inglês, esquecemo-nos de que brainstorm significa tempestade de ideias, mas é isso mesmo que está em causa: uma combinação de circunstâncias e fatores que libertam a imaginação dos participantes e que resulta na acumulação (por vezes caótica) de ideias, muitas vezes parecendo apontar para diferentes direções. Alex Faickney Osborn, que popularizou o processo de brainstorming no livro que publicou em 1953, Applied Imagination, explica que, já em 1939, os participantes nas dinâmicas de grupo que ele coordenava, numa empresa que o havia contratado para o efeito, chamavam a essas sessões Brainstorm sessions.


Para Osborn, quantas mais ideias tentarmos conceber como possibilidades alternativas, mais provável será encontrarmos uma ou mais ideias capazes de resolver o nosso problema. É, contudo, essencial que compreendamos que a maior parte das ideias resulta de combinações, ou melhoramentos, de outras ideias.


Vêm estas reflexões a propósito do longo dia de brainstorming que tivemos, na passada quarta-feira, na Casa Comum, com as equipas da Cultura (Casa Comum, Museu de História Natural e da Ciência, Jardim Botânico, Casa-Museu Abel Salazar e Planetário) e dirigentes das Associações de Estudantes (AEs) de quase todas as Faculdades da U.Porto, bem como da FAP/Federação Académica do Porto. O trabalho foi cuidadosamente preparado para a implementação de dinâmicas de grupo organizadas em rondas. A primeira ronda (speed dating) tinha como objetivo o conhecimento de todos os projetos culturais que, de forma dispersa, têm vindo a ser promovidos na U.Porto. Chegámos à conclusão de que muitas das AEs têm uma revista científica e/ou cultural (ou estão a pensar em criar uma), promovem ciclos de cinema e concursos de bandas de música, e quase todas têm projetos desportivos ligados ao bem-estar. Ficámos também a conhecer projetos importantes, como o curso de formação em trabalho de edição de revistas para assegurar a qualidade das publicações, a sensibilização para a poesia, ou sessões para promoção de “cultura geral”.


A segunda ronda tinha como objetivo conhecer melhor os interesses dos estudantes e convidava-os a imaginarem como será a Universidade em 2030, em termos das suas dinâmicas culturais, nomeadamente no que respeita ao acolhimento de estudantes internacionais. 


Na terceira e quarta rondas, os participantes foram convidados a imaginar projetos para a Cultura, transversais a todas as Faculdades.


Lembra Osborn, no seu livro, que a fase da síntese, numa sessão de brainstorm, é considerada a mais frutuosa do processo criativo. Os cinco projetos que resultaram deste processo colaborativo e criativo são, sem dúvida alguma, a melhor síntese a que poderíamos aspirar. Saímos deste dia intenso com projetos para a criação de uma revista de poesia, uma exposição de arte, um evento multidisciplinar, um projeto para bandas e um outro para residências de Artes e Ciências. Mais importante ainda, ficámos com a perfeita noção de que precisamos de aprofundar este tipo de processo com docentes, investigadores, colaboradores e alumni da U.Porto. Assim será o projeto Casa Comum 2.0.: construído por todos, para todos, fruto de grandes tempestades.


Fátima Vieira
Vice-Reitora para a Cultura e Museus

Noites no Pátio do Museu trazem Agustina, Sophia e Rock'n'Roll lo-fi

Teatro, cinema, música e performance multimédia  fazem parte do "cardápio" de mais uma semana - 12 a 17 de julho - de  noites culturais na Reitoria da U.Porto.

Vai ser mais uma semana de programação “por nossa conta”. Teatro, cinema, música e performance multimédia fazem parte do “cardápio” de mais uma semana de Noites no Pátio do Museu. Para degustar de 12 a 17 de julho, sempre às 21h30, no Pátio do Museu de História Natural e da Ciência da U.Porto (MHNC-UP), e com entrada gratuita.


Um pouco por todo o país vai-se assinalando o centenário do  nascimento de uma escritora de voz pujante e, seguramente, uma das mais  marcantes a chegar ao século XXI. Falamos de Agustina Bessa-Luís, claro.  Quem a traz “à cena” o universo desta escritora amarantina é a  companhia de Teatro Seiva Trupe. Dia 12 de julho, pode contar com uma encenação imaginada que irá fazer subir ao palco A menina d’oiro.


É uma encenação que vai convocar o público a agir. Vai puxar pelo imaginário coletivo. Num trabalho que se pretende colaborativo, vão esboçar-se cenas em torno de um tema: “Os meninos(as) de oiro, do ninho da família, saltam os socalcos do Douro ou adormecem na sombra das videiras?” Fica a ideia a amadurecer…


Gosta de encontrar objetos antigos e descobrir-lhes a serventia? Quarta-feira, dia 13 julho, será a perfeita ocasião para conhecer objetos (voadores ou não… é vir  para confirmar) muito raramente identificados. Qualquer semelhança com  outro objeto do seu dia-a-dia é pura ficção! Falamos de prensas e  vásculas, que é como quem diz, entramos no universo da botânica a  tiracolo.


Fazer o estudo das plantas, dos fungos e dos acessórios da botânica  de campo, ou seja, ir para o terreno implica explorar atividades como botanizar e herborizar. Para que isto seja possível, já pensou no que é necessário? Para além do necessário conhecimento, naturalmente, são necessários instrumentos, relativamente simples e intemporais, como prensas e pequenas caixas metálicas (vasculas). Há seis séculos que herboristas, médicos, boticários, taxonomistas e botânicos reconhecem estes objetos como preciosos auxiliares. Nesta sessão com Cristiana Vieira, curadora do Herbário do Museu de História Natural e da Ciência da U.Porto, vamos conhecer melhor e explorar estes objetos.

Jardim Botânico do Porto

O universo da botânica a tiracolo. (Foto: DR)

O que é Verdegar? Sabe? Podemos acrescentar que envolve tradição, dança e música da região duriense. Dia 14 de julho, à hora do costume, vamos ver de perto o mais recente espetáculo do Núcleo de Etnografia e Folclore da U.Porto (NEFUP). Chama-se Verdegar e já percorreu muitos auditórios e teatros do norte do país. Regressa  agora ao Porto, onde se estreou. O público vai poder participar  ativamente a descobrir algumas cenas quotidianas da vida de uma família  do Douro Verde na primeira metade do século XX. Como por exemplo? Ficam  só alguns aperitivos: o trabalho no campo, a ceia (e a fome…), a oração,  as festas e tradições, o namoro, o baile…


Verdegar traz-nos histórias de vida,  centradas na década de 1940 do século passado, mas que representam mais  de cem anos de vivências e tradições.


Para este espetáculo juntaram-se as duas margens do rio Douro. Ou  seja, musicalmente, teremos cancioneiros quase desconhecidos, de Resende  ao Marco de Canaveses; na dança, foram incluídos temas que ainda hoje  são comuns e outros, que já caíram em desuso; etnograficamente,  recorremos a testemunhos pessoais e foi feita uma pesquisa bibliográfica  pela obra dos escritores que retratam a região, como Eça ou Alves  Redol.


Aviso. É normal que saia do Pátio do Museu a cantarolar: “Em janeiro sobe ao outeiro. Se vires verdegar, põe-te a chorar; se vires terrear,  põe-te a cantar.”

Jardim Botânico do Porto

Verdegar, espetáculo do NEFUP. (Foto: DR)

O Rock’n’Roll “lo-fi”, versão remix é a proposta para dia 15 de julho. É a segunda sessão deste ciclo de cinema. Nas fronteiras do glam rock e do proto-punk, o grupo nova iorquino New York Dolls é o alvo do primeiro documentário. All Dolled Up: A new Dolls Story (1972/2005, 1h36), de Bob Gruen, Nadya Beck. O segundo é um excerto do filme The Land Where the Blues Began, realizado pelo etnomusicólogo Alan Lomax. Chama-se Mississippi, Summer’78 (1978, 21 min.).


A proposta para 16 de julho inclui  uma performance audiovisual inspirada nos lugares descritos na obra da  escritora Sophia de Mello Breyner Andresen. O projeto chama-se A vivacidade dos instantes e é a proposta de investigação-criação que Frederico Dinis nos vai trazer. Compositor, performer audiovisual e investigador de  media tem trabalhos de sonoridades híbridas e que incorporam diferentes  influências, texturas e  ambientes como eletrónica minimal, padrões  evolutivos, field recordings. Ou ritmos fragmentados que vão atingindo padrões evolutivos.


O artista multimédia inspirou-se nos lugares descritos na obra de  Sophia de Mello Breyner Andresen, lugares que simbolizam uma espécie de exaltação e de concentração, tornando-se, na sua perspetiva, centros de vida. São lugares e ambientes cuja atmosfera lírica ganha conotações metafóricas e que, agora, com recurso à exploração de aspetos sonoros e visuais e num diálogo entre a literatura e as media arts são  enriquecidos, com novas dimensões de interpretação. O conceito,  gravação, edição, som, imagem, composição e interpretação são de Frederico Dinis e a produção pertence ao Pensamento Voador – Associação para a Promoção de Ideias

Jardim Botânico do Porto

Pormenor do edifício da Galeria da Biodiversidade. Projeto “A vivacidade dos instantes” de Frederico Dinis. (Foto: DR)

Domingo, 17 de julho. Onde vamos? Ao teatro, claro. Continua o conjunto de performances pensadas e criadas por sócios do TUP – Teatro Universitário do Porto, para nos fazer Despertar. Querem trazer à consciência de todos e fazer emergir no quotidiano,  assuntos que consideram ter ficado perdidos no sonambulismo dos últimos  dois anos.


Resultado de uma iniciativa conjunta da Casa Comum da U.Porto e do MHNC-UP, as Noites no Pátio do Museu tiveram a sua primeira edição em 2020, durante o pico da pandemia de Covid-19. Uma condicionante que não impediu o sucesso de uma iniciativa – repetida em 2021 – que provou que “A Cultura faz bem à saúde!”. Para este mês de julho, a iniciativa inclui mais de 20 eventos, distribuídos por uma programação recheada de teatro, poesia, ciência, música e cinema.


Resta reforçar que as Noites no Pátio do Museu 2022 têm sempre início às 21h30. A entrada é livre – ainda que limitada à lotação do espaço – e far-se-á pelo Jardim da Cordoaria. 


Fonte: Notícias U.Porto

Saxofones do Quatuor Brevi no regresso da música ao Pátio do Museu

Concerto integrado na Temporada Cruzada França – Portugal 2022 está marcado para a noite de 7 de julho. Entrada livre.

Jardim Botânico do Porto

Os Quator Brevi são um quarteto composto por  Sebastian Molina -Sax Soprano (FR); Fernando Ramos -Sax Alto (PT);  Heloise Golhen -Sax Tenor (FR) e Romeu Costa -Sax Barítono (PT). (Foto:  DR)

No próximo dia 7 de julho, vai voltar a ouvir-se música ao ar livre no Pátio do Polo Central (Reitoria) do Museu de História Natural e da Ciência da Universidade do Porto (MHNC-UP). Os responsáveis serão Sebastian Molina, Fernando Ramos, Heloise Golhen e Romeu Costa, o quarteto do saxofonistas que compõem o Quatuor Brevi. O concerto acontece às 21h30 e está integrado na Temporada Cruzada França – Portugal 2022.


No palco estarão dois músicos portugueses e dois músicos franceses  unidos pela sua dedicação à música e pela sua vasta experiência  multicultural. As obras escolhidas pelo Quatuor Brevi refletem precisamente a multiculturalidade e as origens dos músicos, incluindo a  música francesa e portuguesa, pretendendo também aproximar o público dos  artistas pela qualidade da música apresentada.


Do programa fazem parte as obras: Arrivée de la Reine de Sabbat, de G .F. Haendel (transc. J. Y. Fourmeau); Smoking Aria, de Bernardo Sassetti; Grave et Presto, de Jean Rivier; Old Hungarian Dances from the 17thCentury, de Ferenc Farkas; e Threepenny Opera: Tango, de Kurt Weil.


Este evento está inserido na FLAF: 1.ª Festa do Livro e do Autor  Francófono, uma iniciativa do Consulado Honorário de França no Porto,  com o apoio da Embaixada de França em Portugal, Casa Comum da U.Porto,  Institut Français, Alliance Française de Porto e Escola de Hotelaria e  Turismo do Porto.


A entrada é livre e far-se-á pelo pelo Jardim da Cordoaria.


Fonte: Notícias U.Porto

Julho na U.Porto

Para conhecer o programa da Casa Comum e outras iniciativas, consulte a Agenda Casa Comum ou clique nas imagens abaixo.

Mulheres que Fazem Barulho – Cenas do Rock Português I

Até 30 SET'22
Exposição | Casa Comum
Entrada livre. Mais informações aqui

Ver Cegueira Adentro - 100 Anos de José Saramago

Até 31 AGO'22
Exposição | Casa Comum
Entrada livre. Mais informações aqui

Noites no Pátio do Museu

De 01 a 31 JUL'22 | 21h30
Música, Teatro, Poesia, Conversas | Pátio do MHNC-UP
Entrada Livre. Programa completo aqui

Ouvir, 59 Minutos de Imersão Poética | Poesia com Cláudia R. Sampaio

05 JUL'22 | 21h30
Poesia |  Pátio do MHNC-UP
Entrada Livre. Mais informações aqui

A Voz dos Objetos | Mabouia! Uma osga com uma crise de ideintidade que conquistou meio mundo  à boleia de Caravelas Portuguesas

06 JUL'22 | 21h30
Conversa | Pátio do MHNC-UP
Entrada Livre. Programa completo aqui

Quarteto Brevi | Concerto de saxofones (Evento FLAF)

 07 JUL'22 | 21h30
Música | Pátio do MHNC-UP
Entrada Livre. Mais informações aqui

Le premier magicien du cinéma: George Méliès | Cine-concerto (Evento FLAF)

08 JUL'22 | 21h30
Cine-concerto | Pátio do MHNC-UP
Entrada Livre. Programa completo aqui

Expedições Burle Marx | Episódio 2 – PAISAGISTA

 09 JUL'22 | 21h30
Cinema, Documentário | Pátio do MHNC-UP
Entrada Livre. Mais informações aqui

Despertar | Ciclo de Performances TUP – Teatro Universitário do Porto

10 JUL'22 | 21h30
Teatro | Pátio do MHNC-UP
Entrada Livre. Programa completo aqui

Abel Salazar , Paris 1934

 09 JUL'22 | 18h00
Apresentação de livro | Casa Comum
Entrada Livre. 

O Museu à Minha Procura

05 MAI a 31 DEZ'22
Exposição | Pólo central do Museu de História Natural e da Ciência da U.Porto
Entrada Livre. Mais informações aqui

Nuno Grande | Figura Eminente 2022

05 MAI a 31 DEZ'22
Vários eventos | ICBAS, Reitoria da U.Porto
 Mais informações aqui

Do que vejo. Aurélia de Souza | Exposição de Evocação do 1.º centenário da morte da artista

De 09 JUN a 04 SET'22
Exposição | Museu Quinta de Santiago
Mais informações aqui 

Isto não é só um quadro: António Cardoso para além da evidência

De 07 MAI a 17 SET' 22
Exposição | Fundação Marques da Silva
Mais informações aqui

Depositorium 2 

De DEZ'21 a JUN'22
Exposição | Museu Nacional de Soares do Reis
Mais informações aqui 

CORREDOR CULTURAL DO PORTO 

Condições especiais de acesso a museus, monumentos, teatros e salas de espetáculos, mediante a apresentação do Cartão U.Porto.
Consulte a lista completa aqui

U.Porto recebe primeira Festa do Livro e do Autor de Língua Francesa

Iniciativa do Consulado honorário de França no  Porto vai decorrer de 7 a 17 de julho e traz uma programação recheada de  livros, cinema e música.

EU University & Culture Summit / Day 1, Afternoon

O primeiro livro a ser lançado é de Abel  Salazar e relata a experiência do histórico professor da U.Porto durante  o exílio em Paris. (Na imagem: Pintura de Abel Salazar No Cabaret -  Paris; n/d)

É a primeira Festa do Livro e do Autor de Língua Francesa (FLALF), mas não envolve apenas livros. É uma festa da francofonia que nos vai dar música, cinema e gastronomia. Decorre de 7 a 17 de julho, na Casa Comum (à Reitoria) da Universidade do Porto, no Museu de História Natural e da Ciência da U.Porto (MHNC-UP) e na Cooperativa Árvore e propõe uma programação de comunhão de culturas.


A iniciativa partiu do Cônsul Honorário de França no Porto, Manuel  Novaes Cabral, que para esta “festa em torno do livro e da língua  francesa” conta com “a cada vez mais numerosa comunidade francesa no Norte de Portugal, com os estudantes franceses aqui radicados no seu  período escolar e com todos os portugueses que têm na França e nos seus  valores civilizacionais uma inspiração nas suas vidas”.


O primeiro evento acontece já no próximo dia 7 de julho, na Casa Comum. Falamos do Quatuor Brevi, agendado para as 21h30, e que se encontra integrado na Temporada Cruzada França – Portugal 2022.  São dois músicos portugueses e dois músicos franceses com uma vasta experiência multicultural. As obras escolhidas para esta noite refletem a multiculturalidade e as origens dos músicos, incluindo a música  francesa e portuguesa.


Dia 8 de julho, a proposta faz-se de música e cinema e tem como palco a edição deste ano das Noites no Pátio do Museu. Às 21h30,  é só entrar, escolher uma cadeira e deixar-se levar pela obra de um  cineasta e ilusionista francês, considerado um dos artistas mais  criativos da sua geração. Para além da exibição de uma seleção de filmes  de George Méliès ((1861-1938), haverá a interpretação ao vivo do músico  José Valente, um dos mais destacados violetistas atuais.


Já a 9 de julho, às 18h00, na Casa Comum, será apresentado um livro que inaugura uma nova coleção da editora U.Porto Press. Chama-se Abel Salazar – Pensamento, Arte e Ciência. Para além de reeditar os livros de Abel Salazar e, em alguns casos,  em parceria com a Casa-Museu Abel Salazar, a editora vai também lançar manuscritos.


O primeiro livro a marcar este arranque, chama-se Paris em 1934 e reúne toda a experiência, na primeira pessoa, de Abel Salazar na  capital francesa. Trata-se da reedição do livro de crónicas de Abel Salazar sobre as suas impressões da vida parisiense durante o seu  “autoexílio”, com prefácio de Irene Ribeiro.


E ficamos logo avisados de que não se vai encontrar uma espécie de  “sentimento de idílica filiação cultural”. Abel Salazar tratou logo de  combater “os estereótipos felizes de uma quase universal e fantasista  visão daquela cidade”. Foi “uma estadia de seis meses em Paris,  aparentemente vivida mais como um exílio do que como um tempo de alegre  intercâmbio intelectual – científico, filosófico e artístico”.


Na capital francesa, o histórico professor e investigador da U.Porto  foi um “homem prisioneiro da sua própria vida e da sua circunstância (…)  tão responsavelmente preocupado e amante da Pátria”. A verdade é que,  diz-nos Irene Ribeiro, a bagagem que trouxe no regresso “vinha muito  carregada, densa de experiências, ideias, críticas, projetos e  resoluções”.

EU University & Culture Summit / Day 1, Afternoon

Abel Salazar: Paris em 1934 será um dos próximos lançamentos da U.Porto Press.

O segundo livro a ser lançado pela U.Porto Press trata-se de um manuscrito. Chama-se Testamento d’hum morto vivo sepulto na Casa dos Mortos, em Barcellos,  de Abel Salazar. O documento esteve muitos anos guardado e está associado ao período em que Abel Salazar sofreu do que, atualmente, designaríamos por depressão. Sairá até ao final do ano.


Os festejos encerrarão no dia 19 de julho, com um "gostinho especial". Aguarda-nos um encontro com a cuisine française como lugar de cultura.  E quem nos leva pela mão (ou pela ponta dos habilidosos dedos) é o Chef  Hélio Loureiro. A receita inclui uma conversa entre Manuel Novaes  Cabral, a Vice-Reitora para a cultura, Fátima Vieira, e o Diretor-geral  da Gran Cruz Porto, Jorge Dias, rematada com uma experiência gastronómica e vinícola.


Esta iniciativa do Consulado honorário de França no Porto conta com a  parceria da Casa Comum da U. Porto e da Cooperativa Árvore, e com o  apoio da Alliance Française do Porto, Institut Français em Portugal,  Gran Cruz Porto, HL Produções, All2Rent, SóCatering e Metro do Porto.


Todos os eventos programados têm entrada livre. 


Fonte: Notícias U.Porto

Há novos podcasts no espaço virtual da Casa Comum

12. Remate-Remoque, A. M. Pires Cabral

Remate-Remoque, de A. M. Pires Cabral, in Caderneta de Lembranças,

51. “Underground”, de Emile de Antonio, Haskell Wexler, Mary Lampson (1976) 

Comentário de Ricardo Correia (Curso Avançado de Documentário KINO-DOC)

40. Morriste-me, de José Luís Peixoto (Capítelo 4 – final) 

“Eras un pouco muito de mi. Çcansa, pai. Quedou la tue risica ne l que nun squeço, quedeste todo an mi. Pai. Nunca squecerei.” 


28. Nuno Portas 

O texto “Elogio da Rua, da Praça e do Jardim: do síndroma da torre à confusão post [pós] na arquitetura”, de Nuno Portas, foi publicado originalmente no n.º 5 da revista Plural,  de fevereiro de 1984, mas a reflexão que nele ganha expressão tem  origem na década de 1960. Proposto por Tiago Lopes Dias para Escritos Escolhidos,  este escrito de Nuno Portas denuncia tanto os atores envolvidos nos  processos de urbanização quanto os conceitos e os critérios duvidosos a  que recorrem.


Mais podcasts AQUI


Doutores Honoris Causa da U.Porto

Jean-Claude Juncker

EU University & Culture Summit / Day 1, Afternoon

Jean-Claude Juncker

A 3 de maio de 2013 o Salão Nobre da Universidade do Porto recebeu a cerimónia de atribuição do título de Doutor Honoris Causa ao então Primeiro-Ministro do Grão-Ducado do Luxemburgo, Jean-Claude Juncker, considerado como uma das mais destacadas figuras da construção europeia, sobretudo pelo contributo do seu trabalho na liderança do Eurogrupo em prol da coesão económica e social da Europa.    


Este evento contou ainda com a presença do presidente do Conselho Económico e Social, José Silva Peneda, como Elogiador do Doutorando, e de Manuela Ferreira Leite, que assumiu o papel de Madrinha. O Mestre-de-Cerimónias foi José Meirinhos, docente da Faculdade de Letras da Universidade do Porto.


Jean-Claude Juncker nasceu no Luxemburgo, a 9 de dezembro de 1954.


Cursou direito na Universidade de Estrasburgo, França.


Em 1984 foi eleito para o parlamento luxemburguês pelo Christian Social Party (CSV) e nomeado ministro do Trabalho e ministro delegado para o Orçamento. Em 1985, ano em que o Luxemburgo presidiu ao Conselho das Comunidades Europeias, encabeçou os conselhos dos Assuntos Sociais e do Orçamento e, após as legislativas de 1989, foi nomeado ministro das Finanças e ministro do Trabalho.


Nos anos 90, enquanto presidente do Conselho dos Assuntos Económico-financeiros (1991), foi um dos principais arquitetos do Tratado de Maastricht, do qual veio a ser um dos signatários (1992). Em 1994 foi reeleito para o Parlamento, mantendo os cargos de ministro das Finanças e de ministro do Trabalho. Em 1995 foi nomeado primeiro-ministro e ministro de Estado, conservando as funções de ministro das Finanças e do Trabalho e Emprego. Mediou com sucesso a discussão do Pacto de Estabilidade entre a Alemanha e a França (1996) e ficou associado ao "Luxembourg Process" (1997), de promoção do emprego na União Europeia. Foi novamente indigitado primeiro-ministro e ministro de Estado em 1999, num governo composto por membros do CSV e do Partido Democrático (DP).


Em 2004 foi reeleito primeiro-ministro e nomeado ministro de Estado, ministro das Finanças, desta vez num governo de coligação CSV-LSAP. Esta coligação venceu as eleições de 2009 e Jean-Claude Juncker manteve-se à frente do governo, dos ministérios de Estado e do Tesouro.


Entre 2005 e 2013 foi o primeiro presidente permanente do Eurogrupo, tendo-se envolvido na reforma do Pacto de Crescimento, em 2005. Foi secretário parlamentar do CSV – partido em que milita desde 1974 – entre 1979 e 1982 e presidente do partido entre 1990 e 1995. Ocupou também os cargos de governador do Banco Mundial (1989-1995), do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Europeu para a Reconstrução e o Desenvolvimento (BERD).


Foi agraciado com o título de doutor honoris causa também pela Faculdade de Filosofia da Universidade de Münster, Alemanha (2001), pela Universidade de Bucareste, Roménia (2003), pela Democritus University of Thrace, Grécia (2004), pela University Robert Schuman de Estrasburgo, França (2007), pela Universidade de Pittsburgh, Estados Unidos (2008), pela Innsbruck Medical University, Áustria (2010), pela Faculdade de Direito da Universidade de Atenas (2011) e  pela Universidade Aristóteles de Tessalónica (2017), Grécia, pela Universidade de Salamanca, Espanha (2017) e pela Universidade de Coimbra (2017).  


Jean-Claude Juncker foi galardoado, entre outros, com os títulos de Grande-oficial da Legião de Honra da República Francesa (2002), de cidadão honorário da cidade de Trier, Alemanha (2003) e com o prémio "Charlemagne Prize of Aachen" (2006). Foi admitido como membro associado da Academy of Ethics and Political Science do Instituto de França (2007), é membro honorário do Institut grand-ducal, Ethics and Political Section desde 2007 e Senador honorário da European Academy of Sciences and Arts (nomeação de 2009).


Sobre Jean-Claude Juncker (up.pt)


Cerimónia Honoris Causa - Jean-Claude Juncker (TVU)


U.Porto atribui Honoris Causa a Jean-Claude Juncker (TVU)


Honoris Causa Jean-Claude Juncker (TVU)

Para mais informações consulte o site da a Casa Comum - Cultura U.Porto

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