ENCONTRO ÀS CEGAS
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Com o desígnio de fazer da Universidade um lugar de cultura, a Reitoria da Universidade do Porto apostou, no segundo semestre do corrente ano letivo, na criação de quatro unidades curriculares de competências transversais em parceria com instituições-farol da cidade. A unidade curricular “Cultura, Arte e Património: o Museu como lugar de fruição” foi criada em colaboração com o Museu Nacional Soares dos Reis (MNSR) e disponibilizada a duas dezenas de estudantes de cursos de licenciatura e de mestrado de diferentes faculdades da U.Porto através da Faculdade de Letras (FLUP). Ao longo do semestre, os estudantes exploraram o Museu. Conheceram os seus espaços, o seu acervo, quem dele cuida, as interrogações multidisciplinares que quotidianamente se colocam, a filosofia que preside às opções estratégicas da instituição. Adquiriram também novas competências – uma literacia visual, cultural e patrimonial que vão doravante transportar consigo e que lhes abrirá portas para o entendimento de outros museus, mas que poderão também transferir para as suas áreas de formação. Mais importante ainda, entregaram-se a um projeto colaborativo de curadoria de uma pequena exposição, Encontro às Cegas, que estará aberta ao público a partir do dia 21 de julho no Museu Soares dos Reis.
Como explica Hugo Barreira, coordenador científico da nova unidade curricular, são múltiplos os encontros que a exposição propõe, mas há um mais imediato quando, ao entrar no espaço expositivo, o visitante é convidado a responder a um pequeno questionário. O objetivo? Encontrar o seu par artístico. O risco? Nenhum. Se achar que a operação de matchmaking artístico não foi bem-sucedida, poderá, individualmente, entregar-se a um speed ou slow dating com cada uma das peças expostas. As apresentações necessárias para o convívio são feitas através das habituais fichas técnicas, cuidadosamente preparadas pelos estudantes.
Encontro às Cegas representa também o encontro da Universidade com o Museu. E deste encontro – como comprova a exposição – resultará sem dúvida uma relação com futuro. O futuro das universidades passa pela sua capacidade para oferecerem aos estudantes um currículo que vá para lá da formação especializada, introduzindo-os em novos mundos, sensibilidades artísticas e cosmovisões; o futuro dos Museus passa pela sua capacidade para se afirmarem como instituições públicas de conhecimento e plataformas de inovação social. Para terem futuro, as universidades e os museus têm de crescer de mãos dadas – e confesso que me deixo comover quando penso no futuro desta nova relação.
Fátima Vieira Vice-Reitora para a Cultura e Museus
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As Noites no Pátio do Museu vão fazer sonhar com as estrelas
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Partimos à descoberta do Universo, conhecemos a cozinha francesa e ainda passamos pelo Brasil no ciclo As Noites no Pátio do Museu. A entrada é sempre livre e sempre às 21h30.
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À terceira semana de eventos do Noites no Pátio do Museu, saltamos para fora das paredes do Museu de Ciência e História Natural da U.Porto e marcamos viagem para uma aventura tecnológica e humana que nasce de um desejo ancestral: descobrir outras “Terras” no Universo. Depois, à boleia de Burle Marx, temos uma expedição ao Brasil; vamos conhecer a história de quem de lá voltou, com tempo ainda para um salto até França – mas isso é já outra história. A semana “começa” às 21h30 do dia 19 de julho, com uma verdadeira exploração dos sentidos. Manuel Cabral (cônsul honorário da França no Porto e antigo presidente do Instituto dos Vinhos do Douro e do Porto), Fátima Vieira (vice-reitora da U.Porto para a cultura), Hélio Loureiro (chef e investigador da arte da cozinha) e Jorge Dias (diretor-geral da Gran Cruz) sentam-se à mesa para uma conversa, mas também para uma experiência gastronómica e vinícola. A Cuisine française como lugar de cultura e encontro é o título deste evento que está inserido na primeira Festa do Livro e do Autor de Língua Francesa e cuja participação – apesar de gratuita, como em todos os eventos deste ciclo – obriga a uma inscrição prévia no Eventbrite.
Dia 20, às 21h30, vamos viajar até ao século XIX. Tendo enriquecido no Brasil, a família de José Teixeira da Silva Braga Júnior regressa a Portugal e o pai de Braga Júnior instala-se no Porto, onde compra um palacete. É o edifício onde está hoje instalada a Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto. Foi aqui que desenvolveu uma das maiores coleções particulares em Portugal, com uma temática neotropical. Nesta terceira sessão em que damos Voz aos objetos, o tema será Um palacete, um museu e um brasileiro torna viagem.
Um palacete, um museu e um Brasileiro torna viagem. A coleção Braga Júnior. (Foto: DR) Nesta noite, vamos apresentar alguns dos espécimes que fazem parte desta coleção e que, agora, integrados no MHNC-UP, se encontram acessíveis a todos e protegidos do esquecimento. Ricardo Jorge Lopes, curador de aves do Museu de História Natural e da Ciência da U.Porto, é quem faz “as honras da casa” e dá a conhecer parte desta coleção que, no MHNC-UP, tem o nome de Coleção Braga Júnior. No dia 21 vamos ficar de olho nas estrelas, À procura de outras terras no Universo, e a responsabilidade é de dois astrofísicos. Nuno Cardoso Santos é investigador do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço e Professor Auxiliar no Departamento de Física e Astronomia da Faculdade de Ciências da U.Porto. É o responsável em Portugal pelo projeto ESPRESSO que permitiu a instalação, no deserto Atacama, no Chile, de um espectrógrafo que analisa a luz de estrelas distantes, e deteta ínfimos sinais de planetas em órbita, pequenos como o nosso. Nos últimos 30 anos descobrimos que quase todas as estrelas que vemos à noite no céu têm planetas à sua volta. A maioria desses planetas deverão ser rochosos, como a Terra. Como é que o sabemos? E o que é que isso muda no olhar com que observamos o céu? Nuno Cardoso Santos responde.
Em 2004, foi o autor principal do artigo onde se publicou a descoberta do primeiro planeta potencialmente rochoso a orbitar outra estrela. O European Research Council (ERC) atribuiu-lhe, em 2009, uma “Starting Grant” para criar uma equipa de investigadores a trabalhar na pesquisa de planetas extrassolares e, em 2022, uma “Advanced Grant” para desenvolver métodos de análise de dados para detetar outras Terras.
Espresso: An Adventure in the Atacama Desert. (Foto: DR) Mário João Monteiro é investigador do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço e Diretor do Departamento de Física e Astronomia da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto. É ainda Delegado de Portugal ao Programa Científico da Agência Espacial Europeia (ESA). Trabalha na área da Estrutura e Evolução Estelar, com particular interesse no uso da helio- e astero-sismologia para estudar a física do interior das estrelas semelhantes ao nosso Sol. Dia 22 de julho, voltamos ao cinema para uma sessão, a terceira deste ciclo, que nos vai levar até à fase inicial do punk rock. Onde? Em Londres, claro. Filmado em vídeo Super 8 pelo disc jockey de uma das principais salas onde os novos grupos se apresentavam: o Roxy, em Londres. O segundo documentário retrata a mesma realidade punk, com os inevitáveis conflitos com as autoridades, no clube californiano Cuckoo’s Nest. Esta é mais uma noite dedicada ao Lo-Fi Rock’n’Roll Remix. Às 21h30 arrancamos com The Punk Rock Movie (1978, 1h24), de Don Letts, e continuamos com Urban Struggle: The Battle of the Cuckoo’s Nest (1981, 37 min.), de Paul Young.
No sábado, vamos ao encontro de Burle Marx e as suas expedições. A cada viagem do botânico autodidata, o vocabulário paisagístico ampliava-se, novas plantas surgiam e ficavam disponíveis para o uso em jardins e este conhecimento adquirido era difundido entre outros paisagistas
Roberto Burle Marx, o botânico autodidata. Episódio dedicado às expedições. (Foto: DR) A curiosidade, a sede de conhecimento e a capacidade de observação de Burle Marx levaram à identificação de novas espécies durante as várias expedições que fez pelo Brasil. Para comentar este 3.º episódio da série documental teremos as intervenções de Paulo Farinha Marques, diretor do Jardim Botânico da Universidade do Porto, e Iúri Frias, horticultor e curador da coleção viva do Jardim Botânico da Universidade do Porto.
No domingo, já é costume: vamos ao teatro. Esta é já a 4.ª sessão do ciclo Despertar. São performances pensadas e criadas por sócios do Teatro Universitário do Porto. O objetivo é esticar a mão até ao fundo do baú e tirar de lá os assuntos perdidos no sonambulismo dos últimos dois anos.
Já sabe, as sessões das Noites no Pátio do Museu são sempre às 21h30 e têm entrada livre até completar a lotação do espaço. A programação pode ser consultada aqui.
Fonte: Notícias U.Porto
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Música na Cidade traz promessas do piano e da guitarra à Casa Comum
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Pedro Branco e João Marques sobem ao palco da Casa Comum (Reitoria) na noite de 20 de julho para interpretar Bach, Beethoven ou Liszt. Entrada livre.
Pedro Branco e João Marques vão interpretar um conjunto de obras de alguns dos mais importantes compositores da história da música. Foto: DR
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O próximo concerto do ciclo Música na Cidade vai apostar em dois jovens e promissores músicos. São eles o pianista Pedro Branco, de 16 anos, e o guitarrista João Marques, que atingiu este ano a maturidade. Apesar da curta idade, do currículo de ambos já constam atuações em salas como a Guilhermina Suggia, na Casa da Música, o Cineteatro de Vila do Conde, a Fundação Eng.º António de Almeida e vários auditórios municipais. O próximo palco será o da Casa Comum (à Reitoria) da Universidade do Porto, pelas 21h30, do próximo dia 20 de julho. O ritual, já conhece: bastar entrar, escolher o lugar que melhor lhe convier, e deixar a música entrar. Em forma de embalo, pintamos, desde já, o “quadro sonoro” que o aguarda. João Marques, na guitarra, vai arrancar com Johann Sebastian Bach: Prelúdio, Fuga e Allegro, BWV 998. Seguem-se Dionísio Aguado: Introdução e Rondo, Op. 2, N.º 2; Isaac Albéniz: Sevilla; Joaquín Rodrigo: Fandango e Agustín Barrios Mangoré: Un Sueño en la Floresta.
Pedro Branco, ao piano, vai começar com Domenico Scarlatti: Sonata em Mi Maior, K380 L23. O jovem músico irá continuar com Johann Sebastian Bach: Prelúdio e Fuga em Si Bemol a 3 Vozes, Livro 1, N.º 21; Ludwig van Beethoven: Sonata para Piano N.º 17 em Ré Menor, Op. 21, N.º 2, Primeiro Andamento (A Tempestade); Franz Liszt: Années de Pèlerinage, Première Année: Suisse – “La Chapelle de Guillaume Tell”; Alexander Scriabin: Estudo em Mi Maior, Op. 8, N.º 5 e Alfredo Napoleão: Soupirs du Tage, Caprice-Étude, Op. 38
Vamos ter direito a um duo? Claro que sim. A aposta recai num compositor espanhol que, apesar de tocar piano, desenvolveu um enorme interesse pela guitarra e para ela compôs a maior parte das suas obras. De Joaquín Rodrigo: Concerto de Aranjuez – Adagio. A entrada é livre.
Apesar da curta idade, os dois músicos já atuaram nalgumas das principais salas do país. (Foto: DR)
Sobre Pedro Branco e João Marques
Pedro Branco iniciou os estudos musicais com seis anos de idade no Conservatório de Música do Porto. Aos 10 anos, entrou na Academia de Música de Costa Cabral para a classe do professor Jaime Mota. Tem desenvolvido um entusiasmo crescente na área de composição musical e jazz, embora a prioridade seja a música erudita.
Foi por sua vez o interesse pela guitarra elétrica que levou João Marques a inscrever-se na Escola de Música de Vila do Conde aos 12 anos. Depois de ter adquirido conhecimentos básicos do instrumento e acumulado experiência profissional em inúmeras performances públicas, descobriu a guitarra clássica através do professor Jorge Casimiro Silva. Em 2019, ingressou na Academia de Música de Costa Cabral. Frequentou ainda cursos de aperfeiçoamento técnico e interpretativo com Margarita Escarpa, Johannes Möller, Bokyung Byun, Dejan Ivanović, Pedro Rodrigues e Artur Caldeira.
Para além da música erudita, interessa-se por géneros musicais como o fado e o tango. Faz parte da Orquestra de Cordas Dedilhadas do Minho e de vários grupos de música de câmara como, por exemplo, um quarteto de guitarras e um duo com guitarra portuguesa.
O ciclo Música na Cidade
O ciclo Música na Cidade nasceu para acolher propostas diversificadas, permitindo o contacto com música feita por ensembles ou solistas. A programação é realizada com base em propostas apresentadas pelos próprios músicos ou através do convite a projetos específicos. Sem fronteiras estilísticas, o palco está particularmente adaptado a recitais acústicos, e tem recebido fundamentalmente músicos da tradição clássica ocidental, sejam já concertistas de carreira ou jovens promissores que necessitam de exposição pública. Também tem capacidade de receber grupos amplificados da área do jazz e da música experimental. O ciclo permite, num espaço central da cidade, a comunicação entre músicos e público, numa relação que se espera continuar a ser progressivamente alargada.
Peça central para a criação e continuidade do ciclo tem sido a cooperação ente a Universidade do Porto e a Escola Superior de Música e Artes do Espetáculo do Instituto Politécnico do Porto, a principal escola de formação superior musical da região, embora as propostas possam surgir de outras instituições ou músicos, considerados individualmente. Podem acolher-se também grupos musicais de caráter mais amador, nomeadamente estudantes da U.Porto, envolvidos em projetos que se enquadrem no espaço físico e no âmbito deste ciclo de divulgação musical.
O ciclo Música na Cidade realiza-se habitualmente às quartas-feiras, ao fim da tarde ou à noite, mas também poderá abranger, por conveniência de programação ou de disponibilidade dos músicos, outros dias da semana.
Fonte: Notícias U.Porto
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Julho na U.Porto
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Para conhecer o programa da Casa Comum e outras iniciativas, consulte a Agenda Casa Comum ou clique nas imagens abaixo.
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Mulheres que Fazem Barulho – Cenas do Rock Português IEntrada livre. Mais informações aqui
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Ver Cegueira Adentro - 100 Anos de José SaramagoEntrada livre. Mais informações aqui
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Noites no Pátio do MuseuDe 01 a 31 JUL'22 | 21h30 Música, Teatro, Poesia, Conversas | Pátio do MHNC-UP Entrada Livre. Programa completo aqui
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A Cuisine Française como lugar de cultura e encontro (Evento FLALF)Conversa e degustação | Pátio do MHNC-UP Entrada Livre. Mais informações e inscrições aqui
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A Voz dos Objetos | Um Palacete, um Museum e Brasileiro torna viagem: a história da coleção Braga JúniorConversa | Pátio do MHNC-UP Entrada Livre. Mais informações aqui
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À procura de outras Terras no Universo | Palestra do Planetário com Nuno C. SantosPalestra | Pátio do MHNC-UP Entrada Livre. Mais informações aqui
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LO-FI ROCK ‘N’ ROLL REMIX | Ciclo de Cinema Kino-Doc #3Cinema | Pátio do MHNC-UP Entrada Livre. Mais informações aqui
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Expedições Burle Marx | Episódio 3 – BOTÂNICODocumentário, convrsa | Pátio do MHNC-UP Entrada Livre. Mais informações aqui
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Despertar | Ciclo de Performances TUP – Teatro Universitário do PortoTeatro | Pátio do MHNC-UP Entrada Livre. Mais informações aqui
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Música na Cidade | Concerto de Piano e Guitarra, com Pedro Branco e João Marques
Entrada livre. Mais informações aqui
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Aalto Intemporal - o DNA da Cultura Arquitetónica
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CONTRAFACTUM: matéria, forma, conteúdo
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O Museu à Minha ProcuraExposição | Pólo central do Museu de História Natural e da Ciência da U.Porto Entrada Livre. Mais informações aqui
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Nuno Grande | Figura Eminente 2022Vários eventos | ICBAS, Reitoria da U.Porto
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Do que vejo. Aurélia de Souza | Exposição de Evocação do 1.º centenário da morte da artistaExposição | Museu Quinta de Santiago
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Isto não é só um quadro: António Cardoso para além da evidênciaExposição | Fundação Marques da Silva
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CORREDOR CULTURAL DO PORTO Condições especiais de acesso a museus, monumentos, teatros e salas de espetáculos, mediante a apresentação do Cartão U.Porto. Consulte a lista completa aqui
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Exposição de homenagem a José Saramago prolongada até final de agosto
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Ver Cegueira Adentro de Agostinho Santos, está patente na Casa Comum, no edifício histórico da Reitoria da U.Porto.
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Com curadoria de Valter Hugo Mãe, a exposição Ver Cegueira Adentro – 100 Anos de José Saramago, inaugurou no passado mês de abril, numa sessão que contou com a presença da filha do Prémio Nobel da Literatura e o lançamento de três publicações da U.Porto Press. Estava previsto que exposição ficasse patente até 2 de julho, mas dada a adesão do público será prolongada até ao último dia de agosto. Tendo sido jornalista durante grande parte da vida, sempre foram as questões sociais que mais inquietaram Agostinho Santos. Era, de resto, esta consciência que estabelecia uma ligação direta, e de empatia, com a produção literária e a personalidade de José Saramago. Ver Cegueira Dentro – 100 Anos de José Saramago surge de uma promessa que Agostinho Santos fez a Saramago, após uma visita do escritor ao seu atelier. Agora cumprida.
“A arte pode ser uma arma para denunciar o que está mal, para despertar consciências, diz-nos o artista, uma mensagem que a Universidade do Porto subscreve”, acrescenta Fátima Vieira, vice-reitora da U.Porto para a área da Cultura.
Doutorado em Museologia pela Faculdade de Letras e pela FBAUP, Agostinho Santos é também mestre em Pintura pela FBAUP e doutorando em Arte Contemporânea no Colégio das Artes da Universidade de Coimbra. Desempenha funções como diretor da Bienal Internacional de Arte de Gaia, é coordenador do Projeto Onda Bienal, Presidente dos Artistas de Gaia – Cooperativa Cultural e mentor do projeto Museu de Causas / Coleções Agostinho Santos. Ver Cegueira Adentro – 100 Anos de José Saramago pode ser visitada até 31 de agosto, de segunda a sexta-feira, das 10h00 às 13h00 e das 14h30 às 17h30, e ao sábado, das 15h00 às 18h00.
Em paralelo com a exposição foi lançado um catálogo, com texto de vários autores, entre os quais Pilar del Río, e dois livros de autor, da coleção Concertina, da editora da U.Porto, a U.Porto Press.
Fonte: Notícias U. Porto
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Há novos podcasts no espaço virtual da Casa Comum
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14. Nómada, Maria do Rosário Pedreira Nómada, de Maria do Rosário Pedreira, in Poesia Reunida, 1.ª edição, Quetzal Ed., 2012, p. 24
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43. La Penitença Botai-me la buossa bençon, senhor abade, que you pequei…”
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Doutores Honoris Causa da U.Porto
Orlando Monteiro da Silva, Carlos Caldas e Vasco Graça Moura (2014)
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Em 2014 foram três os novos Doutores Honoris Causa da Universidade do Porto: Orlando Monteiro da Silva (15 de janeiro), por proposta da Faculdade de Medicina Dentária, Carlos Caldas (17 de fevereiro), por sugestão da Faculdade de Medicina, e Vasco Graça Moura (7 de março) pela Universidade do Porto. Orlando José Mendes Monteiro da Silva Orlando José Mendes Monteiro da Silva nasceu no Porto a 26 de janeiro de 1963. Licenciou-se em Medicina Dentária pela Faculdade de Medicina Dentária da Universidade do Porto, em 1987. Desde essa data exerce clínica dentária no setor privado.
Entre os anos 80 e 90 foi segundo-tenente dentista da Força Aérea Portuguesa (1988-1990) e professor auxiliar da Universidade Moderna do Porto (1991-1995).
Foi bastonário dos Médicos Dentistas, Conselheiro da Federação Mundial de Odontologia do FDI; Presidente do Conselho de Dentistas Europeus, da Federação Mundial de Odontologia do FDI e do Conselho Nacional de Associações Profissionais, e ainda membro do Conselho Económico e Social Português e cofundador da Associação Dentária Lusófona (ADL).
Ao longo da sua carreira foi homenageado pela secção da Bahia da Associação Brasileira de Odontologia (2007) e pela Associação Portuguesa de Medicina Dentária Hospitalar (APMDH), em 2010. Recebeu a medalha Tiradentes da Associação Luso Brasileira de Saúde Oral (2008) e a medalha de Ouro da Câmara Municipal do Porto (2015).
Integrou, a título de exemplo, os movimentos cívicos e políticos Novo Portugal e Direita pela Regionalização e a comissão de honra da candidatura de Aníbal Cavaco Silva à presidência da República Portuguesa e a comissão de honra das comemorações do 1.º Centenário da U.Porto.
É membro Honorário da Associação Americana de Odontologia e da Associação Dentária Espanhola, membro do Colégio Internacional de Dentistas e da Academia de Odontologia Internacional.
Na cerimónia de Doutoramento Honoris Causa na Universidade do Porto de Orlando Monteiro da Silva o elogiador foi António Felino e o padrinho Afonso Pinhão.
Carlos Manuel Simão da Silva Caldas Carlos Manuel Simão da Silva Caldas nasceu em Oliveira de Frades a 26 de junho de 1960. Cursou Medicina na Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa (1984).
Em 1983 trabalhou no Nottingham City Hospital (Inglaterra).
Entre 1985 e 1988 realizou o Internato Geral e o início do Internato de Especialidade em Medicina Interna no Hospital de Santa Maria, Lisboa. De seguida, estagiou em Medicina Interna e Oncológica nos E.U.A., entre 1988 e 1991, na UT Southwestern Medical School (Dallas) e no John Hopkins Hospital and University (Baltimore). Em 1994 obteve o European Certification in Medical Oncology.
Carlos Caldas é professor of Cancer Medicine na University of Cambridge e Honorary Consultant Medical Oncologist do Addenbrooke’s Hospital (Cambridge, Inglaterra).
Este cientista de reputação internacional, especializado nas áreas da Biologia Molecular e da genética do cancro, é investigador principal em vários projetos e programas como o Cancer Research UK e o Medical Research Council e do Department of Health//National Cancer Research Institute, sendo atualmente Senior Group Leader in Cancer Research, no UK Cambridge Research Institute, onde dirige o Breast Cancer Research Unit.
É membro do Specialist Register in General Medicine and Medical Oncology, do General Medical Council do Reino Unido. Foi eleito Fellow do American College of Physicians (1999), do Royal College of Physicians (2002) e da Academy of Medical Sciences (2004). Foi Senior Research Fellow do Chester Beatty Laboratories, Institute of Cancer Research, Londres (1994-1996); Senior Clinical Research Associate, no Department of Oncology, University of Cambridge, Inglaterra (1996-2002); Principal Investigator do Cambridge Institute for Medical Research, School of Clinical Medicine, University of Cambridge (1998-2001) e Senior Investigator do Cancer Genomics Program, Hutchison /MRC Research Centre, School of Clinical Medicine, University of Cambridge (2001-2007). Foi conferencista na Fundação Calouste Gulbenkian e na Sociedade Portuguesa de Ciências Médicas e, por duas vezes, coordenador de painel da Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT).
É autor de mais de uma centena de artigos científicos editados em publicações de prestígio, como as revistas New England Journal of Medicine, Nature Genetics, Cancer Research e Nature Medicine.
Colabora regularmente com os conselhos consultivos de diversas instituições científicas portuguesas, nomeadamente do IPATIMUP, do Centro de Investigação – IPO Porto e do GenMed – IMM (Lisboa).
Foi distinguido internacionalmente com o ASCO Merit Award 1994 (American Society for Clinical Oncology), o Benjamin Castleman Award 2002 e o Outstanding Achievement Award 2003/2004 (Addenbrooke’s Hospital, Camdridge University Teaching Hospitals Trust). Em Portugal foi condecorado pelo Presidente da República com o grau de oficial da Ordem Militar de Sant’Iago, em 2009.
Vasco Graça Moura nasceu no Porto, em 1942, e licenciou-se em Direito na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, em 1966. Personalidade singular da cultura portuguesa, com cerca de meio século de carreira literária, foi um dos mais produtivos e ecléticos escritores nacionais, autor de cerca de 100 títulos distribuídos pelos géneros da poesia, da canção, da elegia, da balada, do soneto, do poema narrativo, da ode, do epicédio, da sátira, do epigrama, da écloga, do fado, da paródia, da glosa, do romance, do conto, da crónica, da crítica, do teatro, do diário, da autobiografia e do ensaio.
Defensor da língua portuguesa como património maior da cultura nacional, manteve também uma estreita ligação à cultura universal e, em especial, à europeia, tendo sido profundo conhecedor de línguas estrangeiras - o inglês, o francês, o alemão, o italiano. Foi um reputado tradutor, agraciado com o Prémio Pessoa (1995) e a medalha de ouro da Comuna de Florença (1998) pela tradução da Divina Comédia de Dante.
Vasco Graça Moura ocupou destacados cargos políticos, como o de deputado da Assembleia Constituinte (1975), de secretário de estado da Segurança Social durante o IV Governo Provisório, de secretário de estado dos Retornados (VI Governo Provisório) e de deputado ao Parlamento Europeu entre 1999 e 2009. Desempenhou diversos cargos públicos, como o de diretor da RTP (1978), de administrador da Imprensa Nacional – Casa da Moeda (1979-1989), de Comissário Geral da Exposição Universal de Sevilha (1988-1992), de presidente da Comissão Executiva do Centenário de Fernando Pessoa (1988), de presidente da Comissão Nacional para as Comemorações dos Descobrimentos Portugueses (1988-1995), de diretor do serviço de Bibliotecas e Apoio à Leitura da Fundação Calouste Gulbenkian (1996-1999) e ainda de diretor da Fundação Casa de Mateus, de vice-presidente do PEN Clube, de membro do Conselho Geral da Comissão Geral da Comissão Nacional da UNESCO e de membro da Fundação Luso-Americana.
Presidiu ainda à Fundação Centro Cultural de Belém.
Foram-lhe atribuídos numerosos prémios, nacionais e estrangeiros, designadamente o prémio do PEN Clube (1997), os prémios de poesia e de romance da Associação Portuguesa de Escritores (1998 e 2004), a Coroa de Ouro do Festival de Poesia de Struga (Macedónia, 2004), o prémio da Universidade de Évora – Vergílio Ferreira (2007), o prémio de Tradução 2007 do Ministério da Cultura de Itália (2007), o Prémio Europa David Mourão-Ferreira (2012) e o Prémio Morgado de Mateus (2013).
Foi também agraciado com diversas condecorações portuguesas e internacionais, entre as quais se destacam a Grã-Cruz da Ordem de Sant’Iago de Espada e a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique, da República Portuguesa; a Grã-Cruz da Ordem de Pedro Álvares Cabral, a de Grande Oficial da Ordem do Rio Branco e a de Oficial da Legião de Honra do Estado de S. Paulo (do Brasil), a de Grande Oficial da Ordem da Estrela da Solidariedade (de Itália) e a de Oficial da Ordem das Artes e das Letras (de França).
Em 2014, a Universidade do Porto distinguiu-o com o título de doutor honoris causa durante uma cerimónia que teve lugar no Salão Nobre da Reitoria, a 7 de março. Miguel Veiga foi padrinho, o elogio do doutorando foi proferido por Gaspar Martins Pereira, então professor catedrático da Faculdade de Letras da Universidade do Porto, e o homenageado leu um discurso de agradecimento, ao qual se seguiu a imposição das insígnias doutorais.
A 1 de abril de 2016 a Faculdade de Letras da Universidade do Porto e a Família de Vasco Graça Moura assinaram o contrato de depósito nesta Faculdade, em regime de comodato, da sua Biblioteca e do seu Arquivo, para a valorização e divulgação das Letras que este intelectual cultivou e promoveu, e que integrarão o Centro de Estudos da Cultura em Portugal (CECUP).
Esse acervo pode atualmente ser consultado na Casa dos Livros, instalada no Palacete Burmester, bem como o de outros escritores nacionais como Herberto Helder, Manuel António Pina e Óscar Lopes.
Sobre Orlando Monteiro da Silva (up.pt) Sobre doutoramento honoris causa de Orlando Monteiro da Silva (TVU)
Sobre Carlos Caldas (up.pt) Sobre Vasco Graça Moura (up.pt)
Sobre doutoramento honoris causa de Vasco Graça Moura (TVU) Acervos CASA DOS LIVROS (up.pt)
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