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Aos doze anos descobri que era míope num rastreio na escola. Sabia bem a causa: era dos livros que ficava a ler todas as noites na penumbra, apenas com a luz do corredor a entrar-me pelo quarto depois de a minha mãe me ter mandado dormir. Lembro-me de andar então a ler Vento do Oriente, Vento do Ocidente, de Pearl S. Buck, e de tudo o que aprendi sobre a civilização chinesa a partir da forma como a protagonista do romance, Kwei-Lan, lidava com a sua cunhada estrangeira. Na altura, não fazia ainda parte do meu vocabulário conceptual a ideia do “Outro” – aquele que é diferente de nós –, mas o livro deu-me lentes grossas que me permitiram ver a 9.249,29 km de distância. Nesse momento, deram-me também correção para o astigmatismo. Disseram-me que o tinha há já alguns anos e ficaram admirados por não ter dado conta de como via os objetos desfocados. Refletindo agora metaforicamente sobre o assunto, sei que o que eu via não era distorcido: apenas via de forma diferente. Mergulhara, muito nova, no universo criativo de José Mauro de Vasconcelos: com Zezé, de Meu pé de laranja lima, aprendera a ver árvores-falantes; mas, mais importante ainda, lera Rosinha minha Canoa e sabia que Zé Orocó, considerado louco, via mais longe do que todos os outros. Bem mais tarde, passei para as lentes multifocais, as únicas que contêm os três campos de visão: de perto, intermédia e de longe. Preciso delas para trabalhar. Mas são outras as lentes de que preciso para viver. Chamam-se livros. Fátima Vieira Vice-Reitora para a Cultura, Museus e Editora
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Porto Femme debate o cinema no feminino na U.Porto
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O edifício da Reitoria vai receber dois encontros - sobre o Movimento Me Too e o cinema Queer - integrados na programação do Porto Femme 2021 - Festival Internacional de Cinema.
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O filme "Polifonia - Mulheres na Técnica", de Thais Robaina, vai ser exibido no dia 4 de outubro.
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O Movimento Me Too e o cinema Queer serão o mote para os dois encontros que a Reitoria da Universidade do Porto vai acolher nos dias 1 e 4 de outubro, no âmbito da quarta edição do Porto Femme – Festival Internacional de Cinema. O primeiro encontro acontece a 1 de outubro e traz ao edifício histórico da Universidade a investigadora Ana Lúcia e o investigador Alfredo Taunay para uma conversa centrada no Cinema Queer. Ana Lúcia é investigadora do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, onde frequenta o doutoramento em Estudos Feministas, incidindo nas políticas de regulação de sexo (de pessoas trans e mulheres com hiperandrogenia) no desporto de competição. Alfredo Taunay é investigador bolseiro da Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão, vinculado ao LabCom da Universidade da Beira Interior (UBI). É na UBI que está a fazer o Doutoramento, em Media Artes, sobre o Cinema Queer e a obra do cineasta brasileiro Karim Ainouz. Três dias depois, a 4 de outubro, o Me Too, movimento que quis demonstrar a prevalência generalizada da agressão sexual e do assédio, especialmente no local de trabalho, será o gatilho para nova conversa, desta vez sob o mote #Metoo: (In)visibillidades e violências no cinema. O encontro terá como base três filmes – Polifonia – Mulheres na Técnica (que será exibido na sessão e que aborda o mercado audiovisual brasileiro), Shibuya e Framed. São perspetivas sobre (in)visibilidades e formas de violência que caracterizam o mundo cinematográfico e que colocam em cima da mesa discussões como as assimetrias de género e de diversidade que persistem. O que se pretende é fazer o mapeamento do caminho percorrido até aqui, mas também identificar desafios e formas de ação. Vão estar presentes no encontro investigadoras e ativistas que têm desenvolvido trabalho nesta área, nomeadamente Júlia Garraio, investigadora do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, Érica Faleiro Rodrigues, docente e investigadora da Universidade Lusófona, e Maria José Magalhães, docente na Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da U.Porto e ativista da UMAR. A moderação caberá a Carla Cerqueira, docente e investigadora da Universidade Lusófona. Ambos os encontros têm início às 17h00, no Auditório Ruy Luís Gomes. A entrada é livre, mas limitada à lotação do espaço.
Porto Femme: Celebrar o empoderamento e a igualdade
Abordar questões sociais e políticas que afetam as mulheres, dar voz aos feminismos, refletir sobre a diversidade de géneros e dar palco ao cinema feito no feminino… Tudo isto se enquadra nos objetivos da edição deste ano Porto Femme, que vai acontecer de 30 de setembro a 5 de outubro em vários espaços da Invicta.
Com 135 filmes em competição, de realizadoras provenientes de 25 países, o festival quis, por um lado, “reservar a tela para o trabalho desenvolvido por mulheres na sétima arte” e, por outro, apresentar “olhares distintos sobre diferentes temáticas”, explica Rita Capucho, diretora do certame.
Mais ainda, ao trazer à luz o trabalho de tantas cineastas, o Porto Femme propõe-se combater “invisibilidades” e a promover o cinema no feminino, não só na perspetiva de quem o vê, mas, e acima de tudo, de quem como realizadora ou argumentista o produz. Sendo que, “pela emoção” que suscita, Rita Capucho acredita que o cinema “tem a capacidade de tocar as pessoas e de, efetivamente, as fazer refletir sobre estas questões”.
A intenção da XX Element Project – Associação Cultural, que organiza o festival, é a de sensibilizar, informar e despertar o público para o(s) contexto(s) vivido(s) pelas mulheres em todo o mundo. Daí o carácter musculado de palavras como “empoderamento” e “igualdade” no universo cinematográfico do Porto Femme e correspondente luta pela afirmação de uma sociedade mais inclusiva.
Para além da exibição dos filmes, o Porto Femme 2021 inclui também exposições, workshops, conversas e homenagens, bem como uma mostra de Cinema Queer, com curadoria do investigador Alfredo Taunay.
Para além da U.Porto, o Festival passará por locais como o Cinema Trindade, o Maus Hábitos- Espaço de Intervenção Cultural e o Zero Lodge Box Porto.
Fonte: Notícias U.Porto
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Coreografias do Riso de Bárbara Fonte na Casa-Museu Abel Salazar
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Coreografias do Riso, de Bárbara Fonte, é a próxima exposição do ciclo O desenho contemporâneo em diálogo com a obra de Abel Salazar, e que irá abrir ao público no próximo dia 2 de outubro pelas 16h00, na Casa-Museu Abel Salazar. Bárbara Fonte, Licenciada em Pintura e pós-graduada em Teoria e Prática do Desenho pela Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto, refere que nesta exposição “…o gracejo e a sátira são instrumentos de entendimento humano, onde a carne dá passagem aos estados psíquicos e o desenho acede à máscara.” "São desenhos a tinta da china sobre papel e a apresentação de um trabalho em vídeo, onde se explora o papel do Riso no contexto privado e público". Segundo a artista plástica, “… o humano é criado pelo transtorno e abuso do riso. Na memória coletiva somos fruto do (des)regular código social e da subjugação à sua máscara. Somos aqueles que existem no tridimensional plano do vergonhoso e do ridículo. Somos gerados segundo o colete da zombaria. A caricatura, por exemplo, encontra-se no enleio ofensivo de uma proximidade que revela e de um afastamento que confronta.” Esta é a quarta exposição do ciclo O desenho contemporâneo em diálogo com a obra de Abel Salazar. Sílvia Simões, curadora deste ciclo, pretende com esta iniciativa colocar a obra artística do antigo investigador e professor da Universidade do Porto, Abel Salazar, numa relação dialógica com desenhos de artistas contemporâneos, salientando a relevância destes mesmos desenhos na atualidade. No dia 2 de outubro também será lançado um podcast com uma conversa entre Sílvia Simões e Bárbara Fonte. Bárbara Fonte tem desenvolvido trabalho criativo na área do desenho, da fotografia, do vídeo, da performance e da instalação. Participou com textos e ilustrações em revistas de livros e expõe regularmente, em parceria com outros autores ou individualmente, em diversas galerias e espaços culturais desde 2001. A exposição Coreografias do Riso ficará patente na Casa-Museu Abel Salazar até 27 de novembro e a entrada é gratuita. Horário: segunda a sexta: 9h30 - 13h00 / 14h30 - 18h00; sábado: 14h30 - 17h30 Encerra aos domingos e feriados Para uma visita segura, a entrada é condicionada a vinte visitantes em simultâneo. Fonte: Casa-Museu Abel Salazar
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Setembro | Outubro na U.Porto Para conhecer o programa da Casa Comum e outras iniciativas, consulte a Agenda Casa Comum ou clique nas imagens abaixo.
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A bordo das palavras, uma viagem pelo universo da Química
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Intitulado Química ao pé da letra, o novo livro da U.Porto Press explora a relação entre as palavras e o ensino e divulgação da química. Haverá alquimia nas palavras que, como Eugénio de Andrad dizia, “secretas vêm, cheias de memória”? E poesia na química? Os autores de Química ao pé da letra, o mais recente lançamento da U.Porto Press, propõem-lhe um exercício de elasticidade criativa que, na realidade, não difere do desafio que nos lança qualquer palavra, signo, símbolo ou fenómeno químico. O objetivo é munir o leitor de ferramentas que lhe permitam descodificar significados, por vezes polissémicos, do léxico da química. Através de 118 palavras, seja bem-vindo a esta viagem pelo universo da química! Um plano afetivo que se cumpre
Pode avançar para o livro como faz com um fruto: descasca primeiro o que está à superfície. Ou seja, a “cumplicidade analógica” mais óbvia entre a química e a palavra. Diz-nos a sinopse que existem “corpúsculos” a que se convencionou chamar “átomos”. A estes correspondem as letras. Os átomos agrupam-se em moléculas “e outros agregados” aos quais poderemos chamar de “palavras” que, por sua vez, originam “estruturas mais complexas (quais frases e textos)”. Será destas estruturas que resultará a matéria “que se transforma e dá vida” (ou seja, os livros). Assim sendo, o resultado final, ou seja, a química (ou a alquimia) estará para o átomo como, por exemplo, a poesia estará para a palavra.
>Dimensões como a denotação e a conotação, imediatamente reconhecíveis no trato da língua, serão suscetíveis de se identificar na química? Claro que sim! Estando a denotação “em linha com a objetividade que se procura em ciência”, a conotação já nos coloca noutro patamar que é igualmente familiar à química: o da relação.
Para além das propriedades, a ciência química também investiga as “transformações da matéria ao nível atómico e molecular”. Mais do que o singular, quer conhecer melhor a forma como estes elementos se transformam. De tão quotidianos há conceitos que já se tornaram “anódinos” e quando a revelação da “beleza das coisas comuns” se faz, há também aqui um “plano afetivo” que se cumpre. Um trabalho de arqueologia etimológica Extraídas as raízes etimológicas, as palavras (de que a Química se serve) são categorizadas e apresentadas de forma alfabética e eis-nos perante um trabalho de “arqueologia etimológica”. Estas raízes colocam o “arqueólogo” em contacto com outros contextos e “outros saberes”. Compreender a proveniência de uma palavra é descobrir, por exemplo, que “molécula” terá a ver com “massa pequena” e que “substância” se ligará ao que “está na base de” ou “que subsiste”. Ao todo são 118 palavras que se desdobram e nos aproximam da Química. Química ao pé da letra parte da História e do Lugar (da química) para os Conceitos e as Entidades Químicas, passando por Técnicas Laboratoriais e, por fim, dedica um capítulo aos Instrumentos e Material de Laboratório. “Pia número UM / Para quem mexe as orelhas em jejum” é uma mnemónica (de autoria de Fernando Pessoa), que juntamente com a comparação e a decomposição funcionaram de estratégia de aproximação, através das palavras, ao universo da Química. Um casamento arriscadoFoi um “casamento arriscado entre uma ciência exata e as humanidades”, diz-nos João Carlos Paiva, um dos autores. O docente do Departamento de Química e Bioquímica da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto (FCUP) explica que a propósito de cada conceito (e de cada palavra), o livro “abre uma janela de diálogo com outras disciplinas” (como a Psicologia, a História ou a Filosofia). São pontes que se estabelecem com outras áreas científicas na construção de um “todo que é a cultura”. De resto, o ancorar de avanços científicos à raiz ou etimologia de palavras já nos vai sendo familiar, comprovando “o avesso da frase da moda: uma palavra vale mais do que mil imagens”. E sendo a química a “ciência das misturas”, como lhe chama João Carlos Paiva, são ainda autores do Química ao pé da letra Carla Morais (Departamento de Química e Bioquímica e membro da Unidade de Ensino das Ciências da FCUP); Hugo Vieira (doutorado em Ensino e Divulgação das Ciências na FCUP e professor de Física e Química em escolas do ensino básico e do secundário); José Luís Araújo (doutorado em Ensino e Divulgação das Ciências na FCUP); Luciano Moreira (docente na Faculdade de Engenharia da U.Porto e Martinho Soares (licenciado em Línguas e Literaturas Clássicas e Portuguesa e doutorado em Poética e Hermenêutica pela Universidade de Coimbra, onde é investigador e professor). O livro pode ser adquirido aqui. Fonte: Notícias U.Porto
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Há novos podcasts no espaço virtual da Casa Comum
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19. Polifonias d’agora e d’outrora – Grupo Folclórico da Universidade do Minho
Neste episódio, André Marcos, diretor técnico do Grupo Folclórico da Universidade do Minho (GFUM), explica como o grupo chegou ao repertório que interpreta e o processo de “botar” cada cantiga. Refere, ainda, as inovadoras estratégias de salvaguarda ativa do canto a vozes que o GFUM está a implementar.
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38. “Strange Victory”, de Leo Hurwitz (1948) Comentário de Ana Gonçalves (Curso Avançado de Documentário KINO-DOC).
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No “Talentos além da U.Porto” de hoje vamos conhecer Carla Capela, que em 2004 se licenciou em Artes Plásticas – Escultura, pela Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto. Durante o curso foi bolseira do Programa Sócrates/Erasmus na Faculdade de Belas Artes da Universidade de Barcelona. Em 2009, obteve o grau de mestre em Artes Plásticas/Intermédia pela Universidade de Évora e em 2013 obteve o grau de mestre em Ensino de Artes Visuais no 3.º ciclo do Ensino Básico e no Ensino Secundário pela Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação e pela Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto. Desde 2010 que é docente de Artes Visuais no Colégio Novo da Maia. Mas, além das artes plásticas, Carla tem-se dedicado desde sempre aos palcos da vida, tanto na representação, enquanto atriz, como na música. Desde 2007 que atua como DJ Just Honey e desde 2015 que é vocalista e letrista da banda LOLA LOLA, um projeto que conta com quatro discos editados no estrangeiro e em Portugal, assim como muitos palcos pisados pelo mundo. Mãe de Fausto, um sonho lindo, a artista gostava que a sua vida fosse uma obra de arte completa e é assim que tem vivido… sem medo de ser feliz!
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O Jazz está de regresso à Faculdade de Engenharia
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Concerto de lançamento do CD A Tribo, de Coreto, está agendado para 28 de setembro, no Auditório da FEUP. Entrada gratuita.
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A Tribo, os 12 elementos que integram o Coreto propõem, uma viagem entre a música escrita e improvisada,. Foto: DR O Comissariado Cultural da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP) e a Associação Porta-Jazz promovem, no próximo dia 28 de setembro (terça-feira), às 21h30, no Auditório da FEUP, o concerto de lançamento do CD A Tribo, de Coreto.
A Tribo pretende ser uma imagem da passagem dos seres humanos no planeta Terra, refletindo sobre as várias facetas da vida enquanto indivíduos, sociedade e como parte integrante de um todo a respeitar e proteger.
Neste recente projeto, com música de João Pedro Brandão, o Coreto vagueia entre a música escrita e improvisada, procurando espaços para cada um dos músicos, realçando as suas vozes individuais e criando ambientes em que as suas afinidades são cruciais.
A música terá espaço para a criação coletiva, integrando-a com a música escrita e tirando o máximo partido da paleta sonora e originalidade de 12 instrumentistas. A João Pedro Brandão (saxofone alto, flauta e composição) juntam-se José Pedro Coelho e Hugo Ciríaco (saxofone tenor), Rui Teixeira (saxofone barítono), Ricardo Formoso (trompete), Susana Santos Silva (trompete e fliscorne), Daniel Dias (trombone), Andreia Santos (voz), AP (guitarra), Hugo Raro (piano), José Carlos Barbosa (contrabaixo) e José Marrucho (bateria).
A entrada no concerto é gratuita, mediante levantamento antecipado dos bilhetes no Infodesk/FEUP (segunda a sexta, das 9h30 às 13h00, e das 14h00 às 17h30), ou na bilheteira do Auditório, uma hora antes do espetáculo.
Mais informações através do e-mail ccultur@fe.up.pt
Fonte: Notícias U.Porto
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DOUTORES HONORIS CAUSA PELA UNIVERSIDADE DO PORTO
Alphonse Luisier e José Casares Gil
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Alphonse Luisier na Brotéria Em 1942, após um interregno de 8 anos, o título de doutor honoris causa pela Universidade do Porto foi atribuído a dois cientistas católicos: Alphonse Luisier (1872-1957) e José Casares Gil (1866-1961). O primeiro a 16 de janeiro, por proposta da Faculdade de Ciências, e o segundo a 11 de julho, por intercessão da Faculdade de Farmácia.
Natural da Suíça, Luisier entrou na Congregação Jesuíta (Companhia de Jesus), dedicando-se ao ensino de Ciência. Após a conclusão dos estudos teológicos superiores no país natal, ingressou no corpo docente do Colégio de Campolide, em Portugal (1907-1910). Com a proclamação da República e a expulsão dos jesuítas do território nacional, exilou-se na Holanda, na Bélgica, e na Espanha. Neste último país ensinou e fez investigação no Colégio del Pasaje. Nos anos 30 do século passado regressou a Portugal para ensinar no Instituto Nun’Alvares, em Santo Tirso, onde instalou um posto meteorológico para estudar o microclima das Caldas da Saúde.
Nos anos seguintes trabalhou como investigador e naturalista e publicou artigos sobre Briologia na revista “Brotéria”, que dirigiu entre 1932 e 1957.
Era sócio correspondente da Academia das Ciências de Lisboa, sócio honorário da Sociedade Broteriana, sócio fundador da Sociedade Portuguesa de Ciências Naturais e membro da Societé Valaisienne de Sciences Naturelles e da Sullevant’s Moss Society.
No seu 85.º aniversário foi homenageado no Salão dos Atos do Instituto Nun’Alvares e agraciado com a Ordem Militar de Sant’Iago da Espada. Alphonse Luisier, pioneiro da briologia moderna, faleceu em Santo Tirso, a dia 4 de novembro de 1957.
Na Universidade do Porto o seu exemplo incentivou António Luís Machado Guimarães (1883-1969), professor de Zoologia e Antropologia da Faculdade de Ciências, a especializar-se em Briófitas. José Casares Gil na Revista Ecclesia O químico e farmacêutico José Casares Gil nasceu na Galiza, no ano de 1866. Era filho do professor de Química e reitor da Universidade de Compostela, D. António Casares Rodríguez (1812-1888).
Licenciou-se em Farmácia pela Universidade de Santiago de Compostela e estudou Química na Universidade de Salamanca.
Foi Professor da Faculdade de Farmácia da Universidade de Barcelona e Professor de Técnica Física e Análise Química da Universidade de Madrid.
Nas muitas viagens que fez ao estrangeiro, particularmente a França e Alemanha, contactou e trabalhou com eminentes químicos do seu tempo como Adolph von Bayere (1832-1917), Richard Willstätter (1872-1942), Henrich Wieland (1877-1957) e Henri Moissan (1952-1907).
Paralelamente à docência e investigação ocupou cargos de relevo como os de vogal da "Junta para la Ampliación de Estudios e Investigaciones Cientificas" (JAE), de vice-presidente do "Consejo Superior de Investigaciones Cientificas" (CSIC), de primeiro diretor da "Real Academia Nacional de Farmacia" (1935-1957) e de presidente da "Real Academia de Ciencias Exactas, Físicas y Naturales".
Foi precursor do ensino experimental das ciências e do desenvolvimento da Química em Espanha, dando o seu nome à fundação de amigos da Real Academia Nacional de Farmácia.
Morreu em 21 de março de 1961.
U. Porto - Galeria de Retratos do Salão Nobre da Universidade do Porto - António Machado (up.pt) U. Porto - Doutores Honoris Causa pela Universidade do Porto - Alphonse Luisier (up.pt) U. Porto - Doutores Honoris Causa pela Universidade do Porto - José Casares Gil (up.pt)
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