PROTOCOLOS DO OLHAR

Um grupo de cinquenta turistas japoneses entra na sala do Louvre onde se encontra exposta a Mona Lisa. A obra, isolada numa parede, com um perímetro de inacessibilidade assegurado por barreiras e protegida por um vidro à prova de bala, solicita a atenção do flash das máquinas fotográficas. Cinco minutos depois, o grupo sai.


Quem contou esta história foi Marcus Rizzoli (Universidade Presbiteriana MacKenzie), co-curador, com Teresa Almeida (Faculdade de Belas Artes da U.Porto), da exposição Imagens Mínimas, inaugurada a 13 de outubro (encerramento a 6 de novembro) na Galeria da Biodiversidade. Para quem entra na sala da Galeria, a exposição é surpreendente: 40 dispositivos brancos fixados à parede, com uma extremidade que sugere a ideia de luneta, convidando-nos a espreitar. No fundo da luneta estão imagens mínimas, de 5 cm por 5 cm, bidimensionais ou tridimensionais. Temos de olhar atentamente para as vermos, apreciarmos os pormenores e especularmos sobre a sua materialidade e intenção. A exposição obriga-nos a uma reflexão sobre os protocolos do olhar em relação à arte contemporânea, explicou na cerimónia de inauguração Marcus Rizzoli: imagens mínimas solicitam um mínimo de atenção.


Há ainda um outro aspeto, na exposição, que convoca a nossa reflexão: um desenho curatorial que não estabelece, à partida, uma hierarquia entre as obras. Normalmente, quando entramos numa exposição, percebemos a que obras quis o curador dar mais destaque, colocando-as em lugares estratégicos, isolando-as numa parede – ou, no caso da Mona Lisa, numa sala. Na exposição Imagens Mínimas, os quarenta dispositivos óticos dão acesso a quarenta obras realizadas por artistas portugueses e brasileiros – “docentes, doutores-doutorandos, mestres-mestrandos, graduados-graduandos e artistas da sociedade civil”, dispostos opor ordem alfabética. Apanhados na “convergência criativo-produtiva” de artistas de diferentes geografias e gerações, os visitantes têm de percorrer todas as obras para perceberem aquelas que, segundo a sua perceção (e não segundo os curadores), mereceriam maior destaque.


Imagens Mínimas não admite visitantes preguiçosos e promete uma experiência transformadora. Eu, pelo menos, saí da exposição a pensar na importância destes protocolos do olhar. Afinal, como lembrou Rizzoli, o olho é o equipamento percetivo do nosso corpo que mais informação recebe, mas precisamos de tempo e atenção para, em vez de simplesmente aceitarmos a informação, a podermos verdadeiramente processar.


Fátima Vieira

Vice-Reitora para a Cultura e Museus

Universidade do Porto retoma “curadoria jovem” com festival de guitarra clássica

Teoria das Seis Cordas vai passar por diferentes espaços da U.Porto. A entrada é livre.

​​​​EU University & Culture Summit / Day 1, Afternoon

O Duo Vannuci-Torrigiani vai atuar na noite de 27 de outubro, no auditório da Casa Comum. Foto: DR

Teve a sua primeira edição antes da pandemia, no final do ano de 2019, mas o festival de música com curadoria jovem está agora de regresso à Universidade do Porto. De 21 a 28 de outubro, e com curadoria de Francisco Berény Domingues, Teoria das seis Cordas, o nome escolhido para esta segunda edição, vai passar por diferentes espaços da U.Porto, trazendo consigo um programa de quatro concertos de guitarra abertos a toda a cidade.


Os recitais vão passar pela auditório da Casa Comum (à Reitoria) e pelo Salão Nobre da Reitoria da U. Porto, pela Galeria da Biodiversidade – Centro Ciência Viva e ainda pelo Planetário do Porto.


Da música barroca à contemporânea, executada a solo, em duo, em diálogo com o piano, com elementos eletrónicos, sequências pré-gravadas e vídeo, o festival garante uma grande variedade de música de guitarra.


Esta amplitude reflete-se na diversidade dos compositores escolhidos, mas não só. Para além do habitual reportório, frequentemente baseado em transcrições de Bach, compositores espanhóis para guitarra (ou transcrições para guitarra de peças espanholas para piano), pode contar com expressões das novas músicas compostas para o instrumento mais popular do mundo. Este é, de resto, o ponto forte desta sequência de concertos.


Do leque de músicos nacionais e internacionais que vão passar pela Casa Comum destaca-se ainda o duo italiano Vanucci-Torrigiani,  que se tem empenhado na tarefa de conciliar dois instrumentos que, neste tipo de música, não é com muita frequência que partilham o mesmo  palco – guitarra e piano.

Vamos à música!

As honras de abertura vão direitinhas para a guitarra de Francisco Berény Domingues (Seis Cordas dos Séculos XX e XXI). O concerto está marcado para as 21h30 do dia 21 de outubro, no Salão Nobre da Reitoria, e incluirá a apresentação de obras de M. Ohana, F. Sor, L. Brouwer e E. Rautavaara.


No dia seguinte, 22 de outubro, mas às 18h00, o fio da guitarra leva-nos até ao Jardim Botânico e à Galeria da Biodiversidade – Centro Ciência Viva,  ao encontro do MP Guitar Duo, ou seja, Pedro Rufino e Manuel Toucinho, que trará Jogo de Espelhos – 3 Séculos e 2 Continentes.


Com o Jardim Botânico em pano de fundo, o duo constituído por pai e  filho vai interpretar obras de A. Soler, A. Marcello/J.S. Bach, E.  Granados, J.K. Mertz, S. Myers (a célebre Cavatina, um tema conhecido pela sua associação ao filme O Caçador) e A. Piazzola  arranjadas para guitarra. Vão também apresentar música de um compositor  brasileiro contemporâneo, Eli Camargo Jr.

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Pedro Rufino (pai) e Manuel Toucinho (filho) dão corda ao MP Guitar Duo. (Foto: DR)

Dia 27 de outubro, às 21h30, o festival regressa ao Edifício Histórico da Reitoria. À entrada, logo à esquerda, a Casa Comum apresenta Memórias de Temas Italianos e Espanhóis a 88 Teclas e 6 Cordas. Com Lapo Vannucci na guitarra e Luca Torrigiani ao piano (uma conjugação  invulgar devido à dificuldade de compatibilizar o volume sonoro dos dois  instrumentos), o Duo Vannuci-Torrigiani vai fazer soar no auditório composições italianas contemporâneas, algumas das quais compostas tendo este duo em mente.


Composto por composições para guitarra e eletrónica, acompanhadas de  projeção vídeo, o último recital é o “mais aventureiro”. Vai levar-nos  “para perto das estrelas”, mais propriamente até Planetário do Porto – Centro Ciência Viva. A “viagem” arranca às 21h30 do dia 28 de outubro, e será liderada por Hugo Simões (guitarra) e Nádia Carvalho (eletrónica).


Atravessando várias obras ligadas à temática espacial, o programa vai fechar com Electric Counterpoint,  obra escrita pelo “papa do minimalismo” Steve Reich para guitarra  elétrica gravada sequencialmente, e que foi originalmente executada, sob  supervisão de Reich, por Pat Metheny.


A entrada nos quatro concertos é gratuita, ainda que sujeita à lotação de cada uma das salas. 

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Hugo Simões vai atuar na última noite do festival, no Planetário do Porto. (Foto: DR)

Sobre Francisco Berény Domingues

Francisco Berény Domingues, a quem cabe a direção artística do Festival Teoria das 6 Cordas , nasceu em 1995 no Porto e iniciou os estudos musicais aos 11 anos. Frequentou o Curso de Música Silva Monteiro, tendo já participado em  vários recitais em Portugal e Espanha. Destaca-se, entre outras, a sua  apresentação na Assembleia da República, na Câmara Municipal do Porto,  onde teve o papel de solista com a Orquestra Juvenil da Bonjóia, no  Festival Musicatos, no Festival 20.21 Évora Música Contemporânea, entre outros.


Recentemente, ingressou na Universidade Mozarteum em Salzburgo, onde fará um Mestrado em performance.


Fonte: Notícias U.Porto

João Habitualmente veio à Casa Comum fazer o lançamento do seu quinto livro Estátuas na Praça

A inspiração para o título do livro surgiu do encantamento por uma escultura de Hélder Carvalho. E este é um livro que dialoga com esculturas, diz-nos João Habitualmente, mas não só.  Estátuas na Praça também nos traz uma “mulher-crocodilo” e “um velho marinheiro comedor  de lulas” e ainda “um seio que se perdeu dum corpo de mulher”. Também  “há padres, psiquiatras e putas. Trolhas e intelectuais”. O livro é uma  publicação da Apuro Edições (Apuro - Associação Cultural e Filantrópica).


A sessão de apresentação decorreu no passado dia 3 de outubro na Casa Comum.


Veja o vídeo :

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Outubro na U.Porto

Para conhecer o programa da Casa Comum e outras iniciativas, consulte a Agenda Casa Comum ou clique nas imagens abaixo.

Aurélia de Souza. Inédita, a Preto e Branco

Até 10 DEZ'22
Exposição | Casa Comum
Entrada livre. Mais informações aqui

Nove Meses de Inverno e Três de Inferno

Até 29 OUT'22
Exposição | Casa Comum
Entrada livre. Mais informações aqui

CINANIMA NA U.Porto

14, 28 OUT e 04 NOV'22 | 21h30
Ciclo de Cinema | Casa Comum
Entrada Livre. Mais informações aqui

Palazzo Barberini em Roma | Aula Aberta

19 OUT'22 | 19h00
Aula Aberta | Casa Comum
Entrada Livre. Mais informações e reservas aqui

Teoria das 6 Cordas | Festival de guitarra em espaços universitários

21, 22, 27 e 28 OUT'22 
Música | Casa Comum, Salão Nobre da Reitoria, Galeria da Biodiversidade e Planetário do Porto
Entrada Livre. Mais informações aqui

Agustina Leitora. Leituras de Agustina | Ciclo

19 a 22 OUT'22
Ciclo | Vários locais
Mais informações aqui

O Lixo Na Minha Cabeça de Hugo Van Der Ding

21 OUT'22 | 21h30
Apresentação de Livro | Casa Comum
Entrada Livre. Mais informações aqui

Baile de Danças Tradicionais Portuguesas | NEFUP

22 OUT'22 | 21h00
Dança | Reitoria da U.Porto
Entrada Livre. Mais informações aqui

Scat Singing para guitarristas e violinistas com Saulo Ferreira

29 OUT'22 | 18h00
Apresentação de livro e concerto | Casa Comum
Entrada Livre. Mais informações aqui

Conferência Ilídio de Araújo: Paisagens brasileiras, expedições com Roberto Burle Marx 

20 OUT'22 | 17h30
Conferência | Galeria da Biodiversidade
Entrada Livre. Mais informações aqui

O Museu à Minha Procura

05 MAI a 31 DEZ'22
Exposição | Pólo central do Museu de História Natural e da Ciência da U.Porto
Entrada Livre. Mais informações aqui

Nuno Grande | Figura Eminente 2022

Até 31 DEZ'22
Vários eventos | ICBAS, Reitoria da U.Porto
 Mais informações aqui

Depositorium 3 - Encontros às Cegas

 Até DEZ'22 
Exposição | Museu Nacional de Soares do Reis
Mais informações aqui

CORREDOR CULTURAL DO PORTO 

Condições especiais de acesso a museus, monumentos, teatros e salas de espetáculos, mediante a apresentação do Cartão U.Porto.
Consulte a lista completa aqui

Vamos "Varrer o lixo da cabeça" de Hugo van der Ding

O cartoonista, apresentador de rádio e escritor  vai estar na Casa Comum (Reitoria) a 21 de outubro para apresentar o  seu último trabalho.

EU University & Culture Summit / Day 1, Afternoon

São muitas as histórias que Hugo van der Ding foi  varrendo para debaixo do tapete… Ficaram lá em hibernação, a trocar  ideias umas com as outras, até que, inevitavelmente, chegou o dia das limpezas. O dia em que decidiu, finalmente, levantar o tapete, enfrentar  o “lixo” acumulado, agarrar na vassoura e limpar tudo para o papel. E  assim nasceu O Lixo Na Minha Cabeça, título do livro que o cartoonista, apresentador de rádio e escritor vai apresentar, no próximo dia 21 de outubro, às 21h30, na Casa Comum (à Reitoria) da Universidade do Porto.


Que lixo se pode acumular na Cabeça? Podem acumular-se personagens.  Como por exemplo, “Juliana Saavedra, a psicanalista que deixa os  pacientes na merda”. Mas há mais. Temos “a Celeste da Encarnação, velha  mas moderna”  e as “Aventuras da Dra. Messalina”. Pelo meio há “Dates  From Hell” (quem não os teve?!) “Duas Amigas” e “Dois Astronautas” que  não sabemos se são dois casais, se se conheceram num “date”. Ou se se  conhecem de todo…  Ah… e Podemos não saber como foi o primeiro encontro,  mas vamos ficar a conhecer o “Esteves & Marina e as suas mocas de  erva”.


A sessão é organizada pela livraria Poetria, em parceria com a Casa Comum.  A entrada é livre, mas limitada à lotação da sala.

Hugo van der Ding: De Paris a Lisboa, passando por Bogotá

Hugo van der Ding (1978) nasceu em Paris, mas foi por acidente. A mãe  — uma italiana de Sanremo —, estava na altura de visita à capital  francesa.  O apelido é holandês… Mais especificamente, de um de três  holandeses que, pelas datas, poderiam ter sido o seu pai.


Estudou Arquitetura na Universidad de Gran Colombia, em Bogotá, com doutoramento em Urbanismo Rural. Veio para Lisboa em 2010, como  funcionário da embaixada da Colômbia e por cá ficou, mesmo depois do  final da missão.


Vive da escrita, dos desenhos e da rádio. Um dos projetos que o tornou mais popular são os cartoons d’A Criada Malcriada. Apresenta, na Antena 3, o programa Vamos Todos Morrer,  sob a teoria de que “há duas coisas certas na vida: que a Ivete Sangalo vai ao Rock in Rio e que esse é o destino de todos nós”. 


Fonte: Notícias U.Porto

Há novos podcasts no espaço virtual da Casa Comum

 26. A Cerca da Vida III, Sérgio Almeida

A Cerca da Vida III, de Sérgio Almeida, in Revolver, 1.ª edição, Guerra e Paz

27. Luta, Sérgio Almeida 

Luta, de Sérgio Almeida, in Revolver, 1.ª edição, Guerra e Paz

37. A Mãe de um Rio 

Publica-se este episódio no dia 15 de outubro de 2022, em ligação com  as comemorações do centenário do nascimento de Agustina Bessa-Luís.
A Mãe de um Rio é um conto publicado em 1959, tendo na  altura sido feita uma gravação da voz de Agustina narrando-o. Manoel de  Oliveira usou este conto para um dos segmentos temáticos do filme Inquietude, de 1998.
Infelizmente, o áudio existente encontra-se algo degradado, mas  espera-se que, apesar destas limitações, não só o pleno sentido desta  bela história seja percetível, mas também que o ouvinte consiga apreciar  a expressividade narrativa de Agustina.


Mais podcasts AQUI


À descoberta do Jardim Botânico nos Roteiros do Conhecimento


Iniciativa marcada para 22 de outubro convida a  conhecer os líquenes e os musgos que habitam o Jardim Botânico da  U.Porto. Inscrição gratuita.

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De lupa em riste e com os olhos bem abertos. É desta forma que os visitantes do Jardim Botânico da Universidade do Porto vão percorrer, na tarde do próximo dia 22 de outubro, os mais de quatro hectares do “pulmão verde” da U.Porto, cenário escolhido para um dos Roteiros do Conhecimento 2022, promovidos pelo Museu Nacional de História Natural e da Ciência da Universidade de Lisboa.


A decorrer entre as 15h00 e as 17h00, Um Jardim Nunca Vem Só: A Florestas de Musgos e Líquenes do Jardim Botânico da Universidade do Porto convida os participantes a descobrir os líquenes e os musgos “na infinidade de locais onde surgem”, ao mesmo tempo que desvendam “algumas  curiosidades e mitos sobre estes dois grupos biológicos”.


“Estes organismos podem ser tão pequenos e estar tão escondidos que nem damos por eles no meio de um jardim. Por outro lado, são a ‘casa’ ou o ‘jardim’ de outros animais, plantas, algas ou fungos ainda mais pequenos, que os usam como refúgio, alimento, ou até um jardim onde repousar”, apresenta o MNHC-UP.


A liderar o roteiro estarão Cristiana Vieira, curadora do Herbário do MHNC-UP, Helena Hespanhol e Joana Marques, colaboradoras do MHNC-UP e investigadoras do BIOPOLIS/CIBIO-InBIO.


O ponto de encontro será a entrada do Jardim Botânico da Universidade do Porto (Rua do Campo Alegre, 1191, 4150-181 Porto). A participação é gratuita – ainda que limitada a 20 participantes – mediante inscrição prévia através do e-mail info@mhnc.up.pt


Fonte: Notícias U.Porto

Doutores Honoris Causa da U.Porto

Sergio Mattarella

EU University & Culture Summit / Day 1, Afternoon

Sergio Mattarella


A última personalidade a ser distinguida com o título de Doutor Honoris Causa pela Universidade do Porto no ano de 2017, depois de Carlos Alberto Mota Soares, José Luís Borges Coelho e José Aranda da Silva, foi Sergio Mattarella. 

 
Desta ilustre galeria já constavam outros chefes de Estado e de Governo estrangeiros como Fernando Henrique Cardoso (1995), Jacques Delors (1999), Xanana Gusmão (2000), José Ramos-Horta (2000), Jean-Claude Juncker (2013) e os Presidentes da República Portuguesa Mário Soares (1990), Marcelo Rebelo de Sousa (2005) e Jorge Sampaio (2015).


Na cerimónia de doutoramento, que ocorreu a 7 de dezembro, além dos presidentes de Itália e de Portugal, este último "padrinho" do doutorando, a sessão contou com a intervenção do Reitor Sebastião Feyo de Azevedo e de Isabel Pires de Lima, Professora Emérita da U.Porto e antiga Ministra da Cultura, que proferiu o Elogio do Doutorando.


Sergio Mattarella nasceu em Palermo a 23 de julho de 1941.


Em 1964 diplomou-se summa cum laude em Direito na Universidade de Roma La Sapienza, com a dissertação Diretrizes de Políticas Públicas.


Foi admitido na Ordem dos Advogados de Palermo, em 1967, e ensinou Direito Parlamentar na Faculdade de Direito da Universidade de Palermo até 1983.


Fez investigação e publicou trabalhos científicos sobre Direito Constitucional e temas relacionados com a sua atividade parlamentar e governamental. Proferiu palestras sobre estudos de Direito e lecionou em cursos de mestrado e de pós-graduação, em diversas universidades.


Em 1983 encetou carreira política ao ser eleito para o Parlamento italiano pelo Partido da Democracia Cristã, pelo distrito da Sicília Ocidental. Foi membro da Câmara dos Deputados até 2008, tendo, no decurso dos seus mandatos parlamentares, sido membro da Comissão dos Assuntos Constitucionais, da Comissão dos Assuntos Externos e da Comissão Legislativa (a que presidiu). Foi também membro do Comité Bicameral de Reforma Institucional da XI Legislatura, no qual assumiu a vice-presidência; do Comité Bicameral de Reforma Institucional da XIII Legislatura; da Comissão Parlamentar de Inquérito sobre Terrorismo e Massacres; e da Comissão Parlamentar de Inquérito sobre a Máfia. Na XV Legislatura presidiu ao Comité Jurisdicional da Câmara dos Deputado e liderou o Grupo Parlamentar do Partido Popular Democrata (do início da legislatura até outubro de 1998).


Foi Ministro das Relações Parlamentares (1987-1989), tendo durante o seu mandato promulgado a reforma legislativa do gabinete do Primeiro-Ministro e abolido a votação secreta como procedimento padrão do Parlamento; e ainda Ministro da Educação (1989-1990), função no desempenho da qual reuniu a Conferência Nacional das Escolas e implementou a reforma da escola primária (Lei n.º 148 de 1990).

Entre outubro de 1998 e dezembro de 1999 assumiu o cargo de Vice-Primeiro-Ministro e dessa data até junho de 2001 tutelou a pasta da Defesa, tendo neste mandato promulgado leis conducentes à abolição do serviço militar obrigatório e à transformação dos Carabinieri numa força armada autónoma. Nesse período, a Itália reforçou o seu envolvimento nas missões de paz da ONU, colaborou em operações de interposição e manutenção da paz na Bósnia-Herzegovina, no Kosovo e na Macedónia, e revelou-se um dos promotores do estabelecimento da Política Europeia de Segurança e Defesa participando na criação primeira força militar europeia.


Em 2008 Sergio Mattarella abandonou a política ativa. No ano seguinte foi eleito Vice-Presidente do Conselho Superior da Justiça Administrativa. A 5 de outubro de 2011 foi nomeado Juiz do Tribunal Constitucional pelo Parlamento de Itália e a 31 de janeiro de 2015 foi eleito o 12.º Presidente da República Italiana.


Sobre Sergio Mattarella (up.pt)

Presidente de Itália recebe título de Doutor Honoris Causa da U.Porto - YouTube

Para mais informações consulte o site da a Casa Comum - Cultura U.Porto

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