A PEGADA ARTÍSTICA DAS BELAS ARTES NO PORTO
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A exposição chama-se Walking Art Maps e dirige-se, em primeira instância, aos estudantes internacionais. Foi a forma original que a Faculdade de Belas Artes encontrou para assinalar os 25 anos do Programa Erasmus. A ideia, como explicou a Diretora da FBAUP – e curadora da exposição – é dar ferramentas aos estudantes internacionais para explorarem a cidade através de obras de arte de antigos e atuais estudantes e professores. Contudo, como a curadora reconheceu, a exposição acabará certamente por se tornar útil também para os próprios portuenses, que poderão não ter reparado ou não ter informação relevante sobre essas obras. Visitei a exposição com curiosidade e interesse. A informação sobre os autores e contextos de produção das obras, oferecida por QR Codes, adensou-me a experiência estética das peças. Depois, em casa, visitei o site da exposição para seguir, com mais calma, cada um dos seis percursos sugeridos. Aos poucos, fui criando um guia mental com um conjunto de alertas para as minhas próximas deambulações pelo Porto. E não preciso de me afastar muito da Reitoria.
Da próxima vez que passar pela rua Cândido dos Reis, não deixarei de reparar na calçada, com desenho concebido por Virgínio Moutinho; e ao passar pelo Palácio da Justiça, na Cordoaria, pararei certamente para me demorar a apreciar as Cinco Fontes do Direito, em granito, da autoria de Salvador Barata Feyo. Ao subir a Rua de Ceuta, demorar-me-ei a admirar, uma vez mais (mas agora sabendo quem foi o criador) o belíssimo painel representando Atividades Agrícolas no edifício desenhado por Arménio Losa e Cassiano Barbosa. E agora já sei que a belíssima pintura no teto do Salão Nobre do Teatro de São João é de Ângelo de Sousa. Registei também já mentalmente a necessidade de prestar atenção, quando for à inauguração do Cinema Batalha, aos dois frescos de Júlio Pomar, cobertos com outra pintura durante a Ditadura por o pintor ser considerado subversivo.
Para além de nos dar instrumentos para melhor compreendermos a cidade, Walking Art Maps proporciona um entendimento da enorme influência que a Universidade do Porto, na sua longa história (e antecedentes, primeiro através da Academia Portuense de Belas Artes, depois pela Escola Superior de Belas Artes e finalmente através da Faculdade de Belas Artes) deixou no Porto. A pegada artística da Universidade na cidade é, de facto, impressionante – e essa é uma mensagem digna de nota para os estudantes internacionais, mas também para os próprios portuenses.
Fátima Vieira Vice-Reitora para a Cultura e Museus
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A Casa Comum apresenta Todo o Abel Salazar
É a primeira vez que se realiza uma mostra com esta abrangência. Dia 14 de novembro inaugura uma exposição e é lançado um manuscrito inédito de Abel Salazar. A entrada é livre.
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Auto-retrato de Abel Salazar (1926) Foto: DR
São livros, objetos da vida quotidiana, objetos científicos, mobiliário, reflexões políticas, filosóficas, existenciais e peças artísticas, vestígios de um trilho para chegar um pouco mais perto do homem que celebrizou a frase "um médico que só sabe de Medicina, nem de Medicina sabe". Depois de muitos anos guardado e fechado à chave num cofre, vai finalmente ver a luz do dia um livro escrito pela mão de Abel Salazar: Testamento de um Morto Vivo Sepulto na Casa dos Mortos, em Barcelos. Inaugura a 14 de novembro, às 18h00, a exposição Todo o Abel Salazar. A vida como um palimpsesto
Em Todo o Abel Salazar não poderia faltar o cientista e investigador, o professor, o pensador e escritor, o artista e o cidadão politicamente empenhado. Da mesma forma que não poderiam faltar os acontecimentos estruturais que moldaram o percurso e a personalidade complexa e multifacetada do filho mais velho de Adolfo Barroso Pereira Salazar e Adelaide da Luz Silva Lima Salazar. Nasceu em Guimarães, a 19 de julho de 1889 e quando veio para o Porto, o menino que adorava comboios e sonhava ser engenheiro, foi estudar para o Liceu Central. Em 1915, concluiu (com 20 valores), o curso de Medicina da U.Porto e cinco anos depois, já como professor catedrático, fundou o Instituto de Histologia e Embriologia da Faculdade de Medicina. Até aqui, o percurso é conhecido. Menos do domínio público é o que se segue. O sofrimento acumulado de uma sucessão de perdas de elementos da família com quem tinha grande cumplicidade, problemas na academia e a forma como sentiu a agitação social da transição entre a república e a ditadura. Estes são alguns dos fatores que terão estado na base de uma depressão nervosa que, em 1926, levou Abel Salazar para a Casa de Saúde de S. Francisco, no Porto, e depois para Casa de Saúde de S. João de Deus, em Barcelos. Chamou-lhe a “Ilha do Pavor, após o naufrágio”. Foi aqui que escreveu o Testamento d’um Morto Vivo sepulto na Casa dos Mortos, em Barcellos. Obra lançada agora pela U.Porto Press.
Manuscrito de Testamento d’um Morto Vivo sepulto na Casa dos Mortos, em Barcellos Foto: DR
Uma tristeza lúgubre às costas
Numa carta enviada a um amigo (Celestino da Costa), Abel Salazar deu conta do estado que sobre si se abatera: "Imagine o horror da minha vida! Sem desenhos, nem trabalhos, nem ler, impossibilitado de tudo, com uma tristeza lúgubre às costas, sem poder sair por causa do aspecto horrível, negro, das coisas. Com as responsabilidades que tenho, que hei-de eu fazer, assim brutalmente aniquilado?" O ato de escrever sobre a “doença intelectual”, diz-nos a médica psiquiatra Teresa Cabral no prefácio, fez com que falasse de si e de um dilema, do qual foi ganhando consciência “(…) o tempo voava e não me chegava para nada. Encravado entre duas paixões, a arte e a ciência.” As exigências da coabitação entre a atividade artística e a investigação científica, tinham exigido "um esforço desmedido. Porque os limites são primariamente os do Tempo". Da filosofia à arte, e ao longo de cinco anos de internamento, Abel Salazar produziu cerca de 10 livros.
A consciência de que ainda é necessário combater a discriminação e o estigma social associado às doenças psíquicas pesou favoravelmente na decisão de publicar este Testamento d’um Morto Vivo sepulto na Casa dos Mortos, em Barcellos.
Página do Caderno com 32 desenhos de Abel Salazar. (Foto: DR)
Vozes críticas não chegam ao céu da Ditadura
Em 1931, Abel Salazar regressou à vida ativa, ao trabalho científico, pedagógico e também à Pintura, à História, à Crítica de Arte, à Filosofia e à divulgação cultural, mas por pouco tempo. Avessa a vozes críticas, a Ditadura emitira uma portaria (em junho de 1935) que afastara Abel Salazar da cátedra, do laboratório, da biblioteca da Faculdade de Medicina e o proibia de se ausentar do país. O motivo: "a influência deletéria da sua ação pedagógica sobre a mocidade universitária." Apenas no início da década de 1940 que lhe foi permitido voltar à U.Porto, e dessa vez para dirigir o Centro de Estudos Microscópicos na Faculdade de Farmácia. Trabalhou ainda no Instituto Português de Oncologia. Abel Salazar morreu em Lisboa, a 29 de dezembro de 1946, vítima de cancro de pulmão. Mais de 50.000 pessoas no funeral
O corpo de Abel Salazar foi depositado na Casa do Distrito do Porto, em Lisboa, e dia 31 começou a organizar-se o funeral. Na viagem de trasladação do corpo, em Leiria, a polícia de escolta desviou o itinerário para evitar a passagem por Coimbra, e à chegada ao Porto foi diretamente encaminhado para o cemitério do Prado do Repouso. Ainda assim, nada conseguiu evitar que, na manhã seguinte, centenas de pessoas integrassem o cortejo fúnebre iniciado na Casa dos Jornalistas e Homens de Letras do Porto. Cerca das 16h00, já mais de 50.000 pessoas marcavam presença. No momento em que a multidão dispersava, uma brigada de assalto armada decidiu intervir, causando pânico entre aqueles que ainda se encontravam no cemitério, nomeadamente Ruy Luís Gomes, que acabou por ser detido. Funeral de Abel Salazar, janeiro de 1947 (Foto: CMAS)
A singularidade e o vanguardismo de Abel Salazar
“É a primeira vez que, num só espaço, fora da Casa-Museu Abel Salazar, se conjugam as múltiplas valências de uma personagem tão multifacetada como foi Abel Salazar”, diz-nos a Vice-Reitora com o pelouro da Cultura, Fátima Vieira. “Apenas como exemplo da singularidade e vanguardismo do seu pensamento, saliento o recurso ao desenho (sendo ele um desenhador compulsivo) como ferramenta de comunicação de ciência, nomeadamente o desenho microscópico, símbolo da junção perfeita ente o lado científico e artístico”, acrescenta. “Outra faceta do trabalho artístico que a exposição deixa bem patente é a relevância que atribui à presença da mulher. Desde a classe trabalhadora até à burguesia, num trabalho de representação que atravessa diferentes latitudes, é constante o destaque que dá à presença feminina”, conclui. Para nos ajudar a fazer todo este percurso, entre objetos pessoais e profissionais, livros, reflexões várias, obras plásticas, esculturas e desenhos, a exposição apresenta mais de 100 objetos. Todo o Abel Salazar tem curadoria da Casa Comum (Alexandre Lourenço) e vai ficar patente nas Galerias da Casa Comum de 14 de novembro próximo a 17 de fevereiro de 2023.
Com entrada livre, a exposição Todo o Abel Salazar pode ser visitada de segunda a sexta-feira, das 10h00 às 13h00 e das 14h30 às 17h30, e ao sábado, das 15h00 às 18h00. Encerra aos domingos e feriados.
Fonte: Notícias U.Porto
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A Family Pet Sounds dá dois concertos na Casa Comum
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Espetáculo marcado para a noite de 12 de novembro vai juntar duas bandas de diferentes gerações: Silly Boy Blue e Sadhäna. A entrada é livre. Os Silly Boy Blue vão apresentar alguns temas do disco de estreia da banda, Man on Wire. Foto: DR
Pode uma melancolia ser tão “sexty como a Kate Moss”? E, ao mesmo tempo, prestar homenagem a quem se supera a si próprio? É o que vamos ver e ouvir na noite de 12 de novembro, às 21h30. São músicos de diferentes gerações que têm o rock comum, mas não só. Já lá vamos! “Family Pet Sounds” porquê?
Quem não se lembra de cantar: God Only Knows e Wouldn’t It Be Nice…. Até faz lembrar praia! O álbum chamava-se Pet Sounds e foi lançado em 1966 pelos Beach Boys. Eram “os sons de estimação” do produtor, Brian Wilson, que tocava com os irmãos Carl e Dennis Wilson, o primo Mike Love e o amigo Al Jardine. Praticamente, tudo em família. Ora Silly Boy Blue e Sadhäna são duas bandas que têm como mentor e compositor Miguel Machado Vaz e Tiago Vaz, respetivamente. Representam duas gerações de músicos, mas também são primos. É este elo familiar que os aos “rapazes da praia”.
Uma homenagem aos “Philippe Petits deste mundo”
Silly Boy Blue era originalmente o singer-songwriter Miguel Machado Vaz. Depois de fazer parte da compilação Novos Talentos Fnac (2016), gravou com a ajuda de alguns amigos o disco Man on Wire. O compositor considera que o disco “transmite uma melancolia sexy como a Kate Moss”, para além de prestar “homenagem a todos os Philippe Petits que se tentam superar sem encontrarem um motivo para tal”. Para quem não se recorda, Philippe Petit é um equilibrista francês que ficou famoso pela aventura clandestina do verão de 1974. Através de um cabo de aço suspenso, caminhou entre as Torres Gêmeas de Nova York. A experiência inspirou um filme, de James Marsh, que se chama, precisamente, Man on Wire.
O álbum dos Silly Boy Blue foi apresentado no Passos Manuel e o projeto evoluiu para o formato banda. Conta agora com Ricardo Vale na guitarra, Pedro Félix no baixo e António Carvalho na bateria. Para além de alguns temas do álbum Man on Wire, na noite de 12 de novembro vão também apresentar novas propostas.
Os Sadhäna serão os primeiros a atuar na noite de 12 de novembro. (Foto: DR)
Focar no objetivo
Sadhäna vai buscar a inspiração a bandas contemporâneas para tornar o rock mais familiar aos ouvidos das gerações mais jovens. É constituída por Lourenço Valdez (guitarra e voz), Tiago Vaz (bateria) e João Vaz (baixo) e tem como projeto atual a gravação de um EP com três músicas. O termo sânscrito sadhana — derivado de sadh, atingir o objetivo — também pode ser traduzido por “meio para a concretização”. Trata-se de uma prática espiritual de aperfeiçoamento, através do estabelecimento de objetivos e uma disciplina rigorosa. A mente foca-se num caminho para alcançar a iluminação e trazer benefícios a todos.
O single Nightclub Romance vai ser lançado digitalmente no dia do concerto.
A entrada na Casa Comum é livre, mas sujeita à lotação da sala.
Fonte: Notícias U.Porto
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Casa Comum apresenta Fernão de Magalhães, Cidadão do Porto
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Isabel Pires de Lima, antiga ministra da cultura, vai apresentar o mais recente livro de Francisco Marques, no próximo dia 11 de novembro, na Reitoria. A entrada é livre. Onde nasceu Fernão de Magalhães? Conforme as fontes, há teorias várias. Francisco Marques defende que o navegador responsável pela primeira viagem de circum-navegação é natural da cidade do Porto. A questão vai estar em discussão no próximo dia 11 de novembro, quando forem 18h00, na Casa Comum (à Reitoria) da Universidade do Porto, durante a sessão de lançamento de Fernão de Magalhães, Cidadão do Porto. Para além do autor, o debate vai ter como interlocutores a antiga ministra da Cultura, Isabel Pires de Lima, e José Cruz Santos, da editora Modo de Ler. Inicialmente apresentado como um dos capítulos da publicação Alguns Livros da Minha Biblioteca e Outras Histórias V, eis que Fernão Magalhães Cidadão do Porto surge agora editado, isoladamente, em livro. Este trabalho de Francisco Marques coloca-nos perante a personalidade, o percurso de vida, o trajeto que fez, os sucessos, e os insucessos do grande navegador. Um discurso que se vai concentrando nas questões relacionadas com a naturalidade de Fernão de Magalhães.
Deu a conhecer “o segredo mais bem guardado pelo nosso planeta Terra”, escreve o autor, ao revelar que, afinal, dispomos de “estrada que liga a terra de uma ponta à outra”. A 28 de novembro de 2020 completam-se “quinhentos anos que Fernão de Magalhães, vindo do Atlântico, deixa o estreito, que acabará de descobrir, e entra no Oceano, que batiza de Pacífico”. O estreito tem hoje o seu nome (O Estreito de Magalhães e foi o primeiro europeu a navegar no Pacífico. E “a humanidade jamais esqueceu o seu herói”, acrescenta Francisco Marques. Foi ao serviço do Rei de Castela que Magalhães comandou a expedição marítima que resultou na primeira circum-navegação ao globo.
O incógnito, onde cabia praticamente o mundo todo, a vontade indómita de o explorar e a necessidade de rotas que descobrissem especiarias funcionaram de motor à expansão marítima e às viagens de descobrimento de novas terras das quais fizeram parte personalidades como Cristóvão Colombo, Bartolomeu Dias, Américo Vespúcio, Balboa, Vasco da Gama, Pedro Álvares Cabral e, claro, Fernão de Magalhães.
Sabrosa, Ponte da Barca e Porto reclamam a naturalidade do navegador, sendo que esta última hipótese é, precisamente, a aposta de Francisco Marques. Em causa está um testamento de Fernão de Magalhães em que o próprio se declara “vizinho da cidade do Porto”.
Sobre o autor
José Francisco Brás Marques, conhecido pelo nome profissional de Francisco Marques, nasceu na freguesia de Marinhas, concelho de Esposende, cidade onde vive. É licenciado em Direito e advogado de profissão. Um confesso “inveterado amante de livros e de música”, tem já vários títulos publicados, entre eles: O Nosso Avô Viriato, Quatro Cardeais Portugueses em Roma, A Mãe de Eça de Queirós, Santo Ivo Patrono dos Advogados e Frey Serafim de Freitas versus Hugo Grócio.
Da coleção Alguns Livros da Minha Biblioteca e Outras Histórias já saíram 6 volumes, encontrando-se o sétimo em revisão de provas e o oitavo em gestação.
Fonte: Notícias U.Porto
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Novembro na U.Porto
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Para conhecer o programa da Casa Comum e outras iniciativas, consulte a Agenda Casa Comum ou clique nas imagens abaixo.
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Aurélia de Souza. Inédita, a Preto e BrancoEntrada livre. Mais informações aqui
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FILMar: do arquivo aos nossos dias | Formação para professoresEntrada Livre. Mais informações e inscrições aqui
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IndieJúnior Porto 2023 - Antevisão para ProfessoresEntrada livre. Mais informações e inscrições aqui
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SOPHIE LEWIS, Toward Gestational FreedomEntrada Livre. Mais informações aqui
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Fernão de Magalhães, Cidadão do Porto | Apresentação de LivroApresentação de Livro | Casa Comum Entrada Livre. Mais informações aqui
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Freedom Family Pet Sounds // Concerto de Silly Boy Blue + SadhänaEntrada Livre. Mais informações aqui
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Irmãs de Prometeu, a Química no Feminino | Apresentação de LivroApresentação de Livro | Casa Comum Entrada Livre. Mais informações aqui
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Nuno Grande | Figura Eminente 2022Vários eventos | ICBAS, Reitoria da U.Porto
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Para além do crescimento económico: que alternativas para as cidades? Conferência | Galeria da Biodoversidade Entrada Livre. Mais informações e inscrições aqui
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O Museu à Minha ProcuraExposição | Pólo central do Museu de História Natural e da Ciência da U.Porto Entrada Livre. Mais informações aqui
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Depositorium 3 - Encontros às Cegas
Exposição | Museu Nacional de Soares do Reis
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CORREDOR CULTURAL DO PORTO Condições especiais de acesso a museus, monumentos, teatros e salas de espetáculos, mediante a apresentação do Cartão U.Porto. Consulte a lista completa aqui
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Vídeo-reportagem do concerto Mulheres que fazem barulho
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O concerto Mulheres que fazem barulho, integrado no Festival MIMO, assinalou o encerramento da exposição com o mesmo nome, inaugurada a 8 de Março, dia da Mulher, na Casa Comum da U.Porto. Apresentamos agora o vídeo de cobertura do evento.
Foi uma iniciativa “brutal da U.Porto”, diz-nos Sandra Baptista, esta de ir buscar as mulheres do Pop e do Rock português. Resultou numa “partilha que é tão necessária” e que nem sempre aconteceu. Mas não se pode ficar por aqui, recorda Ana Deus. “Temos de fazer sempre barulho”. Isto porque há sempre “uma espécie de predador” que persegue as camadas mais frágeis. “Não podemos abdicar dos nossos direitos e de sermos capazes de falar pelas mulheres que não o conseguem fazer”. O concerto reuniu em palco Ana Deus & Marta Abreu; Lena D’Água, Francisca Cortesão & Mariana Ricardo; Anabela Duarte & Vera Prokic; Sandra Baptista, Mitó Mendes & Carolina Brandão. O concerto foi uma produção conjunta da Casa Comum (Universidade do Porto) e do Festival MIMO.
Veja o vídeo :
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Há novos podcasts no espaço virtual da Casa Comum
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30. Tem paciência, Filipa Leal Tem paciência, de Filipa Leal, in Vem à quinta-feira, 1.ª edição, Assírio & Alvim
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47. Nun deixes atamar la rábia “…por agora, atama la passada que isso pon-te l zinolho manco a ouliar i nun trai l camboio. Solo te pido ua cousa: nun deixes atamar la rábia!”
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Nova exposição da FBAUP propõe caminhada artística pelo Porto
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Integrada nas comemorações dos 35 anos do programa Erasmus, a exposição "Walking Art Maps - As Belas Artes e a Cidade" ficará patente ao público até 14 de janeiro de 2023. São centenas de obras assinadas por artistas, arquitetos e designers de várias gerações das Belas Artes do Porto e podem ser facilmente encontradas em vários pontos da cidade do Porto. São esses os dois traços em comum às obras que povoam a exposição Walking Art Maps – As Belas Artes e a Cidade, promovida pela Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto (FBAUP). Resultado de um repto lançado pelos Serviço de Relações Internacionais da U.Porto, no âmbito das celebrações dos 35 anos do Programa Erasmus, esta exposição – inaugurada no passado dia 26 de outubro – convida os visitantes a “visitar o Porto através das obras de arte que estão disponíveis nos espaços públicos da cidade e onde se pode ver obra, seja artística, seja de arquitetura ou de design, de antigos e atuais estudantes e professores da Faculdade de Belas Artes e das escolas que a antecederam”, apresenta Lúcia Matos, diretora da FBAUP.
Para o efeito, a exposição desdobra-se entre o espaço físico do Pavilhão de Exposições da FBAUP e uma plataforma online em que o visitante pode explorar as obras que se encontram no espaço público através de seis percursos predefinidos.
A interação entre o visitante e a exposição física é igualmente potenciada pela colocação de QR Codes na vez das habituais tabelas identificativas. Desta forma, explica Lúcia Matos, “com os seus telemóveis, os visitantes podem aceder não só à identificação das obras que estão a ver, como também a outras obras que estão disponíveis na cidade”.
Com entrada livre, a exposição Walking Art Maps vai estar patente ao público até 14 de janeiro de 2023 e pode ser visitada de terça-feira a sábado, das 14h00 às 18h00. Também há visitas de segunda a sexta-feira, das 10h00 às 13h00, mediante marcação prévia para museu@fba.up.pt.
Fonte: Notícias U.Porto
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Doutores Honoris Causa da U.Porto
Michael Grätzel
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Sebastião Feyo de Azevedo, António de Sousa Pereira, Michael Grätzel, João Falcão e Cunha e Adélio Mendes (Foto: Igor Martins/U.Porto) Dia 20 de maio de 2022, por proposta da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP), o químico Michael Grätzel foi distinguido com o título de Doutor Honoris Causa. Na cerimónia de doutoramento, que contou ainda com a participação do Reitor da U.Porto, António de Sousa Pereira (20.º Reitor, 2018-) e do então Diretor da FEUP, João Falcão e Cunha, Adélio Mendes proferiu o Elogio do Doutorando, e o antigo reitor Sebastião Feyo de Azevedo (19.º Reitor de 2014 a 2018) serviu como Padrinho do Doutorando.
Michael Grätzel, suíço de ascendência alemã, nasceu em Dorfchemnitz, a 11 de maio de 1944.
É um dos mais importantes investigadores químicos da atualidade, já apontado como potencial prémio Nobel na sua área, e pioneiro no campo da tecnologia fotovoltaica ao inventar as células solares sensibilizadas com corante (DSSC). Das DSSC, também conhecidas como "células de Grätzel", surgiram as células solares de perovesquita (PSC), em cujo desenvolvimento esteve, decisivamente, envolvido e que podem vir a revolucionar a tecnologia fotovoltaica.
Michael Grätzel abriu ainda um novo caminho para a produção de combustíveis verdes ao desenvolver fotoelétrodos nanoestruturados, inspirados no fotoelétrodo das DSSC. A partir de materiais mesoscópicos, criou células fotoeletroquímicas que produzem com eficiência combustíveis químicos a partir da luz solar. Desta forma, alargou o espectro de fontes de energia renovável que podem ser armazenadas.
Professor na Escola Politécnica Federal de Lausana (EPFL), na Suíça, onde dirige o Laboratório de Fotónica e Interfaces, foi também professor convidado em reputadas instituições como a Universidade da Califórnia em Berkeley, a Universidade Nacional de Singapura, a Universidade Técnica de Delft e a Escola Politécnica Superior de Paris-Cachan.
Publicou cerca de 1.700 artigos científicos. Tem mais de 320.000 citações e um índice h de 254 (Web of Science).
É membro da Academia Suíça de Ciências Técnicas, da Academia Alemã de Ciências (Leopoldina), da Academia Chinesa de Ciências, da Academia Real Espanhola de Engenharia e de diversas outras sociedades científicas.
Foi agraciado com distinções de excelência científica tais como: as Medalhas Diels-PlanckLecture e August Wilhelm von Hofmann e os prémios Materials Today, Balzan, Fronteiras do Conhecimento da Fundação BBVA, Global Energy, Marcel Benoist,
Millennium Technology, Internacional de Nanotecnologia RUSNANO. Numa recente classificação bibliométrica da Universidade de Stanford Grätzel foi colocado na primeira posição, numa lista de 100 mil cientistas mundiais líderes em diferentes domínios.
Michael Grätzel tem vindo a colaborar, de forma regular, com a Universidade do Porto, particularmente com a Faculdade de Engenharia (FEUP), em prestigiantes projetos de investigação europeus e no apoio a estudantes de doutoramento. Desde 2008, mantém estreita colaboração com o professor e investigador Adélio Mendes, do Departamento de Engenharia Química da FEUP, com quem é coautor da primeira patente de selagem a vidro assistida a laser de células DSSC. Tecnologia pioneira que viria a ser vendida por 5 milhões de euros à Dyesol (hoje GreatCell Solar), empresa australiana de energias sustentáveis.
Sobre Michael Grätzel (up.pt) Sobre Sebastião Feyo de Azevedo (up.pt) Cerimónia de atribuição do título de Doutor Honoris Causa a Michael Grätzel (YouTube)
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