Bárbara Vasconcelos


Tem 30 anos, é natural de Vila Real e reside no Porto. 


​Profissionalmente, é preparadora física na Secção de Desporto Adaptado do FC Porto e treinadora adjunta na equipa de natação do clube. É preparadora física adjunta e analista de performance no Programa de Alto Rendimento de Goalball do Reino Unido. 


"Recordo, com muito carinho, todo o apoio e amizade que todas as pessoas 

que trabalham na Biblioteca me deram durante as infindáveis horas que lá passei. 

Fez toda a diferença.", Bárbara Vasconcelos

A Bárbara foi estudante de mestrado e doutoramento na FADEUP. Quer falar-nos do seu percurso profissional?

O meu percurso profissional surgiu de forma subtil e gradual no FC Porto. Quando ingressei no Mestrado em Atividade Física Adaptada, procurei um complemento prático, uma espécie de estágio voluntário num clube que já tinha um grande e desenvolvido projeto na área do Desporto Adaptado. Felizmente, a diretora da secção investiu em mim, e já lá vão nove épocas a vestir azul e branco. As restantes oportunidades foram resultado de uma constante procura por mais.

 

Porque escolheu a área do Desporto para a sua formação? Quando percebeu que era esse o caminho a seguir?

O meu primeiro ingresso no ensino superior foi no curso de Direito, na Universidade Católica Portuguesa. Porém, rapidamente percebi que o meu futuro não passaria por ali e, tendo sido atleta toda a minha vida, a transferência para a área do Desporto foi muito natural e expectável.

 

E porque escolheu a FADEUP para realizar mestrado e doutoramento?

Infelizmente, a área do Desporto Adaptado ainda carece de investimento na formação e na investigação, o que dificulta o desenvolvimento e a aquisição de conhecimento por parte de quem quer trabalhar na área. Encontrei na FADEUP uma exceção a esta regra!

 

Quais foram os aspetos da formação na FADEUP que mais influenciaram a sua carreira?

O facto de a área do Desporto Adaptado não estar segregada a um gabinete, mas sim incluída nas várias áreas de investigação da Faculdade fez toda a diferença. A investigação multidisciplinar (e.g., biomecânica, fisiologia, etc.) é, sem dúvida, o caminho para a melhoria da área.

 

Tem dedicado a sua carreira ao Desporto Adaptado. Como nasceu o seu interesse por esta área? O que a motiva?

Durante a minha licenciatura, tive uma unidade curricular de Desporto Adaptado que me agradou imenso. E o facto de o meu pai também trabalhar na área ajudou. A minha motivação vem de querer fazer a diferença na vida dos meus atletas. Qualquer treinador ambiciona que os seus pupilos tenham sucesso e alcancem os seus objetivos - desde uma medalha paralímpica, a uma medalha nacional, até conseguir realizar uma tarefa do quotidiano de forma autónoma.

 

A Bárbara é treinadora e preparadora física de natação adaptada no FC Porto e preparadora física e analista de performance da seleção inglesa de goalball. Quais são os maiores desafios que tem encontrado no desempenho das suas funções no Desporto Adaptado?

Conciliar tudo é, sem dúvida, o maior desafio. Para além disso, ter equipas completamente heterogéneas, com atletas com o expoente do princípio da individualidade, requer uma plasticidade neural constante.

 

Que mudanças gostava de ver no Desporto Adaptado em Portugal?

Gostava de ver mais investimento nos atletas e no que realmente os potencia e os leva ao sucesso. Mais ações e menos palavras de quem não anda no terreno.

 

Recorda-se de alguma história que o tenha marcado enquanto estudante da Faculdade e que possa partilhar connosco?

Recordo, com muito carinho, todo o apoio e amizade que todas as pessoas que trabalham na Biblioteca me deram durante as infindáveis horas que lá passei. Fez toda a diferença. Obrigada!

 

Qual é a sua maior realização até hoje?

Trabalhar no que gosto, na área que me faz realmente feliz!

 

Como ocupa os tempos livres?

Infelizmente, sobra-me pouco tempo livre. Mas gosto muito de comer (e de cozinhar, claro). E gosto muito de ir a festivais de música.

 

Quer deixar algum conselho aos nossos estudantes?

Sejam interessados e proativos! É isso que vos vai levar mais longe.

 

O que espera do futuro?

Espero uma medalha paralímpica (pelo menos uma!) dos meus atletas. E espero conseguir passar o meu pouco conhecimento a quem quiser trabalhar nesta área.

+adn fadeup
InstInYt

​Unidade de Imagem e Comunicação

Faculdade de Desporto da Universidade do Porto

R. Dr. Plácido Costa, 91 | Porto, Portugal

comunicacao@fade.up.pt | +351 220 425 228