Júlio Garganta


Tem 68 anos, é natural de Lordelo do Ouro, Porto, e reside em São Cosme, Gondomar.  


Foi docente da FADEUP durante quase quatro décadas, tendo também desempenhado funções como vice-presidente do Conselho Pedagógico e coordenador do Gabinete de Futebol. Foi precisamente ao futebol que dedicou uma parte significativa da sua carreira, quer como docente quanto como como analista de performance, função que exerceu ao serviço do FC Porto, do Sporting CP e da Seleção Nacional Portuguesa.


​"...sinto-me realizado e lisonjeado por fazer parte de uma escola com a dimensão e a

projeção nacional e internacional da FADEUP. Sinto-me grato a esta Faculdade e a todos os que me acolheram, respeitaram e me ajudaram a viver momentos muito bonitos.", Júlio Garganta

O Professor foi durante quase quatro décadas docente da Faculdade, de onde se aposentou em março de 2024. O que o motivou a ser professor?

Fui cativado, desde cedo, pelo poder transformador do conhecimento e beneficiei da presença de familiares, professores, treinadores, colegas e amigos, que me inspiraram e me fizeram entrever o inesgotável potencial da educação e da formação. E, desde o momento em que aprendi a ler, fiquei maravilhado com os livros e com as janelas que eles podem abrir para o mundo.

Despertei assim para a possibilidade de ser autor do meu percurso de vida e de ajudar outros a construírem os seus próprios caminhos. Tenho bem presente o aforismo do escritor uruguaio Eduardo Galeano: Somos o que fazemos, mas somos, principalmente, o que fazemos para mudarmos o que somos.

 

E porquê a área do Desporto? Quando percebeu que era esse o caminho que gostaria de seguir?

O corpo humano e as suas múltiplas possibilidades de ação e de expressão sempre me fascinaram.

A afiliação ao Desporto e a várias atividades de expressão corporal, surgiu desde muito cedo, por influências do meu pai, do Rui, meu irmão e grande companheiro de vida, e também de alguns amigos de infância e juventude.

O pai levava-nos, frequentemente, a assistir a jogos de futebol e a competições de outras modalidades desportivas. Para além disso, tal como muitas crianças do nosso tempo, tive vivências corporais muito ricas e variadas. Brincávamos ao arco, ao peão, às corridas com carros de rolamentos, jogávamos futebol, hóquei, basquetebol, voleibol, realizávamos longos percursos de bicicleta, andávamos a cavalo, fazíamos corridas de barcos a remos, nadávamos e experimentávamos saltos para a água, nas pranchas e trampolins do Clube Fluvial Portuense. Fazíamos tudo isto em ambientes de prática livre, sem a supervisão de adultos, e sempre com muito entusiasmo e empenho. Aprendíamos uns com os outros, sem sabermos que estávamos a aprender.

Embora não tenha sido praticante exímio de nenhuma modalidade desportiva, pratiquei várias, desde Ginástica, Basquetebol, Futebol, Natação, Voleibol, Polo Aquático, até às artes marciais (Kung-Fu, Karaté Shotokan e Goju Ryu). Algumas delas, apenas no âmbito do desporto universitário.

Também tive experiências muito gratificantes no domínio da dança, atividade que permite harmonizar três facetas que ocupam um lugar primordial na minha vida: o corpo, o movimento e a música.

Mas foi ao futebol que me afiliei com mais apego. E de tal modo, que lhe dediquei a maior parte do meu tempo, da minha atenção e do meu trabalho.

A afeição pelo futebol começou na rua, com cerca de seis anos. Passava horas a jogar livremente com colegas e amigos, todos os dias. Mais tarde, criámos um clube, com equipamentos próprios, camisolas com números e emblemas (trabalho de costureira, prestado pela minha mãe), e organizámos jogos com equipas de zonas próximas. Mantivemos essas práticas até à adolescência e alguns daqueles colegas que faziam parte da nossa equipa (Os Águias de Lordelo), chegaram a jogar no FC Porto e na Seleção Nacional. E também no SC Salgueiros, no Leixões SC e no FC Tirsense, quando estes clubes, à época, integravam a denominada primeira divisão nacional.

 Portanto, foram-se assim espalhando as sementes que levaram a germinar o meu desejo para me dedicar a seguir o caminho que trilhei.

 

Gostava que nos falasse um pouco da sua ligação à Faculdade. Como se iniciou essa ligação? Que memória guarda desses primeiros tempos?

O meu fascínio pelo desporto e pelas atividades corporais levou-me, naturalmente, a procurar os ambientes que poderiam alimentar a curiosidade e facilitar o desenvolvimento quanto a ideias e práticas acerca destes assuntos. Queria fazer disso profissão.

Assim, a ligação à Faculdade começou a ser construída nos tempos de estudante, ainda no então Instituto Superior de Educação Física da Universidade do Porto, quando repartíamos as nossas atividades entre o velho e mítico barracão, as instalações do CDUP (Arrábida e Boa Hora) e o Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar.

Devo dizer que, desde que entrei pela primeira vez na Faculdade, até à recente aposentação, as memórias da minha forte vinculação a esta escola foram sendo tecidas, sobretudo, pela via dos afetos.

O poeta brasileiro Vinicius de Moraes dizia que os amigos não se fazem, reconhecem-se.  E, quer enquanto estudante, quer já como docente, tive a sorte de “reconhecer” vários colegas e amigos que me “ajudaram a ser” e que são responsáveis, cada um na sua justa medida, pela minha intensa ligação à escola e pelo modo como empreendi o meu percurso profissional.

 Comecei por dar aulas de Educação Física no ensino secundário, de 1981 a 1986.

Em 1987 entrei para a Faculdade, na qualidade de assistente estagiário, e durante quase quatro décadas fui tendo o ensejo e o gosto de assistir ao crescimento e à afirmação desta que é hoje uma escola de referência, a FADEUP. Foram tempos de intenso entusiasmo e de apreço, dos quais gostaria de destacar três circunstâncias.

 A primeira, prende-se com a atividade desenvolvida no âmbito do Gabinete de Futebol, um espaço de pensamento e de ação que me parece ter honrado o bom nome da Faculdade, e que atraiu estudantes de distintos quadrantes geográficos. Isso resultou do dedicado e competente labor de vários colegas, com base no legado que herdámos, principalmente, dos Professores Vítor Frade e Jorge Pinto.

O Gabinete de Futebol e os colegas que dele fizeram parte, deixaram em mim uma marca muito forte.

 A segunda circunstância diz respeito à criação e afirmação do CEJD (Centro de Estudos dos Jogos Desportivos). Uma etapa com muito significado no meu percurso profissional e na rede de relações que viemos a estabelecer com docentes e investigadores de outras Faculdades e Universidades. Recordo a insubstituível “equipa” que esteve na origem deste Centro, da qual faziam parte os colegas António Marques, Jorge Pinto, Isabel Mesquita, Fernando Tavares, Amândio Graça, Carlos Moutinho e José Oliveira.

Vivemos momentos de muito entusiasmo, de generosa cooperação e de algum arrojo, porquanto quisemos filiar-nos em domínios que, ao tempo, eram tidos como não suscetíveis de gravitar na órbita científica. Privilegiávamos então as questões da tática, da estratégia, da tomada de decisão, da formação de jogadores e de treinadores, tópicos que atualmente fazem parte da agenda de inúmeras publicações em periódicos científicos, bem como de várias teses de mestrado e de doutoramento.

De facto, o CEJD é outro dos traços mais fortes das minhas memórias profissionais e pessoais.

 A terceira, relaciona-se com a criação do Centro de Investigação, Formação, Inovação e Intervenção em Desporto (CIFI2D), e com as atividades a ele inerentes, nomeadamente, o Curso Doutoral em Ciências do Desporto. Tive o privilégio de integrar a respetiva Comissão Científica, liderada pelo Professor António Fonseca, e à qual pertenciam os Professores Isabel Mesquita, João Paulo Vilas Boas e José Maia. Foi um tempo de franca cooperação, de companheirismo e de significativa aprendizagem. 

  

Qual foi o maior desafio que encontrou enquanto professor?

Talvez as exigências de adaptação acelerada, na transição para o modelo de Bolonha.

Não obstante os aspetos positivos que essa mudança possa ter trazido, parece-me que a mesma veio interferir no modo de se “fazer escola”.  Tudo passou a ser mais rápido e efémero. O tempo pedagógico tornou-se demasiado volátil, o que me forçou a uma reconversão quanto a “ser professor”, e me não deixou uma impressão positiva. Do meu ponto de vista, tais condicionantes não promoveram a eficácia do exercício da profissão de professor em contexto universitário, tal como eu o entendia e entendo. Foi um desafio que não estou certo de ter conseguido superar.

 

Com quase 40 anos como professor universitário, certamente muita coisa terá mudado. Que mudanças mais significativas encontra na docência atual relativamente ao início da carreira?

 A já mencionada aceleração e volatilização do “tempo pedagógico”, aliada à oferta de informação digital em doses excessivas, por um lado, reduziu drasticamente o espaço para a reflexão, o aprofundamento e o questionamento; por outro lado, fez deslocar a atenção dos estudantes para fontes pouco ou nada credíveis, retirando centralidade ao ato pedagógico, à interação e à comunicação em direto, ao contacto olhos nos olhos. Sou dos que entendem que o ato pedagógico só é verdadeiramente efetivo in vivo. E cada vez mais estamos confrontados com pedagogias in vitro, condição que a pandemia COVID 19 veio exacerbar.

Ademais, está a grassar uma nova faceta burocrática, que denominaria de infoburocracia, que passa pela informatização descompensada de tudo e de todos. Não raramente, esta vertigem tem-se tornado contraproducente e até perversa. Aliás, quando se fala de infoexcluídos, importa estar ciente de que neste rol dever-se-á também englobar os professores e investigadores que, não obstante as suas extraordinárias capacidades e o seu saber, se veem marginalizados, pedagógica e cientificamente, pelo facto de não dominarem as tecnologias da moda e/ou de não serem frequentadores assíduos das redes e dos espaços digitais.


Olhando para o longo percurso enquanto docente, o que gostaria de dizer ao Júlio Garganta profissional da FADEUP?

Gostaria de dizer o seguinte: Júlio Garganta, estou plenamente convencido de que se fosses jovem e tivesses de iniciar um caminho profissional neste momento, voltarias a eleger as Ciências do Desporto como área de conhecimento e a FADEUP como lugar de trabalho e campo de crescimento pessoal e profissional.  

 

Se o Professor Júlio Garganta tivesse de escolher “o momento” da carreira, qual seria esse momento?

Em boa verdade, nunca me vi a fazer carreira. Sinto que realizei um percurso, um caminho que, sem ser planeado, foi trilhado com gosto e paixão, e que me proporcionou vivências e emoções que nunca sonhei experimentar.

 Neste horizonte, não consigo escolher “o momento”. Em vez disso, prefiro salientar:

 - Os estudantes com quem tive a felicidade de me cruzar e que fizeram de mim melhor professor, alguns dos quais se tornaram meus colegas e amigos.

Não podendo elencar todos, não quero deixar de nomear aqueles que a memória mais insiste em fazer permanecer: Daniel Barreira, José Guilherme, Pedro Silva, José António Silva, Israel Teoldo, João Brito, André Seabra, João Ribeiro, João Carlos Costa, Carlos Mangas, Tiago Costa e Hélder Fonseca;

·- A rede de relações estabelecidas com professores e investigadores que foram atapetando e iluminando o nosso caminho, nomeadamente: Maria Teresa Anguera, Go Tani, Jean Dufour, Keith Davids, Pablo Greco, Mark Williams, Jean Francis Gréhaigne, Jorge Proença, Manuel Pombo e Mike Hughes;

 - As campanhas de formação de professores e de treinadores levadas a cabo em Portugal e no estrangeiro. Recordo, em particular, os períodos passados a lecionar na Universidade Pedagógica de Maputo, aí tendo coincidido com os meus colegas e amigos António Marques, António Fonseca, José Maia, Paulo Santos e António Prista. Foram tempos de aprendizagem e de convívio, únicos e inesquecíveis;

 - As provas públicas consumadas na Faculdade, porque em todas tive a felicidade de contar com a presença de familiares, colegas e amigos que muito estimo; 

 - As passagens pelo FC Porto, pelo Sporting CP e pela Seleção Nacional Portuguesa, porquanto as vivências daí decorrentes, para além de me terem trazido preciosos amigos, favoreceram significativamente o meu modo de perspetivar o fenómeno desportivo, o treino, o ensino e a pesquisa;

 - A primeira comunicação que realizei, em 1986, no Fórum Horizonte, na Estação Agronómica de Oeiras. Na primeira fila de uma audiência com cerca de 500 pessoas, encontravam-se várias figuras que eu tinha como enormes referências. Professores, treinadores e autores de livros e de artigos que citávamos, o que transformou aquele momento num forte desafio e numa enorme responsabilidade. 

  

Que imagem gostava que os seus estudantes guardassem do Professor Júlio Garganta?

Embora não seja viável escolhermos os modos como os estudantes nos olham e nos recordam, gostaria que se lembrassem de mim, sobretudo, pelo desígnio de procurar transmitir a importância e o valor de se humanizar o conhecimento e as práticas. Mais ainda em ambientes em que a competição e a disputa de estatutos e de funções é muito intensa e dura.

No seio das inúmeras dúvidas que me assaltam, vive uma certeza: o conhecimento que interessa verdadeiramente é o que permite fazer luz sobre o mundo em que vivemos e o que nos torna melhores, também enquanto pessoas. Quando assim não é, serve, sobretudo, para subsidiar carreiras pessoais e para alimentar egos.

 

Com tantos anos de Faculdade certamente passou por alguns momentos marcantes. Lembra-se de alguma história que possa partilhar connosco?

Considerando contextos como as aulas, as conferências, os cursos de formação de treinadores de futebol, bem como o dia a dia da Faculdade, recordo tantos episódios marcantes, e outros até hilariantes, que davam matéria de sobra para serem reunidos em livro. Vou ponderar essa possibilidade!

 Por agora, aqui deixo um deles.

 Passou-se no Congresso Internacional “Science and Football”, realizado em Eindhoven, em maio de 1991.

Quando chegou a altura de um dos intervenientes, um investigador japonês, apresentar oralmente o seu trabalho, eu e os meus colegas Jorge Pinto e António Natal, apercebemo-nos, pelo cumprimento inicial, que o inglês (idioma oficial do congresso) não seria o seu forte. Mas não esperávamos que o colega nipónico não soubesse dizer mais do que “good morning”, “football”, “film”, “yes e “no”.

Então, imagine-se uma pessoa que não consegue falar inglês, a gesticular, à procura de palavras e expressões que não dominava, tentando transmitir em que consistia o seu trabalho. A situação transformou-se num momento tão constrangedor quanto hilariante, e houve pessoas que tiveram de sair a correr, enquanto riam descontroladamente. Mas o colega nipónico não desistia e continuava gesticulando, pronunciando palavras avulso, mas sempre com a prosódia do idioma japonês.

Foi, de facto, algo insólito.

 

Em duas ou três palavras, a sua passagem pela Faculdade…

Paixão, crescimento, memórias bonitas, amigos para sempre.

 

Qual é a sua maior realização?   

No plano pessoal, a minha superior realização é a filha que a vida me concedeu. A Sara é um ser humano de quem me orgulho todos os dias.

 No plano profissional, sinto-me realizado e lisonjeado por fazer parte de uma escola com a dimensão e a projeção nacional e internacional da FADEUP. Sinto-me grato a esta Faculdade e a todos os que me acolheram, respeitaram e me ajudaram a viver muitos momentos bonitos.

  

Como ocupa os tempos livres?

A dedicar tempo à família, a “treinar”, a ler, a escrever, a cantar, a tocar guitarra e a conviver com os amigos.

 A resposta a esta pergunta pode ser complementada pelo que refiro mais adiante, na questão 14, a propósito dos planos para o futuro.

  

Quer deixar algum conselho aos estudantes da Faculdade?

A vida está sempre a acontecer e é breve. Importa aprender a crescer, desfrutando do percurso, que é individual, único e irrepetível, mas estando ciente de que cada um pode, à sua maneira, ajudar a transformar as pessoas e o mundo em que vivemos. Sugiro, por isso, que estejam bem atentos ao que mais e melhor pode ajudá-los neste desígnio. E sugiro também que cultivem o orgulho de pertencer a uma escola como a FADEUP, e que levem o seu nome mais alto e mais longe, estejam onde estiverem e façam o que fizerem.

 

Que planos tem para o futuro?

Parece-me que o nosso futuro está assaz contaminado por muitos desmandos da espécie humana. Daí que esteja preocupado com o crescente desinvestimento na educação, na saúde, na cultura e na qualidade de vida dos seres humanos, em favor de uma aposta desmesurada no armamento, na guerra e em outros desvarios que sustentam a indignidade e o lucro a qualquer custo.

Mas, tais contrariedades não me levam a render-me ao pessimismo, nem ao esmorecimento. Como alguém disse: A vida é pouca e louca, mas é tudo o que temos.

Portanto, no plano pessoal, e agora com mais tempo para ter tempo, tentarei privilegiar facetas da vida que considero prioritárias, uma das quais é continuar atento ao que me rodeia. Outra, é fazer acontecer mais momentos de convívio com familiares e amigos e dedicar ainda maior atenção à exercitação do corpo, à atividade física e ao treino. Costumo dizer que vou “treinando” com dois grandes objetivos em mente: dispor de energia e de capacidades para brincar com os netos e para os ajudar a crescer; e criar condições para poder desempenhar as várias tarefas que surgem, amenizando, tanto quanto possível, os efeitos da ancianidade.

Para além das orientações de doutoramento que me comprometi a levar a cabo, espero continuar a colaborar em aulas, conferências, cursos, pois continuo a manter vivo o desejo de participar no processo de educação e de formação de seres humanos, bem como na minha própria formação.

Daí que almeje cultivar, mais ainda, a leitura, sobretudo no que tange a numerosos livros que ficaram por ler e a alguns outros que gostaria de revisitar, agora com outro olhar. Aperfeiçoar a escrita é outra das facetas que figuram no “menu” dos empreendimentos pessoais. E desfrutar da música, ouvida e cantada e tocada. Admito que nesta fase da vida se torna ainda mais importante saber escolher as músicas, os livros e as pessoas que nos fazem continuar a gostar de cantar, de tocar, de dançar, e que nos ajudam a dar sentido à vida e a vivê-la de uma forma em que nunca deixemos de aprender, e reaprender, a sentir. Pertenço a um grupo de amigos que se reúnem de 15 em 15 dias, aos sábados, num espaço em que cantamos, tocamos, rimos, comemos e bebemos. É um ambiente de convívio sadio e oxigenante, que muito me compraz.

 Portanto, se a saúde ajudar e o ânimo não me desamparar, não faltará o que fazer.

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