Marta Taveira


Tem 21 anos e reside no Porto. 


É estudante do mestrado em Ensino da Educação Física nos Ensinos Básico e Secundário. Recentemente foi distinguida com o Prémio Cidadania Ativa U.Porto 2025, na categoria Domínio Desportivo, Saúde e Bem-Estar. 


" O que me atraiu ainda mais na FADEUP foi a sua forte ligação

 à comunidade e o desenvolvimento de projetos com impacto real, 

algo que sempre me motivou.",  Marta Taveira

O que a levou a escolher Desporto para a sua área de formação?

Desde pequena, sempre fui apaixonada por Desporto. Estar em movimento fez parte da minha vida desde cedo, não só porque me ajudou a manter um estilo de vida saudável, mas também porque me ensinou valores fundamentais como disciplina, dedicação, trabalho em equipa e respeito pelas regras. Acredito que também tem um papel essencial na educação e na promoção da saúde. Quando chegou a altura de escolher uma área de formação, não tive dúvidas de que queria seguir um caminho ligado ao Desporto e à saúde, porque sei o impacto positivo que o exercício tem no bem-estar físico, psicológico e social das pessoas.

 

E porquê a FADEUP?

Para além de ser na minha cidade, a FADEUP sempre foi uma referência na área do Desporto e da atividade física. A Universidade do Porto é considerada a melhor do país, e estudar aqui sempre foi um objetivo claro para mim. Sabia que iria encontrar uma formação de excelência, num ambiente estimulante e cheio de desafios. O que me atraiu ainda mais na FADEUP foi a sua forte ligação à comunidade e o desenvolvimento de projetos com impacto real, algo que sempre me motivou. Além disso, a área do Desporto e exercício físico ligado à saúde está a crescer, oferecendo ótimas oportunidades para o meu futuro profissional, e a FADEUP tem uma excelente ligação com o mercado de trabalho, proporcionando estágios e projetos que nos permitem aplicar o que aprendemos e preparar-nos para os desafios que virão.

 

Quais são, na sua opinião, os pontos que mais se destacam na formação na Faculdade?

Para mim, o grande destaque da formação na FADEUP é a combinação entre teoria e prática. A formação é exigente, mas temos muitas oportunidades para aplicar o que aprendemos em contextos reais, o que torna tudo muito mais interessante. Participar em projetos que fazem a diferença na sociedade é uma parte essencial da nossa formação. Além disso, a FADEUP tem uma forte ligação à comunidade, desenvolvendo iniciativas com impacto real, o que nos prepara bem para os desafios profissionais. Outro ponto importante é a diversidade de áreas dentro do Desporto e da atividade física. Isso permite-nos sair daqui com uma visão ampla e prontos para atuar em diferentes vertentes.

E, claro, o ambiente inspirador e motivante aliado a uma boa formação garantem que, quando sairmos daqui, estaremos preparados para conquistar o mercado de trabalho e fazer a diferença.

 

Do que mais gosta na Faculdade?

O que mais gosto na Faculdade? Sem dúvida, o ambiente! O espírito da FADEUP é incrível e único. Além disso, o campus e as instalações desportivas, que apesar de precisarem de algumas melhorias, ainda oferecem boas condições.

As oportunidades de participar em projetos e eventos também são fantásticas, e, claro, as amizades que fazemos ao longo do percurso. Fazer amizades, viver novas experiências e ter vivências que nos marcam para a vida são aspetos que tornam a FADEUP ainda mais especial. A formação, embora exigente e cheia de trabalho, também traz grandes desafios que nos fazem crescer constantemente. Aqui, não só aprendemos, mas também crescemos como pessoas, e isso torna a experiência ainda mais enriquecedora.

 

Foi recentemente distinguida com o Prémio Cidadania Ativa da Universidade do Porto. Quer falar-nos sobre a sua atividade que levou à atribuição do prémio?

Sim, claro! Este prémio foi um grande reconhecimento do trabalho que desenvolvi em projetos como "Mais Ativos, Mais Vividos", "De Volta à Forma" e "Lipedema". O objetivo de cada um desses projetos é melhorar a qualidade de vida de populações vulneráveis, como idosos, doentes oncológicos e mulheres com lipedema, através do exercício físico. Através de sessões de exercício e apoio emocional, conseguimos promover a inclusão social, bem-estar físico e mental dessas pessoas. Além disso, uma das ações que me marcou foi a doação de 35cm do meu cabelo para a Mama Help, contribuindo para a autoestima das mulheres em tratamento oncológico. O impacto desses programas tem sido muito positivo e, ver o trabalho a ser reconhecido, foi extremamente gratificante.

 

Como é que surge a ideia de se dedicar as estas causas?

Sempre tive um interesse enorme sobre como o exercício pode mudar a vida das pessoas, seja para melhorar a saúde ou para promover a inclusão. Quando surgiu a oportunidade de me envolver em projetos que uniam essas duas coisas, percebi que era exatamente isto que queria fazer. O que me motiva todos os dias é saber que o Desporto tem o poder de realmente fazer a diferença na vida de alguém. E ver os resultados positivos e ouvir o feedback dos participantes só me dá mais força para continuar a seguir este caminho.

 

Quais os maiores desafios que encontrou durante este trajeto?

Os maiores desafios que encontrei foram garantir que os participantes se mantivessem motivados e quebrar os estereótipos e barreiras que ainda existem em relação ao exercício físico. Adaptar e personalizar as sessões para cada pessoa é essencial para manter essa motivação. Trabalhar com populações vulneráveis exige sensibilidade e, muitas vezes, criatividade para encontrar soluções que realmente funcionem. Além disso, lidar com as limitações físicas e emocionais dos participantes exigiu flexibilidade e a capacidade de improvisar.

 

O que sentiu ao ver-lhe ser atribuída esta distinção?

Receber esta distinção foi uma grande honra e uma enorme motivação para continuar o trabalho. Embora o nosso foco não seja ganhar prémios, é muito gratificante ver que o impacto do nosso esforço é reconhecido. O Prémio Cidadania Ativa da Universidade do Porto é especial porque vai além do reconhecimento pessoal e destaca a importância do exercício físico para populações vulneráveis, como idosos, doentes oncológicos e mulheres com lipedema. Este prémio ajuda a desmistificar a ideia de que o exercício não pode ser feito por essas populações, mostrando que, com base em evidência científica, ele é seguro e essencial para melhorar a qualidade de vida, a funcionalidade e o bem-estar. Desde que ajustado, o exercício pode e deve ser feito por populações, mesmo as mais vulneráveis. Também reforça a necessidade de mudar mentalidades e combater barreiras e estereótipos, incentivando mais profissionais a integrar a atividade física nos cuidados de saúde.

 

Falemos de perspetivas profissionais. O que gostava de fazer profissionalmente e porquê?

Gostava muito de continuar a trabalhar na promoção da saúde e bem-estar através do exercício, seja a desenvolver novos projetos, a trabalhar diretamente com as pessoas ou até mesmo na área da investigação. A reabilitação também é algo que me interessa muito. O meu objetivo é fazer com que cada vez mais pessoas tenham acesso aos benefícios do exercício físico, porque acredito mesmo no poder transformador do Desporto.

Quero continuar a fazer parte de projetos que tenham um impacto real na vida das pessoas, seja a nível físico, psicológico ou social. A minha motivação vem de querer fazer a diferença na vida das populações mais vulneráveis, mostrando que o exercício é uma ferramenta fundamental para a saúde e bem-estar.

 

Já é estudante FADEUP há alguns anos e criou certamente algumas memórias. Há algum momento em especial que a tenha marcado?

Foram muitos momentos que me marcaram! Desde eventos desportivos até às experiências em projetos comunitários, onde aprendemos imenso com as histórias de vida dos mais velhos. Esses momentos são especiais porque sentimos que o que estamos a aprender na prática, ajustando-nos tanto profissionalmente como pessoalmente, pode realmente fazer a diferença na vida de alguém.

Além disso, o facto de pertencer à associação de estudantes permitiu-me desenvolver novas capacidades, ter experiências fora da minha área de conhecimento, e criar novas amizades. Foram vivências incríveis que me ajudaram a crescer de várias maneiras.

 

Qual é a sua maior realização até hoje?

A minha maior realização até hoje tem a ver com os projetos que desenvolvi, principalmente na área de promoção de saúde e bem-estar. Ver o impacto que conseguimos ter na vida das pessoas, e as mudanças reais que geramos, é a minha maior recompensa. No entanto, as atividades académicas também foram muito marcantes para mim. Tenho participado na Semana Académica e noutros eventos, onde pude contribuir para a comunidade da FADEUP e viver o espírito da Faculdade. Esses momentos, de envolvimento e aprendizagem, também fazem parte das minhas maiores conquistas.

 

Como ocupa os tempos livres?

Nos meus tempos livres, gosto de praticar Desporto – sou atleta federada de basquetebol! Também sou fã de viagens, adoro explorar novos lugares e, claro, passar tempo com a minha família e amigos.

 

O que espera do futuro?

Quero continuar a crescer profissionalmente, lançar novos projetos e espalhar a minha paixão pelo Desporto e bem-estar para cada vez mais pessoas. O meu objetivo é fazer a diferença em tudo o que faço, seja na investigação, na intervenção ou criando programas inovadores. Quero seguir a minha missão de transformar vidas e contribuir para uma sociedade mais saudável e inclusiva. Além disso, adoro ser treinadora e espero que a profissão me continue a desafiar e a motivar a cada dia. Trabalhar no que gosto, ser bem-sucedida e ainda ajudar a tornar o mundo um lugar melhor – isso é o que eu quero!

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