Nº #57  Abr 2025
 
 
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Faculdade de Medicina
da Universidade do Porto
 
 
Alianças para inovar, competências para transformar a saúde

A 2.ª edição do Encontro de Parceiros da Licenciatura em Saúde Digital e Inovação Biomédica (SauD InoB) decorreu no dia 11 de abril. O espírito colaborativo e de diálogo interdisciplinar e interinstitucional que caracteriza esta licenciatura esteve bem patente ao longo de todo o dia. Parceiros, estudantes e docentes debateram as necessidades e tendências de mercado do setor da saúde com especial foco nos dados, nas tecnologias e na inovação. Face à evolução acelerada do conhecimento, das tecnologias, mas também dos desafios colocados à saúde, este diálogo é essencial para a adequação e eficiência dos processos de ensino-aprendizagem na licenciatura SauD InoB. Foi entusiasmante sentir a energia partilhada em torno da transformação do ensino e da prática dos cuidados de saúde. Para tal, foi determinante a qualidade e diversidade das intervenções dos parceiros da Digestaid (Prof. Miguel Mascarenhas), BIAL (Dr. Diogo Magalhães), Germano de Sousa (Dr.ª Brígida Meireles), Roche (Dr. Duarte Oliveira), Ciberbit (Dr. Jorge Xavier), I3S (Professor Claudio Sunkel), SECTRA (Eng. António Martins), SPMS (Eng.ª Maria João Campos) e INFARMED (Dr. Carlos Alves).


O evento ficou também marcado pela reflexão de grande atualidade e profundidade da Dr.ª Maria de Belém Roseira, apresentada pelo Professor Altamiro da Costa Pereira, Diretor da FMUP, sobre o tema "Inovação e transformação da saúde em Portugal".  A intervenção da Prof.ª Alexandra Gonçalves, responsável pelas iniciativas digitais médicas na Bristol Myers Squibb, em Boston, foi também um momento marcante, tendo salientado a transformação que a Inteligência Artificial está a operar em todas as fases da investigação, desenvolvimento e avaliação de novas terapêuticas e que levará à generalização da personalização terapêutica. O programa incluiu também um workshop realizado pela Fraunhofer AICOS.


Finalmente, gostaríamos de destacar a apresentação de duas iniciativas em colaboração com os parceiros – o "Hospital Virtual Lab" e o "Laboratório de Ideias", que refletem bem a identidade prática e experimental da formação diferenciadora da Licenciatura SauD InoB. 


Queremos que esta licenciatura seja um verdadeiro ecossistema de inovação, de participação ativa e de crescimento pessoal e académico. Estas ligações estratégicas entre a SauD InoB e o tecido empresarial, clínico e regulador estão a permitir aos estudantes o acesso a experiências reais, projetos aplicados e perspetivas de empregabilidade inovadoras.


Para nós é um privilégio podermos, desde o 1.º ano, estar em contacto com empresas, laboratórios, institutos e entidades que são referências indiscutíveis a nível nacional e também internacional e vê-las como parceiros e aliados de todo o percurso formativo.


Assim, o 2.º Encontro de Parceiros foi mais do que uma mostra do que se faz, foi uma celebração daquilo que se constrói em conjunto. Acreditamos que a licenciatura em SauD InoB não se pode limitar a um plano de estudos. É no equilíbrio entre a teoria e a prática, entre a investigação e a aplicação, que a SauD InoB consolida a sua identidade. Na SauD InoB, os estudantes aprendem "como fazer", mas também como pensar criticamente e como propor soluções criativas para os desafios da Saúde. É esta visão abrangente que torna a SauD InoB única no ensino superior português e uma aposta estratégica num contexto global em que a saúde digital assume um papel cada vez mais central nas políticas públicas, na investigação científica e na inovação empresarial. 


João Fonseca
Diretor da Licenciatura


Nuno Vale
Membro da Comissão Científica responsável pelas parcerias


Diana Galhardo
Estudante, Presidente da 1.ª Comissão de Curso da Licenciatura


Helena Silva
Estudante, Membro da Comissão de Acompanhamento da Licenciatura



 
 
 
 
FMUP ALERTA PARA RISCOS DA SUPLEMENTAÇÃO SEM ACONSELHAMENTO
Já são conhecidos os primeiros dados do VeggieNutri, um estudo desenvolvido na FMUP desde 2022, que compara os efeitos da adoção de diferentes dietas na composição corporal e em parâmetros de saúde metabólica.

Os resultados deste estudo pioneiro em Portugal são surpreendentes e fazem soar os alarmes para os riscos de tomar suplementos alimentares sem aconselhamento de profissionais, lançando alertas às autoridades de saúde.


 
 
FMUP ESTUDA IMPACTO DAS ALGAS NA SAÚDE CARDÍACA E VASCULAR
A FMUP está a recrutar 150 voluntários para um novo ensaio clínico com o objetivo de avaliar o impacto da ingestão de algas na redução do risco cardiovascular.

Os participantes deverão ter mais de 50 anos e elevado risco cardiovascular ou histórico de AVC (acidente vascular cerebral) ou de ataque cardíaco (enfarte do miocárdio), e deverão estar dispostos a adicionar à sua dieta habitual uma suplementação à base de algas.


 
 
 
PORTUGAL “NÃO TEM UM PROBLEMA DE FALTA DE MÉDICOS, MAS DE ORGANIZAÇÃO”

Novas escolas médicas: Sim, não, talvez, como, quando, onde? Quantos médicos a mais será preciso formar para resolver os problemas de saúde do nosso país? Foi à volta destes temas que um extenso painel refletiu, na 3.ª Reunião do Conselho Pedagógico da FMUP.


Para Adalberto Campos Fernandes, ex-ministro da Saúde e convidado especial desta sessão, Portugal “não tem um problema de falta de médicos”. O problema será, sobretudo, de organização dos recursos.


“Em 2015, tínhamos uma despesa de 9 mil milhões e estamos a caminhar para 20 mil milhões. Estamos a pôr muitos recursos, mas não estamos a tirar do sistema as respostas que os portugueses queriam”, afirmou.


O ex-governante considerou que “o desalinhamento entre as necessidades e a resposta [do SNS] deve ser olhado muito mais na ótica da organização e da eficiência dos meios e muito menos da perspetiva de abrir faculdades em cada capital de distrito”.


Em seu entender, “abrir ou fechar escolas de Medicina só deve ter em conta se têm qualidade, se acrescentam valor e se servem o interesse público”, o que implica estudar e projetar com base no conhecimento e não no soudbite da rua”, com “politiquices” e com os “mitos existentes”.


Altamiro da Costa Pereira, diretor da FMUP, exige as condições para manter a qualidade do ensino, independentemente do número de estudantes que entram por ano.


“O que pode afetar mais a qualidade do ensino são as relações com os hospitais do SNS e a capacidade desses hospitais de acolherem bem os estudantes de Medicina. Mas a FMUP tem muitos protocolos de afiliação, já com mais de 20 hospitais e com muitos centros de saúde”, esperando-se que continue a “abrir-se para o exterior e a usar todos os recursos no SNS e fora do SNS”.


Como resumiu o presidente do Conselho Pedagógico da FMUP, “ficou bem claro que não há falta de escolas médicas em Portugal”. No final da reunião, que considerou “um sucesso a vários níveis”, Roberto Roncon de Albuquerque sublinhou que “o problema tem a ver com a qualidade de avaliação formativa e do futuro dos mestres em Medicina”. Em discussão estiveram também as competências dos futuros médicos e de outros profissionais, de modo que a FMUP se mantenha “na vanguarda do ensino médico pré e pós-graduado”.


Em debate estiveram igualmente questões como a do aumento de médicos não especialistas que preferem prestar serviços como indiferenciados, a “mercantilização” da profissão, medidas como a dedicação exclusiva e o futuro da carreira académica e do médico-investigador, “espécie” cuja extinção Adalberto Campos Fernandes quer combater com “uma reserva natural protegida”.


A propósito, esteve em cima da mesa o relatório apresentado pela Comissão Técnica Independente (CTI) sobre as ULS Universitárias. Adalberto Campos Fernandes, que liderou a CTI, espera que, independentemente do governo que sair das eleições legislativas, se compreenda que “a criação dos Centros Clínicos Universitários é uma emergência, um imperativo nacional”.


Esta iniciativa, enquadrada no programa de comemorações do Bicentenário da FMUP, contou ainda com a participação de diversas personalidades da Academia.



 
 
 
 
FMUP apresenta exposição "BioFiligranas" de Olga Noronha


 
 
PROFESSORAS E ESTUDANTES DA FMUP DISTINGUIDOS PELA U.PORTO


 
 
Professores e investigadores da FMUP tomaram posse em cerimónia simbólica


 
 
FMUP E MUSEU MILITAR UNEM-SE PARA PROMOVER HISTÓRIA DA MEDICINA MILITAR


 
 

Última hora



RISE-Health é, oficialmente, a maior unidade de investigação do país e terá o terceiro maior financiamento, logo após o GIMM e o I3S. Resultados da avaliação da FCT conhecidos hoje confirmam.


FMUP NOS MEDIA


– Em declarações à Renascença, João Fonseca, diretor da Licenciatura SauD InoB, afirmou que a “saúde humana depende, cada vez mais, da saúde do planeta”.


– O Jornal de Notícias visitou o Hospital dos Pequeninos, uma iniciativa da AEFMUP para ajudar os mais pequenos a perder o medo da bata branca.


– Paula Freitas, médica e professora da FMUP, foi uma das especialistas auscultadas pela SIC para a reportagem “Corrida ao Ozempic: loucura pelo medicamento usado para emagrecer chegou ao mercado negro”.


– O JPN — JornalismoPortoNet acompanhou a 3.ª Reunião do Conselho Pedagógico da FMUP, que contou com a presença de Adalberto Campos Fernandes, antigo ministro da Saúde.


– “Travar o envelhecimento – os últimos avanços da ciência” é o título da reportagem da Sábado que contou com declarações de Alexandra Matias e de José Paulo Andrade, da FMUP.


– A Agência Lusa deu conta dos primeiros resultados do estudo “VeggieNutri” e falou com as investigadoras Cátia Pinheiro e Elisa Keating.


Alexandra Matias, Delminda Neves e Rui Nunes, professores da FMUP, participaram na rubrica “Consultório”, transmitida no Porto Canal.


– Um artigo do Público recordou os resultados de um estudo da FMUP, que apontava, em 2022, que mais de metade das agulhas e lancetas utilizadas por diabéticos eram depositadas no lixo comum.


– A partir do próximo ano letivo, a FMUP vai estrear o Mestrado em Assistência Integral em Urgências e Emergências. Para ler mais no site do JPN — JornalismoPortoNet.


– “A grande causa do autismo é a ingestão de alimentos transgénicos?” é o título de um artigo do Viral, que contou com as declarações de Patrícia Monteiro, investigadora da FMUP.


– A pediatra e professora da FMUP Carla Rêgo falou com o Jornal de Notícias sobre os benefícios e as incertezas da Vitamina D na gravidez.



 
 
 
 
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Edição: Unidade de Gestão de Comunicação - FMUP | Redação: Olga Magalhães, Daniel Dias, Cláudia Azevedo | Infografia e Imagem: Bárbara Mota, Miguel Alves e Hugo Silva | Produção: Pedro Sacadura
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