Nº #48  Jun 2024
 
 
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Faculdade de Medicina
da Universidade do Porto
 
 
A importância do ensino pós-graduado

Numa altura em que a Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP), como instituição de referência na formação médica pré-graduada, está prestes a celebrar os seus 200 anos, importa refletir sobre o crescimento exponencial e a enorme transformação que a aposta na formação pós-graduada trouxeram ao longo das últimas 2 a 3 décadas a esta instituição secular.


Para esta reflexão é relevante recordar que, nas universidades portuguesas, durante muito tempo, os mestrados eram relativamente escassos e os doutoramentos estavam frequentemente reservados a um número restrito de docentes, na maioria das vezes escolhidos pelo catedrático da respetiva área, nem sempre de acordo com critérios de mérito ou qualidade.


Felizmente, o ensino pós-graduado em Portugal passou por uma transformação substancial nas últimas décadas e os graus de mestre e de doutor deixaram de estar quase exclusivamente ligados à carreira docente e à promoção académica para se constituírem e afirmarem como etapas de formação avançada que refletem a evolução global das exigências do mercado de trabalho e das expectativas académicas. Esta transição tem sido marcada por uma expansão das ofertas de programas de mestrado e doutoramento, além de uma crescente valorização da investigação científica e da inovação.


A diversificação das áreas de estudo foi uma das características da expansão do ensino pós-graduado na FMUP, que permitiu não só atrair um maior número de estudantes, mas também responder à necessidade de formar profissionais com competências especializadas em áreas emergentes.


Outro ponto importante diz respeito à qualidade e reconhecimento dos seus programas de pós-graduação, decorrente, entre outros, de uma aposta sustentada na internacionalização, com o estabelecimento de parcerias e a promoção da mobilidade de estudantes e docentes.


Outro pilar fundamental do ensino pós-graduado é a investigação e inovação científica. A FMUP tem mantido desde há décadas uma liderança sólida neste campo, traduzida num aumento sustentado da produção científica, nas publicações em revistas indexadas de topo com elevado fator de impacto, bem como na transferência de conhecimento e criação de valor para o mesmo. Para esse sucesso, muito contribuíram as Unidades de I&D sediadas na FMUP (UnIC e CINTESIS), bem como a parceria com outras Unidades do perímetro da UP. A recente criação da RISE-Health decorrente da fusão destas duas Unidades de I&D com a MedInUP e a CICS-UBI, que resultou na maior Unidade que se candidatou ao mais recente concurso de financiamento da FCT, faz antever um novo período de crescimento acelerado da investigação, inovação e formação pós-graduada da FMUP.


Ainda assim, a sustentabilidade e a continuidade deste crescimento dependem de um financiamento robusto que esperamos obter e que seguramente merecemos.


O futuro do ensino pós-graduado na FMUP dependerá da sua capacidade de inovar e de se adaptar às mudanças rápidas na ciência médica e na prática clínica. A aposta em novas tecnologias, como a inteligência artificial e a medicina personalizada, será fundamental para manter a relevância e a excelência da formação oferecida. Com um compromisso contínuo com a excelência, inovação e cooperação, a FMUP está bem posicionada para enfrentar os desafios futuros e contribuir significativamente para a melhoria da saúde global.


Adelino Leite Moreira
Presidente do Conselho Científico da FMUP



 
 
 
 
FMUP RECRUTA MULHERES PARA INVESTIGAR PERDA RECORRENTE DE GRAVIDEZ
Um estudo em curso na FMUP pretende estudar a perda recorrente de gravidez, que consiste em abortamentos espontâneos em duas ou mais gestações consecutivas até às 24 semanas, nas situações em que não existe uma causa identificada.

A equipa da FMUP está a recrutar mulheres saudáveis, em idade reprodutiva, sem história de abortamentos recorrentes e com pelo menos um filho. As voluntárias não serão submetidas a qualquer teste invasivo, sendo-lhes apenas solicitada a colheita de amostras de fluido menstrual.


 
 
REALIDADE VIRTUAL VAI TORNAR PARTO MAIS FISIOLÓGICO E SEGURO

A FMUP está a participar num projeto europeu que visa o desenvolvimento de tecnologia de realidade virtual e aumentada para melhorar o treino de profissionais de saúde no posicionamento correto da mãe durante o parto, promovendo um processo mais fisiológico e seguro, tanto para a mãe como para o bebé.


O objetivo do projeto, financiado pelo Erasmus+ Cooperation Partnerships in Higher Education, é ultrapassar as limitações do ensino tradicional através do recurso à realidade virtual e à realidade aumentada.



 
 
 
LICENCIATURA SAUD INOB ABRE “NOVO CAPÍTULO DA SAÚDE EM PORTUGAL"

A nova Licenciatura em Saúde Digital e Inovação Biomédica (SauD InoB) promete marcar o início de “um novo capítulo da FMUP e da saúde em Portugal”. As palavras são da ministra da Juventude e Modernização, Margarida Balseiro Lopes, e fecharam com chave de ouro a sessão de apresentação do novo curso da U.Porto, que decorreu no passado dia 17 de maio.


Margarida Balseiro Lopes pretendeu mostrar que o governo apoia, saúda e aplaude a nova licenciatura, “com grande entusiasmo e otimismo”.


Para a governante, o curso “desempenhará um papel fundamental na formação de uma nova geração de profissionais aptos a operar nesta nova era da Medicina. As unidades de saúde, as empresas, os laboratórios, as entidades reguladoras, os governos e as organizações a nível nacional e internacional precisam de profissionais híbridos e criativos que trabalhem numa lógica multidisciplinar”.


A ministra considerou ainda que a Licenciatura SauD InoB não só “moldará o futuro da saúde em Portugal” como “irá contribuir para uma mudança no paradigma dos cuidados de saúde”.


Entusiasmo, expetativa e coragem foram algumas das palavras usadas para classificar a nova Licenciatura da U.Porto, que foi, desde o início, “muito acarinhada” pelo diretor da FMUP, Altamiro da Costa Pereira.


Nas palavras do responsável máximo da faculdade, esta é “uma Licenciatura da academia” que terá “sucesso”, sendo “muito importante” que exista um “entendimento comum” para que sejamos “pioneiros” e “líderes”.


O diretor da Licenciatura, João Fonseca, dirigiu-se em particular aos parceiros académicos, mas também aos não académicos desta nova Licenciatura “de banda larga”, que irá “formar novos profissionais”, verdadeiros “híbridos”, com "conhecimentos e aptidões tecnológicas, que dominem a linguagem, os raciocínios e os processos da prestação de cuidados de saúde e sejam capazes de criar novas soluções e de fazer pontes entre as áreas tecnológicas e clínicas”.


O objetivo é “contribuir para a transformação digital e para os processos de inovação, dando resposta às necessidades dos subsetores da saúde” e abrindo-se, de forma “disruptiva”, à sociedade e ao mercado de trabalho.


A iniciativa incluiu um debate sobre “O Papel da Academia na Transformação Digital e na Inovação em Saúde”, moderado pelo presidente do Conselho Científico da FMUP, Adelino Leite Moreira.


O painel contou com a participação de Miguel Coimbra, vogal do Conselho Executivo da Faculdade de Ciências (FCUP), Maria João Viamonte, presidente do Instituto Superior de Engenharia do Porto (ISEP), Fernando Schmitt, diretor do RiSE, José Carlos Machado, membro do Board of Directors do i3S, Gabriel David, vice-presidente do INESC TEC, e a presidente da AEFMUP, Emília Pinho.


Recorde-se que a nova Licenciatura em Saúde Digital e Inovação Biomédica é financiada pelos fundos do programa «Next Generation EU» do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), através do «Programa de Formação Multidisciplinar da U.Porto – Impulso Jovens STEAM & Impulso Adultos».



 
 
 
 
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PODCAST | EPISÓDIO #7 A SAÚDE COMO UM BEM UNIVERSAL


 
 
FOTOGRAFIAS DE ANTÓNIO GUERRA GANHAM "ASAS" NA FMUP


 
 
FMUP NOS MEDIA

- Um estudo da FMUP revela que os jovens desconhecem as causas do cancro do colo do útero. Para ler no Jornal de Notícias.


- “Embriões sem mãe nem pai” é o título de um artigo no Expresso que contou com as declarações de Alberto Barros, diretor do departamento de Patologia da FMUP.


- A obesidade foi um dos principais temas abordados na entrevista que a Visão fez a Paula Freitas, professora da FMUP.


- O Expresso conversou com Miguel Ricou e Susana Almeida, ambos da FMUP, a propósito do caso de uma jovem dos Países Baixos que apresentou um pedido de eutanásia relacionado com problemas de saúde mental.


- Os professores da FMUP José Carlos Machado e Diogo Libânio falaram à CNN Portugal sobre a prevalência de cancros do estômago no Norte do país.


- O especialista da FMUP Sérgio Sampaio esteve presente no “Consultório”, um programa do Porto Canal cujo tema foram as varizes e as doenças venosas.


- A propósito do Dia Mundial da Hipertensão, Ricardo Ladeiras Lopes, docente da FMUP, falou sobre a importância da hipertensão arterial à EuroNews.



 
 
 
 
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