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Faculdade de Medicina
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A FMUP prossegue de forma consistente o caminho da internacionalização |
O plano estratégico da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP) estabelece a internacionalização como um pilar fundamental para o crescimento da instituição. A atividade científica em colaboração com instituições estrangeiras mostra-o visivelmente e está resumida no gráfico que acompanha este texto. Na verdade, a par do aumento das publicações da FMUP registadas no WoS, também é evidente um crescimento da percentagem de trabalhos científicos em que a FMUP colaborou com instituições de outros países, confirmando a crescente internacionalização da nossa atividade científica. É de salientar a evolução de 2023 para 2024, na qual se constata que a percentagem dos artigos com colaboração internacional subiu de 41,4%, em 2023, para 57,2%, em 2024. Esperamos que esta evolução tão positiva se mantenha nos próximos anos, aproveitando o fator estimulador que a aprovação do RISE-Health constitui para a atividade científica, clínica e de translação desenvolvida na FMUP.
O caminho da internacionalização foi também evidente na mobilidade dos estudantes. Se compararmos a mobilidade in e out dos estudantes em 2024 com os dados pré-pandemia (2018), constatámos um crescimento de 15,5% e 29%, respetivamente. Estas percentagens têm um enorme potencial de progressão. Em particular, a mobilidade in dos estudantes pode facilmente aumentar se o número de unidades curriculares que ministram em inglês crescer. A Direção da FMUP está aberta à criação de turmas para estudantes internacionais, de modo a ultrapassar constrangimentos causados pela barreira linguística. A proporção da mobilidade out dos estudantes pré-graduados da FMUP necessita de ser ampliada. É cerca de metade dos 20% desejados por Bolonha, mas há que compreender que as diferenças no custo de vida entre Portugal e os outros países europeus criam uma dificuldade acrescida.
A mobilidade potenciada pela Educação Contínua surge como área a explorar nos próximos anos. A realização de três cursos em formato misto, Blended Intensive Programme in Geriatrics, mostrou efeitos multiplicadores nos totais de mobilidade de docentes (50% do total de mobilidades de staff em 2023/2024) e de estudantes estrangeiros matriculados em cursos não conferentes de grau. Ganha-se um efeito de promoção e afirmação da FMUP a nível internacional. A quarta edição do Blended Intensive Programme in Geriatrics decorrerá em 2026 e deseja-se que seja a semente para a criação de outros programas idênticos.
Também as parcerias de cooperação internacional com colaboração da FMUP e apoio do programa Erasmus+ pontuam a presença internacional da faculdade e prometem vir a aumentar no futuro próximo. Nos últimos dois anos implementaram-se 2 projetos – LIFESTRAND e SurgicalCOMM – de financiamento nos escalões superiores, com parceiros do leste, sul e centro da Europa.
A adesão em 2020 da FMUP à EUGLOH foi um passo decisivo para a nossa afirmação internacional. Através da EUGLOH, a FMUP encontra-se ligada às escolas de Medicina das Universidades de Paris-Saclay (França), Ludwig Maximilian de Munique (Alemanha), Lund (Suécia), Szeged (Hungria), Hamburgo (Alemanha), Universidade Árctica da Noruega (Noruega), Novi Sad (Sérvia) e Alcalá (Espanha). Esta Aliança criou novas oportunidades para a mobilidade de estudantes e staff e abriu novas colaborações pedagógicas e científicas. Este ano, no contexto da Annual Summit 2025 da EUGLOH, que decorreu no Porto entre 22 e 24 de outubro, a FMUP foi responsável pela organização do 6th Annual Student Research Conference, organizou o workshop intitulado Translational and Clinical Research must be linked, que contou com palestras de investigadores da FMUP nas áreas de Cardiologia, Oncologia e Neuro-Engenharia e organizou uma visita às instalações da FMUP/RISE-Health para os participantes do Annual Summit. A comitiva consistiu em 40 visitantes oriundos de instituições parceiras da Noruega, Suécia, França, Reino Unido, Irlanda, Hungria, Sérvia, Alemanha e Áustria, entre estudantes, docentes e técnicos.
Para reforçar a internacionalização com países asiáticos, nomeadamente com a China, uma delegação da FMUP, chefiada pelo Professor Altamiro da Costa Pereira, deslocou-se a Xangai, onde teve a oportunidade de estabelecer relações com a Universidade de Fudan.
Sendo o ano do Bicentenário da FMUP, realizamos uma conferência onde tivemos como orador o reitor da Universidade de Salamanca, uma instituição com mais de 800 anos de vida, sendo uma das mais antigas universidades europeias. Curiosamente, a Universidade de Salamanca incluiu o ensino da Medicina desde a sua fundação em 1218. O Magnífico Reitor, Professor Juan Manuel Corchado, sendo uma especialista de renome mundial na área da Inteligência Artificial (IA), proferiu uma conferência sobre os desafios que a IA poderá trazer para as universidades, nomeadamente para o ensino e para a investigação. A sessão, que tive o prazer de moderar juntamente com a professora Fátima Vieira (vice-reitora da Universidade do Porto), contou ainda com as alocuções dos professores José Paulo Andrade e José Fragata.
Em conclusão, a FMUP está fortemente empenhada no esforço de internacionalização com o objetivo final de contribuir para a inovação e desenvolvimento da Saúde em Portugal. Para isso, conta com uma estrutura administrativa organizada, o Núcleo de Mobilidade Académica e Internacionalização da Unidade de Gestão Académica, onde prepondera a atividade da Doutora Paula Guilhermina Fernandes, e com a Unidade de Gestão de Comunicação, coordenada pela Doutora Olga Magalhães, e com o empenho dos docentes e investigadores da FMUP e do RISE-Health.
Francisco Cruz Subdiretor da FMUP
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Estudo da FMUP revela que taxa de episiotomias está em queda desde 2013 |
Um estudo da FMUP revela que a prática de episiotomias (corte de tecidos em partos vaginais) em Portugal desceu significativamente entre 2013 e 2022, passando de 60% para 21% nos hospitais públicos nacionais. Publicado na revista International Journal of Gynecology and Obstetrics, o estudo apresenta evidência científica baseada em dados oficiais recolhidos junto de todos os hospitais públicos nacionais, podendo ajudar a clarificar um dos temas mais discutidos de saúde obstétrica nos últimos tempos.
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Especialistas debateram a Gestão da Saúde em Congresso na FMUP |
No mês de outubro, a Faculdade de Medicina promoveu o I Congresso Nacional de Gestão da Saúde. Questões como a liderança na gestão da saúde e a organização do sistema de saúde, em particular na gestão dos cuidados paliativos, juntaram professores universitários, economistas, gestores, administradores e responsáveis de organizações públicas e privadas para “uma reflexão mais oportuna do que nunca”, como sublinhou Guilhermina Rego, copresidente do evento, juntamente com Rui Nunes, ambos da FMUP.
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FMUP debateu a memória histórica e IA nas universidades |
Olhar para a memória histórica das universidades para (melhor) projetar o seu futuro, na era da Inteligência Artificial. Este foi o mote para a Conferência “University: Historical Insights & AI Horizons”, que a FMUP organizou, no dia 17 de outubro, no âmbito do seu Bicentenário.
Esta iniciativa teve como principal orador o Reitor da Universidade de Salamanca, Juan Manuel Corchado, um dos maiores especialistas em inteligência artificial (IA). Ao líder de uma das mais antigas universidades do mundo juntaram-se, neste painel, José Fragata, professor catedrático jubilado da Nova Medical School, e José Paulo Andrade, professor catedrático e coordenador dos Museus da FMUP.
Na sessão de abertura, a fazer as honras da “casa”, esteve o subdiretor da FMUP, Francisco Cruz, para quem “é extremamente importante refletirmos sobre os nossos 200 anos para sabermos como devem ser os próximos”. A presença do Reitor da Universidade de Salamanca, que, com mais de 800 anos, é “a mais antiga do Sul da Europa”, foi, assim, uma oportunidade para aprender com quem tem mais experiência.
Francisco Cruz esteve acompanhado da Vice-Reitora para a Cultura e Museus da U.Porto, Fátima Vieira, enquanto, na plateia, assistiam convidados externos, responsáveis de órgãos de gestão, professores, investigadores e demais comunidade académica.
Com um trabalho de décadas em inteligência artificial, Juan Manuel Corchado recordou os primórdios da IA e a sua evolução, ensinando como funcionam os modelos de linguagem e como tirar partido das ferramentas existentes em diversas áreas.
O especialista focou-se nos LLM (Large Language Models) e RAG (Retrieval Augmented Generation Architecture), dando o exemplo de uma ferramenta “sensível” utilizada pela comunidade académica da Universidade de Salamanca. Um exemplo deste uso é a possibilidade de apoiar a decisão com a inserção de dados clínicos de um doente com uma suspeita de cancro, por exemplo.
Embora acredite que “a IA não vai substituir o médico ou o profissional”, Juan Manuel Corchado entende que “quem a utilizar será muito mais eficiente” e garante que “não há que ter medo”, algo que atribui aos filmes de Hollywood. Na saúde, realçou as potencialidades na educação médica e no treino, na triagem de doentes e assistência virtual, na documentação e reporte, na investigação clínica, na medicina personalizada e de precisão, na vigilância em saúde pública e epidemiologia e na literacia em saúde.
Fátima Vieira deu voz a alguns desses “medos” relativamente à IA, na qualidade de investigadora em Ciências Sociais e de utente dos serviços de saúde. Medos como a perda de conhecimento a nível individual e a perda de contacto humano. “Como manter a precisão e a eficiência, mantendo a dimensão humana?”, questionou a Vice-Reitora, colocando a hipótese num cenário de “apagão”.
Coube a José Fragata falar sobre o modo como a organização hospitalar pode influenciar e comprometer a formação e a qualificação dos futuros profissionais de saúde. Para o cirurgião cardiotorácico renomado mundialmente, os modelos de organização hospitalar têm um impacto significativo na qualidade do ensino clínico e devem ser repensados, assentando num conceito de “Medicina Académica” e de “missão tripartida que englobe os cuidados de saúde, a educação e a investigação”.
É essa reforma que o professor catedrático jubilado espera que arranque “em breve”. Para tal, o também vice-presidente da Comissão Técnica Independente para as Unidades Locais de Saúde (ULS), um grupo de peritos criado para estudar as ULS de cariz universitário e a sua relação com o ensino médico, a formação e a investigação, lembra que foi apresentado ao Governo um relatório com uma série de recomendações e estratégias de mudança.
Por sua vez, José Paulo Andrade, professor de Anatomia e coordenador dos Museus da FMUP, traçou uma ponte entre o passado e o futuro do ensino, focando-se na interseção entre a preservação da memória e o futuro.
“Os museus universitários, particularmente os que se dedicam à medicina e à saúde, são guardiões da memória. Devem ser espaços de interpretação e diálogo, e não meros repositórios, devem ser intermediários entre o conhecimento científico e a sociedade e devem catalisar a reflexão ética”, afirmou. A propósito, vincou essa evolução ética de um passado em que os corpos de indigentes e prisioneiros eram usados no ensino para o enquadramento atual, assente na doação voluntária, no consentimento informado e no respeito por quem dá o seu corpo à ciência.
Em conclusão, “os museus médicos universitários enfrentam desafios que requerem a adaptação e a adoção de estratégias de preservação da memória” como a Inteligência Artificial, Arquivos Digitais e Realidade Aumentada. Em todo o caso, “a tecnologia não deve substituir a experiência do museu físico, antes potenciá-la, criando novas dimensões de aprendizagem”.
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Professores da FMUP distinguidos pelo Banco Carregosa |
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FMUP moderniza ensino com plataformas digitais inovadoras |
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Professor da FMUP lidera Sociedade Europeia de Cirurgia Vascular |
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Podcast #21 | O futuro da formação médica pela voz dos estudantes |
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FMUP NOS MEDIA – A prática de episiotomias nos hospitais públicos de Portugal diminuiu significativamente entre 2013 e 2022, conforme noticia o Público a propósito de um estudo da FMUP.
– “A apneia do sono ou a epilepsia têm relação com a doença mental?” é o título de uma reportagem da Rádio Renascença sobre um estudo da FMUP que contou com a participação de Manuel Gonçalves-Pinho e Gonçalo Santos.
– Os professores da FMUP Francisco Cruz, João Fonseca e Miguel Mascarenhas, e Teresa Magalhães foram os autores de três artigos de opinião no Jornal de Notícias, publicados no âmbito do Bicentenário.
– O papel das vacinas no controlo do cancro foi o tema abordado pelo Polígrafo, num artigo que conta com explicações de Nuno Vale, professor da FMUP.
– Daniela Oliveira, investigadora da FMUP, prestou esclarecimentos ao Viral sobre uma alegada associação que surgiu nas redes sociais sobre a osteoporose.
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Edição: Unidade de Gestão de Comunicação - FMUP | Redação: Olga Magalhães, Daniel Dias, Cláudia Azevedo | Infografia e Imagem: Bárbara Mota, Miguel Alves e Hugo Silva | Produção: Pedro Sacadura
A equipa editorial da FMUP reserva-se o direito de selecionar os conteúdos informativos Sugestões e pedidos de inserção/remoção da mailing list para comunicacao@med.up.pt
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