Num improvisado hospital de brincar, centenas de crianças invadiram os corredores da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP) para “salvarem” os seus peluches e bonecos de um destino com poucas brincadeiras.

Durante a última semana, o Hospital dos Pequeninos – iniciativa organizada pela Associação de Estudantes da FMUP (AEFMUP) – deu resposta a mais de 500 “emergências” trazidas por centenas de crianças de várias escolas da região do Porto, com múltiplos “pedidos de ajuda” para voltar a dar vida aos seus peluches feridos ou doentes.

Como ditam as boas práticas, as crianças iniciavam o seu percurso na triagem. Depois de uma primeira avaliação, eram encaminhadas para a respetiva especialidade. Caso o diagnóstico exigisse exames complementares, aí os brinquedos mais adoentados eram encaminhados para a secção de raio-X e TAC.

Este Hospital dos Pequeninos teve direito a uma decoração especial que deixou qualquer paciente que lá entrou com boa disposição. Todos os pormenores foram desenvolvidos a pensar nas crianças. “Cores mais vivas, animadas e com balões dão um aspeto muito mais confortável e eles sentem-se em casa e à vontade para serem tratados”, revelou Joana Pacheco, estudante da FMUP.

Ainda que neste hospital se brinque bastante, o impacto desta experiência é real e muito positivo. “Esta atividade ajuda a desmistificar o que os médicos são e mostra que só estão aqui para ajudar”, explica a estudante de segundo ano de Medicina.

No final das consultas, as recomendações surtiram efeito e a missão de tratar estes pacientes tão especiais foi cumprida com sucesso: “as brincadeiras podem continuar!”