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Covid-19. A importância do frio na vacina da Pfizer e porque Portugal terá a capacidade para a aplicar

Covid-19. A importância do frio na vacina da Pfizer e porque Portugal terá a capacidade para a aplicar
Mario Tama/Getty Images

A farmacéutica norte-americana anunciou que a sua vacina tem uma eficácia de 90%. No entanto, entre produção, transporte e armazenamento, há um elemento essencial para que funcione: as baixas temperaturas. Quando chegar à Europa, a logística para a aplicar será complicada, mas Portugal está preparado, assegura em entrevista ao Expresso Nuno Vale, investigador no CINTESIS, professor na Faculdade de Medicina da Universidade do Porto e especialista em Farmacoterapia

Covid-19. A importância do frio na vacina da Pfizer e porque Portugal terá a capacidade para a aplicar

Tiago Soares

Jornalista

Qual é a relação entre a temperatura e esta vacina da Pfizer?
A temperatura nas vacinas é um parâmetro muito importante. Percebemos isso quando compramos uma dose para ser administrada no centro de saúde: temos de ter o cuidado de perceber como é que esse transporte pode ser feito, e quanto tempo a podemos armazenar em nossa casa, por exemplo. Do senso comum, já sabemos que a temperatura é um fator que pode influenciar a eficácia de determinada vacina. Quando a Pfizer anunciou os resultados da sua vacina, o grande destaque foi para os 90% de eficácia, que é de facto muito bom. Mas na fase de produção, esta vacina, como a da Moderna, precisa de ser armazenada em temperaturas mesmo muito baixas para garantir esse nível de eficácia: -80 ºC. E por isso é que se argumenta que a vacina da Johnson & Jonhson, apesar dos resultados mais atrasados, poderá ter mais sucesso comercial se se aproximar em termos de eficácia: porque não precisa de uma temperatura tão baixa, dado que poderá ser armazenada entre 2 ºC e 8 °C, o normal para a maioria das vacinas.

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