Especialistas da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto alertam para uma bactéria hospitalar associada a uma elevada taxa de mortalidade. Dizem que pode ser ainda mais mortal devido à pandemia e deixam recomendações para prevenir surtos.
É tão pequeno que não se vê a olho nu, mas o microrganismo representa uma ameaça que pode causar grandes estragos.
É uma bactéria que coloniza doentes e ambientes e está associada a elevadas taxas de mortalidade.
Os investigadores da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto avaliaram o risco de transmissão nos hospitais e concluíram que, com a pandemia, estão criadas condições para uma tempestade perfeita
As infeções causadas por Acinetobacter Baumannii podem manifestar-se de diferentes formas, desde infeções urinárias a pneumonias.
A transmissão pode ocorrer entre doentes e pelo contacto de doentes com profissionais de saúde ou com superfície e equipamento hospitalares, como aparelhos de ventilação.
Para prevenir surtos, em particular nas unidades de cuidados intensivos e de queimados, o investigador da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto sublinha que é preciso adotar um conjunto de medidas.
Em Portugal, não há dados públicos sobre a incidência desta bactéria em ambiente hospitalar.
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