Um estudo da Universidade do Porto diz que as grávidas têm falta de iodo e quase metade não faz a suplementação recomendada. A falta deste mineral essencial pode prejudicar o desenvolvimento neurológico do bebé.
Ao longo de um ano, uma equipa da Faculdade de Medicina da Faculdade do Porto recolheu e analisou amostras de urina de 481 grávidas. O grande propósito deste estudo passou por verificar os níveis de iodo nesta população.
Segundo explica Elisa Keating, investigadora da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, o iodo faz com que a tiroide funcione corretamente e produza as hormonas que "são super importantes para regular todo o funcionamento do organismo".
Durante a gravidez, garante que estas hormonas desempenham uma função fundamental para o correto desenvolvimento neurológico do feto.
Maior parte das grávidas apresentam um défice de iodo abaixo do recomendado
Após a conclusão do estudo foi apurado que a maioria das mulheres em questão apresenta um défice ligeiro a moderado deste micronutriente e ainda que cerca de 40% destas mulheres não faz a suplementação recomendada.
Elisa Keating sensibiliza as grávidas para a importância do reconhecimento deste problema, de modo a prevenirem problemas no decorrer da gravidez.
Como parte da regulação dos níveis de iodo adequados, os investigadores consideram que deve ser ser promovido o consumo de leite e sal iodado em pequenas quantidades.