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Futuro do ensino médico e do SNS esteve em debate na FMUP

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''(In)Formação em Saúde'' contou com figuras de renome

(In)Formação em Saúde

O Auditório do Centro de Investigação Médica recebeu o “(In)Formação em Saúde”, um debate, moderado por Rita Rato Nunes, jornalista da Visão, e que juntou estudantes e médicos da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP) para debater o futuro do setor da saúde.

Francisco Franco Pêgo, representante da Federação Internacional das Associações de Estudantes de Medicina, abriu o debate, tendo abordado o desafio de ser estudante de Medicina e o ensino em Portugal.  “O aumento da quantidade e da qualidade do contacto vai acabar por se refletir no conhecimento sobre o mundo real e o sistema nacional de saúde. A qualidade do contacto clínico depende do rácio entre estudantes e tutores, algo que influencia não só a aprendizagem, mas também a ligação com o doente”, explicou.

Relativamente ao Serviço Nacional de Saúde (SNS), o representante da Federação Internacional das Associações de Estudantes de Medicina reconheceu as insuficiências do SNS, mas destacou a qualidade do ensino médico em Portugal.

Maria João Baptista, presidente do Conselho de Administração do Centro Hospitalar Universitário de São João (CHUSJ), destacou o papel dos hospitais universitários na saúde nacional, apontando que estes serão “os mais capacitados para fazer formação”, mas não esconde as fragilidades na educação, nomeadamente na disponibilidade e abertura dos docentes: “Vemos alunos de Medicina a acompanhar pessoas muito bem preparadas, mas a disponibilidade para ensinar acaba por não ser aquela de que o estudante de medicina precisa”.

Em 2023, Portugal irá contar com um recorde de 54.733 vagas para o Ensino Superior, sendo que Medicina contará com mais sete vagas, totalizando 1.541 novos estudantes em Medicina, algo que, na visão da presidente do Conselho de Administração do CHUSJ, não vai resolver o problema da falta de médicos no Serviço Nacional de Saúde. Na visão de Maria João Baptista, o SNS necessita de uma profunda reorganização e de uma distribuição ajustada de médicos pelas várias zonas do país.

Seguiu-se Miguel Paiva, economista e presidente do Conselho de Administração do Centro Hospitalar Entre Douro e Vouga, que, por sua vez, considera que o ensino privado em Medicina vai permitir “reter talento” e garantir a partilha de conhecimento entre os estudantes do setor privado e os hospitais públicos, que poderão proporcionar, na visão do economista, uma “diversidade de aprendizagem” que não poderá ser encontrada nos estabelecimentos de saúde privados.

Na perspetiva do presidente do Sindicato Independente dos Médicos, Jorge Roque da Cunha, o SNS vive, com Manuel Pizarro, ministro da Saúde “uma nova realidade” devido ao conhecimento que o governante possui, mas afirma que é necessário “passar das palavras aos atos”. “Falta criar mais condições e aumentar salários”, vincou.

Francisco Franco Pêgo, que integra a equipa do Centro Hospitalar de Lisboa Central, defende a compensação aos médicos, nomeadamente, no cuidado com o doente e na aposta no desenvolvimento do conhecimento, algo que, de acordo com Maria João Baptista, “não acontece” devido – também – à falta de autonomia dos hospitais públicos, mas destaca, por outro lado,  a “falta de proteção aos médicos” no setor privado.

O “(In)formação em Saúde”  decorreu no âmbito da preparação do congresso universitário YES Meeting, que está agendado para os dias 14 e 17 de setembro, na FMUP.

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