Sociedade

Em nome dos novos graduados, da medicina e do futuro da ciência, a paixão de Marcelo

5 maio 2021 21:05

Rui Duarte Silva

Rui Duarte Silva

Fotojornalista

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A qualidade “que ultrapassa todas as outras”, que faz falta numa carreira em medicina e que é central no voto de Marcelo para os médicos esta quarta-feira graduados na Universidade do Porto: a paixão. Entre selfies e atuações de tunas, Marcelo Rebelo de Sousa acompanhou a cerimónia de graduação dos novos 600 graduados da academia, com o voto de que a paixão pela missão da medicina nunca os abandone, e no final pediu a Rui Moreira que o salvasse

5 maio 2021 21:05

Rui Duarte Silva

Rui Duarte Silva

Fotojornalista

Chegou pelo meio da tarde, foi recebido por uma tuna feminina e até tinha planeado um discurso, mas preferiu não o seguir e dizer o que lhe ia “na alma”. Marcelo Rebelo de Sousa usou o improviso para felicitar, do púlpito da Aula Magna da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, os novos 600 graduados - a maioria a acompanhá-lo online.

Felicitou-os por terem ultrapassado estes dois últimos anos letivos “exigentes, rigorosos e sacrificados”. Chamou-lhes heróis, porque “no domínio da medicina, todos os anos são heróicos mas estes foram mais”.

“Em 100 anos de vida coletiva, não conhecemos uma experiência comparável àquela que vivemos e estamos ainda a viver e que permitiu demonstrar a qualidade no nosso ensino de medicina, da ciência, mas também a presença no terreno, a dedicação, a solidariedade, o sentido do real e a resistência”, considerou para a plateia onde também estavam António de Sousa Pereira, o reitor da Universidade do Porto, Fernando Araújo, presidente da administração do Hospital de São João, Rui Moreira, Presidente da Câmara do Porto, Miguel Guimarães, presidente da Ordem dos Médicos, Manuel Heitor, Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior e António Lacerda Sales, secretário de Estado adjunto e da Saúde.

Mas há uma qualidade que, a seu ver, “ultrapassa todas as outras”: a paixão. “Ninguém tem uma carreira científica e académica e muito menos uma carreira no domínio da medicina sem paixão”, considera o Presidente da República.

“A paixão domina a nossa vida se a abraçarmos verdadeiramente. Viver sem paixão não é viver. Paixão. Aquilo que eu formulo como voto é que nunca a paixão vos abandone. Os obstáculos serão constantes - falta de meios materiais, falta de recursos financeiros, falta de condições sociais, problemas de toda a ordem vos perseguirão - mas tudo isso é, apesar de tudo, ultrapassável na base da vossa paixão.”

Os estudantes aproveitaram a presença do Presidente da República para ouvir de perto os conselhos e lhe pedirem selfies. Marcelo cedeu, de máscara e com o distanciamento físico possível. "Senhor presidente, preciso que me salve", brincou ainda com Rui Moreira, quando estava entre trajes académicos.

E com vista para o aniversário dos 200 anos da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, desejou que os 90 anos seguintes sejam vividos “com a mesma paixão”. “Falta pouco mas falta o essencial: o futuro.”